No alto do carro alegórico da Peruche, internauta Pedro Henrique pergunta a Martinho da Vila onde está Mart'nália.... |
O prefeito João Dória ainda não conseguiu privatizar o Sambódromo do Anhembi, porém manteve a cobrança da comida e da bebida oferecida no camarote da Prefeitura... Também não conseguiu reduzir a verba das escolas de samba, o que impediu o Carnaval paulistano de sofrer com uma medida temerária como a que Marcello Crivella tomou no Rio de Janeiro... Buscando uma popularidade que as ações de seu governo não trazem, Dória correu atrás de Zeca Pagodinho para uma foto, sem sucesso... Devia ter feito como o internauta Pedro Henrique, que preferiu fazer foto com o ex-jogador Amaral, digo... O desfile de sexta-feira começou com uma estreante no Grupo Especial, a Independente Tricolorzinho... Cujo enredo era “Luz, câmera e terror – Uma produção independente”... Na mesma “vibe” de sua co-irmã pó-de-arroz Dragões da Real, que se especializou em desfiles que fogem dos temas habituais desenvolvidos pelas agremiações, que costumam trabalhar forte em cultura popular, temas genéricos e auto-referências... O Mestre, conhecido por ser um incentivador das escolas de samba ligadas a torcidas uniformizadas, procurou resgatar o terror de raiz com um carro alegórico sobre José Mojica Marins, o Zé do Caixão... Praticamente um nome que é sinônimo de terror para valer, não essas modinhas de Anabelle e Pennywise, digo... Chucky ainda vai, mas, enfim... O Lance! que deve ter sentido a falta do Jason, apelido que deu ao time do Morumbi... O internauta Pedro Henrique aguardava ansiosamente pelo desfile da Unidos do Peruche, que com o samba-enredo “Poeta do Povo, Martinho”, canta os 80 anos de Martinho da Vila... E Pedrinho sabe muito bem que Mart’nália é sua filha... Pancada também, vide atuação em “Pé-Na-Cova”´, onde interpretava a mecânica Tamanco... O Mestre deixa pela deputada estadual Leci Brandão – no dia seguinte, uma sósia a representaria no desfile da Mocidade Alegre, que homenageou Alcione... Como bônus, o internauta Pedro Henrique descobriu que Gilberto Gil, homenageado no sábado pela Vai-Vai, acompanhava o desfile... Assim como João Dória foi atrás de Zeca Pagodinho, o mesmo se sucedeu com o papi de Bela Gil... Então é por isso que Pedrinho trouxe um espetinho de melancia... Para ele não gastar com comida no camarote, digo... A Acadêmicos do Tucuruvi está fora de concurso, devido ao incêndio que destruiu 90% das fantasias no último dia 4 de janeiro... O enredo, apesar do nome “Uma noite no museu”, nada tem a ver com o filme, Ben Stiller... A citação ao Museu do Futebol é bem vinda, embora o Mestre não faça ideia de quem são Cintia Melo e Daniela Albuquerque... O internauta Pedro Henrique fez questão de comparecer ao desfile da Mancha Verdade, uma vez que se tratava de uma homenagem ao grupo Fundo de Quintal... Ele pirou com aquele carro alegórico com uma escultura gigante do sambista Arlindo Cruz... O Mestre, que é a favor do sistema e um grande simpatizante da escola da torcida porcolina – vide distribuição de sinalizadores nas arquibancadas e desfile na ala dos boleiros - deu a maior força para Viviane Araújo se vestir de Índia... Afinal, era apenas uma referência ao Cacique de Ramos... Porque Olavo Gosta de um samba de raiz... Ops!!!... A campeã de 2017, a Acadêmicos do Tatuapé, defendeu seu título com “Maranhão, os tambores vão ecoar na terra da encantaria”... Falou de reggae, pode chamar o Pedrinho, digo... Um enredo com mais bumba-meu-boi do que Alcione, ilustre maranhense tema de outra escola... Pelo menos o José de Ribamar citado nas alegorias é o santo, não o Sarney...
