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Para marcar homenagem ao empresário de ônibus paulista, Caio Vitória foi preparado nas cores da Brasil Luxo... |
No último sábado, a festa do ônibus aconteceu em Campinas, no parque que era pedreira, e em uma de suas encostas foi afixada uma escultura representando a silhueta de Ulysses Guimarães – “Ulysses!!! Ulysses!!!”, como diziam no “Viva o Gordo” quando o Viva exibia – inspirada numa famosa foto de Orlando Brito, que evoca a figura do político que saiu de cena em um acidente de helicóptero em 1992 e dá o nome oficial ao parque... A festa do ônibus também tinha o seu homenageado, um conhecido empresário do setor, com empresas nas regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas... Uma reverência que era feita logo após a entrada do Parque, onde estavam frente a frente dois ônibus de empresas de seu portfólio, o Caio Vitória da Brasil Luxo e o Apache Vip V da Sambaíba, além de veículos rodoviários da Rápido Campinas e da VB, e as jardineiras clássicas de uma empresa que foi incorporada ao grupo, a Caprioli, sempre as preferidas da garotada amiga... As maiores novidades em termos de raridades restauradas vieram do Rio de Janeiro e ocuparam uma posição de destaque no centro do parque... O primeiro a chegar foi um Ciferal Tocantins, pintado nas cores da Viação Redentor, azul e cinza, com letreiro e “capelinha” da linha 240, Carioca/Cidade de Deus, que num primeiro momento evoca as fotos que o Pato Donald fez dos ônibus da capital fluminense nos idos de 1982... Um olhar mais atento, porém, nos leva para o ano seguinte, 1983, mais precisamente até a novela “Pão Pão Beijo Beijo”, onde o protagonista Ciro (Cláudio Marzo) era motorista de ônibus, que perde seu emprego quando é culpado pelo atropelamento de Soró Sereno (Arnaud Rodrigues), quando na verdade, ele desviou o Marcopolo III “frescão” da Redentor para não bater com o Passatão branco de Bruna (Elizabeth Savalla), a verdadeira responsável pelo acidente... Apesar de ter levado Soró para o hospital, Ciro é mandado embora da empresa, e ao sair da garagem para ir atrás de Bruna, aparecem alguns ônibus, entre eles um da linha 240 – só que era um Thamco Condor, ainda assim uma evolução do Ciferal Tocantins, pois a Thamco surgiu da sucursal paulista da própria Ciferal... De qualquer forma, o veículo já trouxe lembranças suficientes para tocar a música tema da novela, cantada pelo grupo Rádio Táxi, “sanduíche de coração, sanduíche, iche, iche, iche”... A outra raridade carioca é mais recente, um Torino GV pintado nas cores da Viação Acari, este lembrando o clássico funk de MC Batata, “tudo isso tu encontra numa rua logo ali, é molinho de achar, é lá na feira de Acari”...
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E frente a frente com o modelo clássico estava um Apache Vip V 2023 que atualmente é operado pela Sambaíba... |
Na frente do setor do homenageado, ao lado das bancas de fotos e miniaturas, estavam modelos rodoviários que ostentam as cores de empresas renomadas, mas que são mantidas por particulares abnegados, que nem sempre obtém respaldo dessas organizações... O primeiro é um Marcopolo Viaggio nas cores da Salutaris, com uma vendedora de algodão-doce bem na sua frente, a direita de um Nielson Diplomata que até possui vestígios da pintura da Garcia, porém o dono, que o transformou em motorhome, o mantém branco, ao contrário do que fez o dono do Diplomata ao lado, que ao descobrir o histórico do veículo na São Geraldo, imediatamente o pintou de acordo com o padrão da empresa absorvida pela Gontijo... O próximo Diplomata, um 380, também é branco, mas estava emparelhado com um Tribus com o inconfundível amarelo da Itapemirim, hoje pertencente à Suzantur, que hoje opera apenas uma pequena fração das linhas da empresa, inclusive quatro horários na linha São Paulo-Rio, por muitos anos, o carro-chefe da empresa sediada nas encostas de Cachoeiro do Itapemirim, e um Comil Campione que foi da Breda, mas já na fase da BR Mobilidade, liderada pela Piracicabana, de capota vermelha, indicando o uso em fretamento, na região do Itaú Unibanco, no Tatuapé, tem muitos, enquanto os carros de linha tem a capota azul, porém a norma tem suas exceções, e alguns veículos de teto vermelho estavam em ação na rodoviária de Campinas... Os urbanos dão as caras com um New Torino de demonstração da Mercedes Benz, um Apache Vip V da empresa Campo dos Ouros, de Guarulhos (referência ao ouro de aluvião muito procurado pelos exploradores portugueses no século XVI...), e os Apache Vip do Grupo Mov, que operam linhas municipais nas