sexta-feira, 19 de junho de 2020

Saga da América (III): Brasil enfim campeão fora do Brasil...

Não satisfeito com primeiro título da Seleção fora do Brasil, Zagallo soltou o verbo... "Vocês vão ter que me engolir!!!"...





















































(Publicado originalmente em 24 de maio de 2019...) Em 1991, a Copa América aconteceu no Chile, que devido aos incidentes no jogo com o Brasil no Maracanã, nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1990, estava excluído do Mundial seguinte, nos Estados Unidos, em 1991... Em compensação, o país retornava ao regime democrático com a posse do presidente Patrício Alwyn e o fim do regime ditatorial de Augusto Pinochet... A Seleção Brasileira era comandada por Paulo Roberto Falcão, que depois do fiasco do time de Sebastião Lazaroni na Copa da Itália, em 1990, trabalhava forte no “laboratório”, tendo como principal jogador José Ferreira Neto (OG)... A competição novamente aconteceu com dois grupos de cinco seleções, e as duas primeiras colocadas disputavam um quadrangular final, todos contra todos... O Brasil ficou em segundo lugar, atrás da Colômbia no saldo de gols... Venceu a Bolívia por 2 a 1, empatou com o Uruguai em 1 a 1, perdeu para a Colômbia por 2 a 0 – Higuita, Rincón e Valderrama inclusos – e venceu o Equador por 3 a 1... Na fase decisiva, derrota no primeiro jogo para a Argentina por 3 a 2, e vitórias sobre Colômbia e Chile, ambas por 2 a 0...  Devido ao empate da Argentina com o Chile, os brasileiros ainda tinham chance de título na última rodada... Porém, a Argentina de Alfio Basile venceu a Colômbia por 2 a 1, e encerrou um jejum de títulos continentais que durava 32 anos... Sem Maradona, suspenso por doping, mas com Gabriel Batistuta, o artilheiro da competição, com seis gols... O vice-campeonato não garantiu a permanência de Falcão no comando da Seleção, sendo substituído interinamente por Ernesto Paulo e depois por Carlos Alberto Parreira, que era a primeira opção de Ricardo Teixeira quando se elegeu presidente da CBF, em 1989, e Mário Jorge Lobo Zagallo... O torneio de 1993, realizado no Equador, é o primeiro a ter seleções convidadas, o México e os Estados Unidos, diretamente da CONCACAF – onde a Traffic começava a ter negócios... Com 12 seleções, divididas em três grupos – com o mata-mata dos dois primeiros dos grupos e os dois melhores terceiros colocados, fórmula (também criada pela Traffic) e usada até os dias atuais, com exceção da Copa América Centenário, com 16 equipes – o Brasil, agora dirigido pela dupla Parreira e Zagallo, enfrentou Peru (empate em 0 a 0), Chile (derrota por 3 a 2) e Paraguai (vitória por 3 a 0)... Novamente, foi a segunda colocada em seu grupo, e logo nas quartas-de-final, encarou a Argentina... Empatou em 1 a 1 no tempo normal e perdeu nos pênaltis por 6 a 5 – Zetti (OG) era o goleiro... Depois de outra vitória nos pênaltis, sobre a Colômbia, os argentinos, ainda com Basile no comando, alcançaram o bicampeonato vencendo um dos convidados da edição, o México, por 2 a 1... No Uruguai, em 1995, o Brasil jogou em Rivera, cidade vizinha à Santana do Livramento, onde a Seleção, tetracampeã mundial no ano anterior e dirigida por Zagallo, se concentrou... Não teve maiores problemas na primeira fase, vencendo Equador (1 a 0), Peru (2 a 0) e Colômbia (3 a 0), vide gol olímpico de Juninho Paulista... Nas quartas, em Rivera, devolveu a derrota nos pênaltis dois anos antes, vencendo por 4 a 2... Isso após o empate em 2 a 2 no tempo normal – os argentinos de Daniel Passarella saíram na frente com Balbo, Edmundo (OG) empatou, Batistuta desempatou  e Túlio Maravilha, com a mão, desempatou de novo...  Nas semifinais, a Seleção venceu a surpreendente equipe dos Estados Unidos – que deixou a Argentina em segundo lugar na primeira fase - por 1 a 0... Na finalíssima, realizada no estádio Centenário, em Montevidéu, empate em 1 a 1 com o Uruguai de Oscar Nuñez no tempo normal e derrota por 5 a 3 nos pênaltis – pela primeira vez o torneio era decidido nas cobranças de penalidades... O 14º título uruguaio foi uma compensação pela ausência da Copa do Mundo de 1994 e seria a terceira conquista de Enzo Francescoli, o melhor jogador do torneio... 




















