segunda-feira, 17 de junho de 2024

RC Especial Modelo 1993 (off): O Ano de Coisa Bonita, Nossa Senhora e Obsessão...

Diretor Jorge Fernando mostrou serviço em seu primeiro especial, colocando o Rei para correr em pleno palco...

 














O “Roberto Carlos Especial” de 1993, apresentado pela Globo no dia 23 de dezembro daquele ano, e que estreou no Viva em 2016, foi o primeiro depois da saída de cena de Augusto César Vannucci, o que levou a um movimento de renovação com a colocação na direção de Jorge Fernando, um dos expoentes da “Nova Hollywood” global surgida na década de 1980, conhecido por imprimir um rimo extremamente ágil nas novelas, humorísticos e shows teatrais que dirige, inclusive neste especial, gravado no Theatro Mvnicipal de São Paulo, em que a presença da plateia e as constantes trocas de cenário dão mais dinamismo a apresentação do Rei, conseguindo que 27 músicas fossem cantadas em 76 minutos de tempo de arte, com o toque de tradição dado pelos textos de apresentação das canções feitos por Luis Carlos Miele e Roberto Bôscoli, no que foi o último especial antes da saída de cena do pai do João Marcelo em fevereiro de 1994, na verdade, ele redigia sozinho, Miele cuidava mais da “mise-en-scene” dos shows, mas voltando da experiência de apresentar o programa “Cocktail” no SBT, trabalhou forte com o parceiro neste especial, cuja lista de convidados equilibra as duplas Leandro e Leonardo e Sandy e Junior com Maria Bethânia e uma participação especial e única de Chico Buarque, sem contar a intervenção cômica de Regina Casé, aproveitando ainda a excelente e inspirada leva de músicas do disco de 1993, que inclui as icônicas "Coisa Bonita", "Nossa Senhora" e "Obsessão"...O programa começa com imagens áreas da região do Vale Anhangabaú, no centro de São Paulo, à noite, o som do helicóptero deixa claro que não se trata de um drone (!!!), o letreiro vem na fonte Globoface, “Rede Globo apresenta”, vem o logotipo do especial, a sigla “R93”, letra e números com o contorno do arco-íris, a câmera foca no Theatro Mvnicipal, na Praça Ramos de Azevedo, local do show, depois do teto da casa de espetáculos, “texto Miéle e Boscoli” – os próprios – um foco de luz percorre a cortina do palco, “Criação e direção Jorge Fernando” – agora vai – a orquestra de Eduardo Lages trabalha forte, a cortina se abre com projeção de imagens de especiais anteriores, Roberto e Dudu Braga em 1974, “Convidados especiais”, o Rei cantando e no carrão em 1975, “Sandy e Junior”, o palco é decorado com imagens extraídas de capas de discos do cantor, sobrevoando o Rio também em 1975, andando no carrinho do parque Tivoli em 1978, “Balé Infantil Grupo Racinha”, suave na nave no mesmo parque, ainda em 1978, onde também vai no bate-bate com a garotinha negra e na roda gigante com os filhos, “Erasmo Carlos”, cantando em 1979 e recordando a Jovem Guarda em 1981, “Wanderléa”, tocando piano e revelando que “Detalhes” é sua composição preferida em 1983, mesmo ano que sai do hotel e entra na limousine para pegar o túnel da 9 de Julho e cantar no Ibirapuera, “Regina Casé”, na sequência aparecem os shows de 1983 e 1985, “Leandro e Leonardo”, closes do Rei em 1974, 1975, “Maria Bethânia”, 1976, 1977, 1978, o Carlitos de 1982, o dueto com Bethânia no mesmo ano, cantando nos Arcos da Lapa com figurino “mafioso” em 1981, “Chico Buarque”, fazendo o Pedro e o Bino em 1984, o “mullet” do Apocalipse em 1986, o chapéu de malandro para cantar Nêga, também nesse especial, a mensagem de abertura de 1988 que o Viva cortou, o troca-troca de figurinos em 1987, “Coral da Universidade de SP Coral USP”, o deixa pra lá nos ensaios e o “Brooklyn 1988”, o