segunda-feira, 5 de agosto de 2024

RC Especial Modelo 2001 (off): O Genérico do "Acústico MTV"...

E para não ficar na cara a imitação da MTV, fizeram um show de efeitos especiais em "Por Isso Corro Demais"...































Em 2001, Roberto Carlos finalmente gravou para o “Acústico MTV”, um sonho que tinha há mais de meia década, ao ver outros nomes consagrados da música brasileira fazerem o programa, e lá foi o Rei trabalhar forte no banquinho, violão e piano, com o mesmo acompanhamento das “lives” que fez nos especiais globais de 1998 e 2000, reforçado com um time de violinistas, pois bem, o “Roberto Carlos Especial”, exibido pela Globo em 21 de dezembro de 2001 (no Viva, em 2018), apesar do comando de um diretor experiente em musicais, Roberto Talma, foi um genérico do programa da MTV, a maior diferença que é no canal musical, o repertório priorizou “standards” de Roberto, incluindo canções sobre a saudosa esposa do Rei, Maria Rita, porém de forma mais discreta do que no programa da Globo, o palco circular tentou se mostrar mais despojado que o cenário azul-bebê da MTV, e os closes em atores globais foram consideravelmente reduzidos em relação ao especial anterior, isso sem contar Roberto repetindo performances no violão e no piano, e a participações de Milton Guedes, Samuel Rosa do Skank e Tony Bellotto dos Titãs, que estiveram nos dois canais... O programa começa com o mosaico de cenas de filmes,  flagrantes de shows e capas de disco de Roberto Carlos, seu único lançamento em 2001 foi o CD do “Acústico MTV”, que os fãs informam estar atualmente fora de catálogo, bolinha na tela, “Rede Globo apresenta”, surge o logotipo “RC” transparente, mudaram o lado da estrelinha, o Rei vocaliza a introdução de “Todos Estão Surdos”, de 1971, entram animações reproduzindo a criação do mundo de Michelangelo, Roberto bate palmas no palco, agora a animação é de Moisés soltando uma pombo do alto de um monte, “direção Roberto Talma Rogério Gomes”, segue-se o desenho de uma aldeã palestina carregando um cachorro, uma ovelha talvez, a figura de Jesus Cristo transforma-se em um coração e reaparece entre mulheres com túnicas gregas, no palco, Roberto Carlos, todo de branco, na MTV ele usou um paletó azul, vem com a parte falada de “Todos Estão Surdos”, “Desde o começo do mundo,  Que o homem sonha com a paz, Ela está dentro dele mesmo, Ele tem a paz e não sabe, É só fechar os olhos e olhar pra dentro de si mesmo”, e canta, “Tanta gente se esqueceu, Que a verdade não mudou, Quando a paz foi ensinada, Pouca gente escutou”, foca no Rei do ponto de vista do baterista, “Meu Amigo volte logo, Venha ensinar meu povo, O amor é importante, Vem dizer tudo de novo”, foca nos violões em mais um “La la la la la la” e na plateia assistindo o Rei, close na guitarra e na bateria, mais palavra falada, “Outro dia, um cabeludo falou, ‘Não importam os motivos da guerra, A paz ainda é mais importante’,  Esta frase vive nos cabelos encaracolados, Das cucas maravilhosas, Mas se perdeu no labirinto, Dos pensamentos poluídos pela falta de amor, Muita gente não ouviu porque não quis ouvir, Eles estão surdos”, e cantada, após os aplausos, “Tanta gente se esqueceu, Que o amor só traz o bem, Que a covardia é surda, E só ouve o que convém”, foca na primeira global no gargarejo da noite, Cláudia Ohana,  “Mas meu Amigo volte logo, Vem olhar pelo meu povo, O amor é importante, Vem dizer tudo de novo”, um “La la la la la la” entre o violão e a plateia, close na guitarra, Regina Casé bate palmas ao lado de Mariana Ximenes, Roberto fala mais um pouco, “Um dia o ar se encheu de amor,  E em todo o seu esplendor as vozes cantaram,  Seu canto ecoou pelos campos, Subiu as montanhas e chegou ao universo, E uma estrela brilhou mostrando o