Luxa ficou tão empolgado com  a conquista no Defensores Del Chaco que nem viu quem estava na sua frente...





















































A primeira conquista de uma Copa América pela Seleção Brasileira fora do território do Brasil aconteceu na edição de 1997, realizada na Bolívia... Zagallo foi novamente o técnico e a equipe contava com o comparecimento de Ronaldo Fenômeno... Na primeira fase, três vitórias, em cima de Costa Rica (5 a 0), que substituiu os Estados Unidos como um dos convidados da CONCACAF, México (3 a 2) e Colômbia (2 a 0)... Nos mata-matas, a sequência de vitórias prosseguiu em Santa Cruz de La Sierra, com Paraguai (2 a 0) e Peru (7 a 0), e culminou com a vitória na decisão sobre a Bolívia, em La Paz, por 3 a 1, gols de Edmundo (OG), Ronaldo Fenômeno e Zé Roberto (OG)... Apesar da boa campanha e do titulo – Ronaldo também foi escolhido o melhor atleta da competição - Zagallo desabafou com uma declaração bombástica destinada a seus críticos... “Vocês vão ter que me engolir!!!”...  No entanto, dois anos depois, em 1999, no Paraguai, Zagallo não era mais o técnico, vide derrota na decisão da Copa do Mundo de 1998, e a Seleção era dirigida por Vanderlei Luxemburgo... O time brasileiro jogou em Ciudad Del Este, concentrando-se na vizinha Foz do Iguaçu... Tinha Ronaldo Fenômeno e a revelação Ronaldinho Gaúcho, vide gol marcado na goleada por 7 a 0 na Venezuela, no primeiro jogo da primeira fase... Novamente, uma campanha 100% na fase inicial, completada por vitórias sobre México (2 a 1) e Chile (1 a 0)... Nas quartas, uma virada sobre a Argentina de Marcelo “El Loco Bielsa”  (2 a 1) e nas semifinais, outro triunfo sobre o México (2 a 0) – nesta edição, o outro convidado foi o Japão, que volta a disputar o torneio neste ano... Na finalíssima, em Assunção, 3 a 0 no Uruguai, dois gols de Rivaldo – melhor jogador do torneio – e um de Ronaldo... Apesar da conquista do bicampeonato, Luxa não era mais o técnico em 2001 – caiu após a eliminação do Brasil do torneio olímpico de futebol em Sidney, em 2000 – e quem dirigia a Seleção era Emerson Leão... Jogando em Cáli, o Brasil perdeu para o México por  1 a 0 – primeira derrota em dez anos – venceu o Peru por 2 a 0 e o Paraguai por 3 a 1... Nas quartas, em Manizales, enfrentou Honduras, a convidada da vez, ao lado dos mexicanos, e perdeu por 2 a 0, gols de Beletti (contra) e Martínez – aos 49 minutos do segundo tempo... Os hondurenhos perderam para os anfitriões na semifinal por 2 a 0 e ganharam do Uruguai nos pênaltis por 5 a 4, após o empate no tempo normal em 2 a 2, conquistando o terceiro lugar em sua primeira – e única – participação na disputa... Motivada pela ausência da Argentina, sob alegações de falta de segurança  – os outros dois convidados eram o México e a Costa Rica, que por sua vez, substituiu o Canadá...  Sem contar que o hondurenho Arnaldo Guevara foi escolhido como melhor jogador da competição...  