Proposta pelo Bozo, brincadeira da bexiga parecia inocente até que Patrícia começou a gritar com as agulhadas... |
Neste último domingo, o “Programa Silvio Santos juntou-se às comemorações dos 42 anos do SBT, sem o patrão Silvio Santos, dono do canal, mas com Patrícia Abravanel fazendo a mesma aposta do especial de 60 anos da atração, mostrado em junho, muita memória afetiva para ninguém notar a ausência do apresentador que dá nome ao programa... Mas que era lembrado pelo balé vestido de Liminha, os homens, e de Maísa Silva, as mulheres, enquanto Patrícia, vestindo um “tomara que caia” zebrado e decotado, aponta que a plateia usa camisas coloridas para celebrar o aniversário do SBT, “são 42 anos de história”, no que é interrompida pelo coro de “Uh, SBT”, continuando, “e a gente sempre procura um motivo para celebrar com você de casa, estamos aqui repaginados com nosso auditório, SBTistas, esse pessoal tem fã-clube nas redes sociais, eles nos seguem, eles amam o Silvio Santos, amam a família Abravanel, amam tudo o que é do nosso SBT, são nossos fieis escudeiros, eles estão sempre nos defendendo, às vezes eles chegam numa padaria e falam, pô, muda aí de canal, bota no SBT, é ou não é, taí, onde mais, vamos ver, na farmácia, coloca no SBT, no restaurante, coloca no SBT, então esse pessoal tá sempre com a gente, sejam todos bem-vindos, é um prazer receber vocês aqui, são raras exceções que a gente deixa participar do auditório mais feminino do Brasil”... Empolgada, Patrícia apresenta o balé caracterizado, passa o QR Code das redes sociais do programa, anuncia, em nome do elenco da novela “A Infância de Romeu e Julieta” e do SBT do Bem uma campanha de doação de sangue, distribui aviõezinhos de 50 e 100 reais, e chama o primeiro quadro do dia, “Nada Além de Um Minuto”... Que apesar de iniciado com o bailado dos Liminhas e Maísas, dançando uma música da própria, para a alegria do Liminha original, nada teve a ver com o aniversário do SBT, onde a concorrente Natália, fisioterapeuta-dermato-funcional, especializada em pós-operatório de cirurgia plástica - e pós-parto, como constatou Patrícia, se oferecendo para ser cliente da clínica que a competidora quer montar, da região da Freguesia do Ó, trouxe amigos, pacientes, tios, “sócio” e mãe para torcerem por ela na disputa das provas, Labirinto de Dominó – cumpriu em dez segundos, fazendo Patrícia conversar com a mãe, Sônia – Sopa Real – feita em 35 segundos, embora Natália tenha dito que não gosta de comida japonesa e não tem habilidade com hashis, a prova foi feita com uma colher – Estourar Bexiga – em dez segundos, bastava arremessar um balão d’água no suporte com agulha, e Patrícia para ganhar tempo, arremessa e consegue na terceira tentativa, e não vale jogar na plateia SBTista – Bola no Copo – concluída em impressionantes quatro segundos, levando Patrícia a comentar do futuro consultório - Dado de Quina – a apresentadora faz o “test-drive” da prova, Natália monta as duas torres de dados em 45 segundos, apesar de terem desmoronado na comemoração – Trazer a Taça – com um rolo de papel higiênico e a fisioterapeuta realizou a prova em 55 segundos – Salada de Macarrão – enfim aparecem os hashis que Natália não usa nem com yakisoba, Patrícia explica que é preciso colocar “cinco pennes” (!!!) no suporte de espaguetes, “não pode quebrar com os pennes” (!!!), e depois de superar todas as expressões de duplo sentido, a competidora termina o desafio em 50 segundos – e Sal na Tigela - Patrícia ganha tempo com a confissão de Natália de que seu namorado Guilherme está enrolando ela há seis anos (!!!), a fisioterapeuta diz que treinou em casa para soprar um sachê de sal na tigela, e ao vivo, ela tentou por um minuto, não conseguiu, Patrícia pede mais força no sopro, Natália acha que é questão de soprar mais reto, a apresentadora constata que a prova é “zero fácil”, não adianta soprar a mesmo, mas acredita na candidata, segunda tentativa, nada do sachê voar para a tigela, Patrícia fala dos treinos, Natália lembra que a mesa de casa é mais baixa, a apresentadora sugere deixar os sachês mais perto das tigelas, dica que é repetida pelo namorado, a amiga pede mais fôlego, última tentativa, Natália gira soprando os sachês na beira da mesa e depois junta um montinho perto dela, porém não consegue finalizar a prova, que valia 50 mil reais, ficando com apenas 20 mil de prêmio... Em resumo, contrato cumprido, formato com “bíblia de produção” do exterior, dá para conduzir a evangélica Patrícia e até, como se viu na prova da Salada de Macarrão, soltar uma gafe lembrando o estilo do pai...
