sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Pancada sobrevive a abertura OlímPICA!!!...

Afogado em confetes, com a cabeça explodindo mais que fogos de artifício, Pancada começou assim os Jogos... 














































Graças ao gesto generoso de um benfeitor anônimo, Pancada conseguiu um ingresso para a abertura dos Jogos Olímpicos... Uma grande aventura, a começar pelo fato de que percorria a distância entre a Casa dos Lunáticos e o Maracanã à pé... Não tanto pela presença de duplas de soldados do Exército armados a cada esquina, mas porque a caminhada era um desafio contra seus próprios limites... Quando chegou ao Viaduto Oduvaldo Cozzi,  nosso humorista já sentia câimbras nas pernas... O pior é que a Marina Araújo ficou para trás... Ela, tão vista nas reprises do “Bem Estar” no Viva, poderia dar umas dicas para lidar com essa situação...  Mesmo assim, juntou forças em seu íntimo para entrar na fila... Na Rua Mata Machado, voluntários de megafone na mão orientavam a formação da fila... Que não é a Escolinha do Raimundo, mas tinha o mundo... Duas russas, uma com a camiseta do Putin, eram filmadas pelos cinegrafistas brasileiros, já precavidos para o caso da Seleção não comparecer à Copa do Mundo... Os muitos chineses fizeram Pancada prender a respiração para que ninguém morresse por aí... Quanto aos estadunidenses, receberam pedidos encarecidos no sentido de não elegerem o Donald Trump...  Na hora do raio-X, nosso companheiro de web teve de colocar o óculos numa caixa... Mas antes, notou que a funcionária do Ministério da Justiça que acompanha os procedimentos de revista se chamava... Dilma!!!... Liberado da revista, pegou um programa do evento – metade dele dedicado a relacionar os participantes do espetáculo – e passou pelo antigo Museu do Índio, lembrando que Jayme Filho poderia voltar ao índio... Se aprendesse a fazer índio, digo... O internauta voltou a sentir câimbras na rampa do estádio, porém conseguiu chegar ao lugar marcado no ingresso... Ao som de “Morena Tropicana”, Alceu Valença...  Aos poucos, nosso redator de humor conheceu as pessoas que estavam sentadas nos assentos próximos... Duas hondurenhas, uma casada com um paulistano... Um japonês que sentou, tirou da mala o notebook e tentou acessar a internet, apesar do dinossauro do Chrome trabalhar forte... Estadunidenses vestidos de estrelas e listras, que fizeram Pancada lembrar de quando o Pica-Pau queria falar com seu tio... Uma brasileira perplexa com tanta gente falando em inglês e que também não entendeu quando o público vaiou "Emoções", do Roberto Carlos, antes do início da cerimônia... Um diretor da televisão da Itália que não conseguia limpar seus óculos... Também não sabia que a Porcaria não tem Mundial... E, quando o sistema de som do Maracanã tocou "Tiro ao Álvaro", descobriu que Adoniran Barbosa compôs uma canção chamada "Samba Italiano"... Normal, antes do início da cerimônia tocaram apenas e tão somente música brasileira, com uma pequena exceção aberta para Frank Sinatra, mas era "Wave"... Um senhor empapado de suor, com a camisa social desabotoada, que lembrava vagamente Eurico Miranda... Um torcedor do Fluzinho com a camisa Tricolor que não quis saber de pagar a Série B... Muitos brasileiros com camisas da CBF, já que o preço dos ingressos naquele setor estava apenas ao alcance dos chamados “torcedores de condomínio”... E infelizmente não era o Jambalaya, Pancada...















Coube a Vanderlei Cordeiro de Lima realizar o gesto há muito esperado pelo Brasil e acender a pira olímPICA... Ops!!!...










































