Ao lado dos articulados do Expresso SP Trans Fórmula-1, Doutor Kenji faz pose de barão da catraca... Ops!!!... |
O Grande Prêmio do Brasil de Fórmula-1 do ano passado, realizado em 12 de novembro, foi o único realizado na (felizmente...) breve administração de João Dória na Prefeitura de São Paulo... Não houve tempo para privatizar o autódromo de Interlagos, para o alívio do rei da pista, Flávio Gomes, que dominou o circuito com seu potente Wartburg produzido na saudosa Alemanha Oriental... Não teve para ninguém, nem mesmo para Sebastian Vettel, apesar do também alemão ter assumido... A liderança na largada e de lá não ter saído até a bandeirada final... Em termos de máquinas na pista, foi uma disputa curva a curva com a estreante do Expresso SPTrans Fórmula-1, a Transwolff... Seus Apaches Vips midi e básicos transpuseram as fronteiras da Área 6 e chegaram até a Praça da República, na região central da cidade... Mais surpreendente do que Felipe Massa despedindo-se pelo segundo ano seguido, desta vez conseguindo chegar na sétima posição... Todos os veículos da Wolff eram dotados de ar-condicionado (ao contrário dos articulados da Viação Cidade Dutra...), enfim justificando o preço cobrado pelo serviço, R$ 38 ida e volta, R$ 27 só ida ou só volta... Um esquema muito mais organizado do que a confusão dos táxis em suas idas e vindas na Avenida Interlagos... Era melhor pedir um Uber e esperar a chegada do carro no posto de gasolina na esquina com a Avenida do Rio Bonito, que no fim de semana de prova não funciona, dando espaço aos usuários do aplicativo, o pessoal que chamava os carros para os estacionamentos, os vendedores de capas de chuva, água mineral e cervejas, os que perguntavam aos passantes sobre ingressos sobrando ou faltando... Não no caso do Doutor Kenji, pois se ele não se conformava com o preço dos bilhetes na bilheteria oficial, imagine no mercado paralelo... Para ele, um assalto, pior do que o sofrido pela equipe Mercedes do campeão Lewis Hamilton... Então é por isso que o internauta acompanhou a prova de camarote, ou melhor, espiando a pista pelo portão do setor T...
O desfile de Ferraris esporte na região do Autódromo de Interlagos, que comemorou os 70 anos da fábrica italiana, antes da realização do Grande Prêmio do Brasil de Formula-1, pode ter impressionado as meninas do Café Photo, as garotas que distribuíam folhetos de lançamentos imobiliários, os garis que filmavam tudo com seus celulares e o manobrista que orientava a entrada dos carros da marca de “Il Cavallino” na pista... Mas o verdadeiro Rei da Pista em Interlagos usa um carro muito mais simples, de linhas menos elegantes e de desempenho inferior ao de uma Ferrari... O ás do volante em questão é Flávio Gomes... Que em matéria de classe e estilo deu um show ao comparecer à pista, onde faria a cobertura da prova para seu vlog, dirigindo – seria pilotando – um Wartburg produzido na antiga Alemanha Oriental... Uma entrada única de alguém único, que domina todos os segredos das curvas e retas de Interlagos... No que depender dele, sempre um patrimônio público, ou seja, de toda a população paulistana, João Dória... Imbuído desse espírito republicano e cidadão, o Doutor Kenji compareceu a Interlagos utilizando-se de transporte público... No caso, o trem da CPTM, no qual embarcou em Pinheiros, vindo da controvertida estação da Linha 4-Amarela do Metrô... Não que ele tenha algo contra o Expresso SPTrans Fórmula 1, operação de linhas especiais de ônibus que envolve as empresas da Área 6 de São Paulo – Viação Cidade Dutra, Tupi Transportes (chamada nas camisetas do pessoal de apoio de “Viação Tupi”, observou o internauta...), Mobibrasil e – pela primeira vez neste ano – Transwolff... Sua divergência é puramente tarifária, como se verá mais adiante... Quanto à operação em si, nosso companheiro de web considera curioso que as linhas tenham recebido números... A de número 1 saía da Praça da República e retornava, após o treino oficial no sábado e a prova no domingo, dos bolsões da Avenida Interlagos e da Avenida Feliciano