coral vai de “Eu Sou Terrível”, o fundo vermelho da abertura de 1989 projetado no palco, navegando na Amazônia, cantando “Nêga” em 1990, “Luz Divina” em 1991, de blazer amarelo em 1992 e dirigindo um carrão vermelho no filme “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”, de 1968, e comparecendo com outro carrão vermelho no palco do Mvnicipal 25 anos depois, sobe o pano revelando a orquestra e um cenário cheio de arranha-céus, Roberto usando blazer azul e camisa branca sai do carro, agradece os aplausos do público que lota o Theatro e canta “Se Você Pensa”, de 1968, que regravou para o disco de 1993, “Daqui pra frente, Tudo vai ser diferente, Você vai aprender a ser gente, Teu orgulho não vale nada, nada!!!, Você não sabe, e nunca procurou saber, Que quando a gente ama pra valer, o bom é ser feliz e mais nada, nada!!!” - Jorginho mostrando serviço em seu primeiro especial, abrindo o show com uma canção de uma fase mais agitada musicalmente da carreira do Rei, o público do Viva até vai lembrar dos cacos de Miguel Falabella se queixando da correria que o diretor impôs às gravações do “Sai de Baixo”, digo...  Roberto Carlos aplaude e é aplaudido, toma fôlego, “obrigado”,  o coro só vem, “Roberto, Roberto!!!”, o Rei diz, “boa noite, é um prazer estar aqui com vocês, mais um ano passando, e eu fico feliz em saber que a nossa amizade fica mais longa, né, fica maior né, obrigado por tudo, por esse carinho, por esse amor, por essas coisas lindas que vocês me dão, obrigado, obrigado, a emoção é sempre a mesma, ela se repete, mas ela é sempre nova cada vez que a gente se encontra”, e canta “Emoções”, de 1981, tranquilizando os tradicionalistas com o famoso gemidinho no final – o novo diretor terminou com as tentativas de substituir a música pela versão do maestro Eduardo Lages, “Cenário”, nada de economizar isopor no Teatro Fênix com a plateia dos "Trapalhões" e palmas gravadas... Ops!!!... Entra a vinheta de intervalo, as roldanas nos bastidores mudando os painéis cenográficos do palco, terminando com um close na reprodução da capa do novo disco e o logo R93, contornado nas cores do arco-íris, na volta, em frente a fachada de um cinema anunciado o filme “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura” em neon, a pequena Sandy, da dupla com Júnior, anuncia, do alto do seu vestido inspirado, como seu próprio nome, no filme “Grease”, agora vou chamar minha amiga do peito, Wanderléa!!!”, Junior, de jaqueta de couro preta, também dá o seu recado, “e meu amigo Erasmo Carlos!!!”, Ternurinha e Tremendão comparecem no palco, ela de preto, ele de branco, abraçam a dupla de cantores mirins e cantam com Roberto “Festa de Arromba”, de 1965, “Vejam só que festa de arromba, Noutro dia eu fui parar, Presentes no local o rádio e a televisão, Cinema, mil jornais, muita gente e confusão, Quase não consigo na entrada chegar, Pois a multidão estava de amargar, Hey-hey (Hey-hey), que onda, Que festa de arromba”, Wanderléa, de salto alto realçando as pernas, parte para o “pot-pourri” com “Pare o Casamento”, de 1966, “Por favor, Pare agora, Senhor juiz, Pare agora, Senhor juiz eu quero saber, Sem este amor o que vou fazer, Pois se o senhor esse homem casar, Morta de tristeza sei que vou ficar, Por favor, Pare agora, Senhor juiz, Pare agora”, Erasmo contribui com “Minha Fama de Mau”, de 1965, “Meu bem, às vezes diz que deseja ir ao cinema, Eu olho e vejo bem, que não há nenhum problema, E digo não, por favor Não insista e faça pista, Não quero torturar meu coração, Garota ir ao cinema, É uma coisa normal, Mas é que eu tenho que manter a minha fama de mau, Meu bem, chora, chora, E diz que vai emboram Exige