Momento mais aguardado do desfile da Gaviões da Fiel é o encontro do Doutor Kenji com Sabrolha Sato... |
A Rosas de Ouro falou dos caminhoneiros com “Pelas estradas da vida, sonhos e aventuras de um herói brasileiro”... Não é porque o Carnaval é uma festa profana que vão deixar de mencionar Nossa Senhora Aparecida e São Cristóvão... A bateria encarnou a polícia rodoviária... Ao ver carros alegóricos em forma de caminhão, o internauta Chico-Melancia já pensou em procurar a escola e propor um samba-enredo sobre ônibus... Ah, sim... Ele entrevistaria Rita Cadillac, Globo, não apenas Maiara e Maraísa... Por falar em globais, Pancada deixou o desfile gravando para conferir a participação de sua musa cômica, Ellen Roche... Ainda que ela não faça o perfil de caminhoneira, digo... A Tom Maior encerrou os trabalhos na sexta-feira com “O Brasil de duas imperatrizes: de Viena para o mundo”... Uma dupla homenagem à Imperatriz Leopoldina, “sócia” de Dom Pedro I, e a escola de samba Imperatriz Leopoldinense, da região de Ramos, no Rio de Janeiro – que por sinal irá homenagear a antiga residência da monarca, ou seja, o Museu Nacional... Alegorias indígenas e plumas da fantasia de Pamela Gomes à parte, Pancada ficou impressionado com Fabiana Vilela, a passista que tocava violino... Quico começou assim... Nosso humorista e fornecedor de DVDs sentiu falta de referências à abandonada estação terminal da antiga Estrada de Ferro Leopoldina, no Rio de Janeiro... Só porque ela se chama Barão de Mauá???... O desfile de sábado começou com a X-9 Paulistana, que veio há pouco do grupo de acesso, e seu enredo sobre a sabedoria de M.B, quer dizer, os ditados populares... A começar pelo título do samba... “A voz do samba é a voz de Deus – depois da tempestade vem a bonança”... Seria a ambulância da SAMU, digo... Tema genérico o bastante para ter alegorias sobre o dom da comunicação, a corrupção e a comunicação da corrupção... O Mestre até poderia ter reparado em Juju Salimeni, vestida como o demônio em pessoa, porém passou o desfile inteiro procurando pelo tapa-sexo da madrinha Tarine Lopes, que caiu em algum lugar da passarela... O pior é que ele não achou, pois ela ficou o desfile todo cobrindo com a mão o que o acessório deveria cobrir... O tema da Império de Casa Verde era “O povo: a nobreza real”... Em que a Revolução Francesa servia para mencionar a desigualdade social e os privilégios das elites, com direito a notas de rap na bateria... Para o Doutor Kenji, mais que a mensagem crítica, o mais importante era reencontrar uma de suas musas, Lívia Andrade, que desfilou como Maria Antonieta... Pelo menos a peruquinha lembrava a imperatriz francesa guilhotinada durante o processo revolucionário.... Bem que o Doutor poderia ter trazido um brioche, não???... Ou ele levou e a Mamma Bruschetta comeu???... Ao saber que o samba-enredo da Mocidade Alegre – uma escolha de machos, mas olha o pezinho, costuma dizer nosso internauta-mor, grande admirador da presidenta Solange Bichara, embora desconheça a rainha de bateria Aline Oliveira – era “A voz Marrom que não deixa o samba morrer” – o internauta Pedro Henrique correu para a pista do Sambódromo... Claro, ele sabe que a Marrom em questão é a cantora Alcione... Porém, ele queria ter a oportunidade de ver como seria representada uma de suas músicas preferidas, “Meu Ébano” e se de fato ele veria amigos de tirar o chapéu, digo... Agora, Pedrinho sentiu-se à vontade no desfile da Vai-Vai, com o tema “Sambar com fé eu vou”, lembrando os 55 anos de carreira de Gilberto Gil... Para nosso colega de rede, não importava quem era Camila Silva, Ivi Mesquita ou mesmo a Miss Brasil 2017, Monalysa Alcântara... Ele só tinha olhos para o papi de Preta Gil – de quem o Mestre sentiu falta no Sambódromo – e no máximo fazia uma concessão ao seu ídolo no Bambi, o capitão do Penta Cafu... Felizmente, o internauta Pedro Henrique sabe que o carro alegórico com a figura de João Gilberto alude a uma das grandes influências do cantor e compositor, que lamentavelmente encontra-se em estado deplorável... Pancada curtiu as referências ao Sítio do Pica-Pau Amarelo, cuja música tema foi composta por Gil... Até gostaria de se vestir de Visconde de Sabugosa para ser o Mestre-Sala da Porta Bandeira mirim que fazia cosplay da Emília...