Correia, próxima ao portão G, e a cerca de 600 metros da Estação Autódromo da CPTM, ponto de partida do trajeto do internauta... Que por ter passado ali na hora do warm up, não viu muitos ônibus do serviço especial da SPTrans... Só mesmo aquele motorhome montado em um Nielson Diplomata, que todo ano, no fim de semana da corrida, fica estacionado em um terreno do lado oposto ao autódromo, e que manobra com uma leveza, digo... Nosso companheiro de web nem deparou com os tão polêmicos assaltos ocorridos no final de semana da prova... Apenas com frascos cheios de protetor solar que tiveram de ser descartados no canteiro central da Feliciano Correia, pois sua entrada não era permitida dentro do autódromo... No calor que fazia domingo, eles fizeram falta para quem assistiu a prova na pista... A linha 2 deixava a região da estação Trianon-MASP, na esquina das Alamedas Casa Branca e Santos e voltava nos mesmos bolsões da linha 1... A linha 3, que começava na Rua dos Jequitibás, próximo ao Metrô Jabaquara, iniciava a viagem de retorno exclusivamente no bolsão da Avenida do Rio Bonito com a via preferida do Doutor Kenji, a Rua Trasíbulo Pinheiro de Albuquerque... A linha 4, que pegava os passageiros vindos do Aeroporto de Congonhas, fazia a volta nos bolsões também utilizados pelas linhas 1 e 2... Assim como a linha 5, que vinha do Shopping Interlagos... A linha 6, procedente do Shopping SP Market, na região da estação Jurubatuba da CPTM, saía na esquina da Avenidas Antônio Barbosa da Silva Sandoval e Interlagos... Ambas as duas, quando operadas pela Transwolff apresentavam nos letreiros eletrônicos a identificação F105 e F106... Então é por isso que o internauta se impressionou mais com os micro-ônibus do que com as Ferraris, digo...
Largada da corrida do Doutor não acontece na pista, mas na estação Autódromo da Linha 9 da CPTM... |
Ao passar na bilheteria do autódromo, Kenji ficou revoltado... Como que alguém em sã consciência pode pagar 2.950 reais por uma entrada para o setor B???... E nem sequer há direito à meia entrada, como no setor M, por exemplo, onde os portadores da carteira emitida pelas entidades estudantis pagam apenas... 845 reais!!!... E não adianta argumentar que o ingresso é para os dois dias de treino no final de semana e para a prova no domingo, e tem alimentação inclusiva... Nada demove o doutor da ideia de que aquele preço é absurdo... Tampouco o pessoal que passava a cada minuto perguntando se ele tinha ingresso sobrando ou precisava de uma entrada... Os vendedores de capas de chuva também não tiveram êxito... Primeiro, porque o Doutor acredita na previsão do tempo, por algum motivo, e sabia que ia fazer sol o dia inteiro, em especial na hora da prova... Pelo menos um deles ficou impressionado ao saber que nosso companheiro de web é adepto do hobby e até passou o contato de um amigo aficionado... Quanto à sua ira justa pelo preço dos ingressos, nem mesmo a perspectiva de um encontro com o vencedor desta temporada da Fórmula 1, o tetracampeão Lewis Hamilton, consegue acalmá-lo... Ainda se fosse o internauta Pedro Henrique, quem sabe... Tudo bem que Bernie Ecclestone não comanda mais a Formula-1, mas é ele que entrega o troféu naquele grafite que retratava pilotos de todas as épocas... Dissemos que “retratava” pois a maior parte do muro, antes de um estacionamento, foi derrubada para dar lugar a uma grade, pois o terreno foi transformado em um “food park”... Restaram apenas as caricaturas de Hamilton, Vettel, “Rosberguinho” e Alonso – e de Ecclestone, o qual, como dissemos, passou o ponto da categoria... Questão mais urgente para o Doutor Kenji era o calor... Uma necessidade que o pessoal dos estacionamentos, sempre na correria para pegar fregueses no laço na esquina da Avenida Interlagos com a Rio Bonito, não poderiam resolver... Já uma viseira para proteção do sol, esta é uma cortesia do Café Photo... Ainda bem que nosso colega de rede não gosta de tomar café puro, digo... Melhor que isso, só a sombra do ponto de ônibus na Avenida do Rio Bonito... Excelente ponto de observação