sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Vôlei de Praia Ganha Terceiro Ouro das Mulheres do Brasil em Paris...

Brasileiras conquistaram primeiro ouro do vôlei de praia, em 1996, e voltam a vencer com Duda e Ana Patrícia...

 
















O skatista paranaense Augusto Akio, 2.3, mais conhecido como “Japinha”, conquistou a medalha de bronze da modalidade park na quarta-feira, 7 de agosto, nos Jogos Olímpicos de Paris, a medalha veio numa disputa acirrada com outro brasileiro, o catarinense Pedro Barros, 2.9, prata em Tóquio, Akio classificou-se em oitavo lugar na eliminatória, com 88,98, seguindo a estratégia da equipe brasileira de fazer o tempo necessário para a classificação logo de cara, na primeira volta da final, realizada na Arena La Concorde, em três voltas de 45 segundos, ambos os dois e mais um representante do Brasil, o também paranaense Luigi Cini, 22, não completaram o percurso, Akio na primeira manobra (2,66), Barros caindo no heelflip (22,10) e Cini no flip 540º (19,70) enquanto o campeão olímpico de 2020, Keegan Palmer, obteve a melhor pontuação da rodada, 93,11, seguido de perto pelo estadunidense Tom Schaar, com 90,11, na segunda volta, Cini caiu na primeira manobra (2,36), Akio foi mais longe, caindo na última manobra e obtendo 81,34, marca superada por Pedro Barros, com 86,41, chegando ao terceiro lugar na final, Palmer também tombou nos segundos finais, na volta decisiva, o paranaense desbancou o catarinense conseguindo 91,85, assegurando a medalha de bronze e deixando Barros, que conseguiu 91,65, beneficiado ainda pelas quedas de outros dois concorrentes diretos, o estadunidense Tata Carew e o italiano Alex Sorgente, o paranaense Cini, que sofreu mais uma queda ficou longe do pódio, em sétimo lugar, com 76,89, e outro tombo, o de Schaar, que tinha feito 92,11 pontos na segunda rodada, garantiu o bicampeonato do australiano Palmer,  deixando a prata para o estadunidense no pódio, “Japinha”, também praticante de malabares, que começou a treinar em 2020, devido a uma lesão no quadril que o afastou do skate, apesar de ter superado um catarinense, não deixou a solidariedade sulista de lado desejando força aos gaúchos, mas quando fez o tradicional gesto da “Mordida do Monstro” na medalha, com aquele cabelo grande e desgrenhado, nos lembrou uma pessoa conhecida, mas afinal, Doutor, como é que você foi parar em Paris, confundiu Place de La Concorde com Largo da Concórdia, rolê mais aleatório, só o do proprietário da SAF do Foguinho carioca, John Textor, porém esse pode alegar que foi um Gil Ferreira, quer dizer, um profissional do skate... Ops!!!...  



















Prata na canoagem, Isaquias Queiroz entrou no grupo de atletas do Brasil que possui cinco medalhas olímpicas... 






