Regina Casé parte para o esquenta em pleno Maracanã – vide pedidos ao público para imitar araras, acender celulares quando indicado pelos placares eletrônicos e a aula de passinho do Sal - e Pancada nota que alguns lugares mais próximos ao campo estavam desocupados... Faz sentido... Era mais em conta ver a final da Eurocopa, pois sobraria dinheiro para a passagem aérea...  Seria uma excelente chance de ver a festa mais de perto... O assento, numa fileira ocupada apenas por um solitário repórter fotográfico estrangeiro, ficava bem em frente do palco em forma de cúpula invertida em que Elza Soares cantou, as bandeiras brasileira e olímpica foram hasteadas e discursos e homenagens aconteceram... E principalmente,  nosso colega de rede viu de um ângulo privilegiado o bonecão de posto e o “Treme”,  que roubaram a cena antes da contagem regressiva para o início do show no placar eletrônico... Para começar,  Iniciado com um vídeo do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, que estava presente ao estádio... Na sequência, “Aquele Abraço”, digo... Dentro do campo, mosaicos ao som de bossa nova e mais uma contagem regressiva... Após Thomas Bach ser anunciado, integrantes da Polícia Ambiental do Rio hasteiam a bandeira do Brasil... Paulinho da Viola canta o Hino Nacional... Metade dele... Se bem que... A presença do presidente da república, ainda que não anunciado, pede o hino completo... E pensar que Pancada levou bomba na escola porque não sabia a segunda parte... As apresentações seguintes lembraram a origem da vida, as populações indígenas nativas brasileiras, com fios entrelaçados, a chegada dos portugueses, com navios, a vinda dos escravos negros, internauta Pedro Henrique, a imigração europeia e oriental... A urbanização do país teve uma merecida citação de “Construção”, de Chico Buarque... E então surge no campo o 14 Bis, o próprio, pilotado por Santos Dumont, que levanta voo diante das mais de 70 mil pessoas que compareceram ao Maracanã... Há controvérsias, diriam os estadunidenses, citando o Pedro Pedreira... Mas é preciso dar um desconto, pois a réplica da avioneta de Santos Dumont foi suspensa no ar por um conjunto de cabos de aço... Irmãos Wright começaram assim...  Hora do neto de Tom Jobim cantar “Garota de Ipanema” enquanto Gisele Bundchen desfila no meio do campo, no “catwalk” típico das modelos de passarela... Gisele termina o desfile e Pancada lembra que nessa parte a "Ubermodel" - designação estranha para quem fez um filme chamado "Taxi" - seria assaltada... Quer dizer, abordada por um vendedor ambulante... O qual seria interpretado por Eduardo Sterblitch, César Polvilho, Freddie Mercury Prateado, Poderoso Castiga... Acontece que devido à má repercussão do ensaio, a cena acabou cortada do show... Assim, o humor brasileiro ficou de fora da festa... A música foi o prato principal e até a literatura, que continua virgem de um Prêmio Nobel, teve seu momento... Mas o riso ficou de fora... O que guarda coerência com o espírito do espetáculo...  Uma festa sem erros, nacional e popular, mas nem tanto, para agradar antes o "torcedor de condomínio" que pagou pelo ingresso do que a audiência mundial... Sintomático que três unanimidades nacionais tenham ficado de fora... Edson (OG), mas havia uma tendência clara a não mencionar o futebol para não ofuscar os outros esportes... Renato Aragão, porque muitas pessoas só lembram da abertura dos Jogos de 2012 devido ao Mister Bean... Roberto Carlos, melhor assim, vide vaia a "Emoções"... Corta para Ludmilla cantando acompanhada de dançarinos de funk, canta o “Rap da Comunidade” nos blocos do outro lado do campo...  Perto do nosso colega de rede, Elza Soares é levada ao palco numa cadeira de rodas e junto com três “backing vocals”, vai de “Canto de Ossanha”...  