regiões de Sumaré, na cor laranja, Louveira, azul, Paulínia, um Vip V verde, e Boituva, outro Vip V, com uma referência à prática de paraquedismo na região, conhecida também pela produção de refrigerantes... Chegamos aos municipais de Campinas, liderados por um Apache Vip V verde, ano modelo 2022, próximo a um Viale BRS articulado 2014, azul, e também de um Mega Plus na mesma cor, ano 2013, muito comum no Rio de Janeiro, porém difícil de encontrar em São Paulo, e ainda entre os azuis, um Caio Millenuim 2007, posicionado junto a um Millenuim BRT articulado laranja 2015... Mais a frente, estão o Apache VIP V trucado, o Viale BRS Padron e o Viale BRS articulado da Itajaí, nas cores amarela e branca, além do símbolo do recém-implantado BRT de Campinas, um ônibus nas cores do arco-íris, perto de um Gran Viale biarticulado 2007, também da Itajaí... Completam a amostra representativa da cidade-sede da festa o Comil Doppio amarelo da Capellini, que opera linhas metropolitanas, e um caminhão-tanque da Vila Real, nome que deixa entrever a ascendência portuguesa do homenageado, pois é o nome de uma cidade do país europeu... Os rodoviários reaparecem com o Monobloco MBB O371 de uma equipe de ciclismo, modelo que era fabricado e testado na própria Campinas, sede de uma das unidades fabris da montadora alemã, do tempo que os compradores de Mercedes no Paraguai levavam seus carros pata consertar nas revendas de caminhões, os dois Comil da Oliveira, o Ciferal Flecha de Prata, não confundir com o Papo Amarelo que aparece no primeiro capítulo de "Senhora do Destino", que acaba de terminar no Viva, os Flechas com a pintura azul e amarela da Cometa, 6533 e 7085, o 7387, pintado de vermelho, o cinza, sem numeração, o 4222, um Dinossauro 1979 que mantém o letreiro original da Cometa na parte, parecido com o das fotos do conhecido dirigente da empresa, João Havelange, na fase dos Maschioli, e o 6086, este com um acampamento de proprietários de Flechas ao lado, porque o sonho secreto de grande parte dos proprietários desse modelo e revender ele a um preço muito superior ao que adquiriu, em geral da própria Cometa, hoje pertencente ao Grupo JCA, que tinha como um dos pilares de seu modelo de negócio a venda de ônibus usados... A Vipbus, empresa especializada na manutenção de ônibus, veio com o Monobloco MBB O321 1968, um Marcopolo III 1977, o Marcopolo Viaggio 1991 com a pintura da extinta Soletur, evocando uma fase que a força das grandes agências de turismo estava nas excursões rodoviárias, e o Caio Gaivota 1975, com o padrão da Unica, empresa que atuava na rota Rio-São Paulo... Que não é o Mosqueteiro do Corinthians, esse ainda pertence ao clube e foi recentemente mandado para restauração na fábrica da Caio na região de Botucatu pelo diretor e candidato da situação a presidência do clube, André Luiz Oliveira, que perdeu a eleição para Augusto Melo... Seguimos em frente com o Torino GV e o Comil Svelto da Brbuss, empresa de fretamento, o Viaggio da Danibus, que ainda preserva as cores da seção suburbana da Circullare de Poços de Caldas, e o Busscar Vissta Buss DD da Expresso União, que chamava muito a atenção por si só é também pela distribuição de miniaturas para montar e canetas, uma cortesia do site de vendas de passagens online Mobifácil... Voltando ao centro do parece, a EMTU da Grande São Paulo foi representada por um Apache Vip V com decoração natalina e Apache Vip I da Benfica, onde aconteceram sorteios de brindes, tão comentados quanto a informação que o ar-condicionado será obrigatório nos ônibus das empresas supervisionadas pela EMTU, e pensar que até bem pouco tempo atrás, circularam pelo ABC veículos com mais de duas décadas de uso nas linhas intermunicipais... Uma fase que não havia a exigência de idade máxima de dez anos para a frota, favorecendo a renovação, como indicam os dois micros Apache Vip trazidos pela Nortebuss de São Paulo, sem a padronização visual da cidade... Falando em renovar com Sérgio Bueno presidente, junto a um Caio Millenium a gás testado pela Volvo em Curitiba, estava o Marcopolo Viaggio elétrico da BYD, que passaria em branco não só apenas pela cor, não fosse o emblema do fabricante chinês na frente, também porque diante da concorrência acirrada no setor de ônibus movidos a eletricidade, estimulada por exigências do sistema de São Paulo, e tome ônibus verde, a empresa tem investido fortemente no setor de carros de passeio, como atestam os "merchans" de Patrícia Abravanel no "Programa Silvio Santos", algo necessário porque a concorrente GWM contratou como garota- propaganda a Juliette, que coisa, não...
