Blade Runner 2023: Aeromoças japonesas cercando cachorro vestido de Papai Noel no aeroporto de Los Angeles... |
Nosso retorno a São Paulo depois de dez dias em Los Angeles seria muito breve, embarcaríamos no voo 8087 da Latam às 12h35 de sexta-feira e desceríamos em Cumbica às 7h35 do dia seguinte, devido ao fuso horário, voltaríamos para casa e logo estaríamos de novo no aeroporto em Guarulhos para pegar o voo das 14h10 para o Rio de Janeiro, com chegada no Galeão, para passar uma semanada na Casa dos Lunáticos com o Pancada... Logo, acordamos na sexta-feira às 6h15 da madrugada, tomamos banho, separamos o que ia na mala e o que ia ficar na lixeira, e uma hora depois, colocamos o casaco de náilon que passou uma semana no sofá, desligamos o ar-condicionado que trabalhou forte durante toda nossa estadia, apagamos as luzes e nos despedimos do quarto 226 do Solara Inn And Suites no 920 da South Harbor Boulevard em Anaheim, fomos para o quarto da minha mãe, o 211, encontramos ela já pronta para a viagem, porém fazendo um grande esforço para fechar a mala, a nossa bagagem ficou distribuída da seguinte forma, celulares, documentos, livros pequenos, “polvo” e demais carregadores na mochila, livros grandes, roupas e o “notebook” na mala, sim, eu resolvi correr esse risco para agilizar o retorno ao Brasil... Deixamos o 211, descemos a escada com as malas, sempre é assim nos hotéis estadunidenses que nos hospedamos, mas pelo menos é só uma vez na ida e outra na volta, fomos na recepção, sem consumo, a garota que nos atendeu informou que o depósito de 100 dólares feito na chegada com o cartão de crédito será reembolsado em até uma semana, pedimos o Uber, veio Hamlet, eis a questão, num Toyota Prius Prata, a viagem até o aeroporto foi mais barata, 54 dólares, a última paga nessa moeda na temporada, e mais rápida, 36 minutos, do que na ida, num instante deixamos para trás o hotel e a escola pública do outro lado do South Harbor Boulvevard e entramos no mesmo local do aeroporto que saímos na ida, só que agora foi preciso apenas pegar um elevador para fazer o “check-in” no Tom Bradley International Terminal... Observados pelo Carl Frederikssen de terno azul, sentado na ponta da fila, despachamos as malas sem demora, apesar da etiqueta de fechamento inadequado posta na bagagem, isso não nos preocupou, mesmo porque passamos um pouco do limite permitido, na pesagem, a mala estava com 25 quilos, e não houve cobrança, ao menos ali no “check-in”, a próxima etapa era a imigração, mas eu parei na Hudson para levar revistas, e minha mãe um boneco do Olaf, porque a Ariel era muito grande... Levamos o “Time” com a retrospectiva do ano, que não ignorou o Brasil como sempre costuma fazer e dedicou uma página a tentativa de golpe de Estado em Brasília no dia 8 de janeiro, sem anistia, um especial da mesma revista sobre sua escolha anual da “Pessoa do Ano”, ano passado foi o Zelensky, neste a Taylor Swift, que os “haters” não saibam senão vai ser o fim do mundo nas redes sociais, antes da turnê pelo Brasil o ódio já era grande porque ela é o “esparro” das divas pop internacionais, mais ou menos como Mara Maravilha entre os fãs de apresentadoras infantis, a morte no show aumentou a pressão de tal forma que até os tiozões que gostam de meter o louco nas redes sentiram-se autorizados a fazer dela a Marília Mendonça e ficar perguntando quem era alegando que não a conheciam, a revista específica sobre essa premiação não encontrei, importante sim, porque poucas mulheres foram agraciadas pela revista, o nome do prêmio por muito tempo foi “o homem do ano”, Murilo Benício, mas levei uma edição especial sobre a saga da “dona do frigorífico Swift”, como diria o Silvio Santos, e outra com a retrospectiva da década de 1970, citando a estreia do “Wheel of Fortune” e com uma preciosa foto da ginasta Nadia Comaneci abraçando uma boneca vestida com a bandeira dos Estados Unidos e sendo entrevistada pela rede de televisão ABC, depois da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Montreal, em 1976, uma das poucas coisas que não fiz nessa viagem foi visitar o estádio Coliseu, local do ouro de Joaquim Cruz nos 800 metros em 1984 e que voltará a receber os Jogos em 2028, depois que acontecerem em Paris no ano que vem, para os quais não temos planos de comparecer depois da viagem