segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Não vimos carro verde do Bortoleto, só ônibus verdes da Operação Interlagos...

GPSP quer dizer Grande Prêmio de São Paulo,  porque cariocas ficam com essa palhaçada de Fórmula-1 no Rio...


 




































O piloto britânico Lando Norris, da Mc Laren, venceu o Grande Prêmio de São Paulo, realizado no autódromo de Interlagos, e lidera o campeonato mundial de Fórmula-1, com 390 pontos, faltando três etapas para o final da temporada,  Norris liderou as 31 primeiras voltas das 71 do GP, depois explicamos porque ele não é do Brasil, sendo superado por seu companheiro de equipe, o australiano Oscar Piastri e caindo para a quarta posição, ultrapassando o holandês Max Verstappen, da Red Bull, que havia largado dos boxes, na volta 33 e recuperando a liderança após Piastri ir para os boxes e ter que pagar uma punição, na volta 39, abrindo vantagem sobre o italiano Kimi Antonelli, da Mercedes, Verstappen assume a liderança na volta 50, quando Norris entra nos boxes, chegou a abrir sete segundos de vantagem, porém numa troca de pneus na volta 54, o britânico voltou a primeira posição, de onde não saiu até a bandeirada final, com Antonelli chegando em segundo, depois de quase ser ultrapassado por Verstappen, terceiro colocado, na última volta, o companheiro de Antonelli na Mercedes, o britânico George Russell, ficou em quarto, e Piastri em quinto... Gabriel Bortoleto, da Sauber, o primeiro brasileiro a correr a prova em oito anos, largou na última posição do grid e não chegou a completar a primeira volta, na Curva 10, não fez o contorno, esbarrou na Aston Martin do canadense Lance Stroll, rodou e bateu no muro, inutilizando a  suspensão, isso depois de também colidir com a mureta na corrida sprint do sábado... Desde 2012 nós comparecemos a Interlagos e todo ano ficamos sabendo sobre o resultado da corrida apenas no caminho de volta ou quando chegamos em casa, porque a nossa prioridade é fotografar os ônibus da Operação Interlagos, as linhas especiais que levam e trazem os torcedores para o autódromo, este ano todos eles elétricos a bateria, com pintura verde, a mesma cor do carro 5 de Bortoleto, registrados numa manhã nublada de sábado... A Operação Interlagos existe desde 1990, quando o circuito voltou a fazer parte do calendário  da Fórmula-1 e a atual Linha 9 da CPTM, na época operada pela estatal Fepasa, ia só até Jurubatuba, antes, na época da antiga Sorocabana, havia a opção do desembarque na estação Cidade Dutra, ao lado da atual estação Autódromo, hoje resgatada pela concessionária Via Mobilidade como parada dos trens expressos que oferece nos dias de corrida e de shows em Interlagos, o serviço sempre envolveu um grande número de ônibus, pois a modernização da Linha 9 demorou para chegar a Interlagos, a estação Autódromo foi inaugurada em 2006, o esquema foi mantido mesmo quando a ampliação do Metrô encurtou a distância até a pista, com a extensão da linha 4 até Pinheiros e  Butantã em 2011 e a ligação da Linha 5 com a Linha 1 na Estação Santa Cruz em 2018, que proporcionou mais uma opção de conexão com a Linha 9 em Santo Amaro... Nessa ocasião, o serviço envolvia todas as empresas da Área 6 da rede de ônibus municipais da cidade de São Paulo, e até 2018, era cobrada uma tarifa diferenciada nas linhas especiais que levavam e traziam os torcedores do aeroporto de Congonhas,  estações Trianon-MASP e Jabaquara do Metrô, Praça da República e Shoppings Interlagos e SP Market, cobrando 27 reais por trecho e 38 reais pela viagem de ida e volta, nesse mesmo ano começou a operar a linha 606F-10, Circular Interlagos, com saída e chegada na estação Autódromo da CPTM, fazendo o percurso ao redor do autódromo,  permitindo o acesso aos portões e cobrando a mesma tarifa dos ônibus normais, que naquela época era de 4 reais... Em 2019, todas as linhas do serviço passaram a cobrar o valor da passagem vigente em São Paulo, reajustada então para 4,30 reais, o que fazia todo o sentido porque a operação sempre usou os mesmos ônibus que rodam diariamente pela cidade, em 2020, a pandemia de Covid-19 forçou o cancelamento da prova,  e na volta da corrida, em 2021, finalmente houve uma redução de fato do tamanho da frota, o que não aconteceu antes porque o autódromo sempre lota com a Fórmula-1,  mesmo quando o interesse dos brasileiros pela categoria diminuiu, desde 2017 nenhum piloto do país corria em Interlagos, e a Globo deixou de transmitir a Fórmula-1, alegando dificuldades financeiras durante a pandemia, um grande número de fãs fieis de automobilismo que economizam o ano todo para comprar o ingresso, público que vem se renovando graças ao trabalho forte em marketing da Liberty Media,  atraindo mulheres e crianças,  além do contingente de torcedores que vem do interior de São Paulo, de outros Estados e do exterior, principalmente de países da América do Sul...



