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O Marcopolo Torino GV 1997 com motor Volksvagen e a pintura da Viação Acari chamou bastante as atenções... |
A festa de Campinas não estaria completa sem o comparecimento do nosso amigo vendedor de boas memórias, quer dizer de fotos de ônibus, e desta vez tivemos o privilégio de acompanhá-lo na viagem de São Paulo a Campinas em um ônibus da Cometa, numa manhã nublada de sábado... Somos conhecidos há mais de 15 anos, um vínculo mantido mesmo durante a pandemia, com aquisição de fotos em encontros periódicos no Terminal Rodoviário Tietê, porém não nos reconhecemos de pronto, só quando o ônibus saiu e passou pelo ponto onde os adeptos do "hobby" registram os veículos que deixam a rodoviária de São Paulo, ouvimos sua conversa com um rapaz de Belo Horizonte que estava hospedado num hostel da região da Avenida Paulista, nos apresentamos e entramos na resenha... Falamos de assuntos recentes, os ônibus elétricos a bateria e o projeto de tarifa zero da Prefeitura de São Paulo, voltamos no tempo, quando o pai de nosso amigo, pedreiro, e sua mãe costureira, compraram um terreno na região de Cumbica, em Guarulhos, para construir sua casa (os nossos adquiriram em Itaquera), ali a paixão por ônibus do nosso amigo começou, nas proximidades da Via Dutra, da garagem da Itapemirim e dos ônibus circulando em ruas de terra, ele lembra do tempo que trabalhava na CMTC e nem deu bola para os ônibus da Ferraz ou para a primeira operação especial no autódromo de Interlagos, em 1990... Nos três observamos os ônibus metropolitanos com pintura da EMTU no estacionamento montado onde era a fábrica da Klabin, perto da ponte Cruzeiro do Sul, os monoblocos Mercedes Benz O371 que servem de moradia do outro lado da Marginal do Tietê e o local do pavilhão do Anhembi, de tantas Bienais do Livro e Salões do Automóvel, posto abaixo para ser reconstruído do zero, quando o ônibus chegou na Via Anhanguera, o papo dos três ficou mais para ônibus rodoviário que urbano, falamos das empresas que dão um passo de cada vez, caso da Santa Maria do ABC, que começou com fretamentos para empresas e agora opera a rota São Paulo-Belo Horizonte, as que não deram esse passos e viram os fretamentos minguarem, como a Turismo Santa Rita, as que estão dando um passo maior que a perna, tipo a Suzantur, que tem apenas quatro horários na linha São Paulo-Rio e vai precisar de fôlego para assumir as 140 linhas da Itapemirim, as que perderam o ritmo das passadas, igual a Gardênia, e as que podem dar um passo importante, por exemplo, a Garcia, que tem garagem em Belo Horizonte e quer se expandir para Distrito Federal e Nordeste... Desembarcamos na rodoviária de Campinas, observamos da saída os trens da Rumo Logística e os ônibus que chegavam ao terminal, nosso amigo ajudou a identificar o carro do Uber, um Renault Kwid, porque quando não está andando de ônibus ele dirige um Sandero, chegamos no parque, ele encontrou o local onde iria fazer as vendas de fotos, em frente ao pessoal do Chup-Chup (din-din, geladinho, sacolé...) e do Felipão do X-Coração, ao lado dos ônibus Nielson que faziam sombra para a mulher do algodão doce, o amigo foi procurar seus parceiros na barraca e o organizador do evento, enquanto nós ficamos protegendo seus álbuns de fotos de alguns olhares cobiçosos, porém um pouco precipitados, o evento só começaria às 10 horas da madrugada, dava tempo de ver a chegada dos convidados da festa, quer dizer, dos ônibus da exposição, o natalino da EMTU nos lembrou até a música de Natal do Center Norte... Montada a barraca, começam as vendas, cada foto 3 reais, 4 por 10 reais, nosso amigo tem ao lado um companheiro de sempre, o