adiada pela pandemia a Tóquio em 2021, também adquiri alguns exemplares da revista “People”, a retrospectiva do ano, transpondo a rivalidade de fãs para a capa com a presença simultânea de Beyoncé e Taylor Swift, contendo ainda um importante registro das personalidades do mundo artístico que saíram de cena, Tina Turner, Tony Bennett, Sinead O’ Connor, Rachel Welch, Lisa Marie Presley, Bob Barker, o apresentador de “The Price is Right”, Jerry Springer, com quem Ratinho era comparado quando despontou na televisão no fim dos anos 1990, Rita Lee disse isso a ele, embora o programa de Springer lembrasse mais o “Casos de Família”, que é um formato tradicional nos Estados Unidos, Geraldo Rivera que o diga, Ratinho desenvolveu um estilo próprio, só ele tem o Xaropinho, Paul Reubens, mais conhecido como Pee-Wee (!!!), Glenda Jackson, Richard Roundtree, o Shaft original, Lisa Loring, a primeira Vandinha Addams da televisão, Harry Belafonte e Matthew Perry, também homenageado numa edição abordando a trajetória da série “Friends”, até vimos sua autobiografia aqui para vender, porém tínhamos outras prioridades, como o relato biográfico de Barbra Streisand, cujos 60 anos de carreira renderam outro especial da “People” que trouxemos, inclusive a foto do filme “Nosso Amor de Ontem” (1973) nada tem a ver com a clássica “visão de um date com Bruna Gritão”, e fechando o pacote, mais uma “People” com um “quiz” sobre a cultura pop dos anos 1980, olha o Alex Trebek do “Jeopardy!!!”, o Menudo, ET e Karatê Kid dividindo a contracapa, Whitney Houston com o visual copiado por Karol Conká depois do BBB21, “Anos Incríveis”, “Os Jeffersons” com o juiz falecido, “Supergatas”, “Alf”, “Vivendo e Aprendendo” com a Senhorita Garrett, “A Gata e o Rato”, em que Cybill Sherperd não era mais gata que Sônia Abrão (!!!), Milli Vanilli, aqueles do desenho “Super Mario Bros”, princesa Diana, Jane Fonda, Madonna, Senhor Myagi, da série que o SBT rebatizou como “Karatê Kid O’Hara”, Punky Brewster, protagonista da série que a Rede Brasil de Televisão começou a reprisar em novembro, se tem os direitos, essa é outra história...
Depois de 12 horas de voo, dos Estados Unidos para o Brasil, Lisa Simpson nos encarava com um olhar oblíquo... |
Subimos a escada rolante para chegar a imigração, na pré-inspeção, tudo certo, aviso a mãe que não podemos parar, passaporte também em ordem, nas bandejas do raio-X, a bagagem de mão passou normalmente, só que o “scanner” corporal nos obrigou a passar por uma revista corporal, o motivo, a etiqueta de segurança da nossa calça de moletom, a mesma que usamos na viagem de ida e em todos os dias que ficamos em Los Angeles, quase ela precisou de um passaporte próprio, tirando esse detalhe, foi a passagem mais rápida e tranquila pela imigração em todas as nossas viagens para os Estados Unidos, agora podemos comparecer na área de embarque do TBIT, vemos a placa para o homenageado, Tom Bradley, o primeiro prefeito negro de Los Angeles, que governou a cidade de 1973 a 1993, e uma cena de “Blade Runner”, um grupo de aeromoças japonesas cercando um carrinho de bebê repleto de enfeites natalinos, e que levava um cachorro vestido de Papai Noel, vimos que nosso portão de embarque, 130, estava próximo, tinha uma livraria no meio do caminho e fomos às compras, peguei as biografias da Barbra Streisand e da Britney Spears, a versão em brochura de “All About Me”, a autobiografia de Mel Brooks, e o livro “Valdisney A to Z”, grosso como uma Bíblia, um dicionário que lista em ordem alfabética todas as realizações do estúdio ao longo de 100 anos de história, por 50 dólares, eu havia visto na loja do Valdisnei California Adventure no mesmo dia que comprei a obra oficial do centenário e o ensaio biográfico sobre o Valdisnei com o sósia do Harry Kane, porém não quis levar o “A to Z” ia dar excesso de bagagem, porém naquela hora, eu poderia adquirir o livro e levar na bagagem de mão, sem contar que é o tipo de obra que dificilmente vai ser editada em português no Brasil, e como meu cartão de crédito ficou sem limite, lá se foram 175 dólares dos 400 que levei para a viagem, paguei muita coisa com cartão de crédito, ainda assim o saldo era razoável, 270 dólares, e iria direto para cobrir a fatura, no entanto, como minha mãe quis levar um pingente, contribui com mais 25 dólares para