Alguns visitantes do festival exibiam com muito orgulho a bandeira de seu país - no caso, a da Sega... |
A vigésima edição do Festival do Japão teve como uma de suas principais novidades a substituição da Via Sul Transportes pela Corcovado Turismo como a empresa responsável pelo transporte dos visitantes entre a estação Jabaquara do Metrô e o local do evento, o pavilhão SPExpo... Assim, ao invés de ônibus urbanos – ano passado, por exemplo, atuou uma frota de Apache Vip II – tivemos veículos rodoviários, vide Caio Solar, Irizar Century, Marcopolo Paradiso e Neobus Spectrum... Os nove carros da Corcovado trabalharam forte durante todo o evento, como atestam as longas filas na esquina das ruas Nelson Fernandes e Anita Costa, na região do Metrô Jabaquara, de onde saíam os ônibus para o SPExpo, e, na marquise do pavilhão, para retornar ao Metrô... O percurso de ida e volta poderia ser feito à pé sem maiores problemas, no entanto, a maioria dos visitantes, sabendo que o Festival exige muita disposição para andar por todo o SP Expo, preferem guardar suas energias indo para o evento de ônibus, que também apresenta a vantagem de ser gratuito... Alis, por falar em viagem, as agências de turismo presentes no evento receberam muitas consultas sobre a disponibilidade de pacotes para os Jogos Olímpicos de 2020, que acontecerão em Tóquio... Que devem começar a serem oferecidos entre o final de 2018 e o começo de 2019, quando for definido o calendário das competições... Por enquanto, os interessados podem deixar um email para contato, levar um mapa do Japão e, depois de preencherem um formulário – sem esquecer de mencionar a viagem feita em 2012, “Vai, Timão!!!” – receberem um brinde, que dependendo do gosto do internauta, pode ser um Kit Kat verde ou uma borracha de apagar lápis em forma de sushi... Visitantes mais familiarizados com a cultura e as instituições japonesas buscam ampliar seus conhecimentos sobre o serviço das companhias aéreas JAL e ANA – esta associada à United Airlines – ou dos projetos apoiados pela JICA... Pois eles sabem que o significado da sigla é Agência Japonesa de Cooperação Internacional, vide difusão do conceito de “koban” – polícia comunitária – no Brasil... O espaço da secretaria estadual de Educação relembrou antigos materiais escolares e carteiras – aquelas que parecem bancos de bonde, com o tampo da carteira atrás do encosto do assento – além de escolas cujos patronos guardam relação com o Japão... Vide Escola Estadual Cidade de Hiroshima, na região de Itaquera... Visitada pelo príncipe herdeiro Naruhito em 2008... O que nos lembra que o Festival do ano que vem irá homenagear os 110 anos da imigração japonesa para o Brasil... Da mesma forma que a agência de viagens JTB convida para as comemorações dos 150 anos da imigração japonesa no Havaí... Onde o quimono se harmoniza com o colar de flores...
Esta brincadeira certamente lembraria o jogo de bafo ao Doutor - se ele soubesse do que se trata... |
O Doutor Kenji não compareceu ao Festival, porém o seu maior interesse no evento estava presente – o pessoal que trabalha forte no “cosplay”... Vide o Pikachu que arrastava multidões sedentas por uma “selfie” com o mais ilustre dos pokemons, depois do Psyduck, é claro, Ricardo Feltrin... Nada de caçar o pobre do Pikachu... O “Temos que pegar!!!” aqui tem muito amor envolvido... Ops!!!... Nos bastidores da área onde os cosplays realizam ensaios fotográficos, o segredo de Pikachu... A fantasia do pokemon é inflável... Kenji ficaria surpreso ao ver a elétrica criatura toda murcha, com o traje evidenciando as formas da pessoa que o veste... No entanto, basta o comparecimento de Jessica Rabbit – que não é exatamente uma personagem de anime, e até andava meio sumida – para Pikachu rapidamente recuperar sua velha forma e correr saltitante para atender seus inúmeros fãs, em especial do gênero feminino... O fato de Pokemon ser uma das principais marcas da Nintendo não impede que cosplayers ostentem orgulhosamente a bandeira da Sega, sua grande rival no mundo dos videogames... Muito apegado às tradições, Kenji se sentiria em casa nas aulas da caligrafia tradicional Shodô, da pintura Sumi-ê, de Ikebana e Origami... Massagem grátis não, doutor, essa é apenas para maiores de 60 anos... Agora, o internauta se sentiria em casa acompanhando as apresentações musicais na arquibancada que mais parecia o Itaquerão... Ou assistindo os shows na pista... Sim, ele não se apetece muito com o taiko – os tambores que os brasileiros adoram – entretanto aquela moça de quimono cantando uma canção sobre o corte de madeira, acompanhada de um conjunto de cordas, é apetecibilíssimo... Nosso