Na final, a Colômbia alcançou um título inédito, vencendo o México por 1 a 0, o que inclui a artilharia isolada da competição, vide seis gols de Victor Aristizabal (OG)... A periodicidade da Copa América teve um pequeno aumento, voltando a ser realizada apenas em 2004, no Peru... O Brasil compareceu já como pentacampeão mundial, mas não com o mesmo técnico – Luis Felipe Scolari deu lugar a Carlos Alberto Parreira... Atuando em Arequipa, venceu o Chile por 1 a 0, goleou a Costa Rica por 4 a 1 – três gols de Adriano Imperador  e um de Juan, o próprio - e perdeu do Paraguai por 2 a 1, resultado que deixou a Seleção em segundo lugar no grupo C... Nas quartas-de-final, goleada sobre o México por 4 a 0 – Alex de pênalti, mais dois de Adriano e um de Ricardo Oliveira (OG)...  O Imperador marcou o gol brasileiro no empate em 1 a 1 com o Uruguai nas semifinais, em Lima... A vitória viria nos pênaltis, por 5 a 3 – Júlio César era o goleiro... Na final, também em Lima, contra a Argentina de Bielsa e Carlitos Tevez, empate em 2 a 2 no tempo normal... O jogo estava empatado em 1 a 1 até os 42 minutos do segundo tempo, quando Delgado marcou o segundo da Albiceleste... Aos 48, porém, Adriano empatou novamente, levando a decisão para as penalidades... Nas cobranças, vitória brasileira por 4 a 2, vide pênaltis desperdiçados por D’Alessandro e Heinze... Além do título, o Imperador foi escolhido como o melhor jogador do torneio... O ciclo da Copa América pelos filiados da Conmebol terminou em 2007, na Venezuela de Hugo Chávez... Sendo que os Estados Unidos estavam entre os participantes, com a Costa Rica de “stand-by” caso viessem a desistir do torneio... Os gastos com a competição alcançaram a quantia de 900 milhões de dólares, vide realização de partidas em nove estádios, três deles construídos especialmente para o torneio... Depois do fiasco na Copa do Mundo de 2006, Parreira foi substituído por Carlos Dunga (OG)...  Logo na estreia da primeira fase, em Puerto Ordaz, derrota por 2 a 0 para o México... Em Maturín, vitória sobre o Chile, por 3 a 0 – três gols de Robinho (OG)... A classificação veio com o 1 a 0 sobre o Equador – Robinho (OG) de novo, de pênalti...  Nas quartas-de-final, em Puerto de La Cruz, 6 a 1 no Chile – Juan, Júlio Baptista, Robinho (OG) duas vezes, Josué e Vagner Love marcaram...  Em Maracaíbo, nas semifinais, 2 a 2 com o Uruguai no tempo normal  - fizeram os gols Maicon, Diego Forlan, Júlio Baptista e Sebastian “El Loco” Abreu – e vitória por 5 a 4 nos pênaltis... Abreu fez o seu, mas Forlan, García e Lugano não... Na finalíssima, também em Maracaíbo, goleada sobre a Argentina  por 3 a 0, gols de Júlio Baptista, Ayala (contra) e Daniel Alves... Mais um bicampeonato, outro título conquistado em cima da Argentina, quase um “platinismo” às avessas... Das últimas cinco edições do torneio, o Brasil venceu quatro... Robinho (OG) foi o artilheiro, com 6 gols, e o melhor jogador da competição... A equipe de Carlos Dunga (OG) demonstrava uma força que não se repetiria na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul... 





