caminho, ‘Glória a Deus nas alturas, E paz na Terra aos homens de boa vontade’, segura o microfone e canta também, “Tanta gente se afastou, Do caminho que é de luz, Pouca gente se lembrou, Da mensagem que há na cruz, Meu Amigo volte logo, Venha ensinar meu povo, Que o amor é importante, Vem dizer tudo de novo”, volta a camponesa, seguida por João Batista, a carroça puxada por um homem levando uma mulher de véu, a novela “O Clone” estava no ar, estreou poucos dias depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2011 nos Estados Unidos, havia curiosidade em torno da cultura muçulmana, um pastor com suas ovelhas, o Rei segue com seu “La la la la la la”, agora vem a imagem de Nossa Senhora com o Menino Jesus e depois do próprio Jesus Cristo adulto, também dando uma benção, close no piano e na guitarra, Roberto diz a frase obrigatória do show, “que prazer rever vocês” – e a direção sinaliza que vai copiar explicitamente a estética do “Acústico MTV” com algumas pequenas modificações, “Todos Estão Surdos”, além da lembrança dos 30 anos de lançamento do álbum de 1971, tem uma parte falada que é a cara das apresentações “unplugged” do canal musical, o resto é globalização, a orquestra completa, o “cast” na plateia, o Rei cantando em pé, porque na MTV tiveram a gentileza de trazer um banquinho, digo... Entra uma vinheta com velocímetros voadores, antecedendo a apresentação de “Parei na Contramão”, de 1963, a arte parece familiar, sim, o primeiro filme da série “Velozes e Furiosos” foi lançado no Brasil em 28 de setembro de 2001, as barras horizontais no alto e em baixo da tela dão uma aparência “cinematográfica” ao número, Roberto está com camisa e calça brancas, bateria e violão no acompanhamento, “Vinha voando no meu carro, quando vi pela frente, Na beira da calçada um broto displicente, Liguei o pisca-pisca pra esquerda e entrei, A velocidade que eu vinha, não sei, Pisei no freio obedecendo ao coração e parei, Parei na contramão”, mais bateria, mais guitarra, mais violão, bateria e violão, o Rei entre os músicos do violão e da guitarra, a câmera passeia entre Roberto e o acompanhamento, feat. maestro Eduardo Lages no piano, o Rei entre os titulares da bateria e do violão, apresentando a gaita de Milton Guedes trabalhando forte na parte instrumental, o cantor se anima e canta com palmas, não segurando o riso quando volta a cantar, close no piano Essenfelder, Guedes e a gaita, “Quando me livrei do guarda o broto não vi, , Mas sei que algum dia ela vai voltar, E a buzina dessa vez eu sei que vai funcionar, E a buzina dessa vez eu sei que vai funcionar, E a buzina dessa vez eu sei que vai funcionar”, tome gaita, Roberto se alegra e abraça Milton Guedes – que na MTV saiu da plateia para fazer o instrumental com a gaita, na Globo ele ficou ao lado do Rei, sempre dentro da diretriz de não os mostrar juntos para não entregar a cópia, voltou tocando para o gargarejo e foi chamado por Roberto para um abraço e de agradecimento... Roberto Carlos fala no primeiro corte do “podcast” dos bastidores, usando jaqueta jeans, “quando eu entro no palco, já muda tudo, já o nervosismo passa a ser a emoção, e aí eu me sinto em casa, me sinto em casa, e a sensação que eu tenho é que cada pessoa da plateia é uma pessoa da minha família, é bom isso, eu gosto de observar a plateia, observar olhando nos olhos das pessoas, e uma coisa que eu faço, mesmo quando eu olho a distância, o público a distância, às vezes um público muito grande, uma distância, sei lá, de 100, 200 metros, mesmo assim eu tenho a perfeita sensação que estou olhando as pessoas nos olhos”, servindo de deixa para “Emoções”, de 1981, a plateia aparece na parte das “histórias que eu contei aqui”, o pianista é focalizado “dis costas”, no momento do instrumental, é