que eu lhe peça, Desculpas, sem demora, E digo não, por favor, Não insista e faça pista, Não quero torturar meu coração, Perdão à namorada, É uma coisa normal, Mas é que eu tenho que manter a minha fama de mau”, Roberto deixa por “Parei na Contramão”, de 1963, “Vinha voando no meu carro, quando vi pela frente, Na beira da calçada um broto displicente, Liguei o pisca-pisca pra esquerda e entrei, A velocidade que eu vinha, não sei, Pisei no freio obedecendo ao coração e parei, Parei na contramão, O broto displicente nem sequer me olhou, Insisti na buzina mas não funcionou, Segue o broto o seu caminho sem me ligar, Mas sei que algum dia ela vai voltar, E a buzina dessa vez eu sei que vai funcionar”,  o trio dança no palco, a plateia bate palmas, Wanderléa canta “Prova de Fogo”, de 1967, “Esta é uma prova de fogo, Você vai dizer, Se gosta de mim, Sei que você não é bobo, Porém seu reinado, Vai chegando ao fim, fim, Tanto tempo eu esperava, Você fingia que me amava, Sorria e até cantava, Fingindo gostar de mim, Esta é uma prova de fogo, Você vai dizer, Se gosta de mim, Sei que você não é bobo, Porém seu reinado, Vai chegando ao fim”, Erasmo interpreta “Vem Quente Que Eu Estou Fervendo”, de 1967, acompanhado dos parceiros no final, Se você quer brigar e acha com isso estou sofrendo???, Se enganou meu bem, Pode vir quente que eu estou fervendo!!!,  Se você quer brigar e acha com isso estou sofrendo???,  Se enganou meu bem, Pode vir quente que eu estou fervendo!!!, Pode tirar seu time de campo, O meu coração é do tamanho de um trem, Iguais a você, eu apanhei mais de cem Pode vir quente que eu estou fervendo!!!, Mas se você quer brigar e acha com isso estou sofrendo???,, Se enganou meu bem, Pode vir quente que eu estou fervendo!!!, Pode vir quente que eu estou fervendo!!!, Pode vir quente que eu estou fervendo!!!”, Roberto comenta, abraçando Wanderléa e Erasmo, com o instrumental de “O Calhambeque” ao fundo, “esse entrosamento vem desde a Jovem Guarda, e é uma coisa muito forte, a Jovem Guarda vai estar sempre na nossa vida, nas nossas vidas, esse amor vai estar sempre em nossos corações”, a Ternurinha chora, os balcões do Mvnicipal aplaudem, o Tremendão dá um beijo, o Rei canta a versão brasileira de “Road Hog”, que gravou em 1964, “Mandei meu Cadillac pro mecânico outro dia, Pois há muito tempo um conserto ele pedia, Como vou viver sem meu carango pra correr, Meu Cadillac, bi-bi, quero consertar meu Cadillac, Com muita paciência o rapaz me ofereceu, Um carro todo velho que por lá apareceu, Enquanto o Cadillac consertava eu usava, O Calhambeque, bi-bi, quero consertar o Calhambeque, Mas o Cadillac finalmente ficou pronto, Lavado, consertado, bem pintado, um encanto, Mas o meu coração na hora exata de trocar”, e o trio volta a “Festa de Arromba”, notem a marca de batom no face do Rei, “Vejam só que festa de arromba, Noutro dia eu fui parar, Presentes no local o rádio e a televisão, Cinema, mil jornais, muita gente e confusão, Quase não consigo na entrada chegar, Pois a multidão estava de amargar, Hey-hey (Hey-hey), que onda, Que festa de arromba” – o “medley” de músicas da Jovem Guarda não é exatamente uma novidade nos especiais, o momento é propício, foi em São Paulo que o programa da TV Record que deu nome ao movimento começou, porém a presença de Jorge Fernando na direção fez a coisa render, ao mesmo tempo que depois de Chitãozinho e Xororó pedirem música participando de três programas com Roberto, chegou a hora do comparecimento de seus filhos, Sandy e Junior... Ops!!!...




















E muito antes de fazer "Muvuca", Regina Casé aprontou legal, e o advogado do Timão, José Izar, só observando...

