Gol de Adriano Imperador que empatou a finalíssima contra Argentina é lembrado até hoje pelos internautas...





















































Em 2011, a Copa América passa a ser disputada a cada quatro anos... O revezamento entre os integrantes da Conmebol recomeça com a Argentina voltando a sediar o torneio... Os convidados desta edição foram, a princípio, Japão e México... O terremoto e tsunami acontecido em 11 de março fez os japoneses desistirem, voltarem atrás e depois desistirem em definitivo, um mês e meio antes do início da competição... Então é por isso que o álbum da Panini © tem os jogadores do Japão e não os da Costa Rica, que substituiu os Samurais Azuis... A Seleção Brasileira vinha com o sucessor de Carlos Dunga (OG), Mano Menezes...  Que chamou dois jogadores esquecidos na convocação da Copa do Mundo no ano anterior, Alexandre Patolino e Neymar (OG)... A estreia na primeira fase , em La Plata – único estádio construído especialmente para o torneio – foi decepcionante, um 0 a 0 diante da Venezuela  - que contava com a entusiasmada torcida de Hugo Chávez no Twitter ©...  No jogo seguinte, em Córdoba, empate em 2 a 2 com o Paraguai – marcaram Jadson e Fred... A equipe deslanchou na vitória sobre o Equador por 4 a 2, também em Córdoba  – dois gols de Neymar (OG) e dois do Patolino... De volta a La Plata nas quartas, outro confronto com o Paraguai, que não saiu do 0 a 0 no tempo normal... Nos pênaltis, os paraguaios ganharam por 2 a 0, já que nenhum dos cobradores brasileiros converteram – Elano (OG), Thiago Silva, André Santos e Fred... A má campanha não derrubou Mano Menezes, que só caiu alguns meses após perder o torneio olímpico de futebol nos Jogos de Londres, em 2012... Nas semifinais, o Paraguai enfrentou a surpreendente Venezuela, em Mendoza – ganhando nos pênaltis por 5 a 3, depois de outro 0 a 0 no tempo normal...  Na final, único jogo realizado no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, os paraguaios não tiveram chance diante do Uruguai de Oscar Tabárez, sensação da Copa do Mundo disputada na África do Sul no ano anterior, que goleou por 3 a 0 – um gol de Luis “Primo” Suárez e dois de Diego Forlan, melhor jogador do Mundial de 2010 – na Copa América, a honraria foi concedida a Suárez... Os venezuelanos terminaram em quarto lugar, derrotados pelo Peru por 4 a 1  - três gols de Paolo Guerrero, que terminou a competição como artilheiro (cinco gols)... Depois dessa competição, o futebol sul-americano viveu uma fase turbulenta... No final de 2011, a Conmebol rompeu o contrato com a Traffic, e assinou um acordo de cessão dos direitos de competição para a empresa argentina Full Play... Em março de 2012, acuado pelas denúncias do caso FIFAGate, Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF... A renúncia interferiu diretamente nos rumos da Copa América, já que seu sucessor, José Maria Marin, aceitou a proposta do presidente da Associação Nacional de Futebol Profissional do Chile, Sérgio Jadue, e aceitou trocar com os chilenos a realização da edição de 2015... Assim, o Brasil só voltará a receber o torneio agora, em 2019... A Traffic chegou a um acordo com a Full Play e constituiu uma nova empresa em sociedade, a DATISA, que assumiu os direitos da Copa América até 2023, incluindo a realização de uma edição especial nos Estados Unidos, a Copa América Centenário, disputada em 2016... Em abril de 2013, o paraguaio Nicolás Leoz, outro envolvido no FIFAGate, deixa a presidência da CONMEBOL, que ocupava desde 1986, sendo sucedido pelo uruguaio Eugênio Figueiredo... Que seria preso em maio de 2015 