ela comprar a bijuteria e portanto restaram apenas 70 dólares em cédulas, pois como as casas de câmbio no Brasil não trocam moedas, elas foram na mala esperando o momento de se juntar às outras da minha forçosa coleção... Nem preciso dizer que quando fui sentar para esperar o embarque, minha preocupação era, além de conferir se as tomadas para carregador funcionavam, calcular o pagamento das contas do mês, recursos nós temos, mas alguns valores só poderiam ser pagos na boca do caixa, eu estava com pressa, porém teria que esperar até segunda-feira para ir ao banco, no Rio de Janeiro, agora era a hora de fazer as notas de viagem e colocar as publicações no Instagram © em dia, ainda tinha coisa da Valdisneilândia para postar, e as imagens dos “tours” nos estúdios da Paramount e da Sony ficariam para quando eu estivesse com o Pancada no Rio... Subimos a escada rolante para chegar a imigração, na pré-inspeção, tudo certo, aviso a mãe que não podemos parar, passaporte também em ordem, nas bandejas do raio-X, a bagagem de mão passou normalmente, só que o “scanner” corporal nos obrigou a passar por uma revista corporal, o motivo, a etiqueta de segurança da nossa calça de moletom, a mesma que usamos na viagem de ida e em todos os dias que ficamos em Los Angeles, quase ela precisou de um passaporte próprio, tirando esse detalhe, foi a passagem mais rápida e tranquila pela imigração em todas as nossas viagens para os Estados Unidos, agora podemos comparecer na área de embarque do TBIT, vemos a placa para o homenageado, Tom Bradley, o primeiro prefeito negro de Los Angeles, que governou a cidade de 1973 a 1993, e uma cena de “Blade Runner”, um grupo de aeromoças japonesas cercando um carrinho de bebê repleto de enfeites natalinos, e que levava um cachorro vestido de Papai Noel, vimos que nosso portão de embarque, 130, estava próximo, tinha uma livraria no meio do caminho e fomos às compras, peguei as biografias da Barbra Streisand e da Britney Spears, a versão em brochura de “All About Me”, a autobiografia de Mel Brooks, e o livro “Valdisney A to Z”, grosso como uma Bíblia, um dicionário que lista em ordem alfabética todas as realizações do estúdio ao longo de 100 anos de história, por 50 dólares, eu havia visto na loja do Valdisnei California Adventure no mesmo dia que comprei a obra oficial do centenário e o ensaio biográfico sobre o Valdisnei com o sósia do Harry Kane, porém não quis levar o “A to Z” ia dar excesso de bagagem, porém naquela hora, eu poderia adquirir o livro e levar na bagagem de mão, sem contar que é o tipo de obra que dificilmente vai ser editada em português no Brasil, e como meu cartão de crédito ficou sem limite, lá se foram 175 dólares dos 400 que levei para a viagem, paguei muita coisa com cartão de crédito, ainda assim o saldo era razoável, 270 dólares, e iria direto para cobrir a fatura, no entanto, como minha mãe quis levar um pingente, contribui com mais 25 dólares para ela comprar a bijuteria e portanto restaram apenas 70 dólares em cédulas, pois como as casas de câmbio no Brasil não trocam moedas, elas foram na mala esperando o momento de se juntar às outras da minha forçosa coleção... Nem preciso dizer que quando fui sentar para esperar o embarque, minha preocupação era, além de conferir se as tomadas para carregador funcionavam, calcular o pagamento das contas do mês, recursos nós temos, mas alguns valores só poderiam ser pagos na boca do caixa, eu estava com pressa, porém teria que esperar até segunda-feira para ir ao banco, no Rio de Janeiro, outra pendência importante para resolver era colocar em dia a exibição da novela “Corpo Dourado” e do BBB5 no Viva, a trama de Antônio Calmon está na reta final, com um “baby boom” em Marimbá a vista, Alicinha e Selena engravidaram e Judy foi na onda, digo, e não consegui ver nenhum episódio do “reality” porque a exibição no Canais Globo não era permitida nos Estados Unidos, assim, mesmo sabendo que ninguém tirava o então inédito prêmio de 1 milhão de reais de Jean Willys, nem a Grazi e nem a Pink, não custa nada torcer pelo Samy, digo, mas agora era a hora de fazer as notas de viagem e colocar as publicações no Instagram © em dia, ainda tinha coisa da Valdisneilândia para postar, e as imagens dos “tours” nos estúdios da Paramount e da Sony ficariam para quando eu estivesse com o