sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Faltam Medalhas no Álbum de Figurinhas do Time Brasil...

Ana Patrícia, ouro no vôlei de praia, aparece no começo no álbum, porém sua parceira Duda não tem figurinha... 

 












Os Jogos Olímpicos de Paris chegaram ao fim no domingo, 11 de agosto, e na busca por uma lembrança do evento, pensamos nos bonecos dos Fryges, em português “Frígios”, não confundir com “pigios” (!!!) mascotes inspirados no barrete frígio, o chapéu vermelho originário da Frígia, na Ásia Menor, na região onde atualmente é a Turquia, usado pelos combatentes da Revolução Francesa e que se tornou o símbolo do regime republicano, na cabeça da “Marianne”, a mulher que aparece nas notas de real do Brasil e ganhou uma representação estilizada no símbolo dos Jogos Olímpicos, vide meme em que colocaram óculos escuros e chamaram de Nazaré Tedesco, também comparado com o gorro usado por Sassá Mutema na novela “O Salvador da Pátria”,  mas decidimos adquirir o álbum de figurinhas do Time Brasil, com cromos dos atletas brasileiros que competiram nos Jogos Olímpicos... Nem todos, na verdade, o que não é difícil de perceber porque os esportistas comparecem em ordem alfabética, então logo no inicio temos a figurinha da jogadora de vôlei de praia Ana Patrícia, que ganhou medalha de ouro nas areias da arena da Torre Eiffel, mas quando vamos procurar sua parceira de quadra, Duda, ela simplesmente não está no livro ilustrado, nem na letra “D” do apelido, só tem Duda Arakaki da ginástica rítmica e Duda Sampaio, do futebol, e nem no “M” do nome Maria Eduarda, onde está outra representante da ginástica rítmica, Maria Eduarda Alexandre... Certo, Ana Patrícia e Duda só começaram a jogar juntas profissionalmente depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, porém há outros medalhistas ausentes do livro ilustrado, o surfista Gabriel Medina, bronze na Polinésia Francesa, e o canoísta Isaquias Queiroz, prata nas águas de Vaires Sur Maine, essa questão de direitos de imagem é complicada, embora seja necessário reconhecer que a Panini, que publica o álbum, acertou em cheio na capa e na contracapa do álbum, pois todas as mulheres retratadas ganharam medalha, na capa, a skatista maranhense Rayssa Leal e a ginasta guarulhense Rebeca Andrade, que já tinham subido no pódio no Japão, a surfista Tatiana Weston-Webb, que ganhou sua primeira medalha olímpica neste ano, e na contracapa, a boxeadora Beatriz Ferreira e a futebolista Ludmila, todas elas sob um fundo verde fluorescente, em meio a chamas amarelas, seguindo o mote do álbum e do Time Brasil, “É o Brasa”, no fim do livro ilustrado há até figurinhas com o slogan “Onde tem fogo, tem brasa”, sem nenhum receio de alguém lembrar que “Brasa” era o apelido do cantor Roberto Carlos na época da Jovem Guarda, tirado da frase “É uma brasa, mora”, que inspirou o nome brasileiro do desenho “Os Brasinhas do Espaço”, da Hanna Barbera, cujo conceito surgiu nas histórias em quadrinhos dos Flintstones, com os “Cave Kids”, personagens mirins anteriores ao nascimento da Pedrita e da adoção do Bambam, mas aí já fugimos do assunto olímpico... Ops!!!... 




















Na capa e na contracapa, o livro ilustrado acertou bem em cheio, todas as atletas retratadas ganharam medalha...


