para os Caio Millenium Scania da Mobibrasil... Aqueles que a verve do brasileiro olhou para a grade do motor na traseira e sacou da manga do colete o apelido de “Cláudia Ohana”, digo... No bolsão da Antonio Sandoval, o Doutor ficou mais impressionado com o caminhão Chevrolet Brasil usado como guincho pela Tupi – era vermelho e foi pintado de azul, cor da Área 6, exigência oficial – do que com os Apache Vip IV com ar-condicionado que a Transwolff trouxe em peso para marcar sua estreia no Expresso SPTrans Fórmula 1... Até havia uma equipe chamada Wolf, décadas atrás, lembraram ao internauta... No final da Antonio Barbosa da Silva Sandoval acontecia o desembarque dos ônibus que chegavam pela Avenida Interlagos... Do lado oposto, o Cingapura e um pouco conhecido acesso às cercanias do autódromo, descoberto pelo doutor ao atravessar a pista... Ali, perto do bar que construiu vários terraços para quem quer acompanhar a prova e não tem dinheiro para os ingressos... Não que este seja o caso de Kenji, pois o lugar que ele quer sempre estar na região de Interlagos durante a Fórmula-1 fica na esquina da Avenida Interlagos com a Rio Bonito... Perto de um posto de gasolina... Ali pode não ser o melhor lugar para vender capas de chuva – sábado talvez, mas na hora do treino, à tarde, o tempo firmou e embora o sol não tenha aparecido, não voltou a chover, como no final da manhã - e o pessoal dos estacionamentos trabalha forte para fisgar a clientela, sob o olhar vigilante de policiais civis, militares e guardas municipais, vide ônibus das corporações de passagem, todavia o essencial para o nosso companheiro de web é que aquele canteiro, apesar das irregularidades no asfalto que levam à constante marcação de pênaltis, é um excelente lugar para visualizar os ônibus que passam pela Avenida Interlagos, tanto os do Expresso SPTrans Fórmula-1 quanto os de linha... Desde o Caio Millenium BRT Mercedes Benz Superarticulado Piso Baixo com ar-condicionado, a verdadeira “flecha prateada” da Viação Cidade Dutra – a empresa operou com articulados nas linhas especiais, mas sem ar-condicionado, este ficou na linha 5630-10, Terminal Grajaú / Metrô Brás – até um prosaico Walkbus da Transwolff, que Kenji considera um tanto quanto estranho... Imagina se tivesse visto o Svelto da Polícia Militar ou o Dolphin da Guarda Civil Metropolitana... O melhor daquele lugar, apesar da movimentação, é que o Burger King fica do lado... E Kenji trouxe cupons de desconto... Aí sim, Doutor!!!... Depois do pitstop na lanchonete, hora de voltar ao posto de observação...
Apesar da queixa sobre o preço dos ingressos, Kenji compareceu no setor "VIP" do autódromo... Ops de novo!!!... |
A corrida começa e o camarote está lotado... No caso, o portão do setor T, perto da torcida uniformizada com que o banco patrocinador da Ferrari tinge todos os anos de vermelho uma parte as arquibancadas... O ronco dos motores pode ser ouvido em alto e bom som, mas as máquinas que os produzem... Essas são difíceis de ver, ainda mais com torcedores, pessoal de apoio e seguranças passando na frente a toda hora... Bem que Kenji tentou com sua câmera munida de um potente zoom... Só que nem ele nem as pessoas que dividiam o camarote, digo, a grade do portão do setor T e viam as fotos não conseguiam diferenciar os carros das formigas que passavam pelo chão... A movimentação no setor chamou a atenção de uma repórter do SBT, que gravou entrevistas para uma reportagem exibida no “SBT Brasil”... Kenji não quis falar, menos por desaprovação à Rachel e mais por timidez, uma vez que a repórter era o número do internauta Chico Melancia... Ops!!!... Pouco depois da largada, as duas pistas da Avenida Interlagos ficaram completamente vazias na região do autódromo, devido à interdição realizada pela CET... Que marcou o início do espetáculo... Os Millenium BRT articulados da Cidade Dutra e da Tupi começaram a formar uma fila que tinha início no portão A, sentido Centro, e seguia em linha reta até as proximidades do portão T do autódromo, perto das vans descaracterizadas do Atende que vendiam os bilhetes do Expresso SPTransFórmula 1... A um preço pelo qual o Doutor Kenji recusa-se a pagar... 