O paraibano Edival Pontes, mais conhecido como Netinho, 2.6, conquistou a medalha de bronze no taekwondo, na categoria até 68 quilos, depois de ter perdido na primeira rodada em Tóquio, agora, no Grand Palais de Paris, enfrentou nas oitavas-de-final o jordaniano Zaid Kareem, e mesmo com a derrota, por 2 sets a 1, parciais de 9 a 2, 5 a 6 e 9 a 3, garantiu-se na repescagem com a chegada do adversário na final, qualificando-se para o bronze ao derrotar Hakan Recber, o turco que o eliminou em 2021, por 2 rounds a 1, parciais de 8 a 7, 3 a 3 e 7 a 1,  a luta decisiva de Netinho foi com o espanhol Javier Perez Polo, que começou o combate com dois pontos de vantagem graças a um chute no tronco do brasileiro, mas nos segundos finais do primeiro round consegue dar um golpe na cabeça no adversário e somar três pontos, vencendo o round apesar de ter tomado uma punição, Perez Polo abriu uma vantagem de cinco pontos no início do segundo round, que Pontes perdeu por 6 a 4, apesar de mais um chute na cabeça do oponente, onde também encaixou dois chutes no tronco no terceiro round, marcando quatro pontos e vencendo por 4 a 2, assegurando a medalha de bronze, dedicada ao pai, Lodimar, que saiu de cena em 2020, o apelido Netinho é porque o avô também se chamava Edival, sendo que no Pan de Santiago, em outubro do ano passado, o lutador foi pego no exame antidoping e suspenso, graças a um recurso do advogado, o gancho durou apenas um mês, dando tempo a Netinho para se preparar para Paris, dez anos depois de ter ganho a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude, na região de Nanjing, na China, em 2014, aos 1.7, a conquista no Grand Palais é a terceira do taekwondo brasileiro nos Jogos Olímpicos, depois dos bronzes de Natália Falavigna em 2008 e Maicon Andrade em 2016... O corredor paulista Alison dos Santos, 2.4, conhecido popularmente como “Piu”, da região de São Joaquim da Barra, com seu cabelo pintado num tom sulferino, conquistou a medalha de bronze nos 400 metros com barreiras, com um tempo de 47,26 segundos, repetindo o feito alcançado em Tóquio três anos atrás, na última prova disputada no Stade de France, o próprio, na noite de sexta-feira, 9 de agosto, alis, os medalhistas de Paris foram os mesmos de Tóquio, a diferença é que em 2021, o ouro ficou com Karsten Warholm, da Noruega, e a prata com Rai Benjamin, dos Estados Unidos, agora em 2024, o estaduinidense ficou com o ouro (46,46 segundos) e o norueguês com a prata (47,06 segundos), Alison correu aplicando um método inovador de saltar as barreiras, de forma bilateral, alterando a perna esquerda e a direita, o que só é possível porque o corredor dá exatamente doze passos entre uma barreira e outra, saltando os dez obstáculos da prova ganhando altura e com segurança, saindo de um quinto lugar na segunda barreira para o quarto na terceira e o terceiro na quinta,  quase alcançando o norueguês e tirando dele a medalha de prata, só não conseguindo um melhor tempo devido à pista molhada em Saint Denis, embora tenha sido suficiente para superar o francês Clemen Ducós, quarto colocado (47,76 segundo, que ficou na frente do brasileiro na semifinal dos 400 metros com barreiras, “Piu” carrega marcas de quando sofreu queimaduras de terceiro grau causada por uma panela de óleo quente, antes dos Jogos, sofreu durante um treino em São Paulo uma lesão grave  no menisco lateral do joelho em fevereiro de 2023, passando por cirurgia, ficou seis meses parado, e apesar de ter voltado a competir em alto nível, e de seus rivais diretos também terem enfrentado lesões no ciclo olímpico de Paris, Warholm no tendão da coxa direita e Benjamin no quadríceps, confessou que a disputa dos Jogos foi “pesada” do ponto de vista psicológico, mas mesmo assim estava orgulhoso de mais um pódio olímpico, em outras palavras, “Paris virou baile”...




















Corredor Alison dos Santos, o popular Piu, repete Tóquio e é bronze nos 400 metros com barreiras do atletismo...


