focalizada a atriz Giselle Tigre, a professora Linda de “Palhação”, que está chorando, Roberto fica parado, sem arriscar a dancinha típica dos shows, força no piano, o Rei aplaude, agora são mostrados Suzana Werner, que apresentou por um breve período em 2001 o “Você Decide”, que substituiu o “Vale a Pena Ver de Novo” entre as reprises de “Roque Santeiro” e “A Gata Comeu”, junto com seu namorado e futuro marido, o goleiro Júlio César, o próprio, olha a plateia de novo, o palco visto do alto, Roberto abre os braços e faz o gesto das emoções se repetindo, close em Antônio Grassi, o Jalecão de “Palhação”, Juliana Knust observa o Rei trocar o gemidinho no final por uma extensão da palavra “vivi”, foca na plateia aplaudindo, close em Lúcia Veríssimo, que como Juliana, volta a comparecer na plateia, que ganha mais um plano geral, entra vinheta com "Todos Estão Surdos" – ao contrário do corte de Roberto Carlos, o público presente ao show foi muito pouco focalizado, se tirar os closes no elenco da Globo, menos ainda, na maior parte do tempo, o olhar da câmera foi para o Rei, até colocaram menos cenas da orquestra para reforçar a tentativa de imitar o estilo intimista do “Acústico”, e sim, Roberto cantou “Emoções” na MTV, apesar do negócio da emissora que pertencia no Brasil ao grupo Abril até 2013, ser o rock, claro que com clipes e acústicos eles atraíram outros segmentos da música brasileira, o Rei foi a cereja do bolo, e a “playlist” deles privilegiou as incursões de Roberto pelo ritmo... A vinheta volta do intervalo com aplausos, cigarros voam pela tela até surgir a placa de “É Proibido Fumar”, Roberto Carlos interpreta a música de 1964, acompanhado pelos violões de Samuel Rosa, do Skank, e Tony Bellotto, dos Titãs, além da gaita de Milton Guedes, uma ajeitada no cabelo, close no baterista, as faixas pretas em cima e em baixo da tela tentam dar um ar de videoclipe ao número, Roberto dá um salve, “Samuel Rosa!!!”, quando o músico faz o violão solo, “Eu pego a garota e canto uma canção, E nela dou um beijo com empolgação, Do beijo sai faisca e a turma toda grita, Que o fogo pode pegar, Nem bombeiro pode apagar, O beijo que eu dei nela assim, Nem bombeiro pode apagar, Garota pegou fogo em mim, Sigo incendiando bem contente e feliz, Nunca respeitando o aviso que diz, Que é proibido fumar, Que é proibido fumar”, close na gaita, Samuel Rosa arremata com o violão, e ganha um abraço de Roberto – na MTV, o Rei precisou apenas do vocalista do Skank para lhe acompanhar em “É Proibido Fumar”, que a banda mineira gravou em 1994, e a produção da Globo tomou o cuidado de levar ao ar apenas uma única cena em que os dois aparecem juntos, exatamente o abraço no fim, priorizando os “takes” ao lado do integrante dos Titãs, junto com as intervenções de Milton Guedes, que no “Acústico” faz sua guitarra interagir com Roberto em “Parei na Contramão”... Segue-se depoimento de Roberto Carlos na “live” do ensaio, sob fundo preto, um esforço de minimalismo para imitar o “Acústico MTV”, “a gente sabe que as histórias de amor tem muitas diferenças, né, mas o amor ele é, existe para ser bem sucedido”, no palco, a música é “Eu Te Amo, Eu Te Amo, Eu Te Amo”, do disco “O Inimitável”, de 1968, aqui num contexto de imitação do programa da MTV, digo, lá ele cantou sentado, na Globo não providenciaram um banquinho e o Rei cantou de pé mesmo, Cláudia Ohana, a Aurora de “As Filhas da Mãe”, se agita na plateia, notem o coral fazendo “backing vocal”, tocam os trompetes,  “Eu te amo, Eu te amo, Eu te amo”, Roberto movimenta o microfone, a plateia e o pessoal do violão em foco, Regina Casé, a Rosalva de “As Filhas da Mãe”, acompanha, tome teclado no refrão, Rafaela Mandelli, a Nanda de “Palhação”, é focalizada enquanto conversava na