A mulher de quem???... Zeca Pagodinho, Mestre dos Mestres, parte para o dueto com Marcelo D2 em “Deixa a vida me levar”... “Confesso que sou de origem pobre, mas a Fernanda Nobre, e foi assim que Deus a fez”, cantarolava o criador de “Meu Amigo Encosto”... MC Sofia e Carol Konka cantam as “Vitoriosas”... Fogos no céu e no gramado, “Treme”, Regina Casé celebrando as diferenças, pula, e Jorge Ben Jor cantando “País Tropical” no melhor estilo “Música Pra-Pular Brasileira”, Nelsinho Motta... O fotógrafo estrangeiro se dividia entre clicar os dançarinos no campo e o público que reuquebrava nas arquibancadas... Enquanto os dançarinos saem pelas escadas das arquibancadas, Jorge Ben Jor trabalha forte na capela de “País Tropical”... Pois é, não é, Pancada... A abertura poderia ter só músicas dele...  Agora a coisa ficou séria... Mudanças climáticas, aquecimento global, elevação do nível dos oceanos e a mãe da Vani, quer dizer, Fernanda Montenegro recitando “A Flor e a Náusea”, de Carlos Drummond de Andrade... Ao anunciarem a criação da floresta olímpica – uma árvore para cada um dos 11 mil atletas que competirão no Rio de Janeiro – uma bicicleta de entregas com flores e uma tabuleta com o nome da Grécia apareceu na saída do campo próxima ao local que estava nosso colega de rede... O Desfile das Nações vai começar... No entanto a delegação grega apareceu na saída localizada no lado oposto... Ou seja, Pancada notou que não veria nenhum dos competidores se ficasse naquele lugar... E resolveu ficar no gargarejo dos atletas... Esse é outra das críticas construtivas que podem ser feitas à cerimônia... Os competidores saíam e já se dirigiam ao meio do campo, sem dar a volta pelo Maracanã... Excelente para quem assiste para a televisão... Péssimo para quem compareceu ao estádio... O jeito era se virar nos 30... Acontece que o mundo inteiro teve exatamente a mesma ideia – literalmente... Um japonês de faixa na cabeça e uma teleobjetiva monstro na mão... Um colombiano com o uniforme da seleção cafetera que era a cara do Leandro Hassum antes de operar... Uma família brasileira com a camisa da CBF tentando manter a bandeira verde e amarela que jamais será vermelha fixada na mureta com os programas da cerimônia de abertura... Um jovem casal alemão... Um venezuelano de boné e copo de cerveja na mão... Um senhor da melhor idade com a camisa do Foguinho... Um inglês empolgado com as meninas de bicicleta que fazia incontáveis fotos delas com seu tablet... Uma criança que perguntava para a mãe em que continente ficava o Djibuti...  Sem contar um elenco variável que incluía argentinos, franceses com a bandeira tricolor, mexicanos, um lituano... Atrás deles, um grupo de estadunidenses que não entendia porque pagaram mais de mil dólares por um lugar na festa e de repente aparecia toda essa gente diante deles... Acontece que essa muvuca toda, sem precisar chamar a Regina Casé, reviveu o espírito da saudosa geral do Maracanã... A delegação da Argentina é a única que recebeu vaias... China e Japão conquistaram o público desfilando com bandeirinhas do Brasil... Rafael Nadal conduziu a bandeira da Espanha e Michel Phelps a dos Estados Unidos... Minutos depois, o nadador estava avulso, perto dos ciclistas que aguardavam seu momento de acompanhar os porta-bandeiras, as crianças levando uma mudinha de árvore, as delegações e um grupo de ritmistas de escolas de samba... Inclusive a de Vanuatu, formada por um único e solitário atleta... O Brasil veio por último, conforme o protocolo, depois do Time Olímpico de Refugiados ,  muito aplaudido por uma multidão ansiosa pela entrada dos atletas do país... Já o inglês fetichista, tão na seca que já partia para fotografar as voluntárias da organização, empolgou-se com a condutora da bicicleta brasileira, Lea T... Nem imaginava que ela nasceu Leandro Cerezo, filho de um dos maiores volantes da história do futebol brasileiro... Enquanto a modelo esperava sua entrada, Carlos Arthur Nuzman, o presidente do COB, posicionou-se próximo à saída dos atletas para conferir sua passagem... A porta-bandeira do Brasil, Yane Marques, deu um toque carnavalesco à sua missão... Assim como os demais atletas, todos trajados com uniformes de gala da C&A...  Empresa de origem holandesa, mas já foi o tempo que o COI implicava com esse tipo de merchandsing... Em meio a gritos de “Brasil, Brasil, Brasil” e de mais uma queima de fogos, termina o desfile...














