sexta-feira, 13 de maio de 2022

RC Modelo 1985: A Atriz do Meu País Mudou Abertura do Viva...

No Viva, especial começa com monólogo de Roberto Carlos; no Youtube (C), é bolinha na tela, Paulo Vieira...

 















O “Roberto Carlos Especial” de 1985, mostrado pelo canal Viva no último dia 23 de abril começou com uma surpresa, pelo menos para quem viu antes a versão do especial postada no Youtube ©... O tema de abertura, orquestrado pelo maestro Eduardo Lages, era o mesmo, porém enquanto no site de vídeos a abertura era tocada em estúdio e apareciam cenas dos feats. do especial, no Viva, antes da música, Roberto fez um monólogo, “é sempre como se fosse a primeira vez, o nervosismo, as emoções, o barulho do público, o aplauso, é sempre como se fosse a primeira vez”, e os arranjos do maestro ilustram cenas de um show realizado em Brasília... No Viva, Roberto começa cantando “Força Estranha”, vide a “sócia” da época, Myriam Rios, no gargarejo, emendando com “Detalhes” e “Emoções”, ao passo que a versão do YT vai direto para “Emoções”, não que Pancada se incomode, é mais material para preencher o DVD que vai montar, mas, enfim... As duas versões do especial com textos de Ronaldo Bôscoli, Daltony Nóbrega, Roberto Silveira e Stil, edição de João Henrique Schiller, edição geral de Antônio Carlos, direção de Ewaldo Ruy e direção geral de Augusto César Vannucci começam a coincidir quando Roberto canta, em inglês, “We Are The World”, acompanhado pela plateia presente, composição de Lionel Richie e Michael Jackson, com feat. de mais 43 cantores estadunidenses, em 28 de janeiro de 1985 e lançada em 7 de março do mesmo ano, dando início a campanha “USA for Africa” – Ucrânia, corre aqui... Ops!!!... Se bem que nosso cômico e catador de “Zorra Total” jura que a música que se tornou “Iarnuou” no BBB4, Solange, foi cantada pela primeira vez pelo próprio Roberto na primeira edição do Rock In Rio, acontecida entre 11 e 20 de janeiro de 1985 na região de Jacarepaguá, pouco depois do público dar um banhaço de areia em seu amigo Erasmo Carlos, vestido de metaleiro, pensando que ia bancar o Iron Maiden quando podia usar um bigode e bancar o Freddie Mercury dizendo que “I Want to Break Free” não é uma música sobre gays, digo... O especial comemorou ao mesmo tempo os 20 anos da TV Globo, inaugurada em 26 de abril de 1965, e as duas décadas da Jovem Guarda, cujo marco inicial é a estreia do programa apresentado por Roberto, Erasmo Carlos e Wanderléa na TV Record, em 22 de agosto de 1965... Então é por isso que o Rei, de branco, disse a Ariclenes Venâncio Martins, quer dizer, Lima Duarte, de preto, que o pessoal dele já mostrava os ouros no tempo da Jovem Guarda, e o ator respondeu que quem trabalha forte no balanço das pulseiras é Francisco Malta, fazendeiro na região de Asa Branca, e por coincidência, a novela “Roque Santeiro” estava em exibição e bombando... Dessa forma, Lima caprichou na gravatinha borboleta para declamar a música “Caminhoneiro”, lançada em 1984, sem se arriscar na banguela, digo, na capela... Jô Soares, por sua vez, preferiu mostrar um corrupto na gaiola, o único que na história do Brasil não ficou só no recital de piano na delegacia, que não canta como o Rei, porém conta dólar (no paralelo...), libra, marco alemão, marco suíço - cruzeiro não... Roberto retorna a “Roque Santeiro” com Regina Duarte, a Viúva Porcina, a “namoradinha do Brasil” que virou “amante nacional”, mas nem por isso era preciso meter medo nos telespectadores colocando a atriz sensualizando em cima de um piano, enquanto ele tentava tocar e cantar “Olha” – em “Paraíso Tropical”, exibida recentemente pelo Viva, Chico Buarque usava só a voz para interpretar a canção, como lembra o Pancada, que preferia “Breezin’” e “Mon Manege a Moi”, da trilha internacional da novela... Diante de algo que nos dias de hoje fatalmente seria carimbado como “cringe”, um psiquiatra é bem-vindo, digo, melhor que fazer Chico Anysio ir no psiquiatra, é colocar ele em dose dupla como Bozó Marinho, parente do “homem”, que se fez por si mesmo, o qual colocou todo mundo que está na Som Livre, inclusive o João Araújo, e pode falar com Augusto César Vannucci de modo que seja gravado um musical para Roberto caitituar seu novo disco, ou colocar ele em seu programa no domingo, o “Fantástico”, e com Chico Anysio em pessoa, num show de efeitos especiais, cobrando o figurino que desviou do camarim para dar a Cláudia Raia, a quem tem dado casa, comida, roupa lavada e “um troco”, momento onde Bozó garante que Chico não passa de mais um dos tipos criados por ele – o que pode explicar a atual disputa entre os herdeiros do humorista, digo, pelo menos a Som Livre foi vendida... Ops!!!...