Nas águas do Estádio Náutico Vaires Sur Maine, próximo a Valdisneiland Paris, o canoísta baiano Isaquias Queiroz, da região de Ubaitaba, 3.0 conquistou a medalha de prata na canoagem de velocidade C1 1.000 metros, numa autêntica corrida de recuperação, pois  embora tenha começado em terceiro lugar, estava em quarto com 250 metros de prova, liderada com folga pelo tcheco Martin Fuksa, e caiu para quinto lugar nos 750 metros, distanciando-se do russo Zakhar Petrov, que competiu como Atleta Individual Neutro (AIN), devido ao banimento da Rússia dos Jogos, e o moldavo Serghei Tarnovschi, nesse momento, Isaquias iniciou uma arrancada que o levou a ultrapassar os dois canoístas nos últimos 50 metros de percurso, conquistando o segundo lugar com um tempo de 3min44s33, menor apenas do que o do tcheco, medalha de ouro com 3min43s16, recorde olímpico, Serghei obteve o bronze, com 3min44s68, e Zakhar ficou em quarto, com 3m45s28, a medalha conquistada na sexta-feira, a custa de uma extrema exaustão após a chegada, é a quinta do atleta baiano, o que o coloca ao lado dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael como os homens mais laureados do Brasil nos Jogos Olímpicos, foram duas pratas no Rio, na C1 200 metros e na C1 1.000 metros – nas duas disputas, o alemão Brandel levou o ouro - além de um bronze no C2 1.000 metros, e um ouro em Tóquio, no C1 1.000 metros, em Paris, Isaquias foi comemorar a prata com a esposa, Laina Guimarães, e os filhos Sebastian, 0.6, cujo nome homenageia um adversário, o alemão Sebastian Brendel, que ficou em oitavo lugar na prova, com  3m51s44, e Luigi 0,1 mas quando foi colocar a medalha, cujo principal componente é o ferro retirado da Torre Eiffel durante sua manutenção, ela caiu no chão e, como diria Gil do Vigor, ficou lascada, um incidente que não é nada perto das pressões que sentiu por não estar competindo durante o ano sabático que passou em 2023, para acompanhar a gravidez de Laina e o nascimento de Luigi, tanto que apesar de não ter ido ao pódio da C2 500 metros com Jacky Goodmann e não ter ganho o ouro pedido pelo filho mais velho, agradeceu ao Time Brasil (ou seja, ao COB), a Confederação Brasileira de Canoagem, ao Ministério dos Esportes (começou no Programa Segundo Tempo e foi beneficiário do Bolsa Atleta), aos patrocinadores e a seu clube no Brasil, o Menguinho, que surgiu como um clube de regatas em 1895, e tem um xodó enorme pela Rebeca Andrade...  O Brasil terminou a sexta-feira com o ouro no vôlei de praia feminino, ganho pela mineira Ana Patrícia, 2.6, e pela sergipana Duda, 2.6,  na primeira vez que uma dupla brasileira alcançou o alto do pódio desde a estreia da modalidade no programa olímpico, nos Jogos de Atlanta, em 1996, com Jackie Silva e Sandra Pires, quando Adriana Samuel e Mônica ficaram com a prata, na Arena da Torre Eiffel, o ouro veio com uma vitória sobre as canadenses  Melissa Humana-Paredes e Brandie Wilkerson, derrotadas anteriormente na final do Pan de Santiago, em 2023, que chegaram a estar na frente por 8 a 2 no primeiro set, porém as brasileiras melhoraram a defesa conseguiram virar, fazendo 18 a 17, fechando com o placar de 26 a 24, após quatro “set-points”, com Duda fazendo ponto de manchete no contra-ataque, Melissa e Brandie  forçam os saques, jogam no erro das adversárias e abrem 18 a 11 no segundo set, que vencem por 21 a 12, no terceiro set, disputado no “tie-break”, a vitória veio com um domínio nos contra-ataques, sete pontos de Duda e cinco de Ana Patrícia, abrindo 7 a 4, depois de Brandie mandar uma bola de ataque para fora, quando o placar estava 12 a 7 para a dupla do Brasil, e ir discutir com Ana Patrícia na rede, revoltada com a marcação da arbitragem, cena que lembrou vagamente os embates das brasileiras com as cubanas na semifinal do vôlei de quadra, em 1996, Márcia Fu, corre aqui, porém a briga foi separada com um cartão amarelo para cada atleta e o DJ da arena, lotada com direito a muitos cartazes de “I Need Tickets” na entrada ainda tocou “Imagine” para pedir paz e o jogo ter sequência, com Ana Patrícia e Duda vencendo por 15 a 10, sendo que Ana Patrícia, nascida num Estado sem mar, só começou a praticar vôlei de praia aos 16 anos de idade, e apesar de ter feito dupla com Duda na base, o que inclui um ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude, em 2014,, elas competiram com parceiras diferentes ao chegar na categoria adulta e só voltaram a jogar juntas depois dos Jogos de Tóquio em 2021... Na estreia em Paris, Ana Patrícia e Duda venceram as egípcias Abdelhady e Elghobashy por 2 sets a 0, parciais de 21 a 14 e 21 a 19, na segunda rodada, ganharam das espanholas Liliana Fernández Steiner e Paula Soria Gutiérrez, 2 sets a 0, com parciais de 21 a 12 e 21 a 13, em seguida, a classificação para as oitavas-de-final chega ao derrotarem as italianas Valentina Gottardi e Marta Mengatti por 2 sets a 0, parciais de 21 a 17 e 21 a 10, logo depois, vem a vitória nas oitavas em cima de Akiko Hasegawa e Miki Ishii, do Japão, por 2 sets a 0, parciais de 21 a 15 e 21 a 16, nas quartas, as brasileiras superaram as letãs Tina e Anastasija por 2 sets a 0, parciais de 21 a 16 e 21 a 10, e nas semifinais, o triunfo foi sobre as australianas Mariafe e Clancy por 2 sets a 1, de virada, parciais de 20 a 22,  21 a 15 e 15 a 12, e a essa altura, Ana Patrícia e Duda foram as únicas representantes do país nas semifinais do vôlei de praia, tanto no masculino como no feminino, e o ouro foi a primeira medalha na modalidade desde 2016...



















Esse cabelo do ganhador do bronze no skate park é bastante familiar... Doutor, o que você foi fazer em Paris???...


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