plateia, “nas o dia que eu puder te encontrar, eu quero contar o quanto sofri, por todo esse tempo, que eu quis lhe falar”, plano aberto do palco, “Eu te amo, Eu te amo, Eu te amo”, André De Biase, o Vinícius de “Palhação” acompanha a canção, o teclado trabalha forte na parte instrumental, o Rei aplaude com reverência, Juliana Knust e Anderson Muller sorriem satisfeitos, também, são praticamente os únicos membros do “cast” da Globo que viram este especial e o anterior no gargarejo,  um pouco de trompete antes do refrão, o baterista está inspirado, close na mão do trompetista, “Eu te amo, Eu te amo, Eu te amo”, com o coral ao fundo e closes relâmpago no sax, o “backing vocal” e seu “ouououou” – notem que a câmera evitou focalizar o maestro Eduardo Lages o especial todo, não que sua presença fosse necessária em boa parte das apresentações, porém a produção acreditou que não mostrar o arranjador dos shows de Roberto deixaria o programa mais parecido com o “Acústico”, que coisa, não... Roberto Carlos fala, “eu desejo amor, eu desejo que as pessoas se amem, e que tenham um grande amor, um verdadeiro amor, porque é um privilégio”, no palco, o Rei interpreta “É Preciso Saber Viver”, da trilha do filme “O Diamante Cor de Rosa” e do disco de 1975, close na bateria, lá vem mudança na letra,  “Se o bem e o bem existem,  Você pode escolher”, mais um close na banda, “É preciso saber viver,  É preciso saber viver, É preciso saber viver, É preciso saber viver, Saber viver”, antes era “Se o bem e o mal existem”, corta para Tony Bellotto fazendo o instrumental no violão, auxiliado por Milton Guedes e sua gaita, Roberto aplaude, “Toda pedra do caminho, Você pode retirar, Numa flor que tem espinhos, Você pode se arranhar, Se o bem e o bem existem, Você pode escolher, É preciso saber viver”, olha o “easter egg” do maestro Lages no piano, Guedes faz “backing vocal” – nem é preciso dizer que na MTV o “feat” foi de Tony Bellotto, que gravou “É Preciso Saber Viver” com os Titãs em 1998, assim, valeu a mesma norma da parceria com Samuel Rosa, evitar os dois no mesmo quadro, o que só aconteceu duas vezes durante a apresentação... Ops!!!...

















Samuel Rosa repetiu o dueto que fez com o Rei na MTV, da mesma forma que Milton Guedes e até Tony Bellotto...































Na volta no intervalo, aplausos e foco nas guitarras pois Roberto Carlos vai interpretar “Por Isso Eu Corro Demais”, do disco de 1967, a plateia acompanha, mais um close na guitarra, panorâmica do público, o Rei puxa pela memoria a letra, foca na guitarra então, um close no piano de Antônio Wanderley, palmas para a guitarra solo, um sorriso no final, “Se você vivesse sempre ao meu lado eu não teria, Motivo pra correr e devagar eu andaria, Eu não corria demais, agora corro demais, Corro demais, só pra te ver, meu bem, Só pra te ver, meu bem, Só pra te ver, meu bem, Só pra te ver, meu bem”, aplausos – para diferenciar a apresentação da realizada na MTV, onde o acompanhamento foi de guitarra e violões, Roberto cantou de pé, no “Acústico” ele usou o banquinho, e a produção promoveu o retorno do show de efeitos especiais do especial anterior, projetando no fundo do cenário azul um “cineminha” com cenas do filme “Roberto Carlos a 300 Km por Hora”, inserção que deixou a tela muito carregada visualmente, tanto que foi suprimida no último minuto da música... Outro lugar em que o fundo inserido eletronicamente foi dispensado é na “live”, onde Roberto Carlos declara, “nesses dez anos eu fiz músicas falando do amor, continuei falando do amor, só que, músicas sempre falando de um amor bem-sucedido, super bem-sucedido, né, de repente um dia eu tava analisando meu repertório pra fazer um disco que eu tava querendo fazer, e eu comecei a perceber que as