Toda a frota da Operação Interlagos foi de ônibus elétricos a bateria verdes, mesma cor da Sauber de Bortoleto...





































Nosso circuito em Interlagos começa na Praça Enzo Ferrari, do lado oposto ao portão A do Autódromo, na Avenida Interlagos, onde passamos pelo posto da Polícia Militar, onde era exposta uma viatura histórica, um Fusca nas cores cinza e branco, apelidada de “Baratinha” nos tempos em que era vermelha e preta e servia à Radiopatrulha, “o terror dos bandidos”, acreditou o meme, além de um mini Fusca e um mini Jeep com uma pintura mais recente da frota da corporação, pelo estande da CET, que contratou um grupo de mímicos para orientar os pedestres de forma bem-humorada, não no caso dos guardas municipais e dos agentes do “rapa” de saco na mão (!!!), prontos para apreender a mercadoria dos vendedores ambulantes, e no espaço da SPTrans, que tinha uma bancada repleta de folhetos da Operação Interlagos, em espanhol e inglês, que já tínhamos pegado com uma orientadora antes de chegar no estande, e de miniaturas em papel dos ônibus elétricos a bateria, algumas montadas, outras desmontadas, que levamos, “é para o sobrinho”, na verdade para o nosso amigo vendedor de fotos de ônibus... Logo em seguida notamos que as miniaturas não eram simples brincadeira de criança ou propaganda da SPTrans, e todo o atendimento da Operação Interlagos estava sendo feito pelos ônibus elétricos a bateria verdes que até roubaram a cena recentemente na novela “Três Graças”, quando Gerluce, personagem de Sophie Charlotte, compareceu no Terminal Bandeira, e se recusou a subir num Marcopolo Attivi da linha 508L-10, Aclimação / Terminal Princesa Isabel, sim, a produção da trama da Globo cometeu um pequeno equívoco, nada que eclipsasse a beleza da atriz, do terminal e do veículo, mas, enfim, pela Avenida Interlagos passavam os elétricos da Mobibrasil, da Área 6, e da Viação Campo Belo, da Área 7, as duas empresas que disponibilizaram carros a bateria para o serviço, a Campo Belo operou as linhas 606P-10, Shopping SP Market / GP SP, que funcionou durante a manhã, 607F-10, Terminal Santo Amaro / GP SP, que circulou no período da tarde, e 906T-10, Trianon MASP / GP SP, que atuou em ambos os dois períodos, em 2024, a Campo Belo teve a companhia de outras empresas da Área 7, Metrópole Paulista, Gatusa e KBPX,  enquanto a Mobibrasil ficou com as linhas 606 A-10, Aeroporto GP SP, e 606F-10, Circular GP SP Autódromo, que estiveram em atividade no período da manhã do fim de semana de corrida, a 606F-10, a única que rodou na sexta-feira, que foi operada desde sua criação, em 2018, até 2023, pela Transwolff, que inclusive foi pioneira no uso de ônibus elétricos a bateria no serviço, ainda com a pintura azul e cinza da Àrea 6, em 2024 a empresa foi alvo da investigação da Operação Fim de Linha por lavagem de dinheiro, e nesse mesmo ano, o operação da linha 606F-10 ficou a cargo da Viação Metrópole Paulista, da Área 7, em 2025, a Transwolff sofreu intervenção da Prefeitura e sua concessão está em processo de transferência para a empresa Sancetur... Voltando à pista da Avenida Interlagos, o letreiro usado pelos ônibus este ano chamou a atenção, no caso, a sigla GPSP, que significa “Grande Prêmio de São Paulo”, nome oficial da prova desde 2021, quando o Bozo assumiu a presidência da república em 2019, iniciou-se uma operação no Rio (!!!) com o objetivo de trazer de volta a Fórmula-1 para a cidade, proposta que não foi em frente, porque desde a demolição do autódromo de Jacarepaguá para dar lugar do Parque Olímpico da Barra, usado nos Jogos de 2016, o Rio de Janeiro não tem uma pista de automobilismo, e os defensores da mudança limitaram-se a propor a construção de um novo autódromo na região de Deodoro, aproveitando áreas que receberam competições em 2016, assim, o máximo que conseguiram foi tornar disponível o nome do Grande Prêmio do Brasil, também a maneira encontrada para a Liberty Media não se indispor com o detentor dos direitos sobre a prova de Interlagos, Bernie Ecclestone, o próprio, que vendeu para eles a empresa responsável pela organização da Fórmula-1 em 2016, não que os cariocas tenham desistido, no último dia 6 de novembro o prefeito Eduardo Paes anunciou a construção de um autódromo na região de Guaratiba, mas o fato é que as gestões do então governador João Dória, que não teve tempo de privatizar o autódromo, pois ficou apenas um ano e meio na Prefeitura de São Paulo, entre 2017 e 2018, garantiram que a cidade, então administrada por Bruno Covas, pagasse o valor pedido pela Liberty Media para manter a prova em Interlagos em 2021, apesar do município não ter vendido as cotas de patrocínio que deveriam compensar o investimento, como lembra o site Petrópoles, conhecido porta-voz dos interesses bozistas, inclusive a volta da Fórmula-1 para o Rio, ao mesmo tempo, o sucessor de Bruno Covas e atual prefeito, Ricardo Nunes, que em 2021, em meio à pandemia, anunciou durante o final de semana dos treinos e da corrida que São Paulo era a “capital da vacina”, e em 2024 ganhou a eleição aliado a lideranças políticas negacionistas, realizou um plano de obras que investiu 500 milhões de reais em melhorias no autódromo, com destaque para um “hospitality center” capaz de receber 6 mil pessoas, quase tudo realizado do portão para dentro, não incluindo aqui as centenas de placas sinalizando o autódromo espalhadas por todos os cantos da cidade,  o que motivou um pedido do CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, para fazer uma passarela de pedestres sobre a Avenida Interlagos, visando melhorar a fluidez do tráfego de veículos durante a realização da prova...