cara que confecciona miniaturas de ônibus, urbanos e rodoviários, com pinturas de todas as épocas, uma por 75 reais, duas por 130, e um mais recentemente, o customizador que pega ônibus feitos por fábricas de brinquedos e personaliza com pinturas de empresas, clubes de futebol e até cantores e bandas, como a Cavaleiros do Forró, estampada com a imagem de sua vocalista, Kally Fonseca, ela mesma, que está confinada em "A Fazenda", cada um por 140 reais... As cenas que vamos acompanhando já observamos muitas vezes, porém há sempre algo novo, os visitantes chegam, olham os álbuns, tem fotos que acabaram de ser feitas, tais como as dos ônibus do acervo histórico da Caprioli, que vão desde as jardineiras do início do século XX até os monoblocos Mercedes Benz dos anos 1960 e1970, por exemplo (na verdade, das festas realizadas ali na Pedreira em 2007 e 2008...), nosso amigo sempre tem algo a dizer, como sobre os ônibus do Expresso Rodoviário Atlântico, que circulavam na região do litoral Norte de São Paulo, num tempo em que antes da construção da Rio-Santos, os ônibus vinham pela faixa de areia da praia, como aquele que encalhou depois da enchente em Caraguatatuba de 1967, e aqui podemos acrescentar um caso de família, a nossa mãe foi dar aulas em Ubatuba no ano seguinte, e Caraguá continuava soterrada pela lama dos deslizamentos de terra, quanto a Atlântico, foi adquirida nos anos 1990 pela Litorânea e depois absorvida pela Pássaro Marron, e o nosso amigo, depois de trazer tantas lembranças a tona, mesmo que o visitante não leve nenhuma foto, oferece sua prancheta para ele anotar o e-mail e receber uma foto de cortesia...Claro que o amigo reserva um tempo para registrar a festa, usando a câmera profissional Canon que comprou usada no Rio, mandou arrumar em São Paulo, e o celular, para mandar as imagens ao filho, a quem transmite o gosto pela fotografia e pelo "hobby"... Nosso amigo ficou interessado pelos ônibus da Redentor e da Acari, além dos carros do BRT de Campinas, porque pretende fazer uma nova edição de seu livro infantil sobre ônibus, que usa em seu trabalho forte como professor da rede pública municipal de ensino do Rio, aproveitando a reestruturação do BRT carioca empreendida pelo prefeito Eduardo Paes sambando com um chapéu da Portela... Ops!!!... Também fez questão de mostrar seus "alfarrábios" a promotora da Mobifácil, para comprovar que é um usuário assíduo do site, pois vive entre Guarulhos e o Rio de Janeiro, passageiro frequente desses que a cada 15 passagens compradas, ganham uma de graça, garantindo na festa um item disputadíssimo pelos visitantes, miniaturas de ônibus em papel para montar, e uma caneta para a gente escrever nossas impressões da festa... O passeio de nosso amigo é ligeiro, há muitos visitantes para mostrar os álbuns, o de urbanos e os de rodoviários, e-mails para anotar, fotos para vender, lembranças para resgatar, tanto que coube a nós acompanhar e registrar a homenagem ao empresário dono de empresas de ônibus na região da Zona Norte de São Paulo e nas cidades da Região Metropolitana de Campinas, a quem o evento foi dedicado e a organização entregou medalha e troféu, que o empresário agradeceu falando com um sotaque português que evidencia sua origem, um caminhão-tanque de suas empresas, presente na mostra, leva o nome de Vila Real, lugar onde nasceu outro patrício ilustre, pelo menos para a gente, o nosso avô, depois dos discursos, o empresário ganhou de um antigo funcionário a miniatura de um Caio Gabriela de uma das empresas que dirigiu, a Brasil Luxo, a qual segurava com o mesmo cuidado de quem tem um bebê nos braços, enquanto era levado pelos familiares para dar entrevista... Ali