na Suíça, em meio à eleição para a presidência da FIFA, em decorrência das investigações de corrupção feitas pela Justiça dos Estados Unidos – impulsionadas pelo acordo de delação fechado pelo dono da Traffic, J.Hawilla... As mesmas que levaram à renúncia de Joseph Blatter pouco depois de ser reeleito presidente da entidade, obrigando à marcação de um novo pleito para fevereiro de 2016... Desse modo, o clima era de incerteza quando do início da Copa América no Chile, em 11 de junho... Mesmo o pagamento das premiações para as seleções, incerto após o colapso da DATISA, só foi garantido graças a um aporte de recursos do governo chileno, comandado por Michelle Bachelet... Como seleções convidadas, México e Jamaica – esta no lugar do Japão, que declinou do convite...  O mascote era a raposa Zincha e os jogos aconteceriam em nove estádios, dois deles na capital Santiago...  O Brasil, depois do 7 a 1 da Alemanha na Copa do Mundo de 2014 voltava a ser comandado por Carlos Dunga (OG), que nem de longe repetiu as boas atuações de sua primeira passagem pela Seleção...  Estreando em Temuco, o Brasil venceu de virada o Peru por 2 a 1, gols de  Neymar (OG) e Douglas Costa – aos 46 minutos do segundo tempo... No Monumental de Santiago, os brasileiros perderam para a Colômbia por 1 a 0, gol de Jeison Murillo... A classificação viria no mesmo Monumental, com a vitória por 2 a 1 sobre a Venezuela, já presidida por Nicolás Maduro, gols de Thiago Silva e Firmino... Porém, o Brasil novamente ficaria nas quartas, eliminado pelo Paraguai do argentino Ramón Díaz... Em Concepción, empate em 1 a 1 no tempo normal, gols de Robinho (OG) e Derlis González... Nos pênaltis, derrota por 4 a 3 – Jefferson era o goleiro, com Everton Ribeiro e Douglas Costa desperdiçando cobranças...  O Paraguai caiu nas semifinais, goleado pela Argentina  por 6 a 1 em Concepcion – na primeira fase, as duas seleções empataram em 2 a 2...  A Albiceleste de Aguero, Di Maria, Higuain e Messi (que fez apenas um gol na competição, de pênalti, em cima do Paraguai, na primeira fase...), comandada por Gerardo “Tata” Martino, enfrentaria na finalíssima o Chile do argentino Jorge Sampaoli... Os anfitriões, na primeira fase, venceram o Equador por 2 a 0, empataram com o México em 3 a 3 e ganharam da Bolívia por 5 a 0... Nos mata-matas, venceram o Uruguai por 1 a 0 e e nas semifinais derrotaram o Peru por 2 a 1... A final, realizada no Estádio Nacional de Santiago, terminou empatada em 0 a 0 no tempo normal... Uma partida equilibrada, apesar da substituição de Di Maria por Lavezzi com 28 minutos de jogo – e do ex-porcolino Jorge Valdivia Pistola ao ser sacado para a entrada de Matías Fernandez aos 29 do segundo tempo... Nos pênaltis, 4 a 1 Chile... Todos os cobradores de La Roja  - Fernandez, Arturo Vidal, Charles Aranguiz e Alexis Sanchez... Do lado argentino, apenas Messi acertou o gol... Higuain mandou a bola por cima do travessão e o goleiro Omar Bravo defendeu o chute de Banega... A equipe chilena conquistou o título pela primeira vez, façanha devidamente comemorada com a presidenta Bachelet no palácio La Moneda... O Chile teve o artilheiro da competição – Eduardo Vargas, com quatro gols, empatado com o peruano Paolo Guerrero – e o melhor goleiro, Bravo... Messi foi escolhido como melhor jogador do torneio, porém recusou o prêmio... Podiam ter escolhido Sanchez ou Vidal, digo... O centenário da Copa América foi comemorado em 2016 com a realização de uma edição especial da competição nos Estados Unidos... A Conmebol já era presidida desde janeiro daquele ano pelo paraguaio Alejandro Dominguez, que sucedeu o interino Wilmar Valdez, sendo que o uruguaio desistiu da eleição ao ver que Dominguez teria o apoio de Brasil e da Argentina – e de Gianni Infantino, que se elegeria presidente da FIFA no mês seguinte... Apesar do contrato com a DATISA ter sido rescindido em novembro de 2015, a competição nos Estados Unidos foi mantida... No entanto, algumas ideias mirabolantes, como fundir a competição com a Copa de Ouro da CONCACAF ou sediar o torneio permanentemente nos Estados Unidos, foram postas de lado...  