quarta-feira, 23 de março de 2016

Essa cachoeira não é de Deus...

Para chegar a cachoeira, Melancia enfrentou uma trilha mais desafiadora que as "Olimpíadas do Faustão"...


























































Para compensar a visita profana à Caverna do Amornado, do Costa-Oca, do Caninana, do Sete Pele, o internauta Chico Melancia compareceu a um lugar sagrado, também localizado na cidade de Eldorado, a Cachoeira de Meu Deus...  Com esse nome, Melancia pensou que fosse uma referência a um dos bordões do Armando Volta, da “Escolinha do Professor Raimundo”... Entretanto, nosso colega de rede logo descobriria que o lugar está mais para quando o Jorginho fala em “Os Caras de Pau” que... “Essa coisa não é de Deus”... A van que conduzia nossos colegas de rede só vai até um certo ponto... Dali, os internautas tem que seguir a pé, primeiro descendo por uma estrada de terra... Para enfrentar a caminhada, Chico colocou uma toalha na casa, no que foi tomado como mais uma aparição de “Santa Barba”,  a mesma que compareceu em São Thomé das Letras no ano passado... Depois de um longo trecho em declive, Melancia e o Doutor Kenji deparam com uma pinguela de madeira diante do inicio da trilha dentro da mata... Uma placa avisa... “PROIBIDO LANCHES E BEBIDAS A PARTIR DESTE PONTO”... Nada que intimidade os internautas, pois eles já almoçaram... Depois de passarem pela pinguela e seguirem por um caminho estreito, nossos companheiros de web chegam a um curso d’água... Onde seguem pela margem estreita, encontrando com excursionistas de outro grupo... Um guia orienta a caminhada, em meio às pedras e às raízes das árvores... Chico já está com a toalha nos ombros... Seguindo pela margem do riacho, Kenji e Melancia deparam com uma ponte, feita com um único tronco de árvore... A travessia lembra “A Ponte do Rio Que Cai”, das “Olímpiadas do Faustão”... Não há patrocínio do TC Bamerindus, porém uma corda ajuda a chegar na outra margem... A trilha prossegue, com os internautas enfiando os pés na água...  Melancia, de camisa salmão – não, não é cor-de-rosa – e calção Adidas © da seleção da Espanha, leva seu tênis auto-limpante, que não é impermeável, nas mãos... Kenji busca pedras e troncos que evitem a água... A trilha, cada vez mais estreita, adentra pela mata fechada... Mais uma ponte, onde Melancia trabalha forte no equilibrismo, pois desta vez não há corda... Os internautas seguem pela beira do riacho, de leito pedregoso...  Mais adiante, é preciso subir por rochas úmidas e escorregadias... Agora não há pontes... A travessia do curso d’água tem de ser feita equilibrando-se nas pedras e em troncos de árvores... Logo em frente, há pedras para serem escaladas... Uma singela corda auxilia na tarefa... O Doutor Kenji decidiu ficar em um recanto ali perto, porém o internauta Chico Melancia, destemido, encara a escalada... Segura a corda, toma impulso e sobe pelas pedras... Apesar da travessia ser feita sob a luz do dia, o farol do Melancia está aceso... Ops!!!... Depois da escalada, outro caminho pedregoso leva finalmente à Cachoeira de Meu Deus...




















Chico também demonstrou ser um entendido... Na dança da cordinha, digo, em pegar na cordinha... Ops!!!...
























