segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Outra Vez com Jadislene de Fez a Ait Ben Hadou...

Então a jovem Jadislene volta da praia e quando desembarca do 456 na região de São Cristóvão descobre que perdeu a mãe...













































(Publicado originalmente em 11 de dezembro de 2019...) Na segunda-feira, o canal Viva começou a exibir a novela “O Clone”, de Glória Perez, produzida pela Globo entre 2001 e 2002... Uma excelente oportunidade para rever um elenco de primeira linha e personagens memoráveis... No primeiro capítulo compareceram o cientista Albieri, vide sobrancelhas grossas de Juca de Oliveira... O empresário Leônidas, papel do sempre durão Reginaldo Faria, pai dos gêmeos Lucas e Diogo, com Murilo Benício tentando imitar Carlos Villagran no episódio dos dançarinos em “Chapolin” e amante de Ivete, que Vera Fischer transformou em Ivetão... O marroquino Ali, com Stênio Garcia trabalhando forte no figurino safári, sua prima Zoraide, Jandira Martini sem Marcos Caruso, e sua sobrinha Latifa, salve Letícia Sabatella, que recebem outra sobrinha, Jadislene, que mora no Brasil mas volta para o Marrocos devido à morte de sua mãe, Sálua – participação especial de Valderez de Barros, a senhora Plínio Marcos...  Ah, sim... Jadislene é vivida por ninguém menos que a inigualável Giovanna Antonelli, que é o melhor motivo para acompanhar a novela desde a primeira cena... O doutor Albieri, renomado geneticista, dá uma palestra no Real Gabinete Português de Leitura, na região central do Rio de Janeiro, sobre clonagem animal, com o patrocínio do empresário do setor agroindustrial Leônidas Ferraz, que acompanha o evento com seus filhos gêmeos, Diogo e Lucas... Quando o cientista volta para casa e deixa queimar o arroz que colocou no fogo para esquentar, acaba sonhando com outra palestra, agora no Museu Nacional de Belas Artes, também na região central do Rio, onde ser vangloria de ser o pioneiro da clonagem humana...  A jovem marroquina Jadislene, residente na região de São Cristóvão, quer festejar seu aniversário numa discoteca, porém sua mãe, Sálua, que a educou dentro dos princípios da religião muçulmana, diz que isso é “haram”, ou seja, pecado, e que não vai ter festa...  O jeito é Jadislene pegar um Padron Alvorada da linha 456 e comparecer na praia com um maiô de vó cinza e ficar alimentando seu recalque trabalhando forte na observação dos casais de “sócios” nas areias... Na volta, é avisada ao descer do ônibus que sua mãe sofreu uma queda e mór-reu, tendo que fazer os ritos fúnebres muçulmanos, vide lavagem do corpo... Leônidas comparece com seus filhos à região de Fez, no Marrocos, onde marcou um encontro com sua nova “sócia”, Ivete... Que na recepção do hotel tenta se expressar com uma mistura de espanhol e italiano... Nesse mesmo hotel, na festa promovida pelas empresas de Leônidas, onde Albieri fala muito sobre clonagem para os repórteres, Diogo conhece Ivete e já parte para a ação... Ambos os dois foram tão ligeiros que logo na sequência estavam contemplando as pirâmides do Egito e o colosso do Ceará... Então é por isso que Diogo não ficou surpreso quando Leônidas apresentou ele e Lucas para Ivete... Ops!!!... Órfã, Jadislene vai morar no Marrocos com seu tio Ali... Cujo trabalho forte no cuidado com a sobrinha começa quando precisa alertar ela sobre as orações diárias e Jadislene responde que no Brasil não se ouve o muezim chamando, algo que nos países muçulmanos acontece até em shopping centers... Ali fuma narguilé enquanto conversa com seu amigo Albieri, pois estudaram juntos em Londres...  Pelo fato de Albieri ter sido seminarista, Ali acreditou que ele brigou com Deus e diz que clonagem é um poder muito grande para aprendizes de feiticeiro...  Não é feitiçaria, é tecnologia, digo... Quanto a Jadislene, ela é buscada por sua tia Zoraide e sua prima Latifa, mas quase se perde na medina de Fez – ou seria a de Marraquexe???...  Alis, Albieri explica a Diogo – ou seria a Lucas??? - que nos táxis marroquinos – invariavelmente Mercedes alemãs de segunda mão - não há taxímetro e tudo é negociado, já que o precursor da clonagem humana nem imaginava que um dia haveria a Uber ® e sua tarifa dinâmica... Latifa está prometida em “sociedade” para Said, que vai conhecer naquele mesmo dia... Tendo em vista que será uma ocasião festiva, Jadislene trabalha forte na dança do ventre e acaba sendo vista de forma furtiva por Lucas... Não tão furtiva, porque Marcuss Vianna começou a cantar “A Miragem” e seu comparecimento provocou um escândalo entre as mulheres da casa de Ali... Enquanto Lucas é advertido  por Albieri pela falta grave que cometeu, Ali vai direto ao assunto com Jadislene e lhe aplica um tapa em plena cara, encerrando o primeiro capítulo da trama... Isso sim é que é novela, não essas tranqueiras que exibem hoje em dia... 






