músicas que eu fiz nesses dez anos são músicas de amor falando de um amor feliz, de um amor muito bem sucedido, músicas de amores alegres, né, de um amor alegre, como Quando Eu Digo Que Te Amo, Mulher Pequena” – pode-se ouvir “Coisa Bonita” no piano – “Coisa Bonita”, enfim, logicamente todas essas canções são feitas para a mulherita” – nem é preciso dizer que essa fase coincide com o relacionamento de Roberto com Maria Rita, porque no período imediatamente anterior, no fim dos anos 1980, separando-se de Myriam Rios, as músicas faziam doer o cotovelo e o joelho, como diria Erasmo Carlos... No palco, Roberto Carlos afirma, “essa canção é um retrato de como somos, Maria Rita e eu”, close no teclado, o Rei canta “O Grude (Um do Outro)”, de 2000, Guilherme Fontes e Joanna na plateia só observam, close no trabalho forte no piano, close no violão, “Nosso amor é a coisa mais linda, São só cenas de amor, Todo tempo que passa, Porque o tempo todo a gente, Se beija e se abraça”, um assobio para acompanhar o piano solo, olha o violão de novo, uma panorâmica do palco, mais piano, “Nosso amor é a coisa mais linda,, São só cenas de amor, Todo tempo que passa, Porque o tempo todo a gente, Se beija e se abraça”, o Rei agradece às palmas de Giselle Tigre, Antônio Grassi, Rafaella Mandelli, André De Biase e demais integrantes do elenco da Globo presentes na plateia – sim, o assobio na parte instrumental também está presente no “Acústico MTV”, onde o acompanhamento foi feito essencialmente pelo piano e pelos violinos, dá para ver o pessoal do violão descansando e consultando as partituras... A vinheta do intervalo vem com “Todos Estão Surdos” e volta com as palmas do público, Roberto Carlos pega o banquinho e começa a tocar os acordes iniciais de “Detalhes” no violão, o palco visto do alto parece um relógio sem ponteiro, o Rei acompanha a si mesmo na música que lançou em 1971, “Não adianta nem tentar me esquecer, Durante muito tempo em sua vida, Eu vou viver, Detalhes tão pequenos de nós dois, São coisas muito grandes pra esquecer, E a toda hora vão estar presentes, Você vai ver”, Rodrigo Faro e esposa só observam, Cláudia Abreu apoia a cabeça sobre o braço, Mariana Ximenes pousa o queixo sobre as mãos, o palco por inteiro, Rafaela Mandelli leva o indicador a boca, close nas mãos do cantor “violando o tocão”, Cláudia Abreu prestando atenção, Cláudia Ohana e Elizabeth Savalla atentas a canção, “À noite, envolvida no silêncio do seu quarto, Antes de dormir você procura o meu retrato, Mas da moldura não sou eu quem lhe sorri, Mas você vê o meu sorriso mesmo assim, E tudo isto vai fazer você, você lembrar de mim”, o rosto de Mariana Ximenes em close, as mãos do Rei, Joanna ouve pensativa a parte de dizer o nome da pessoa errada (!!!), Roberto visto da plateia, olha o pianista aí, o Rei pede, a plateia, incluindo Elizabeth Savalla, canta, “Por isso”, o cantor completa, “De vez em quando você vai”, Roberto sorri, a atriz também,  “Você vai lembrar de mim, Não adianta nem tentar me esquecer, Durante muito muito tempo em sua vida, Eu vou viver, Não adianta nem tentar, Me esquecer”, palmas do público, um close no teclado do piano, Mariana Ximenes aplaude - é a produção querendo compensar a ausência dela do especial anterior, no ano em que se destacou na novela “Uga-Uga” como Bionda e agora tanto ela quanto Elizabeth Savalla estavam no elenco de “A Padroeira”, como Isabel e Imaculada, novela que não foi um grande sucesso quando foi produzida, porém anos depois, em 2017  ganhou reprise na TV Aparecida, pois a novela traz a história da descoberta da imagem de Nossa Senhora na região do Vale do Paraíba, misturada com a trama do romance “As Minas de Prata”, de José de Alencar, naquele que foi o último trabalho do diretor Walter