pelas 14 horas, nosso amigo mastigava umas bisnaguinhas que trouxe para o lanche e comentava sobre as dificuldades de conseguir fotos de ônibus cariocas com herdeiros de colecionadores, que pediam valores exorbitantes pelos lotes de fotografias... Ao mesmo tempo, ele e o rapaz das miniaturas mostravam toda a sua habilidade com vendas, ele fez uma elaborada explicação sobre a relação entre a família Maschioli e João Havelange na Cometa, o visitante ouviu tudo e comentou que acidentes com ônibus da empresa eram raros, porque trabalhavam forte na prevenção, nosso amigo concordou, e a gente não mencionou duas exceções a norma, o acidente com JK na Dutra, em 1976, e o ônibus que atropelou a charrete do nosso tio-avô na Anhanguera anos antes, em 1971... O homem das miniaturas teve um momento Valdisnei quando viu uma criança chorando porque a mãe não ia comprar nada para ele, imediatamente ele foi até uma caixa embaixo da bancada, pegou uma miniatura que não estava exposta e deu para o menino, que foi embora sorrindo de orelha a orelha, enquanto a mãe pedia para o filho dizer obrigado... E não é força de expressão não, os “Cast Members” que trabalham como vendedores nos parques do Valdisnei tem uma pequena cota de “Magical Moments”, que eles podem oferecer a algumas crianças, quanto a nós, tiramos o chapéu para o cara, que ainda vendeu uma miniatura do customizador representando o ônibus do Verdinho, fazendo outro menino feliz, aqui com a ajuda do pai, que não é Leila Pereira para comprar avião, então deixou pela miniatura, pena que a fã de Marília Mendonça não pode ser atendida, pois o customizador não tinha a reprodução em escala do veículo que conduzia a cantora, que fez questão de mostrar em seu celular... No meio da tarde, quando menos se esperava, chega o Caio Gabriela I que pertenceu a empresa Eroles, de Mogi das Cruzes, um dos grandes destaques da última festa do ônibus de Barueri, conduzido por seu dono, com quem o nosso amigo foi conversar, descobrindo que o veículo será reformado e receberá a pintura “saia e blusa” da Nações Unidas, marrom e verde, uma vez que o proprietário é da região da Vila Nova Cachoeirinha, onde viu muitos veículos com essa padronagem em operação na década de 1980... Entre um gole e outro numa latinha de Coca Zero, o dono do ônibus contou que viu o carro pela primeira vez numa fazenda, onde foi comprar veículos sucateados para reciclagem, onze trólebus da Eletrosul, Monoblocos MBB O362 e O364, quando o fazendeiro saiu de cena, durante a pandemia de Covid-19, ele, que estava em Porto Feliz, foi chamado pelos os filhos a fim de fazer uma avaliação a título de inventário, encontrou o Gabriela em Ourinhos, e mesmo com pouco dinheiro em caixa, levou o ônibus... Por volta de 16 horas, nosso amigo começa a desmontar sua barraca, sem ter conseguido entregar ao empresário homenageado na festa a foto de um Busscar Urbanus de uma das empresas do grupo que opera ali mesmo na região de Campinas, ele precisava visitar um tio do outro lado da cidade, da nossa parte, só podemos dizer muito obrigado por tudo, pois também precisávamos voltar a rodoviária e retornar a São Paulo, de preferência descobrindo qual foi o resultado da eleição para presidente do Timão, e ainda em Campinas descobrimos que o candidato da oposição, Augusto Melo, foi eleito, apesar da situação ter conseguido a restauração do Caio Gaivota que transportava a equipe corinthiana nas décadas de 1970 e 1980, o Mosqueteiro I...
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Nada se compara, entretanto, ao astro de novela que caiu na festa, um Ciferal Tocantins no padrão da Redentor... |
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