Numa época em que não havia Uber (C), Doutor Albieri precisa negociar o preço da corrida na região de Fez com o taxista... 













































No segundo capítulo,  somos apresentados à clínica de reprodução assistida do doutor Albieri, cuja secretária, Edna, papel de Nívea Maria Graieb, tem um “crush” pelo cientista... Na clínica, trabalha a doutora Simone, vivida por Francoise Furton, que atende a manicure de Edna, Deusa, interpretada pela exuberante atriz guarulhense Adriana Lessa... Deusa é parceria de dança e “sócia” do alfaiate Edivaldo, defendido por Roberto Bonfim, que trabalhava forte com agulha e linha e principalmente na gafieira Estudantina, na região da Praça Tiradentes, onde pontificavam Cutia, a cargo de Edu Martini, e Laurinda, desempenhada pela irresistível Totia Meireles... Deusa compareceu à clínica porque pensava ser estéril – na verdade, o problema era com Edivaldo – e queria partir para a fertilização “in vitro”... Então é por isso que ela vai se tornar mais adiante a mãe de Léo, o clone de Diogo feito por Albieri... No Marrocos, entram em cena Tomás, quer dizer, Dalton Vigh, ou melhor, Said, o pretendente de Latifa, e seus irmãos Mohamed, feito por Antonio Calloni, e Nazira, papel de Eliane Giardini, que foi como uma mãe para Mohamed e Said, mesmo que eles não deixem ela se “associar”...  Depois de Lucas ter flagrado Jadislene, Ali dá um tapa na sobrinha, mandando a suja vestir-se e desejando arrancar seus olhos, que considera o combustível do fogo do inferno... Latifa e Zoraide tentam abafar o caso, porém Jadislene quer retornar ao Rio de Janeiro e Ali lembra a ela que quando se é a parte mais fraca, é melhor desviar do que confrontar...  Lucas, por sua vez, toma uma bronca de Albieri, que aponta ser um crime ver uma muçulmana sem véu, e quando argumenta que a menina estava de bustiê e saia, ele observa que tem a sorte de estar no Marrocos, um país onde os costumes são menos rígidos... Então é por isso que Ali falou para Jadislene que é errado se comportar como uma mulher espetaculosa, que o Rio de Janeiro não tinha culpa por agir dessa forma – ela sim – mandando ler trechos do livro sagrado do Alcorão para posterior sabatina... Zoraide comenta que a língua de Jadislene é seu carrasco e ela vai ler – ou pensar em Lucas???...  O clima também é tenso entre o pai de Lucas e seu irmão Diogo, que discutem por causa de Ivete... Tanto que Leônidas não quer nem saberrrrr dos problemas dos filhos, preferindo comparecer com a “sócia” na região de El Jadida... Ainda bem, porque Diogo confessou a Lucas que não contou do “sapeca iaiá” com Ivete...  Enquanto isso, no Brasil, Edna, a secretária de Albieri, segue todos os passos do chefe, numa época em que ainda não havia Skype © e muito menos WhatsApp ©, mas uma ligação internacional das operadoras de telefonia privatizadas e suas tarifas exorbitantes resolvia o caso... Edna estava desconfiada que Albieri pudesse ter um caso com Ivete, prejudicando seu próprio projeto de “negociar” com o cientista... Então é por isso que Albieri confessou a Diogo que Ivetão, mesmo sendo burra, é inofensiva, e que queria muito ter uma mulher assim... Ops!!!...  