Depois de aproximadamente uma hora de caminhada, o internauta Chico Melancia está diante da queda d’água de 53 metros de altura da Cachoeira de Meu Deus... Melancia tira a camisa, não apenas para se banhar na cascata... O volume de água que desce até o riacho é tão grande que em poucos segundos diante da cachoeira o internauta fica molhado até a alma... Suas mochilas e câmeras fotográficas também... Não é possível fazer duas fotos seguidas, seja com a câmera ou com o celular... A lente fica totalmente molhada e é preciso limpá-la para prosseguir com os registros... Mais perto da cascata as fotos saem um pouco embaçadas, como se houvesse neblina no local... Diante da cachoeira, Chico ergue os braços de satisfação... A travessia foi penosa, seus pés estão completamente estropiados de pisarem em pedras e folhas secas,  mas valeu a pena... Ainda é preciso andar um pouco mais num caminho estreito entre as pedras para chegar à cachoeira, porém a água já respinga por toda a parte... Sua intensidade lembra mais uma chuva de vento, só que na horizontal... Após passar por uma gigantesca raiz de árvore, Melancia comemora novamente... Mesmo com os olhos marejados pela água da cascata, Chico vai até a cachoeira para sentir a força das águas jorrando e tomar aquela tradicional ducha natural que quase leva o calção... Nosso colega de rede até lembra daquele antigo sucesso do Titio Ronnie Von... “Teu amor... É cachoeira... Que levou... Meu Coração”...  Qualquer semelhança com a região de Grotas do São Francisco é mera coincidência, digo...  Com certeza, Jorginho, nos tempos em que Leandro Hassum era o principal expoente do gênero cinematográfico “gordo gritando”, esteve ali e reclamou que a cascata o deixou completamente molhado... Deve até ter dito... “Essa cachoeira não é de Deus”... Pouco antes da cachoeira há um trecho em que o leito do riacho é mais largo... Naquele local, no meio de uma ensolarada tarde de sábado, Melancia aproveita para nadar um pouco... Seria boiar um pouco... Também aproveita para conversar e zoar com os outros excursionistas... Hora de ficar jogando água em quem está por perto, no melhor estilo “quinta série”, vide chifrinhos nas fotos... Alguns mergulharam de camiseta e tudo na água... Melancia não... Posou com o pessoal sem camisa, nada receoso de mostrar sua cútis alva... Ops!!!...  Quem não ficou só de calção, mesmo sob a sombra das árvores altas, está completamente encharcado... Melancia faz algumas fotos no riacho, com a grande cachoeira ao fundo, é preciso registrar sua façanha... Depois de mais algumas braçadas na água – seriam boiadas – é hora de pegar o caminho de volta...



















Ao ver a imponente queda d'água, o internauta se molhou todo... Com a água que espirrava da cascata...




















































O internauta Chico Melancia coloca sua camiseta, enxuga os cabelos, pega seu tênis e inicia o retorno... Agora já está familiarizado com o caminho pedregoso pela beira do curso d’água... Pouco antes da corda para descer o barranco, Melancia se apoia em um rústico corrimão de madeira...  A descida pela corda intimida alguns, que se detém no alto... Entretanto, o espírito aventureiro de nosso colega de rede faz com que sua descida aconteça rapidamente...  Mais um pouco e ele começava a mostrar sua proficiência na Dança da Cordinha... Ops!!!... Chico reencontra o Doutor Kenji, que equilibrava-se em uma raiz de árvore na beira do curso d’água...  Agora o internauta volta a ter companhia para enfiar os pés na água... Nada demais, para quem esteve frente à frente com uma cachoeira que não é Deus, digo... As pedras escorregadias não são mais segredo para Melancia, porém é preciso tomar cuidado com os troncos que obrigam o internauta a abaixar-se pelo caminho...  Kenji para em um desses troncos para fotografar os cogumelos que brotam na casca da madeira... Shitake é sempre um bom acompanhamento na culinária japonesa, digo... O curso d’água margeado pela trilha também e um excelente motivo para registros fotográficos... Bem como as duas pontes no caminho...  Uma sem corda e a outra com corda... As águas límpidas motivam mais uma foto do Doutor...  O retorno a pinguela com a placa ainda não é o fim do caminho... Agora é preciso subir o morro pela estrada até a van... O internauta Chico Melancia volta a colocar sua toalha na cabeça... E vai conversando com o guia que, experiente na trilha, não dispensa o boné... Superada a subida, Chico precisa trocar de calção... O vestiário é improvisado atrás da porta traseira da van... Um ventinho maroto sopra enquanto Melancia tira o short molhado e coloca uma calça comprida... Agora a toalha é enrolada na cabeça, à maneira de uma bandana... Kenji não chegou a entrar na água – na verdade, ficou esperando por Chico bem longe da cachoeira e de seus respingos – porém trocou a camiseta cinza que usou na trilha por outra da Adidas ©... Ah, eu queria ter uma camiseta azul assim, pensou  Melancia... Antes da van iniciar a viagem de volta para São Paulo, uma paradinha no bar próximo, seja para comprar uma água ou para comparecer na singela construção que serve de banheiro... Vai testar as instalações sanitárias pela porta “ELE” ou na porta “ELA”, Melancia???... No caminho para São Paulo, parada para o cafezinho – e para ajeitar os óculos – em um posto na região de Pariquera-Açu, depois da rima... Kenji leva uma maçã enrolada em filme plástico... Melancia pensa em levar uma miniatura de ônibus, um CD dos Beatles ou uma garrafa da cachaça Indiazinha, mas os preços o levam a mudar de ideia... E o caminho até São Paulo é longo... O cansaço, porém, não impediu alguns registros no Terminal Pinheiros, e nem a pizza de calabresa acebolada afrodisíaca do Habib’s, esta para recarregar as baterias...




























Chiquinho é um excelente nadador... Mas olha o pezinho!!!...

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