colega de rede só não entenderia o que o Shaqiri da seleção da Suíça tem a ver com a música... Empresas japonesas também se fazem representar no evento, montadoras de veículos à frente... A Toyota aproveitou o Festival para comemorar em seu estande os 50 anos de fabricação do modelo Corolla, com a exibição de um veículo original de 1966... Destinado a exportação, pois o volante está do lado esquerdo... Importado, pois a produção do modelo no Brasil começou apenas em 1998, na fábrica instalada na região de Indaiatuba... Apesar da montadora estar presente em terras brasileiras desde 1958, mas fabricando apenas o utilitário Landcruiser... Rebatizado de Bandeirante em 1962... A empresa chegou a estudar a produção de veículos de passeio na fábrica de São Bernardo do Campo na década de 1960, vide acervo digital da “Quatro Rodas”, porém o projeto não foi adiante... A ausência do Doutor Kenji não foi muito sentida no estande da Toyota, uma vez que ele não possui carteira de habilitação... No estande da indústria de alimentos Hinomoto, entretanto, o não comparecimento do internauta causou uma certa decepção... Afinal, Kenji é um grande apreciador da vodka Azkov – made in Presidente Prudente, sendo que o nome vem de Azteca, denominação dos condimentos produzidos pela empresa – com várias opções de sabores... Também ficou frustrado o pessoal da Kirin Ichiban – que recentemente vendeu a Schin para o grupo Heineken – pois o Doutor já era esperado para a degustação da cerveja Kirin...
Kenji se apeteceria com a apresentação da cantora, mesmo não entendendo o que Shakiri faz na música... |
Na praça de alimentação, com as mesas completamente tomadas, ficam os estandes representando as 46 províncias do Japão... Quase todas vendem comidas típicas feitas na hora... Uma exceção é a província de Niigata, terra natal do Doutor Kenji... Ali é realizada a venda de produtos da região... No balcão, pacotes de shiro Mochi (bolinho de arroz típico, conforme especifica o Guia Oficial do evento, o qual Kenji teria obtido um exemplar, caso tivesse comparecido ao festival...) e de anmochi (mochi recheado com pasta de feijão doce, vide guia...)... Na mesa atrás do balcão, temos facas, cujas aplicações são mencionadas no anúncio da Associação Cultural Niigata do Brasil... "Uso profisisonal para sashimi, uso doméstico para sashimi, para verduras e para alimentos mais resistentes"... A fim de manter afiado esse autêntico arsenal de cozinha, também são comercializadas pedras para amolar facas... Também na mesa se encontram garrafas de saquê - Hakkaisan e Kikusi - biscoitos, balas, curry e alho furikake, estes dois últimos, novidades em tempero para arroz destacadas pela moça de quimono no balcão... Será que as escoteiras que passam pelo estande sabem cozinhar???... Alis, por falar em boas ações, Kenji certamente prestaria bastante atenção nos cartazes escritos a mão demarcando o espaço para cadeirantes... Em especial aquele em que a palavra “cadeirante” é escrita em ideogramas japoneses... A poprósito, por falar em comunicação, o Doutor certamente deixaria sua mensagem no estande da NHK e na Band, além de pegar um prospecto sobre o site na internet da principal rede de televisão do Japão e postar uma “selfie” feita no estande no Facebook © para ganhar um brinde... Não que ele tenha obsessão por um presentinho, mas se a Sabrolha Sato fatura alto com posts patrocinados, porque ele não pode levar uma sacola de pano ou um squeeze???... Pelo menos um registro do estande da Daisô, já que não são permitidas fotos em suas lojas... Nosso colega de rede consideraria um tanto quanto alto o preço do livro “A Verdadeira Face dos Empresários Nipo-Brasileiros” – 100 reais – mas se pudesse levar na faixa um exemplar do jornal “São Paulo Shimbun”, estaria tudo bem, pois ele saberia as últimas notícias sobre beisebol no Japão... Mais do que aqueles dois garotos com os uniformes característicos da modalidade... Falando em costumes japoneses, o espaço da cerimônia do chá não tinha nenhum ritual marcado, porém os visitantes faziam questão de fazer fotos com as senhoritas de quimono... Kenji daria preferência ao registro com as meninas da organização que carregavam cartazes indicando a saída escritos a mão em cartolinas brancas... Quem sabe as convidaria para o Festival da Cultura Fofa Japonesa, no Nikkey Palace Hotel... A gente se encontra naquela lousa perto da saída escrito “Caravanas”... Ainda que o auditório do “Programa Silvio Santos” esteja bem longe dali, digo...
Filas até onde a vista alcança atestam o quanto o Festival é concorrido junto à população paulistana... |
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