Linha circular do autódromo começou com Trans Wolff, passou pela Metrópole Paulista e agora é da Mobibrasil...




































Sim, porque nós e todos os torcedores que comparecem ao autódromo pela região da Praça Enzo Ferrari, no sentido bairro, precisam fazer um caminhada razoável até a faixa de pedestres que fica em frente ao portão do setor T, na esquina com a Avenida do Rio Bonito, onde está localizado o célebre “Posto do Uber”, onde acontece informalmente o “pick-up” do aplicativo... Saindo dos estandes da CET e da SPTrans, deparamos com outro posto de gasolina, que também fica fechado no final de semana da corrida, o bar Parada Interlagos, com um luminoso que imita os cassinos de Las Vegas (ah, as bets...), a Placa Preta, empresa especializada em vistoria para carros de colecionadores, e que expunha na entrada um Fusca azul, o soquinho na cabeça é por nossa conta (!!!), mais adiante, depois das barraquinhas de bebidas e lanches, como se fosse vigiada por dois guardas municipais, estava parado um patinete elétrico, muito usado nas cercanias de Interlagos, inclusive pelo pessoal que pergunta às pessoas se precisam de ingresso ou tem uma entrada sobrando, uma atividade tão intensa quanto a dos chamadores dos estacionamentos, para eles, não tem congestionamento na Avenida Interlagos, eles dão seus corres e em frente a uma filial desativada do Burger King, havia um careca que lembrava vagamente o ministro Alexandre de Moraes do STF, que já foi secretário de Transporte da cidade de São Paulo, segurando no meio da pista um cartaz bilingue, “Estacione Aqui Park Here Estacionamento Coberto Você Leva a Chave Covered Parking You Take The Key”, na esquina da Avenida do Rio Bonito com a Rua Trasybulo Pinheiro de Albuquerque um “banner” afixado numa grade de ferro indicava os preços, “Carro Pequeno, 150 Reais, Carro Grande, 200 reais”, de sorte que não temos nem carro pequeno, nem grande, vimos um Porsche e o pai do Porsche, o Fusca, e nos juntamos ao grupo que atravessou a faixa de pedrestres, encabeçado por dois argentinos com o uniforme “albiceleste” da seleção campeã da Copa de 2022, todos saudados com um “bom dia” da garota com a placa “Apoio ao Turista”, complementamos com “good moning, buenos dias, bom jour, guten tag”, até porque havia dois alemães ali no meio... Chegamos ao portão T do autódromo, seguindo pela Avenida Interlagos no sentido bairro, no horário em que chegamos no sábado de manhã, já não havia aquela imensa fila para a entrada pelo portão A, todo mundo já foi introduzido no autódromo, o ambulante usava o cavalete para expor seus bonés, tinha patinete na calçada, pilotado por um cambista, com camiseta da Fila, e na avenida, dois na realidade, conduzidos por um casal, ela de óculos escuros e ele de boné do Banco Nacional com o autógrafo de Ayrton Senna, pouco antes do Portão A, estão parados os ônibus da Polícia Militar, dois Apache Vip 4 e um micro Apache Vip 5, passamos por alguns torcedores e entre eles uma gordinha de camiseta branca estampada com uma cereja (“Cherry”...), jeans rasgado, cabelo castanho preso num rabo-de-cavalo com uma mecha vermelha, segurando uma câmera Sony profissional com microfone, onde era visível a plaquinha de identificação da Globo... Porque este será o último ano que a Band transmite a Fórmula-1, evento que assumiu em 2020, depois que a própria Globo rompeu o contrato com a Libery Media, abrindo mão da competição mais rentável de seu portfólio, com a justificativa de dificuldades financeiras decorrentes da pandemia, e quis retomar para 2025, como a cereja do bolo da festa de 60 anos, porém a Band, animada com a perspectiva da participação do piloto brasileiro Gabriel Bortoleto, o primeiro a competir na categoria desde 2017, e que inclusive fez este ano seu “debut” em Interlagos, vai