Diguinho Coruja tentou disfarçar colocando um bigode, mas não conseguiu esconder que atuou em "Carrossel"... |
O foco do programa no aniversário do SBT volta com a reestreia do “Qual é a Música”, cuja versão “millenial”, produzida entre 1999 e 2007, era o maior Ibope das reprises do programa durante a pandemia, levando a produção da atração a colocar Patrícia apresentando o mesmo quadro, mas com outro nome, “Disputa Inicial”, pois o SBT não tinha os direitos, que foi lembrar de adquirir com as comemorações de 60 anos do “Programa Silvio Santos”... Então é por isso que o “Qual é a Música” começa com o tema da versão de 1999 – “se adivinhar, qual é a música, um prêmio vai ganhar, qual é a música”, entre 1977 e 1992 era uma tema instrumental – e uma imitação da apresentação feita por Lombardi – “está na hora de brincar de Qual é a Música, e com vocês, Patrícia Abravanel” – na primeira versão, o mesmo Lombardi sempre mencionava que a atração era oferecida pelo Baú da Felicidade... Patrícia entra no palco, cita o “auditório mais SBTista do Brasil”, a plateia responde com um coro de “SBT!!! SBT!!!”, que vai apresentar uma “releitura” do “Qual é a Música”, perguntado pela apresentadora, o diretor promete, “podemos fazer outros dias também” (basta a emissora não ser mesquinha com os direitos...), e faz algum suspense sobre os concorrentes do dia, atores e atrizes das novelas “Carrossel” (2012) e “Chiquititas”, que comparecem o palco e colocam o assunto de uma década em dia, detalhe, estão todos caracterizados como seus personagens, uns com o uniforme da Escola Mundial, outros com a roupa do Orfanato Raio de Luz... Figurino o já não caiu tão bem como dez anos antes, ainda mais que Patrícia fez questão de uma comparação fotográfica de cada ator e atriz, começando com o Time Carrossel, escalado com Lucas Santos (Paulo Guerra), hoje com 22 anos, fez “A Fazenda” mas novela é melhor e, segundo a apresentadora, “muito mais leve”, Gustavo Daneluz (Mário Ayala), que interpretou o jovem Senor Abravanel no teatro, no caso, o musical “Silvio Santos Vem Aí”, atualmente também com 22 anos, Nicholas Torres (Jaime Palilo), que Patrícia reconheceu na hora por ser um habituê do programa, vide “Cantando em Família”, hoje fazendo no SBT o vídeocast “Queijo Com Goiabada”, sobre os bastidores de “A Infância de Romeu e Julieta”, que apresenta com uma colega de elenco de “Carrossel”, Ana Vitória Zimmermann, e com filme em cartaz, “Vai Ter Troco” – lembrando que os personagens mais icônicos da versão mexicana eram Cirilo, Laura, Jaime e Maria Joaquina, na trama de Íris Abravanel, o maior êxito foi de Cirilo e Maria Joaquina, Jaime não teve a mesma repercussão, Maísa Silva roubou a cena como Valéria, tanto que os intérpretes da dupla, Jean Paulo Campos e Larissa Manoela, tornaram-se globais, e Nicholas continua a orbitar em torno do SBT, mais entrosado com seus familiares, mas, enfim – Victória Diniz (Bibi), oito anos quando atuou na novela, caçulinha do elenco, embora já tivesse feito “Separação” na Globo em 2010, teve de ir de sala em sala da escola onde estudava para fazer fotos, hoje trabalha com Internet, Stefany Vaz (Carmem), definiu sua personagem como “a pobrezinha que era boazinha” e como marca registrada, “chorava bastante” (Patrícia a confundiu com Laura, a “romântica”...), concorda que a novela abriu muitas oportunidades, está lançando o livro, “Be Real”, com mais duas autoras,’ para jovens meninas e adolescentes, falando sobre como influenciar através de como você é” (não mencionou que tornou-se missionária...) e Konstantino Atan (Adriano), que concordou com Patrícia, “o sonhador Adriano” – sonolento, na verdade – e mesmo garantindo, “a mesma cara, não mudou nada”, compareceu