Com Yane Marques de porta-bandeira e trajes da C&A, o Brasil compareceu no Desfile das Nações...











































Pancada vê chegarem ao palco o presidente do Comitê Organizador dos Jogos e do COB, Carlos Artur Nuzman, e o presidente do COI, Thomas Bach... Nuzman discursa primeiro, em português e inglês, como um guia turístico... Sendo vaiado quando faz referência às autoridades brasileiras...  Dez minutos depois, Bach arrisca pequenas frases em português – “Boa noite cariocas, boa noite brasileiros” – e anuncia a entrega da primeira Láurea Olímpica, para o ex-atleta queniano Kip Keino, internauta Pedro Henrique...  Não fosse o FIFAGate, talvez o homenageado fosse João Havelange, suplantado por Nuzman como brasileiro mais poderoso no esporte mundial... Entregue a Láurea Olímpica e depois de Thomas Bach dizer que iam começar os “Jogos Olímpicos à Brasil”, o locutor do estádio anuncia que será feita a abertura oficial do evento... Mas não o encarregado da tarefa – Michel Temer... Assim, o presidente interino recebeu menos vaias do que merecia... E olha que nessas alturas Pancada estava bem ao lado das duas únicas pessoas que pintaram o rosto com os dizeres “Fora Temer”... Nosso colega de rede não tinha caneta para riscar a foto do presidente no programa do evento...  Um pouco mais de fogos e a bandeira olímpica comparece, carregada por Emanuel, Sandra Pires, Joaquim Cruz, Marta, Torben Grael e... Oscar Schmidt, em pessoa!!!... O público grita “Oscar!!! Oscar!!! Oscar!!!”... Um reconhecimento a seu esforço para participar da cerimônia, lembra Pancada... A bandeira é hasteada com um coral infantil cantando o hino infantil... Longo e parnasiano... Melhor ouvir o Juramento dos Atletas, lido por Robert Scheidt, o dos árbitros, a cargo de Martinho Nobre, e o dos técnicos, pela ex-jogadora de basquete Adriana Santos... Acende a pira???... Não, pois Wilson das Neves resolveu batucar com uma caixa de fósforos... E em seguida, a atração é “Isso aqui o que é”... Anitta longa demais, não só devido ao vestido longo de fenda... Nada contra, ainda mais com a companhia de Caetano Veloso, Gilberto Gil e da bateria de 12 escolas de samba cariocas... Porém o número durou dez minutos, quando Pancada está louco para ver acesa a pira olímpica... Ops!!!... A metade do tempo seria mais do que suficiente... Daria até para o Paulinho da Viola tocar guitarra, quer dizer, o Hino Nacional completo...  A apoteose termina com uma chuva de confetes coloridos... Agora, a tocha... Ops!!!... A chama comparece no Maracanã conduzida por Gustavo Kuerten... É passada para Hortência Marcari, a musa do Mestre...  E finalmente chega até Vanderlei Cordeiro de Lima... Onde está você, Cornelius Horan???... Acesa a pira olímpica, que é içada até uma grande escultura espelhada, feita de modo a refletir as chamas, começa um grande espetáculo pirotécnico – como não deu chabu, com certeza eram Fogos Caramuru ®... Assim que os últimos fogos de artifício estouraram, os coxinhas de camisa da CBF marcaram um gol – contra... Cantaram “Eu sou brasileiro” numa intensidade muito maior do que as vaias ao Temer... Ninguém merece... Pancada só não comeu os confetes, ignorando o conselho do Seu Madruga para o Quico, porque estava muito cansado, com a cabeça latejando de dor, e ainda precisa juntar o restante de suas forças para caminhar até a Casa dos Lunáticos... A mesma ideia que tiveram as centenas de atletas que ficaram até o fim da cerimônia no campo do Maracanã... Só que eles podiam se dar ao luxo de não trocar uma bandeira da Tailândia por um pin dos Estados Unidos e de irem embora em ônibus urbanos municipais com o adesivo “Rio 2016”... Nosso companheiro de web, não... Assim que conseguisse descer a rampa do Maracanã - ainda por cima com um monte de tricolores gritando "Nense!!!" sem pagar a Série B - teria um longo percurso a pé para fazer... Quem mandou não ter sido convidado por um dos patrocinadores dos Jogos ou não ter vindo pela JTB...  A saída do Maracanã aconteceu pelos mesmos locais de entrada, os portões D e E... No caso do portão D, passando pelos detectores metais, que não paravam de apitar conforme a multidão passava...  Nosso redator de humor nem reparou nesse detalhe... Passou batido até pelo repórter da Globo que foi interrompido numa entrada ao vivo por um “Primeiramente, FORA TEMER!!!”... Em compensação, estava mais bem informado que o orientador na esquina da Rua Mata Machado... “O Posto Petrobrás é ali, no final da General Canabarro”... “Para chegar no Metrô tem que subir o viaduto”... Cumprida a tarefa – voluntários não são remunerados – nosso fornecedor de DVDs caminhou até a passarela que dá acesso a estação São Cristóvão do Metrô Rio... Ao ver uma banca aberta, pediu um jornal... Não tinha... Decidiu então comprar uma garrafinha de água, pois as lanchonetes do Maracanã estavam fechadas no fim da cerimônia... O problema é que a única lata de lixo disponível estava localizada à cinco quarteirões de distância, em um posto Petrobrás... Ao chegar em seu prédio, Pancada teve mais uma dificuldade... O porteiro já tinha ido embora e o celular estava com a bateria descarregada... Quem mandou fotografar cada uma das mais de 200 delegações que desfilaram no Maracanã???... Numa cena digna de “Os Caras de Pau”, nosso fornecedor de DVDs teve que ir para o meio da Praça da Bandeira e sinalizar para sua querida mãezinha, que estava na sacada do 12º andar... Teria sido melhor ter ficado em casa e acompanhando a maratona de “Toma Lá Dá Cá” no Viva, digo...










Os brasileiros assombraram o mundo até na hora em que o bonecão e o treme foram o centro das atenções...

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