Avancini, substituindo quando saiu de cena em 26 de setembro de 2001 por Roberto Talma, por acaso o diretor de núcleo responsável pelo especial do Rei”, quanto a “Detalhes”, o esquema “banquinho e violão” é o mesmo do “Acústico”, nenhuma novidade, já foi feito em shows e especiais anteriores, desta vez com as frases da letra mais pontuadas, sem closes nos globais presentes da plateia, sempre dá para argumentar que os convidados são diferentes do programa anterior, no final da apresentação da MTV dá para notar que Malu Mader e Tony Bellotto estavam no gargarejo... Com a palavra, Roberto Carlos, “eu descobri que quando a gente tem um amor verdadeiro, quando se ama, quando duas pessoas se amam verdadeiramente, são as almas que se amam, e aí é que o amor é eterno, porque as almas são eternas, então o amor das almas logicamente é um amor eterno, assim é... o nosso amor, Maria Rita e eu nos amamos assim, são nossas almas”, Roberto sorri, corta para o palco, o Rei canta “Amor sem Limite”, uma das homenagens a saudosa esposa feitas no disco de 2000, a câmera passeia pelo palco, close na guitarra e no piano na penumbra, foca no teclado, “Vivo por ela, Ninguém duvida, Porque ela é tudo, Na minha vida”, olha a guitarra aí, o Rei gesticula para mostrar que o amor não cabe no peito, apontando para o alto porque o amor é para a eternidade, toca o teclado, “Vivo por ela, Ninguém duvida, Porque ela é tudo, Na minha vida”, o palco visto da plateia, foca nas guitarras e na bateria, “Por ela esse amor infinito,  O amor mais bonito, É assim nosso amor sem limite, O maior e mais forte que existe”, foca na turma dos violões, olha aí o baterista, o Rei anda pelo palco levando o microfone, vem o solo de guitarra, o ex-futebolista Zico acompanha, Roberto pede aplausos, para o guitarrista, não para o Galinho, ele torce para o Vice (!!!),  close nos pratos da bateria, o coral atrás do Rei, close no teclado e no piano, “Vivo por ela, Ninguém duvida, , Porque ela é tudo, Na minha vida”, olha o tecladista aí, lembraram do sax e do trompete, inclusive na hora dos aplausos e do murmúrio do Rei - não, “Amor Sem Limite” não está na “playlist” da MTV, tanto que não houve a preocupação de enxertar os globais do auditório durante o número, só mesmo Zico, que apesar de ter estrelado o filme “Uma Aventura do Zico”, não é ator, nem dá para lembrar do “reality-show” “No Limite”, porque em 2001, apesar da sequência de êxitos do horário das oito ter continuado com “Porto dos Milagres” e “O Clone”, compensando percalços em outras faixas, como “A Padroeira” e “As Filhas da Mãe”, a Globo sofreu um gigantesco abalo com a estreia da primeira “Casa dos Artistas” no SBT, em 28 de outubro, que relegou a terceira temporada de “No Limite” ao esquecimento, ao menos até o canal Viva resgatar a atração apresentada por Zeca Camargo uma década e meia depois, e obrigou a emissora, enquanto via o “Fantástico” ser derrotado inapelavelmente pelo “reality” de Silvio Santos, a acelerar a estreia do “Big Brother Brasil”, antecipando de abril para janeiro de 2002, isso depois do diretor de núcleo Luis Gleiser, ter sido trocado por Bofinho... Roberto Carlos filosofa sobre o amor, a título de “teaser”, “na verdade, o amor verdadeiro ele não tem medida, né, a medida” – esfrega o olho – “a verdadeira medida do verdadeiro amor é o amor sem limite, então não tem medida, não tem nada que possa medir o verdadeiro amor” – os depoimentos com que Roberto Talma substituiu os “stand-ups” que antecediam as músicas apresentada por Roberto nos especiais servem aqui também como diferencial em relação ao programa da MTV, pois é, não é...


































Pois é, né, MTV, só a Globo podia ter na plateia o Alexandre Toledo, digo, o Guilherme Fontes, além de JC+SW...






