A disputa teve 16 equipes, com Estados Unidos, México, Costa Rica, Jamaica, Panamá e Haiti juntando-se aos dez filiados da Conmebol... Divididos em quatro grupos de quatro seleções, as duas primeiras colocadas de cada grupo se classificariam para a segunda fase...  O Brasil de Carlos Dunga (OG),acompanhado de perto pelo vice-presidente da CBF, Antônio Carlos Nunes, pois o titular, Marco Polo Del Nero, não podia viajar para o exterior, podendo ser preso , estreou no estádio Rose Bowl, em Pasadena, cenário da final da Copa do Mundo de 1994, empatando em 0 a 0 com o Equador... Na segunda partida, realizada no Camping World Stadium, em Orlando, 7 a 1 no Haiti – três gols de Coutinho, dois de Renato Augusto, um de Gabigol (OG) e outro de Lucas Lima (OG)... No terceiro, realizado no Gillette Stadium, em Foxborough, 1 a 0 Peru – gol de Ruidíaz... A Seleção Brasileira caiu na primeira fase e Carlos Dunga seria substituído pelo Adenor...  Peru e Equador se classificaram, porém foram eliminados por Colômbia e Estados Unidos nas quartas de final... Os colombianos caíram nas semifinais diante do Chile – vindo de uma goleada histórica sobre o México na fase anterior por 7 a 0 no Levi’s Stadium, em Santa Clara – que venceu por 2 a 0... Os Estadunidenses foram goleados pela Argentina, levando 4 a 0 no NRG Stadium, em Houston... Um ano depois, argentinos e chilenos voltavam a decidir a Copa América, agora no Metlife Stadium, em East Rutherford... Tata Martino continuava como técnico da Argentina, mas o Chile vinha dirigido pelo sucessor do argentino Sampaoli, seu compatriota Juan Antonio Pizzi...  Na primeira rodada da primeira fase, as duas seleções já tinham se enfrentado, com vitória da Argentina por 2 a 1 – gols de Di Maria e Banega, com Fuenzalida descontando aos 48 minutos do segundo tempo... O resultado aumentou a desconfiança dos chilenos com o trabalho de Pizzi...  Cuja maior preocupação na finalíssima foi anular Messi, vide expulsão de Díaz aos 28 minutos, Héber Roberto Lopes... A albiceleste teve domínio das ações ofensivas, apesar da atuação abaixo da média de Di Maria, substituído por Kranevitter... Os chilenos, com mais posse de bola, conseguiram levar o jogo para a prorrogação e os pênaltis... Nas cobranças, a vitória chilena por 4 a 2 assegurou o bicampeonato - o goleiro Romero defendeu a cobrança de Arturo Vidal, mas Castillo, Aranguiz, Jean Beausejour e Silva converteram... Do lado argentino, Messi isolou a bola e Biglia teve seu chute defendido por Bravo... Novamente o melhor goleiro da competição... Desta vez, o melhor jogador do torneio, o chileno Sanchez, aceitaria o prêmio... Eduardo Vargas isolou-se na artilharia da competição, com seis gols – quatro deles na goleada sobre o México, que teve o mesmo efeito do 7 a 1 da Alemanha em cima do Brasil na equipe do colombiano Juan Carlos Osório... Apesar do bicampeonato da Copa América, o Chile não se classificou para a Copa do Mundo na Rússia, em 2018... Messi anunciou sua despedida da seleção da Argentina após a derrota, porém compareceria nos gramados russos – vide eliminação dos argentinos pela França... Também estaria na competição