com um bigode que dá a ele uma idade muito maior que seus 24 anos, e olha que Nicholas tem barba – alguém falou em Diguinho Coruja??? – hoje trabalhando forte em lives numa “stream” de jogos, especializado em Rainbow Six, daquelas que Patrícia proíbe seu filho de assistir... Patrícia lembra da versão mexicana de “Carrosel”, elogia a mãe, Íris Abravanel – falando em Diguinho, a esposa de Silvio Santos esteve no “The Noite” a título de comemoração do aniversário da emissora – que escreveu a versão brasileira, “maior ainda o sucesso”, tarefa que também executou com “Chiquititas”, representada por Matheus Lustosa (André), 11 anos em 2013 e 21 em 2023, continua a atuar e faz curso de cinema na ESPM, sonha em dirigir e atuar no mesmo filme, Kaik Pereira (Neco), “meu personagem era um pouco medroso, mas também arteiro”, veio do Raul Gil para sua primeira novela, que poderia ter sido Carrossel, mas Jean Paulo Campos levou a melhor e ficou com o papel de Cirilo, segue atundo e trabalhando forte nas redes sociais, Julia Olliver (Pata), aguarda o lançamento do filme “Morando com o Crush”, fez “Alice no Mundo da Internet” para Netflix – que no Brasil ganhou muito, mas muito dinheiro com “Chiquititas” – e tem uma empresa, Espaço Júlia Olliver, na região de São Caetano, especializada em unhas como as que mostra para a apresentadora, e a pedido de Patrícia, aconselha quem quer seguir a carreira de atriz a se arriscar, sem deixar para fazer amanhã, “pega sua cara e a coragem, seus dez segundos de coragem e vai nessa, estuda, vai atrás do que você quer, vai atrás, algumas coisas não dependem da gente, mas tem que correr atrás, não pode ficar esperando” – na versão que o SBT gravou na Argentina em 1997, havia uma rivalidade entre Mili e Pata na preferência do público, no “remake” de 2013, Mili se destacou muito mais, também pela excelência da atuação de Giovanna Grígio, mas sobrava um espaço para Amandinha Tadeu ser apaixonada pelo Mosca, não Gabriel Santana, “sino” Pierre Bittencourt, o mais famoso busólogo do meio artístico, e Júlia demonstrou o mesmo carisma da Pata anterior, Aretha Oliveira – Raíssa Chaddad (Bia), definiu sua personagem como “a bravinha”, “adorava aprontar com o pessoal” (ou seja, a vilã da história...), trabalhou forte para as pessoas diferenciarem a personagem da atriz, garantindo que hoje em dia é mais conhecida como Raíssa, embora ainda role um “oi, Bia”, de vez em quando – Patrícia aproveita para lembrar que tanto “Carrossel” quanto “Chiquititas” são “Top 10” nos “streamings”, pelo menos entre os filhos (e pensar que ela era proibida de ver “Chaves”...) – estará nos filmes “O Porteiro”, “Casamento à Distância”, na Netflix, e “Sala Escura” – então é por isso que ela não se importa de que vejam a novela mais de dez vezes, digo – Filipe Cavalcante (Rafa), “cabelo sempre foi a mesma coisa (normalmente o público curte os gordinhos, nem que seja como esparro...), é que hoje eu tô sem barba”, tinha 13 anos, hoje tem 2023, deu pausa na atuação para focar nos estudos em engenharia de materiais, está formado, mas quer voltar a atuar e dublar, algo que gosta muito, e Giulia Garcia (Ana), acabou de sair do “reality-show” que não cita o nome a princípio, mas a pedido de Patrícia, menciona que é “A Grande Conquista”, da Record, “onde fiquei três meses confinada”, também foi jurada do “Canta Comigo Teen”, entretanto no “reality” não chegou à final (o público implica com jogadores muito jovens, Giulia tem 19 anos...), vencida pelo cantor Thiago Servo, o Thiago da Thaeme, pessoal da música tem “fandom”, uma vantagem sobre o outros finalistas, o influencer Gabriel Roza e as ex-BBBs Gyselle Soares e Natália Deodato, depois de “Chiquititas” continuou no teatro musical, trabalhando forte como cantora, fazendo musicais, filmes, “o que tinha ali eu fazia, porque essa vida de artista é assim mesmo”, vide faculdade de cinema, negócio próprio, duas músicas lançadas - pula os memes colocando no grupo Rafael Miguel, o Paçoca (!!!)