Pancada no Rio... Meia hora antes do início do embarque, mencionei a mãe o tempo que faltava para entrarmos no avião e ela quis comer, obviamente, disse que não, expliquei que só o tempo de escolher a comida já iria nos atrasar bastante, deixei por uma ida ao banheiro, esperando na porta, a última chance estava numa máquina de “cupcakes”, porém ela só aceitava cartão e meu limite estava zerado, então teríamos de esperar, literalmente pelo serviço de bordo... Vamos para a fila, onde uma comissária organizava o embarque dos grupos 4 e 5 fazendo indicações com as mãos, mandei um WhatsApp ao Pancada, ela parecia a Alicinha de “Corpo Dourado”, será que largou o Jorginho e veio para cá com o Arturzinho, o “triangulozinho” que segurou a novela até o “triangulão”, Amandinha Tadeu, Chico e Selena estar bem desenhado, André Gonçalves está sabendo onde a chefe de sua torcida em “A Fazenda”, sua ex-esposa, Daniele Winits, foi parar, a mãe foi para a fila do grupo 5, de onde foi tirada por outro funcionário da companhia aérea, que a abordou em inglês, e ela só entendeu que deveria ir para a fila de Prioridades quando ele se expressou em português, garantindo uma rápida chegada às poltronas 42K e 42L e o cumprimentos de requisitos mínimos, tirar o casaco e o tênis, fotografar para o Pancada o rapaz de camisa do Coxinha, afinal, é uma das equipes rebaixadas no Brasileirão, ao lado do Coelho, Goiás e do Peixinho, rir com a minha mãe enquanto a comissária chama insistentemente uma tal de Luzia Ferraz, e principalmente trabalhar forte no Instagram © até acionar o Modo Avião... A avioneta decola, a mãe vê “Barbie”, olha a América Ferreira aí com a Dua Lipa, eu deixo por “A Banha do Baile”, em inglês, “Lard of The Dance”, o primeiro episódio da décima temporada dos Simpsons, o de número 204 na história da série, Homer tenta ganhar dinheiro surrupiando gordura usada para vender na reciclagem, trabalhando forte com a ajuda de Bart, na escola, Lisa tenta imitar Alex, a nova colega descolada e só consegue ganhar fama de periguete entre os meninos, as histórias se cruzam quando Homer tenta roubar a gordura da cozinha da escola, reservada para a aposentadoria do zelador Willie, com quem trava uma luta feroz que termina por inundar de banha de porco todo o ginásio de esportes, onde acontecia o baile organizado por Alex, que ficou na porta até começar uma guerra de gordura com a colega... Chega o serviço de bordo, quase ficamos sem carne, porém a comissária encontrou uma providencial bandeja com um pedaço generoso de carne assada, pão árabe, batata em rodelas, fatias de cebola, meio tomate, bolacha “cream cracker” Acacia, “cream cheese” Philadelphia, copinho de Coca Zero, a mãe já estava assistindo “A Menina Silenciosa” (2022), eu dei uma olhadinha em “Argentina 1985”, aparece um ônibus bicudinho da Mercedes logo no começo, mesma razão que nos leva a ver “O Beijo no Asfalto” (2017), que por ser baseado na obra de Nelson Rodrigues ambientou com total acerto o beijo que dá nome ao filme, dado por Lázaro Ramos após um atropelamento, na Avenida Presidente Vargas, no Rio, com todos aqueles ônibus estampando a pintura Paes do Antigo Testamento passando, o próximo filme visto pela minha mãe também tinha ônibus, o colombiano “Amália, A Secretária” (2018), no caso, os Viales articulados do Transmilenio de Bogotá usados pela protagonista para ir e voltar do trabalho, isso é que é realismo, o passageiro da frente via uma minissérie da HBO, “Amor e Morte” (2023), estrelada por Amor e Morte, protagonizada por Elizabeth Olsen, a própria, com dois temas bem caros às produções do canal, pecados de famílias aparentemente perfeitas e “true crime”, tudo com ambientação retrô, posto ser baseada numa história real acontecida em 1980 no Texas, o primeiro episódio, que foca no caso da personagem de Olsen, Candy, com o vizinho, é mais ou menos, puro melodrama, o segundo cresce bastante quando Candy mata a esposa de seu amante, como Candy Montgomery fez com Betty Gore na pequena cidade de Wylie, é sangue nos zóio e em toda a parte, o terceiro é filme de tribunal, os estadunidenses gostam, o resto do mundo, quem liga, a mãe preferiu uma série mais amena, “The OC: Estranhos no Paraíso”, um clássico dos “Teleseriados” do SBT – e por tabela, do “Cata Zorra” – e que é ambientada em Los Angeles...