Entra a introdução de “Todos Estão Surdos”, a vinheta vai e vem, entra o depoimento de Roberto Carlos, “a minha música preferida hoje, de todas as que eu fiz na minha vida é Eu Te Amo Tanto, a música de amor mais... mais forte, mais, na minha opinião, a mais bonita do ponto de vista do amor, é, do amor, que é uma das canções que eu faço pra Maria”, vem a foto do casal, e Roberto canta não a música que citou, “sino”, “Quando Digo Que Te Amo”,  do disco de 1996, versão dele e de Erasmo para uma canção de Howard Dean Mccluskey, acompanhando pelo piano, mais uma foto de Maria Rita sorrindo, também em fusão com o Rei cantando, outro flagrante do casal, o gesto do conta-gotas ilustra a letra, “E se alguém me perguntar, Se é possível se medir o meu amor, Eu vou falar, Que é o mesmo que contar, Com um conta-gotas, Quantas gotas tem o azul do mar”, olha o casal de novo, “Mas se você quer saber, O tamanho desse amor que é tão bonito, Eu não sei o dizer, Pois não sei qual o tamanho do infinito”, nova fusão, close no sorriso de Maria Rita, “Quando digo que te amo,  Eu ainda estou mentindo, Se o que eu digo de mais lindo, Ainda é pouco pra esse amor”, Roberto acrescenta, “quando duas pessoas se amam, amam verdadeiramente, são as almas que se amam”, e voltando ao palco, “eu não toco piano, mas essa canção é especial, eu quero mostrar como ela foi composta, eu componho, faço alguns acordes, componho assim, com os poucos acordes que sei, e foi assim, é assim que tenho feito as canções que faço, e é assim que fiz essa canção, como muitas que tenho feito, faço e farei, pra Maria Rita”, a plateia aplaude, e agora sim, se acompanhando no piano, Roberto Carlos vai de “Eu Te Amo Tanto”, do disco de 1998, escrita pouco depois de saber do diagnóstico da esposa, que saiu de cena em dezembro de 1999, “Eu não me acostumo sem seus beijos,  E não sei viver sem seus abraços, Aprendi que pouco tempo é muito, Se estou longe dos seus braços, E por isso eu te procuro tanto, E te telefono a toda hora, Pra dizer mais uma vez ‘te amo’, Como estou dizendo agora”, o foco é no interprete, visto de perto e de longe, uma tomada da plateia, com Luana Piovani, Evandro Mesquita, Lúcia Veríssimo, Joanna, o Rei toca o piano com sofreguidão, o “travelling” agora é no sentido inverso, Joanna, Lúcia Veríssimo, Evandro Mesquita, Luana Piovani, também mostrada em close, ouvindo atentamente a música, os dois tecladistas do RC também são destacados, na parte instrumental, “Faço qualquer coisa nessa vida, Pra ficar um pouco do seu lado, Todo mundo diz que não existe, Ninguém mais apaixonado”, Elizabeth Savalla acompanha com a cabeça pousada sobre a cabeça do filho, Thiago Picchi, voltam os tecladistas, na panorâmica, Cláudia Ohana, close no Rei, agora vem Guilherme Fontes, o próprio, que em 2001 protagonizou a novela "Estrela Guia" ao lado da cantora Sandy, Evandro Mesquita, que compareceu cantando no especial de 1984, Joanna, idem em 1982, Lúcia Veríssimo e Luana Piovani, a própria, “Meu amor, você é minha vida, Sua vida eu também sei que sou, Cada vez mais juntos, Quem procura por você, Sabe onde estou”, foca em Lúcia Veríssimo, “Olha, eu te amo tanto e você sabe, Sou capaz de tudo se preciso, Só pra ver brilhar a todo instante, No seu rosto esse sorriso”, palmas, inclusive de Alexandre Toledo, quer dizer, de Guilherme Fontes, Roberto sorri, “obrigado” – a apresentação seguiu o mesmo roteiro do “Acústico MTV”, a diferença é que não entraram imagens de Maria Rita antes, e nem closes de globais durante a música...  Depois do intervalo, a vinheta chega com os acordes iniciais de “Além do Horizonte”, do disco de 1975 (o do cachimbo), que Roberto Carlos canta em pé, no centro do palco, Regina Casé e Mariana Ximenes só observam, close na guitarra, no violão, na bateria, fazendo aquela alteração básica na letra, “Quando você vem comigo, tudo isso tem valor, Só vale o paraíso com amor”, antes de Maria Rita era  “Se você não vem comigo nada disso tem valor, De que vale o paraíso sem amor”,  e tome “lararalaralara”, Lúcia Veríssimo e Luana Piovani lado a lado, Cláudia Ohana avulsa, agora um plano solitário de Lúcia, voltam os versos modificados, foca no palco circular visto do alto, “Além do horizonte existe um lugar, Bonito e tranquilo, Pra gente se