cumprir o contrato até o fim desta temporada... Alis, a torcida que compareceu ao autódromo criou um jeito todo especial de torcer para o piloto da equipe Sauber, apelidando ele de “Borboleto”, da nossa parte, chegamos ao portão A, identificado por “banners” na cor azul, indicando que neste ano os “naming rights” pertencem a MSC Cruzeiros, o movimento é pequeno, o portão é cercado por cavaletes e viaturas da Guarda Civil Metropolitana e da Polícia Militar... Seguimos o nosso roteiro habitual, descendo pela Teotônio Vilela, deparando com a orientadora de megafone  que tirava um cisco do olho, uma produtora da Sportv, a Globo só volta ano que vem, observamos a presença maciça das Testemunhas de Jeová, do lado oposto da Avenida Interlagos, no muro do Hotel Paddock, no ponto de ônibus em frente a Sabesp, ao lado do galpão que vende churrasquinho,  na mureta da marmoraria em frente ao Portão 7... Passo pela oficina mecânica que virou local de venda de cerveja, e que todo ano coloca música no último volume para atrair os torcedores, vejo um casal dividindo o mesmo patinete elétrico, e cruzo com um homem de boné e bermuda que leva uma muleta numa mão e um guarda-chuva na outra, certamente não vai entrar no autódromo, é proibido entrar com guarda-chuva, informação muito repetida pelos vendedores de capas, também pelo fato de que havia um grande risco da passagem de um ciclone extratropical pela cidade, depois de fazer um grande estrago no Paraná, mas em São Paulo, além de uma chuvinha na madrugada (!!!), o tempo estava apenas nublado... Nas mesinhas das barraquinhas na frente do portão B, um banner anunciava “Este evento conta com o nosso apoio e do prefeito Ricardo Nunes”, cuja foto divide espaço com as imagens de Antonio e Rodrigo Goulart, todos eles políticos com base eleitoral nesta região de São Paulo, chegando no Portão 7, a entrada VIP do autódromo, nossa atenção se divide entre uma Ferrari branca e uma Volare cinza, do outro lado da vida, tem um ponto de aluguel de patinetes elétricos, a sombra de um ipê amarelo, dividida com as Testemunhas de Jeová, e outra Volare, do programa de monitoramento Smart Sampa, da Guarda Civil Metropolitana, pelo portão 7, vemos um pedaço das arquibancadas e um funcionário da manutenção ziguezagueando a toda velocidade em seu patinete elétrico, desviando dos garis e dos cambistas, um carrinho de supermercado cheio de marmitas conduzido por dois garotos pega o vácuo, desviando também do rastro de estrume deixado pelos cavalos da Polícia Militar... Chegamos na Bilheteria, facilmente localizável devido a sua fachada azul, nos aproximamos para ver os preços, esclarecendo ao cambista que não íamos comprar um ingresso ou vender uma entrada, o mais barato, meia-entrada do setor G, 465 reais, o mais caro, ingresso único do Grand Prix Club, 19.300 reais, aqui já aplicaram o projeto de “meia-entrada universal” de uma certa vereadora paulistana, na verdade uma forma da extrema-direita parlamentar inviabilizar a produção de carteirinhas pelas entidades estudantis controladas por organizações ligadas a esquerda, digo... Uma viatura da CET passa no momento em que atravessamos a rua para ver um local icônico das vizinhanças do autódromo, o bar Stoc-Car, hoje um anexo do estabelecimento ao lado, a Arena Optimus, patrocinada por uma bet, a Reals, anos atrás havia um grafite com caricaturas de pilotos de Fórmula-1, hoje substituída por uma homenagem a Ayrton Senna, logo na sequência está o posto Cancun, há muito desativado, e que servia como estacionamento das caminhonetes com promotoras do Bahamas e do Café Photo, tiramos uma fina com o caminhão da Enel, vai que chove e acontece uma queda de energia, e uma SUV da Mercedes, o vendedor de boné faz ponto em frente ao bufê e olhando bem aquele casal, ela usa uma camiseta estampada