... Feitas as apresentações, a disputa tem inicio com o “Não Erre a Letra” (que Silvio Santos passou a fazer como quadro avulso, junto com a prova do sino, quando foi cobrado pelos direitos do “Qual é a Música”...) – empate de quatro, quer dizer, de 4 a 4 – “Relógio Musical” (que Patrícia faz no “Disputa Musical”, assim como as provas seguintes...), Time Chiquititas abre uma pequena vantagem, 10 a 9, “Segredo Musical” (que Silvio também fazia, eventualmente...), o elenco de Chiquititas dispara, 14 a 10, e “Leilão das Notas Musicais”, onde o Time Chiquititas consolida sua vitória, ganhado por 23 a 19, com cada integrante levando um troféu que é uma versão com luzes do logotipo do “Qual é a Música” – sinal de que devem ter adquirido de fato os direitos... Ops de novo!!!...
Time Chiquititas vence "Qual é a Música" e leva troféu com logo do quadro, sinal de que SBT comprou direitos... |
O “Jogo das Três Pistas” vai mais fundo na nostalgia, anunciando o confronto entre os apresentadores de dois programas infantis de sucesso no SBT da década de 1980, “Bozo” e “Oradukapeta”, sendo que o palhaço, apresentado por Patrícia como “um artista internacional, o maior palhaço do mundo, o amigo da Garota”, é interpretado por Luiz Ricardo, que canta no palco o “Alô criançada, o Bozo chegou”, acompanhado de dançarinos vestidos de Garoto Juca, Patrícia puxa o coro de “Bozo, Bozo, Bozo!!!” – um tanto incômodo depois que a imagem do palhaço foi associada a de certo ex-presidente da república e comerciante informal de joias (!!!) – se empolga, “isso sim pra mim é nostalgia”, Luiz Ricardo diz que voltou a vestir a fantasia do palhaço depois de 12 anos (o programa estreou em 1980, ainda na TV Record, Luiz desempenhou o papel principal entre 1982 e 1990, voltando a se fantasiar nos 30 anos do SBT, em 2011, já na versão mais recente do programa, lançada em 2013, Bozo era interpretado por Jean Santos...), lembra que Patrícia “era deste tamanhinho”, ela retribui a gentileza fazendo coração com a mão, “eu amava”, Luiz devolve, Patrícia se empolga, “ele é o real oficial, não é um ator vestido de Bozo, ele é o Bozo de anos atrás”, Luiz também, “e vocês aí em casa se preparem, porque hoje promete, tá sensacional” – por falar em Bozo real oficial, a razão que levou o fim da primeira versão do programa do palhaço, em 1991, e da segunda, em 2013, é basicamente a mesma, o custo dos direitos, mesmo que numa certa época o SBT tenha sido rebatizado de “Sistema Bozo de Televisão”, contracenando com o próprio Silvio Santos em um programa antológico nas manhãs de domingo e em especiais de Natal, a emissora não faturava tanto quanto gostaria, inclusive com licenciamento de produtos... Bozo afirma que compareceu para jogar e ganhar, Patrícia acreditou, “você nunca perde nada, Bozo”, que aproveita para agradecer aos “SBTistas” na plateia, “quanta gente bonita, quem tá feliz, dá uma bitoca no meu nariz” – ainda bem que ele não falou, como não música que leva o nome do bordão, “e na careca também” (!!!) – o programa do palhaço teve várias fases, com plateia, só apresentando desenhos, com sorteios de cartas (em meados da década de 1980, a “Sessão Sorteio” fazia uma dobradinha de respeito com “Chapolin” e “Chaves” na faixa do meio-dia...) e brincadeiras por telefone, o próprio Luiz Ricardo assegura que ele atendeu o garoto que o mandou tomar no... PIIIIIII..., respondendo energicamente, “prefiro tomar no copo que é mais limpo”... Patrícia pede que