Pedrinho também se apeteceu bastante com o homenageado da Vai-Vai, o papi da Preta, Gilberto Gil... |
A agremiação preferida do nosso internauta-mor, a Gaviões da Fiel, homenageou a cidade de Guarulhos, sem receio de mostrar as raízes indígenas do município... Afinal, o Mestre nunca vai problematizar a mandioca... Embora tenha sentido falta de alusões a guarulhenses ilustres, como Adriana Lessa, Hermano Henning e Otávio Mesquita, ele sabe porque esteve lá empurrando a Brasília amarela que lembrava os Mamonas Assassinas... O ponto alto do desfile aconteceu quando os torcedores nas arquibancadas acenderam seus sinalizadores – então é por isso que torcida organizada tem escola de samba, é que no estádio sinalizador é proibido – para saudar o encontro da rainha de bateria Sabrolha Sato com o Doutor Kenji... Tudo bem que ele não compreendeu o visual da musa, vestida em uma espinha de peixe com estrelas do mar no peito... Mas com certeza o Doutor no Anhembi não deixou a Fiel sentir falta de Tati Minerato, digo... A outra escola que representa a torcida do Bambi, a Dragões da Real, abordou em seu samba-enredo a música sertaneja... Bem de acordo com sua diretriz de levar ao Anhembi temas que fogem do repertório habitual de outras agremiações, prática seguida até por sua co-irmã, a Tricolorzinho Independente... Claro que o Mestre não poderia deixar de dar a sua consultoria... A escola já tem como musa Cacau Colucci, que é da região de Ribeirão Preto e fazia a ingênua e sedutora interiorana Linda Rosa na “Escolinha do Gugu”... Nosso internauta-mor encarregou-se pessoalmente de convidar para o desfile os cantores Sérgio Reis – o deputado federal veio com berrante a tiracolo – e Roberta Miranda, uma de suas musas... Também sugeriu alegorias inspiradas na música “Evidências”... Para desfilar, ele preferiu comparecer na ala Milharal... Afinal, Olavo Gosta de ficar uma hora no Sambódromo com o sabugo dentro... Ops!!!... O momento mais aguardado pelo Pancada aconteceu no final do desfile... A Unidos de Vila Maria compareceu com o enredo “Aproveitam-se de minha nobreza, você não soube, não te contaram???... Suspeitei desde o princípio!!!... Não contavam com minha astúcia!!!... Arriba Bolaños, arriba Vila, arriba México!!!”... Sim, uma homenagem ao México, desde os astecas até Frida Kahlo, passando pela Virgem de Guadalupe e pelo Dia de Los Muertos... No entanto, o mais importante para o nosso colega de rede e muitos outros internautas são as referências à obra de Roberto Gómez Bolaños, o Chespirito... Pula Dani Bolina e a Porta-Bandeira Lais Moreira que baixou as saias e ficou sem elas, digo... A bateria desfilou vestida de Chaves e o próprio Pancada aproveitou para fazer um cosplay do Chavinho no episódio “A Bandinha da Vila”... Só faltou a matraca gigante, digo... Também demorou um pouco para entender que o samba-enredo não era aquela música... “Sonhei que o SBT tinha feito uma parada... E, a banda de música tocava”... Uma caminhonete, quer dizer, um carro alegórico leva estaltas, quer dizer, esculturas do Seu Madruga, Quico, Dona Florinda, Professor Girafales, Senhorita Clotilde, Senhor Barriga e Pópis... Além de painéis com a foto da capa do livro “Chaves – A História Oficial Ilustrada” – já que a autobiografia de Chespirito ainda não foi lançada no Brasil – e com a imagem do próprio Bolaños abraçando um boneco do Chaves, presente do Ratinho em uma famosa entrevista realizada em 2011... Na passarela, crianças desfilavam vestidas de Chapolin Colorado, seguidas por adultos caracterizados como os personagens que comparecem na vila, inclusive Nhonho e o carteiro Jaiminho, sem medo da fadiga... O Mestre, claro, encarnou um cover do Quico, comendo confete e tudo... Ver a alegoria do Chaves dentro de seu barril foi uma cena dessas de lavar os olhos de dentro para fora... Em outras épocas, a simples menção ao menino do oito seria suficiente para a Globo ignorar por completo o desfile... No entanto, com a aquisição dos direitos das séries de Chespirito pelo Multishow, o desfile até serviu como propaganda das exibições na televisão por assinatura... Pois é, pois é, pois é...
Pancada aproveitou o desfile da Unidos de Vila Maria para fazer cosplay do Chaves em "A Bandinha da Vila"... |
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