com o nome da principal patrocinadora da Sauber de Gabriel Bortoletto, a Stake, também uma bet, vide logotipo em verde, , o nome lembra “sweepstake”, extração da Loteria Federal associada ao Grande Prêmio Brasil de Turfe no Hipódromo da Gávea, naquele ponto era uma presença solitária, porém havia mais apoiadores do piloto brasileiro do lado de dentro do autódromo, disputando espaço com os simpatizantes da Ferrari, que é atual equipe de Lewis Hamilton, e da Red Bull de Max Verstapen, o genro de Nelson Piquet... Outro ponto de venda tradicional no circuito ao redor do autódromo é a igreja Sara Nossa Terra, que oferecia água mineral e açaí,  um ciclista desce a Teotônio Vilela, aproveitando a interdição do tráfego, uma moça que parece a Manta Alves e um rapaz usam o ponto de ônibus sem função no momento para descansar no banco, ignorando a mensagem no vidro, “Jesus Cristo quer te salvar, Ele está voltando”, os cambistas conferenciam na frente do portão B enquanto entramos na Avenida Jangadeiro pela esquerda, na direita passa um elétrico a bateria da Campo Belo com o letreiro GP SP... Andamos pouco mais de um quarteirão para chegar ao nosso “spot” de registro dos ônibus da Operação Interlagos, um canteiro central arborizado, junto a ciclofaixa, do outro lado um ponto de ônibus em frente a uma pizzaria com lenha na porta, onde fazia plantão uma viatura da PM, na pista oposta, por cima do telhado de uma casa, dava para ver a grua com uma das câmeras da transmissão da prova e ouvir o ronco dos motores... O tempo nublado favorecia as fotos, fotografamos um carro da 606A-10 da Mobibrasil e outro da 606P-10 da Campo Belo, de frente, e de trás, porém a copa das árvores afetava negativamente a luminosidade do ambiente, o jeito foi ficar na esquina da Jangadeiro com a Teotônio Vilela, um local mais aberto, onde também dava para fotografar os ônibus de linha da Viação Grajaú e da Trans Wolff, bem perto de uma linha de frente de ambulantes, um casal expondo camisetas e bonés, uma família evangélica, mulheres de vestido longo e cabelo comprido, crianças e adolescentes, vendendo lanches, marmitas, água e refrigerantes, uma mulher oferecendo bolo de pote, atrás de nós, um casal perdido de torcedores, ela com o uniforme laranja da Mc Laren, ele com a camisa vermelha da Ferrari, mais patinetes passam pela ciclovia, fazendo fila, afora os que vão na caçamba da picape... Consigo fotografar ônibus elétricos a bateria suficientes para fazer um post de 20 fotos, o limite máximo do Instagram ©, dez vistas da frente e dez da traseira, além de um ônibus da Mobibrasil recolhendo, um chamador de estacionamento sobe e desce pelo cruzamento, o motorista da Campo Belo abre a porta da frente para falar com um motociclista enquanto espera o farol abrir, por falar em sinalização,  quando surgem os sinais do rapa, a família de crentes simplesmente desce pela Teotônio Vilela, como se estive indo para um piquenique, uma vendedora de água ficou com o seu “cooler” começa a cantar louvores, como nós tínhamos outros compromissos, decidimos deixar Interlagos naquele momento, conseguindo registrar mais alguns veículos da operação especial e das linhas regulares, outro casal de patinete e o “mangueirão” dos ônibus elétricos a bateria situado abaixo da Praça Moscou, na confluência da Avenida Interlagos com a Jangadeiro, descobrindo por fim que Gabriel Bortoleto acidentou-se na última volta da corrida sprint, batendo sua Sauber contra o muro no fim da reta principal, não sofreu nenhuma lesão, porém devido aos danos do carro, ele teve que dar para largar na 20ª e última posição do grid, que coisa, não... 




























Também havia oferta de ônibus no estande montado pela SPTrans, mas nesse caso eram miniaturas para montar...

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