amar”, close na bandana de Giselle Tigre, a professora Linda de “Palhação Múltipla Escolha”, um clássico do Viva, um pouco mais de “lararalaralara”, olha Rodrigo Faro com a dona Vera colocando a cabeça em seu ombro, “como tá a audiência???”, “lararalaralara” antes dos aplausos, quando uma tomada mais aberta da plateia permite ver Giselle e outros atores que contracenaram com ela em “Palhação”, André De Biase, Antônio Grassi (Jalecão), Rafaela Mandelli – na MTV, “Além do Horizonte” abre o “Acústico”, com mudança na letra e tudo, o que muda em relação a gravação global é que o Rei canta sentado em um banquinho, sem contar que a emissora foi usar o nome da canção em um nome de novela somente em 2013, e “Além do Horizonte” só não é menos “esquecível” porque precedeu no horário das sete uma quase unanimidade negativa da faixa, “Geração Brasil”, isso apesar de Seu Jorge ter gravado a música para a abertura, anos depois da versão do Jota Quest, de 2005, que não mexeu na letra... Roberto Carlos diz na “live” do ensaio, “o meu desejo pras pessoas, amor, que elas tenham realmente um grande amor, um amor verdadeiro, desse tipo de amor que eu disse que são as almas que se amam, ter um amor assim e um privilégio, e é esse privilégio de ter um amor verdadeiro, que eu desejo pra todos vocês, um amor sem limite” – não por acaso, “Amor Sem Limite” é tocada no piano – “como o nosso, da Maria Rita e eu, um Feliz Natal e um ano maravilhoso para todos, com muito amor, Deus abençoe a todos”, no palco, Roberto canta “Jesus Cristo”, de 1970, foca na plateia batendo palmas vista de longe, no baterista e nos violões da orquestra, Juliana Knust, Anderson Muller e Giselle Tigre acompanham,  na fila de trás o Jalecão também (!!!), atrás de Guilherme Fontes estão Felipe Camargo e Jorge Pontual, os próprios, o Rei pede a plateia que cante, “quero ouvir!!!”,  assim o fazem os globais no gargarejo, Roberto sorri e bate palmas, atrás do trio Joanna, Lúcia Veríssimo e Luana Piovani estão Roberto Bontempo e Flábio Vilaverde, o Rei agradece, “obrigado, obrigado, por tudo, por esse carinho, por esse amor, mais uma vez com essa plateia maravilhosa, cheia de celebridades, obrigado, obrigado pela presença de vocês”, Giselle Tigre sorri, Luana Piovani canta junto, “obrigado, obrigado, obrigado, obrigado”, a plateia levanta-se para aplaudir, “esse disco, esse show, esse programa, eu dedico a Maria Rita”, palmas, uma panorâmica dos globais no auditório, chegam as flores, o maestro se divide entre reger a orquestra e observar a distribuição, que começa com uma rosa branca, Lúcia Veríssimo pegou uma flor, mas deixou cair no chão, rindo litros, outra rosa branca vai direto nas mãos de Guilherme Fontes, a garota ao lado de Luana Piovani antecipa-se para pegar uma rosa vermelha, o Rei sorri, agora foi, Luana, nem precisa reclamar nas redes sociais (!!!), Lúcia Veríssimo oferece sua rosa a Joanna, Roberto arremessa longe agora, na primeira fila, todo os atores da Globo estão com sua flor na mão, a prioridade da distribuição é para a turma do fundão, Giselle Tigre ainda não recebeu, terminam as flores, chega mais um buquê para o Rei oferecer, Mariana Ximenes está com a sua, entram os créditos, a esquerda da tela, “músicos convidados Tony Bellotto, Milton Guedes Paulinho Galvão Samuel Rosa Paulinho Ferreira, Jurim Moreira Fernandinho Souza, Grupo Comunion”, mais flores para a plateia, “arranjos e regência Eduardo Lages”, a “playlist” do especial tem 14 músicas – na MTV foram 15 – Roberto deixa o palco, “obrigado, obrigado, um Feliz Natal e um Ano Novo Maravilhoso, Deus abençoe a todos, obrigado”, lançando uma rosa na saideira, recolhida por Lúcia Veríssimo, Joanna ri e mostra a flor que foi dada a ela pela atriz, o Rei agradece, surge a imagem de Maria Rita, “Dedico este programa com todo meu amor a Maria Rita, Roberto Carlos”, sob fundo preto, bolinha na tela, “Realização Central Globo de Produção © 2001 TV Globo Ltda” – “Jesus Cristo” é a  mesma música que fecha o “Acústico MTV”, inclusive no que diz respeito a dedicatória e a oferta de flores, que coisa, não...

















































E o Rei alterou a letra das músicas que ele próprio compôs em "É Preciso Saber Viver" e "Além do Horizonte"...


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