Bozo fique de lado um pouquinho, “porque vai chegar o teu oponente”, Bozo alfineta, “ele é feliz, então ele adora dar uma bitoca no meu nariz”, e a apresentadora anuncia, “e então, diretamente do programa ‘A Hora do Capeta’ (sic) , Sérgio Mallandro”, que canta “Um Capeta em Forma de Guri” (no original, “shame and scandal in the family”...), com direito a “rá!!!” e “glu glu” para a plateia, Patrícia parte para a provocação, “que Criança Esperança, reunião das loiras, o SBT está reunindo” – a apresentadora é interrompida pelo auditório, que vai de Serginho, Serginho”, mostrando que a alfinetada estava no roteiro – “esse é o encontro de bilhões, SBT reúne Sérgio Mallandro, com a ‘Hora do Capeta’, junto com o Bozo” – Mara Maravilha, corre aqui... Sérgio questiona Bozo – “tá preparado para perder hoje???” – Bozo devolve com uma inconfidência – “eu tô sabendo que você ligava pro 236-0873 todo dia” – Mallandro conta do dia que Patrícia compareceu na “Porta dos Desesperados”, “você e suas irmãs, seu primo, o filho do Guilherme Stoliar, vocês queriam uma bicicleta, vocês não tinham bicicleta em casa” – a plateia ri – “rá, eu quero bicicleta, eu só tinha uma bicicleta, e quatro portas, grita, Patrícia” – a apresentadora grita – “a porta 1, a 2, a 3 ou a 4” – Patrícia escolhe a 4 – “a 4 não tinha bicicleta, só tinha uma bicicleta, eu falei, meu irmão, arruma uma bicicleta, ganhou o filho do Guilherme, o Igor, era seu primo” - quando estreou, a “Oradukapeta”, exibida pelo SBT entre 1987 e 1990, deu uma canseira no até então inalcançável “Xou da Xuxa”, que começou com grande sucesso na Globo em 1986, e isso pode ser comprovado com as exibições do “Xou” no canal Viva, o único programa que não tinha registros na internet (em 16 exibidos...), apresentado em 24 de junho de 1987, perdeu para Sérgio Mallandro na audiência, como revelou a pesquisa nos arquivos do Ibope (um fato que não foi bem digerido pelos fãs de Xuxa...), e nos programas de 1988 já pode ser visto o esforço de Xuxa, que era muito competitiva em termos de audiência (Marlene Mattos, corre aqui...) para conter o concorrente, nem que fosse copiando a brincadeira de pênaltis do goleiro Mallandrovsky, esforço que levou a contratação do próprio Sérgio pela Globo, em 1990, para a alegria do responsável por dirigir seu programa na Plim-Plim, Bofinho – o “Isto a Globo Mostra” do “Caldeirão com Mion” resgatou o dia que Sérgio substituiu a titular do “Xou da Xuxa”, ressaltando o trauma das crianças (!!!) – que esperou três anos para rifá-lo, propondo a produção do “TV Colosso” para substituir o “Xou da Xuxa”, ao invés de uma nova atração com Mallandro... Sem dar muita bola para o primo sortudo, Patrícia leva Sérgio ao palco para encontrar-se com Bozo, pergunta quem vai ganhar o “Jogo das Três Pistas”, repete, “você não perdia nada, Bozo”, então é por isso que o palhaço propõe fazer uma brincadeira que fazia em seu programa com a apresentadora e Mallandro, “agora, pode ou não pode, auditório”, no caso, “a brincadeira da bexiga”, Patrícia puxa pela memória, “aquela que bota roupa”, Bozo confirma, chama Rafinha e Liminha para ajudarem Patrícia e Sérgio a colocarem a vestimenta que encherão de bexigas, Patrícia quer tirar o salto porque é competitiva e cobra Rafinha, Bozo pede ajuda para contar os balões colocados, a apresentadora é a primeira a colocar o traje, sem tirar os sapatos, Liminha e Rafinha começam a colocar os balões ao som de uma música do Bozo, “Ai que peninha”, e o palhaço se encarrega de fazer a contagem estourando as bexigas com uma agulha, com vitória de Patrícia por 21 a 19 – a brincadeira na verdade é mais lembrada por ter sido feita no “Domingo no Parque”, porém os gritos que Patrícia deu ao ser