O álbum começa com a lista dos patrocinadores mundiais dos Jogos Olímpicos (15 empresas), os patrocinadores do Comitê Olímpico Brasileiro (20 empresas), dos parceiros oficiais, que incluem a Maurício de Souza Produções e o Movimento Verde-Amarelo, uma menção à Caixa Econômica Federal, “recursos das loterias federais”, uma imagem da Torre Eiffel tomada por chamas verdes, amarelas e brancas, além de uma apresentação com título em francês, “Bienvenue à Paris!!!” e conclusão em português, “Juntos, vamos em busca do ouro!!!”... A história dos Jogos é retratada em duas páginas sobre “Uma tradição que transcende ao tempo”, onde o protesto dos atletas negros dos Estados Unidos na Cidade do México, em 1968 está bem do lado do cãozinho Waldi, o primeiro mascote olímpico oficial, dos Jogos de Munique, em 1972, e o ursinho Misha de Moscou, em 1980 está perto do logo dos Jogos do Rio, em 2016, na sequência, os cromos mostram “O Sonho Olímpico Brasileiro”, começando não pelas medalhas do tiro em Antuérpia, nos Jogos de 1920, “sino” pela participação da nadadora Maria Lenk em 1932, que aos 17 anos “se torna a primeira brasileira a disputar os Jogos Olímpicos”, passando pelas medalhas de ouro de Joaquim Cruz em 1984, de Jackie e Sandra em 1996, de César Cielo em 2008, do vôlei masculino em 2004 e 2016 e do vôlei feminino em 2012, fechando com a prata de Rayssa Leal em Tóquio, outras glórias olímpicas brasileiras são exaltadas nas figurinhas prateadas do “Hall da Fama”, que incluem o bicampeão olímpico do salto triplo Adhemar Ferreira da Silva, as jogadoras de basquete Hortência e Paula, prata em 1996, mesmo ano do ouro de Jackie e Sandra, também incluídas na lista, o jogador de vôlei Bernard, prata em 1984, mas representado por uma foto recente, o velejador Torben Grael, então o maior medalhista brasileiro com duas medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze, a nadadora Maria Lenk e o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, bronze em 2004, além de uma relação de “Eternos ídolos do Hall da Fama”, que inclui os técnicos de vôlei Bernardinho e José Roberto Guimarães, o dirigente Sylvio de Magalhães Padilha, que competiu no atletismo, e representando o futebol masculino, ganhador de duas medalhas de ouro, três de prata e dois bronzes, e que ficou de fora do torneio olímpico de Paris, vencido pela Espanha, é representado pelo técnico Mário Jorge Lobo Zagallo, que dirigiu a equipe nos Jogos de Atlanta, em 1996... Depois de páginas sobre os locais de competição em Paris, Marselha e na Polinésia, com direito a figurinhas “I Love Paris” e “Merci”, e os Jogos da Juventude organizados pelo COB, com cromos das bandeiras da Paraíba, onde João Pessoa sediou a primeira edição, em 2004, e de São Paulo, pois Ribeirão Preto recebeu a competição em 2023, figurinhas prateadas dos maiores medalhistas do ano passado, a paulista Larissa Afonso Borba e o sergipano Daniel Santos Lima, além de cromos retratando a mascote dos Jogos, a jaguatirica Destemida e algumas revelações da disputa, casos de Natália Falavigna, Laís Souza, Poliana Okimoto e Rafaela Silva, os atletas de Paris comparecem em “Rumo ao Pódio”, com o mascote do COB, a onça Ginga, agitando a bandeira brasileira, os esportistas que já ganharam medalha tem direito a figurinhas brilhantes, de ouro, prata ou bronze conforme a posição no pódio, começando pelo boxeador Abner Teixeira,  bronze em Tóquio, seguido por outro ganhador do bronze no Japão, Alison dos Santos, o popular “Piu”, que repetiu o feito no Stade de France, e as jogadoras de vôlei Ana Carolina e Ana Cristina, prata em 2021... Ao lado de um cromo dourado, o de Ana Marcela Cunha, ouro na maratona aquática no Rio em 2016, está a figurinha de Ana Patrícia Silva Ramos, ouro em Paris, “mineira do interior, Ana Patrícia nasceu longe da praia, mas na areia alcançou a sua maior conquista a medalha de ouro no Panamaericano”, abaixo dela, Ana Sátila, a canoísta que ficou esperando por uma medalha, sem êxito... 
























Judoca Bia Souza, primeiro ouro do Brasil em Paris, está no álbum, mas Gabriel Medina e Isaquias Queiroz não...










































O livro ilustrado tem figurinhas dos padrinhos do Time Brasil, inclusive Zico, que foi assaltando em Paris, digo...


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