Quando cantou "A Atriz", Roberto ficou fazendo ceninha de ciúmes da "sócia" com os próprios punhos...


































Roberto fica com o vestido de Bozó e tem a deixa para, a maneira do próprio Chico Anysio, colocar a própria “sócia” na época em cena, e dessa forma, Myriam Rios grava cenas românticas com Paulo Castelli para a novela “Ti Ti Ti”, ambos os dois nos papeis de Gabi e Pedro, e o Rei vai de “A Atriz”, lamentando que as gravações da trama tomem todo o tempo que teriam a dois, “vejam só vocês o que foi que eu fiz, fui me apaixonar por uma atriz” – menos, bem menos, acabou-se tudo entre ele e a atriz em 1989 e o próprio Paulo Castelli deixou a carreira artística, assim, não era necessário aquele psicodrama todo com luvas de boxe por razões de ciúmes, ela até mandou flores e partiu para o abraço - sem contar que o resultado ficou muito parecido com a "novelinha" que Roberto fez com Cristiane Torloni no especial de 1979, a diferença é que naquela ocasião quem ficou esperando foi ela... O especial tem um momento de transição quando Roberto lembra que 1986 será o Ano Internacional da Paz, “o amanhecer de 86 nos encontrará iluminados por uma luz intensa, a luz da razão, e armados apenas de amor, uniremos os continentes numa festa de paz” – ou será que ele estava pensando na Copa do Mundo do México, vide hino tocado no programa Chespirito, “somos unidos por um balón”... O fato é que depois dessa frase bonita, como que lida num livro – já dissemos que Dado é o personagem preferido do Pancada em “Palhação”, nas temporadas entre 1995 e 1997 – o Rei cantou “Paz na Terra” em um cenário futurista, muito parecido com os especiais infantis que o mesmo Augusto César Vannucci dirigia na própria Globo, nos quais brilhavam seus filhos Aretha e Rafael - bem, na prática, só o Rafael, futuro vencedor da “Casa dos Artistas”, o pai de Aretha é o saudoso Antônio Marcos - exceto é claro pelas imagens de explosões nucleares em “chroma-key”... Um pretexto para lembrar de tempos mais amenos, o que explica o time de cantores da Jovem Guarda reunidos para cantar com Roberto “Jovens Tardes de Domingo”, Erasmo Carlos, Wanderléia, Rosemery, Martinha, Cleyde Alves, Valdirene, Ed Wilson, Ed Carlos, Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, Jorge Ricardo, Ary Sanches e Márcio e Ronaldo do grupo Vips. todos confraternizando-se no final ao som de “Festa de Arromba”, na voz de Erasmo Carlos... E pensar que Pancada prefere “Jovens Tarados”, digo, “Jovens Tardes”, aquele programa com o KLB, Pedro e Tiago e Wanessa Camargo  que Marlene Mattos fez quando se separou de Xuxa... Ops!!!... Falando nos “velhos tempos, belos dias”, Roberto e Erasmo Carlos trabalham forte compondo com o violão e o piano quando o Rei lembra da “Flag Square”, do conjunto “Sputniks” e de um de seus integrantes, “o gordinho cantava, bicho!!!”... “Flag Square” é a Praça da Bandeira, no Rio de Janeiro, onde está localizada a Casa dos Lunáticos, “Sputniks” é o grupo que Roberto fez parte com outros rapazes da região da Rua do Matoso, perto da praça, e o “gordinho” é, como disse Erasmo, “o grande Tim Maia” -  nada de Babu Santana e Tiago Abravanel... Resta então ao Rei cantar com ele a canção de Ed Wilson e Carlos Colla, “Pede a Ela pra Ligar pra Mim”, na única aparição em especiais daquele que é considerado a pessoa que ensinou quase tudo o que Roberto sabe de música, e nem é preciso escrever uma biografia que será proibida para saber disso, Paulo César de Araújo, digo... 