realizada no Brasil em junho do ano passado, quando a Seleção Brasileira manteve a escrita de vencer todas as competições realizadas em seu território... Mais uma vez Messi ficou pelo caminho, eliminado pelo próprio Brasil nas semifinais e despedindo-se melancolicamente no melhor jogo da competição, a decisão do terceiro lugar, contra o Chile, no Fielzão... Onde a Albiceleste de Lionel Scaloni deu o troco pelas derrotas nas finais de 2015 e 2016, mesmo que Messi tenha sido expulso após uma briga com Gary Medel... Os chilenos, dirigidos pelo colombiano Reinaldo Rueda, estavam confiantes no bicampeonato, ainda mais depois de eliminarem a própria Colômbia nos pênaltis, no mesmo Fielzão, vide dois gols de "La Roja" anulados pelo polêmico árbitro argentino Nestor Pitana... Porém, "La Roja" foi atropelada pelo Peru do argentino Ricardo Gareca - que já havia tirado o Uruguai de Oscar Tabarez nas quartas-de-final, nos pênaltis - e o grito de "Dale Bicampeón" dos torcedores chilenos nas arquibancadas brasileiras virou "Chile despertó" nos protestos que sacudiram o país em outubro - e tiram a final da Libertadores do país, transferida de Santiago para Lima, que também sediou os Jogos Panamericanos... O Peru, imerso numa interminável crise política desde a renúncia do presidente PPK em março de 2018, chegou a final depois de submeter Paolo Guerrero a uma turnê de vaias pelos estádios brasileiros, especialmente no Rio de Janeiro, vide torcida do Menguinho, e em Porto Alegre, vide jogos na Arena do Grêmio, rival do Chapolin Colorado, seu clube na ocasião... A equipe de Gareca não foi páreo para a Seleção do Adenor - na primeira fase, já havia sido goleada pelos brasileiros no Fielzão - mesmo sem Neymar (OG), que se contundiu num amistoso antes do início do torneio e foi tirar fotos com o presidente Jair Biroliro para que ninguém lembrasse do caso Najila, digo... Biroliro, que acompanhou a partida de abertura contra a Bolívia, ainda governada por Evo Morales, no Morumbi - desta vez a CBF, comandada pelo paulista Rogério Caboclo, não fez objeções ao uso do estádio do Bambi na competição, embora tenha descartado o Allianz Chiqueiro quando Andrés Sanchez desistiu da desistência de ceder o Fielzão para o torneio - e na final fez questão de se juntar aos jogadores quando receberam a taça no Maracanã após a vitória na decisão... Sem Neymar (OG), os destaques brasileiros na competição foram Everton "Cebolinha" e Gabriel Jesus, em um torneio onde Japão e Qatar entraram como convidados por serem as sedes das próximas edições dos  Jogos Olímpicos - adiados para 2021 devido a pandemia de Covid-10 - e da Copa do Mundo... Não passaram da primeira fase, embora a equipe japonesa tenha conseguido arrancar um empate contra o Uruguai em Porto Alegre, enquanto o time qatari vendeu caro a derrota para a Colômbia no último jogo realizado no Morumbi... Mesmo palco da goleada sofrida pelos japoneses para os chilenos na rodada de abertura da competição... Onde não faltaram torcedores japoneses recolhendo o lixo e um PAESE da SPTrans disponibilizando ônibus na saída do estádio, embora o jogo tenha terminado a tempo dos chilenos se sentirem no metrô de Santiago embarcando na estação Bambi Morumbi da linha 4 Amarela do Metrô, inaugurada em 2018... Claro, a estação Estádio Nacional na capital chilena é colada na praça esportiva de mesmo nome, e não é preciso caminhar 1.500 metros do Cícerto Pompeu de Toledo até o Metrô, mas, enfim...






















Diego Ribas (OG) nunca foi mais o mesmo depois da conquista da Seleção Brasileira na Venezuela, digo....

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