espetada deram um inesperado “sex-appeal” a disputa, digo... Também foi uma prévia do que seria o “Jogo das Três Pistas” propriamente dito, em que Luiz Ricardo marcou 112 pontos, contra apenas 17 de Sérgio Mallandro (e 30 pontos do auditório...), superando os 101 pontos alcançados por Cris Flores, a própria, em 2019 - uma lavada que explica o fato do palhaço, após receber o troféu de aviãozinho e o prêmio de 1.120 reais, ter cantado a música do chuveiro, aquela do “chuveiro, chuveiro, não faça assim comigo, chuveiro, chuveiro, não molhe meu amigo”... A noite de nostalgia prosseguiu com a bancada do “Jogo dos Pontinhos” caracterizada como personagens clássicos de “A Praça é Nossa”, a começar por Marlei Cevada de Velha Surda – chamada no programa pelo seu “nome de batismo”, Bizantina Scatamachia Pinto – que demonstrou a competência habitual na caracterização, fazendo o mesmo timbre de voz do interprete original da personagem, Roni Rios, inclusive chamando Patrícia de Apolônio, como Roni fazia com Vianna Júnior, e logo depois de Silvio Santos, Renato Albani como Zé Bonitinho, fazendo o gesto característico do personagem com as mãos e penteando-se com um pente de Itu, mas sem tentar imitar a voz de Jorge Loredo – faz sentido, Mateus Solano defendia o Zé Bonitinho na “Escolinha do Professor Raimundo – Nova Geração” com a voz do Félix de “Amor à Vida” – Rodrigo Capela interpretando Pacífico – impossível imitar Ronald Golias, mesmo com o rosto do humorista maquiado para ficar parecido com o de Golias já idoso (estava mais para José Serra...) forçando demais nas caretas e trazendo uma carta supostamente escrita por Silvio Santos, quando tentou imitar os cacos do Pacífico original – Júlio Cocielo como Lindeza e sua gravata Cocada – era o quadro que mais agradava as crianças nos primeiros anos da “Praça”, e se Kiko Mascarenhas tentou copiar os trejeitos únicos de Rony Cócegas na nova “Escolinha”, porque não Cocielo??? – da qual Patrícia dispensou uma pegadinha (!!!), Mhel Marrer de Dona Vamércia, a fofoqueira – na verdade, a humorista interpretando a si própria, vestida como a saudosa Maria Tereza, mesmo repetindo o bordão “minha boca é um tumbalo” – e Cris Pereira de Vera Verão – de longe, a caracterização que mais agradou o plateia, apesar do comediante ter emprestado seu sotaque gaúcho ao personagem, em contraste com o forte trabalho no carioquês de Jorge Lafond, e que merece todos os elogios só pelo fato de terem resistido à tentação e não submeterem Cris a um anacrônico “blackface”... Encerrando o programa, as “Câmeras Escondidas” não tiveram nada de especial, mesmo levando-se em conta a importância do quadro na história do SBT, minutos antes a série dos 50 anos do “Fantástico” mostrou o repórter Eduardo Faustini revelando sua identidade de repórter secreto explicando como as microcâmeras revolucionaram as reportagens do programa nos anos 1990, e elas eram um dos trunfos para combater exatamente as câmeras ocultas do “Topa Tudo por Dinheiro”... Nas quais um dos nomes que estava na linha de frente da disputa de audiência com a Globo era Ivo Holanda, representando no programa de hoje por uma Câmera Escondida reprisada – Manequim Passa a Mão – e uma inédita, ainda que “remake”, Molhar Filho do Fortão, ainda assim, é preciso reconhecer os méritos de Ivo, que explicava o que ia fazer no início de suas Câmeras Escondidas, sem usar máscara, ao contrário de Mister M, o astro do “Show da Vida” em 1999, e então é por isso que ele botava a cara a tapa, sem receio de pedir socorro à produção... Ops outra vez!!!...
Mesmo mantendo sotaque gaúcho, Cris Pereira esteve impecável como Vera Verão, sem recorrer ao "blackface"... |
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