Mas no clipe de "Símbolo Sexual", o Rei tira uma casquinha - e faz filhos em escadinha - em Luiza Brunet...































A dupla de compositores retoma seu trabalho forte, porém Erasmo cisma com o pessoal que “insiste em pichar o trabalho da garotada” – Régis Tadeu, corre aqui – Roberto responde que eles não entendem suas “sacadas incríveis” e vai dar uma forcinha para o Ultraje a Rigor cantando com a banda “Ciúme” – então Lobão deve estar certo quando dizia que por trás do rock brasileiro da década de 1980 estavam produtores que haviam sido cantores na época da Jovem Guarda, e quanto a Roger Moreira, não dá para entender o silêncio de Olavo de Carvalho sobre ele... Ops!!!... Retomando a composição, Erasmo defende a levada de “Símbolo Sexual”, que Roberto canta num restaurante italiano, vide close na macarronada, onde senta para sentar uma massa ao lado de Luiza Brunet, a própria, vide escadinha de filhos e polegar e indicador nos lábios a maneira de Didi Mocó no final, e para quem sentia tanto ciúme da “conje” atuando nas novelas, não deixa de ser estranho a presença entre as mulheres que passeavam pelo clipe de uma garota chamada Lilian Talarico... Ops de novo!!!... O “plot twist” do especial acontece quando o Rei fala da “longa travessia pelos bares da vida” com Milton Nascimento e Wagner Tiso, “dois mineiros de Três Pontas”, “mesma cidade, mesma rua”, acrescenta Milton, que responde, quanto a “Canção da América”, que ela é uma canção de amor, que traz tudo aquilo que se quer falar sobre amizade, “amizade é amizade”, e ele próprio canta, muito antes da música ser associada a Ayrton Senna, que venceu pela primeira vez na Fórmula 1 naquele ano, Grande Prêmio de Portugal, no Estoril, no dia em que Tancredo Neves saiu de cena... Alis, “Coração de Estudante” foi reservada para o dueto entre o Rei e Milton – este num inspirado “backing vocal” - afinal a canção, composta para o documentário “Jango” virou tema das Diretas Já, que não passaram, e da eleição de Tancredo, que não foi empossado, e antes disso, tocou uma vez nas cenas dos próximos capítulos de “Amor com Amor se Paga”, cuja exibição no Viva está em sua reta final... Então é por isso que Roberto teve a ideia tão patriota de terminar o programa cantando outro lançamento do disco de 1985, “Verde Amarelo”, acompanhado do coral da Universidade Santa Úrsula, numa apresentação em Brasília, o que explica a citação prévia da profecia de 1883 de São João Bosco que é considerada uma antevisão da futura capital do Brasil... A plateia, trabalhando forte nas cores da bandeira nacional, iluminada por feixes de raio laser que fariam a alegria de Rogério Ceni curtiu muito, demonstrando que vinte anos de ditadura não tinham tornado o patriotismo uma forçação de barra – ainda não se falava em minions - ou as pessoas ainda se animavam em torcer para a Seleção Brasileira na Copa do Mundo, que como já dissemos, aconteceria no México no ano seguinte, mas enfim, Myriam Rios estava lá, de verde e amarelo, com flor no cabelo, vai que não sobra nenhuma daqueles que o Rei distribui no final do show... Ops outra vez!!!.. 


















Myriam Rios aproveitou apresentação de "Verde e Amarelo" para fazer treino forte de bolsominion... Ops!!!...


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