Praça Duque de Caxias vazia, Rio de Janeiro Capital do G20: só notícias boas nos aguardavam em nosso retorno... |
Tomamos o café da manhã do voo, a avioneta pousou sob o olhar oblíquo de Lisa Simpson em “A Banha do Baile”, um copinho voou da poltrona de trás, onde estava uma jovem carioca e seus dois filhos, um bebê e um menino maiorzinho, com cara de “Jovem Sheldon”, que choraram e gritaram o voo inteiro, servindo de despertador para nossos cochilos, combinei com a mãe como seria a volta para cara, deixamos aeronave, olha aí o avião da LATAM adesivado de “Star Wars”, que faz a linha para Orlando, a imigração de Cumbica estava com sua tradicional fila gigantesca, mas a parte das Prioridades nos socorreu de novo, atrás da gente, a mesma mãe do banco de trás, sorridente, brincando com os filhos, mesmo depois de todo o berreiro das crianças, ela ainda mostrava ter disposição e, principalmente, paciência de sobra, isso é hora de não lembrar onde está o passaporte, mãe, ela foi achar nossas malas na esteira do voo para Nova Iorque, as 12 horas de voo se faziam sentir no caminho para a saída, que parecia interminável, mais ainda porque tem o Freeshop no caminho, deve ser o único aeroporto do mundo com esse obstáculo, quer dizer, peculiaridade, a saída estava lotada, era como se fosse a recepção para a equipe corinthiana depois de um título internacional, mas apesar de todos os planos meus, do meu irmão e dos amigos dele para viajar a Punta Del Este, o Pikachu fez gol e o Timão não chegou a final da Copa Sulamericana, passei pelo Banco Safra esperando conseguir 350 reais com nossos 70 dólares, só recebemos 240, restando ir direto ao totem da Uber no setor de desembarque... Pedimos um Bags, Galdencio veio com um Nissan V-Drive preto, 94 reais, uma pechincha, era difícil um Uber sair por menos de 20 dólares em Los Angeles, colocamos malas, sacolas e casacos no bagageiro e chegamos em casa precisamente às 7 horas e 22 minutos do sábado, um dia depois de sairmos do hotel em Anaheim, e sem pestanejar, esvaziamos a mala, colocamos as roupas na lava e seca, guardamos os livros, matamos a saudade do pastel da feira que se estende pelas ruas Santa Virgínia, Santa Elvira e São Felipe, tomamos banho, pegamos parte das roupas já secas e colocamos numa mala menor, pusemos o "notebook", que sobreviveu a viagem, dentro da mochila, e meio-dia já estávamos pedindo carro para voltar a Cumbica, embarcamos no voo para o Rio, mais uma vez pela Latam, o passageiro da frente contou para a pessoa ao seu lado que estava acabando de voltar do Nepal, que é um pouquinho mais longe do que os Estados Unidos, a mulher do outro lado do corredor comia de marmita e dividia com o filho pequeno, descobrimos que a Tia Leila Pereira deixou o avião do Verdinho em casa e embarcou neste voo, fato avisado prontamente ao Pancada, falando na presidenta da Porcaria que ganhou o Brasileirão, o serviço de bordo era um pacotinho de pipoca, que Pancada ganhou na chegada ao Galeão para repassar aos seus amigos botafoguenses, fomos juntos descobrir onde saía o Uber, seguimos para a região da Praça da Bandeira, descobrimos que a praça em frente ao Palácio Duque de Caxias está desocupada, e que o prédio da Prefeitura anuncia que o Brasil será a capital do G20 em 2024, só notiícia boa, e por fim chegamos a casa dos Lunáticos, onde tiramos uma soneca, Pancada tinha sugerido irmos a um show do Netos de Dona Neves em Niterói, porém declinamos do convite, postamos as últimas fotos de Los Angeles no Instagram © e, enquanto o amigo do nosso colega de rede, o Burro, preparava o jantar, contamos das nossas andanças pelos estúdios de cinema de Hollywood, falamos sobre a passagem de Joe Besser pelos Três Patetas, o cara por contrato não podia apanhar em cena, falamos do bueiro da Metro, da sede da Screen Gems, não faltou assunto até a madrugada...
E na chegada ao Galeão, Pancada ganhou um presentinho, pipoca da Latam para os seus amigos botafoguenses... |
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