Nessa mesma ocasião, Deusa, a manicure de Edna, comparece à clínica de fertilização assistida de Albieri para uma consulta com a doutora Simone... Deusa é informada pela médica que é fértil, portanto o seu “sócio”, Edivaldo, é que precisa fazer exames...  Zoraide dá um Alcorão em português para Jadislene ler ouvindo as esposas de Ali cantando na cozinha... Além da leitura, Jadislene quer saber quem é o homem que compareceu com o amigo de Ali... Latifa não faz a menor ideia e também não crê que o tio permita que se “associem”...  Resta a Jadislene ajeitar o véu de Latifa para receber Said, enquanto Zoraide lembra novamente que aqui não é Rio de Janeiro e belisca as bochechas da sobrinha para ficarem coradas... Ali recebe Said e seus irmãos Mohamed e Nazira, apresentando duas de suas três esposas – uma está de resguardo e a quarta mór-reu...  Said fala do comércio de tapetes que mantém com o irmão no Rio, para onde pensa em voltar assim que se “associar”... Mohamed relata sobre o cumprimento da obrigação de doar 10% do lucro aos pobres... Orientada por Zoraide, Latifa traz doces para Said e na troca de olhares, pinta um clima... Latifa conta que de manhã estuda e no período da tarde treina futebol – uma obsessão dos marroquinos...  Said gostou do que ouviu e Ali acerta os detalhes da “sociedade”... Dizendo-se abençoada, Latifa diz ser feita para dar alegria a um homem – inclusive lhe dando um filho varão... Embora Nazira peça para Said ir com calma, Ali fecha o acordo, vide negociação do dote, e Zoraide avisa Latifa... Ainda em Fez, Leônidas prepara-se para viajar com Diogo e Ivete, sem entender a cisma dela com o irmão de Lucas... De volta ao Rio de Janeiro, Deusa trabalha forte na gafieira de Cutia dançando tango com seu “partner” e sócio Edivaldo... Sua amiga Laurinda só observa... Em El Jadida, enquanto Leônidas fotografa as construções históricas da cidade, Diogo vai atrás de Ivetão...  Retornando a Fez, Albieri vai a casa de Ali para pedir desculpas pela indiscrição de Lucas... Que fica na porta esperando... A conversa entre Albieri e Ali acontece em alto nível, e embora o tio de Jadislene não queira nem saberrrr de clonar seres humanos, aceita as desculpas de Lucas, acreditando não ter havido malícia e recordando que os muçulmanos não desenham seres vivos...  O único problema é que durante a espera para ser chamado por Albieri, Lucas trombou de novo com Jadislene e descobriu que, além dela falar português, ia acompanhar Latifa no jogo de futebol e depois iria junto com a prima na medina para Said comprar seu ouro... Como todos sabem, quando Marcuss Vianna começa a cantar “Somente por amor”, vem fria por aí... Ops!!!... 





















