Estamos aqui, Chespirito!!!...

O túmulo de Roberto Goméz Bolaños passava por algumas reformas para receber uma missa em sua memória...

A aproximação da sepultura fez a emoção aumentar e as batidas do coração dispararem...

O itinerário até o túmulo de Roberto Gómez Bolaños já estava definido desde antes da viagem para a Cidade do México... Com a providencial ajuda de um fã-clube de Florinda Meza, a viúva de Chespirito... Que no último final de semana divulgou no Facebook (C) o anúncio da missa que Florinda irá realizar neste sábado, ao meio-dia, em memória do primeiro ano da morte de seu marido... No qual era mencionado não apenas o endereço do cemitério, como a localização exata do jazigo... Assim, bastava utilizar o Google Maps (C) para descobrir se havia uma estação de metrô - aquele que não deixam embarcar canoa - próxima ao cemitério... E existe... Centro Médico, da linha 3... Em seguida, era necessário esperar a definição do hotel na cidade do México pela agência de turismo que vendeu a excursão... Casa Blanca ou Royal Zona Rosa... A escolha da operadora recaiu sobre este último, que fica a um quarteirão de distância da estação Insurgentes, da linha 1... Agora bastava baixar um mapa da rede de metrô da Cidade do México para saber quais as conexões que levam até a região do cemitério Panteón Francés... Embarcando em Insurgentes, é preciso descer duas estações depois, em Balderas... Onde é feita a "correspondencia" - quer dizer, a baldeção - para a estação Centro Médico... O bilhete unitário custa 5 pesos - um pouco menos de 2 reais... Também é possível utilizar nos bloqueios o cartão do Metrobus, porém no caso da estação Insurgentes, ele só e vendido mas máquinas existentes na parada do corredor de ônibus, logo acima do metrô... Os trens são muito parecidos com os do metrô de Santiago... Possuem pneus, mas não ar-condicionado... As paredes de fórmica denunciam a concepção da década de 1970... A viagem e a "correspondencia" são rápidas e logo se chega à estação Centro Médico... Uma das saídas está no meio de um parque, próxima a uma parada do Metrobus... Eventulamente passam por  ali alguns Marcopolo Gran Viale articulados que operam no sitema... Um pouco mais adiante, está um ponto inicial de uma linha que opera com o micrô-onibus Boxer, um modelo que a Marcopolo não fabrica no Brasil... Na rua transversal, o trânsito de veículos é intenso e o trabalho dos vendedores ambulantes é forte... O cemitério está do outro lado da rua... A travessia não é simples, pois muitos motoristas simplesmente não respeitam o farol aberto para pedestres... Junto aos muros do cemitério, há uma banca de jornais, e perto do portão, com uma inscrição em francês, há os vendedores de flores... Ali, o clima é de tranquilidade, característico dos cemitérios... Mesmo o trânsito na via em frente parece estar menos carregado... Um vigia na entrada pergunta qual sepultura será visitada... A lembrança das histórias sobre câmeras de vigilância colocadas por Florinda Meza no túmulo do marido por um instante vieram à mente por um momento... Não era verdade, claro, mas houve um princípio de temor de que houvesse restrições de acesso... A simples menção da rua do túmulo foi suficiente para o guarda permitir a entrada, depois de explicar o caminho... 

Na entrada do Panteón Francés de La Piedad, reinava a tranquilidade típica dos cemitérios...

O desembarque do voo da Aeromexico que saiu de Cumbica às 23h55 de quinta-feira deveria acontecer na Cidade do México... Porém, às 5h45 da manhã - considerar a diferença de quatro horas no fuso horário - o comandante José Antonio Martinez anunciou que devido à neblina na região do aeroporto internacional Benito Juarez, na capital mexicana, o voo teria de fazer uma parada em Guadalajara... Que aconteceu às 6h12... A aeronave deveria permanecer ali durante no mínimo uma hora, com todos os passageiros, no aguardo das instruções das autoridades locais... Como o dia ainda não havia amanhecido e as luzes do avião estavam apagadas, os poucos rostos que se distinguiam na escuridão eram aqueles iluminados pelas telas dos telefones celulares... O voo acontecera sem maiores problemas... O serviço de bordo, composto de jantar e café da manhã estava excelente... A poltrona de janela fornecia uma também excelente visão do alto... Que concorria fortemente com um dos filmes oferecidos como entretenimento à bordo, "Esqueceram de Mim"... Uma história que também tem a ver com problemas em viagens aéreas... Sem contar a participação especialíssima do Mestre John Candy... Agora, no começo da manhã, os passageiros que desembarcariam na Cidade do México e teriam que fazer conexão para chegar a Guadalajara tentaram ver com o comandante se poderiam descer... O pedido foi encaminhado e negado... Uma hora depois do pouso, começou o reabastecimento, que terminou às 7h40...  A partida dependia do "OK" das autoridades do aeroporto, já que outros voos em atraso congestionavam o espaço aéreo da capital mexicana... O voo foi autorizado às 7h53... Uma hora depois, acontecia a aterrissagem no aerporto Benito Juarez... Depois de uma demorada passagem pela imigração - revista de bagagens incluída - a chegada à saída do aeroporto aconteceu às 10 horas... Os grandes vasos nos corredores lembravam que é preciso regar os pezinhos... Também há uma espécie de arquibancada para se esperar pelos que desembarcam...  Tempo de esperar o receptivo local desiginado pela agência de turismo... Que segurava um "pau de selfie" que tinha na ponta um papel com o nome dos passageiros que esperava - apenas dois... Seu nome era Maribel... Com o trânsito carregado na Cidade do México, desde a região do aerporto, a chegada ao hotel aconteceu apenas às 11h30 da manhã... A recepcionista informou que não havia quartos disponíveis... O que só deveria acontecer por volta das 15 horas... Em excursões de agência, normalmente o dia da chegada é livre, um descanso para os passeios que ocorrem nos dias seguintes...  Não dava para perder tempo... As malas ficariam na recepção... Era o momento de pegar o rumo da estação Insurgentes do metrô, para um encontro com Roberto Gómez Bolaños...

O trânsito caótico da Cidade do México parecia dar uma trégua na via em frente ao Panteón Francés...