38 reais por uma viagem de ida e volta... 27 reais pelo percurso em uma só direção... Então é por isso a revolta, digo... Formada a primeira fila, teve início a segunda, com mais articulados e alguns Apache VIP midi da Transwolff... Com ar-condicionado, como do agrado do prefeito, mas para a incredulidade do Doutor Kenji... Ônibus básico no serviço especial???... As outras empresas costumavam usar no mínimo Padron, que são veículos maiores, sem contar os articulados... Neste ano, além da Transwolff, a Tupi também colocou Apache Vip básico, ainda que com ar-condicionado, nas linhas especiais.... Kenji estava tão indignado com o fato que sequer reparou que a Transwolff, essencialmente uma operadora do subsistema local, transpôs os limites da área e levava torcedores de Interlagos para a região da Praça da República, no Centro paulistano... Quando duas faixas no sentido Centro da Avenida Interlagos estavam ocupadas pelos ônibus, avisaram o Doutor... A extensão que sobrara da pista, na qual os adeptos do hobby costumam posicionar-se para fazer fotos, seria ocupada por táxis... Decisão que surpreendeu o internauta e até mesmo um experiente agente da CET, com anos de trabalho forte na organização do tráfego... A explicação, porém, era bem simples... Uber... O posto de gasolina em frente a entrada do setor T, na esquina das Avenidas Interlagos e Rio Bonito, apesar de estar fechado, era o local onde os usuários do aplicativo esperavam os carros chamados... Então é por isso que havia táxis no sentido bairro, no sentido Centro, na Rio Bonito... A lógica era defender-se do Uber, porém o Doutor achava que aquilo não tinha o menor sentido... O pior foi ter que ficar no canteiro central da Avenida Interlagos, bem longe de qualquer sombra, e à frente do portão do setor T para registrar a partida dos ônibus do expresso, logo após o final da corrida... A qual Kenji, só para variar, não fazia a menor ideia de qual seria o vencedor... Todavia, ele aprovou a seleção musical do DJ que comandava o serviço de alto-falantes dentro da pista... “Bang!!!” e “Paradinha”, de Anitta... “Cheguei”, de Ludmilla... “Você Partiu Meu Coração”, de Nêgo do Borel – na versão de Wesley Safadão, também responsável por “Camarote”, “É hoje”, o samba-enredo da União da Ilha em 1982, “Vou Fesejar”, “Dia de Patroa”, com Simone e Simaria... Os batuques de “Dig Dig Dom, Dig Dig Dom” lembraram a Kenji o tema musical do desfile das delegações na abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, ao qual compareceu pessoalmente em 7 de setembro do ano passado... Uma festa tão bonita que o internauta não cansa de rever o vídeo de mais de quatro horas com toda a cerimônia postado no Youtube ©, mesmo que a narração seja toda em inglês... Alis, por falar em cansaço, Kenji teve pique para retornar à estação Autódromo da CPTM... Fôlego não faltou nem para exercitar seu conhecimento de idiomas... Não com aqueles policiais militares que exibiam em seus coletes bandeiras do Reino Unido, França e Espanha, atestando sua atuação como intérpretes... Na verdade, de que outra forma ele poderia pedir para as Testemunhas de Jeová próximas à entrada do paddock de Interlagos um folheto sobre o que a Bíblia realmente ensina em japonês, professor???... Ao ver um torcedor com a bandeira do Peru nas costas (Ops!!!), Kenji achou esquisito, nem tem piloto peruano na Fórmula-1... Agora, para o nosso colega de rede é perfeitamente normal chegar na estação Autódromo da CPTM e não pegar o trem, mas sim o ônibus da linha 502J-10, que vai até a estação Santa Cruz do Metrô, próximo à região onde reside, mas que costuma ter o itinerário alterado no final de semana da Fórmula-1... Uma proeza, considerando-se o trânsito carregado na região da Avenida Teotônio Vilela... Só mesmo o Doutor...
Encontro entre o Doutor e o tetracampeão Lewis Hamilton aconteceu em um food park nos arredores da pista... |
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