Enquanto a prima Latifa joga bola num campinho de terra em Fez, Jadislene combina com Lucas de se encontrarem nas ruínas...













































O terceiro capítulo começa quando Jadislene foi ver Latifa jogar futebol perto da casa de seu tio Ali na região de Fez, no norte do Marrocos...  Porém, ao perceber que Lucas - com quem havia se esbarrado ao som de “A Miragem” no pórtico da casa do tio dela – também estava acompanhando a partida, deu uma escapadinha para conversar com ele... Supostamente em umas ruínas próximas, mas na verdade em Ait Ben Hadou, uma cidade que fica a 700 quilômetros ao sul de Fez!!!...  Em compensação, Leônidas levou Diogo – e Ivetão – para a cidade de El Jadida – no meio do caminho entre Casablanca, ao norte, e Marraquexe, ao sul – ver as cisternas que os portugueses construíram quando fundaram a cidade com o nome de Mazagão... Que veio a batizar o nome da localidade que criaram no Amapá para abrigar os portugueses que deixaram o Marrocos em 1769, após o tratado firmado entre o Marques de Pombal e o sultão Mohamed III, Eduardo Bueno... Sendo que Ivetão ficou impressionada com a grande quantidade de água que podia comportar a cisterna – e embaixo tem mais, Leonidas... Ops!!!...  Nas ruínas, ou melhor, em Ait Bem Hadou, Jadislene e Lucas se conhecem melhor, ainda que segurar na mão seja haram... Jadislene explica que ia se chamar Khadija, mas sua mãe estava debaixo de uma árvore quando viu uma pedra de jade – a mesma que carrega em seu colar – e ao ir pegá-la, um raio caiu sobre a árvore... Pena que Zoraide chamou por Jadislene – um grito que percorreu 700 quilômetros, digo – e Lucas só conseguiu dizer que seu sobrenome é Ferraz...  No Rio, Deusa insiste para Edivaldo fazer exame de fertilidade... No entanto, ele alega que não tem nenhum problema reprodutivo, inclusive porque já tem dois filhos, e ameaça não se “associar”...  Edivaldo vai flanar na estação Barão de Mauá da antiga Estrada de Ferro Leopoldina e Deusa reclama com a amiga Norma no bar – mas só até a hora que Edivaldo, apaixonado pela dança de Deusa, retorna dizendo aceitar fazer o exame... No maior “love”, Lêonidas propõe um brinde a Ivetão, que põe açúcar no vinho e afirma ter rezado para o “sócio” comparecer – também para que não saiba do ocorrido com Diogo... Felizmente, a maior preocupação do pai é com Lucas...  Diogo pergunta sobre Ivetão para Leônidas, que no melhor estilo cafajeste afirma que passado de mulher é igual cozinha de restaurante, melhor não investigar... Sabe de nada, inocente!!!... Até porque Ivetão fala para Diogo que está apaixonada pelo “Leãozinho” e embora tenha ouvido de Lucas para se afastar do irmão, tira a blusa para ele... Diogo dispensa Ivetão e no dia seguinte, fala a Leônidas que quer voltar para casa, confessando que o filho deu em cima dela...  Leônidas decide voltar para Fez, sentindo-se tão traído por Diogo que afirma ter perdido um filho – o que de fato ocorreu alguns capítulos mais adiante, em um acidente de helicóptero... Jadislene é sabatinada sobre o Alcorão no curtume de Ali, onde decide passar a andar com a cabeça coberta...  Depois telefona para Lucas, pedindo para ele não ir mais atrás dele... Nem é preciso dizer que ela mudou de ideia rapidinho, digo... O telefonema surpreende Diogo, que não acredita no fato do irmão ter “negociado” com uma garota sem sua consultoria... Acontece que numa cena que deveria estar no primeiro capítulo, mas foi exibida depois, em um “flashback”, Diogo finge ser Lucas nos pilotis da PUC-Rio, na região da Gávea, para chegar junto da personagem interpretada pela atriz Sá Felippo – que é creditada pela participação especial no capítulo inicial da história, embora não tenha aparecido em nenhum momento... Albieri trabalha forte na aula sobre clonagem na fazenda de Leônidas, com Edna jogando confete o tempo todo... Jadislene se empolga com os véus na medina, e Latifa mais ainda com Said... Porém, Nazira questiona Ali sobre a ama de leite de Latifa e Said, Tamara, e diante da constatação de que eles são primos, diz que a “sociedade” não pode acontecer... A não ser que Mohamed seja “sócio” de Latifa – mais tarde, os dois serão pais de Samira e Amin – e Said fique com Jadislene – futura mãe de Khadija, porque maktub – estava escrito... Só esqueceram de avisar Jadislene, que ouve “A Miragem” e vai atrás de Lucas, que resolveu sair de perto da briga do pai com o irmão... Que quando perdeu a vida num desastre aéreo, era “sócio” de Maísa – não a do SBT e nem tampouco a mãe ou a filha do diretor Jayme Monjardim,  esta última com a Tânia Mara, mas a personagem de sua “sócia” na época, Daniela Escobar – que acabou se “associando” a Lucas e tendo uma filha, Mel – um acróstico de “Maísa E Lucas” – que quando crescida será vivida pela encantadora Débora Falabella... Ocasião em que, depois de muitas idas e vindas, Jadislene volta a se encontrar com Lucas para enfim viver o grande amor de sua vida... Porque como canta o Marcuss Vianna, somente por amor,a gente põe a mão no fogo da paixão que deixa-se queimar  movendo terra e céus rasgando os sete véus saltamos do abismo sem olhar pra trás pobre coração o dos apaixonados que cruzam o deserto em busca de um oásis em flor arriscando tudo por uma miragem... Ufa!!!... 





















Acontece que as ruínas ficam na região de Ait Ben Hadou, que fica a 700 quilômetros de distância de Fez... Ops!!!...

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