O maestro Eduardo Lages rege a orquestra para tocar “Amigo”, uma mulher se levanta na plateia, é Regina Casé, a própria, usando um vestido preto e branco, “Roberto”, o Rei ouve e pede para o maestro interromper os músicos, Regina abre os braços, “Roberto, eu te adoro, eu te amo, Roberto, eu sou doida por você, dá uma chegadinha aqui, cê não tá lembrado de mim, Roberto???” – atrás de Regina é possível ver José Izar, advogado do Timão na gestão de Alberto Dualib, que começou nesse mesmo ano de 1993 – o Rei está quase sem palavras, “eu vou aí”, Regina corre para o palco, “Roberto, eu vi todos os seus shows, eu amo você, Roberto, eu tenho tanta coisa pra te dizer, eu não tô aguentando, esse show tá bom demais”, dois segurança detém Regina perguntando se tem permissão para filmar no fosso do palco, “pera aí, gente, que grossura, só um minutinho, pera aí, me larga, nossa, que teatro lindo, Roberto, deixa eu ir aí, só um minutinho, pede pra eles me deixarem, pelo amor de Deus, Roberto, eu te adoro, Roberto, eu tô aqui desde quatro horas da manhã, eu nem tomei café, Roberto”, o cantor argumenta, “me desculpe, meu amor, mas eu não tenho culpa de você não ter tomado seu café”, ela responde, “não se preocupe que o café é um investimento meu, eu não tomei café hoje, mas amanhã, Roberto, eu vou pedir um café pra nós dois” – Roberto ri litros – “vou fazer um carinho e depois vou te envolver nos meus braços”, Regina se desvencilha dos seguranças, “deixa eu ir lá falar com ele, me larga”, o Rei se surpreende, “Uau!!!”, ela comparece no palco, “Roberto, você não imagina a desordem que eu vou fazer no seu quarto”, o Rei questiona, “no meu quarto, pera aí, acho que é muito cedo ainda”, Regina é contida por outra dupla de seguranças, “deixa eu ir lá, Roberto, não é muito cedo não, a gente já perdeu muito tempo, Roberto, pensa nos lençóis macios, onde os amantes se dão, nos travesseiros soltos, nas roupas pelo chão, Roberto, vai ser uma loucura, Roberto”, que tenta abafar o caso, “eu acho que vai ser uma loucura mesmo, eu acho que você não pode levar ao pé da cama, quer dizer, ao pé da letra, né, todas as músicas que eu canto, é o seguinte, vamos com calma, eu te proponho”, Regina quase desmaia, “ai meu Deus, eu sabia que mais cedo ou mais tarde você ia me propor, Roberto, me dar teu corpo, e depois do amor o teu conforto e além de tudo, depois de tudo, dar a minha paz, me dá tua paz, Roberto, pelo amor de Deus, me larga, vocês dois”, e vai encontrar com o cantor, “ai, não tô acreditando, Roberto, eu também, eu te proponho, na madrugada, você cansado, te dar meu braço, e no meu abraço fazer você dormir, Roberto”, que está perplexo, “mas eu não estou com sono, você que precisa acordar desse sonho, senão isso tem condições de virar pesadelo daqui a pouco, olha aqui, minha amiga”, Regina se revolta, “sua amiga não!!!, sua amiga é Wanderléa, Maria Bethânia, eu não sou sua amiga, nem quero ser sua amiga”, o Rei não entende, “poxa, se você não quer ser minha amiga, o que você é então???”, ela se aproxima de Roberto, “sou sua amada amante, Roberto” – que ri nervoso – “Roberto, eu posso fazer a vida num instante ser melhor pra nós dois, Roberto, Roberto, a gente tem tanta coisa em comum que você não sabe, tenho tanta coisa pra te dizer, Roberto, pensa, você é o Rei, Regina quer dizer o quê, rainha, RC, RC, já pensou que lindo um monograma, nos lençóis macios, na blusa, na roupa pendurada, tudo RC, RC azul, RC rosa”, Roberto diz, “acho que a gente pode falar mais a vontade, de RC para RC, minha querida Regina Casé me dando essa alegria de estar aqui”, abraços e beijos, Regina usa o microfone de Roberto, “você não imagina quanto tempo eu tô tentando chegar aqui, eu acho que desde que eu sou pequenininha eu tô tentando, o pessoal não tava deixando, mas ralei muito pra chegar até aqui” – “mas felizmente a gente está junto”, fala o Rei – “eu estou felicíssima de estar aqui, eu fiz papel de eu mesma, porque eu sou sua fã, sua fã demais, olha, é o melhor Natal que eu já tive, melhor do que quando eu ganhei uma bicicleta, eu achei maravilhoso, eu achei muito legal”, Roberto ri litros, “fiz eu mesmo é bom, fiz eu mesmo é muito bom”, ela responde, “fiquei muito feliz em você me convidar”, o Rei se pronuncia, “Regina, eu fico muito contente em você estar aqui, realmente professor eu esperava esse momento da gente estar junto nesse programa, no nosso especial de fim de ano”, Regina abraça Roberto, “eu queria te dizer muito obrigada de estar com você vivendo esse momento lindo”, o Rei se empolga, “uau!!!”, e canta na capela “Emoções”, “quando eu estou aqui, eu vivo esse momento lindo”, Regina não acredita, “ai meu Deus, olhando pra você” – Roberto interrompe, “ela canta”, e ri de orelha a orelha – “e as emoções se repetindo”, e os dois, “em paz com a vida, e o que ela me traz, a fé que me faz, otimista demais, se chorei ou se sofri, o importante é que emoções eu vivi”, aplausos da plateia, Roberto abraça, Regina lembra do roteiro, “agora você vai pedir pros seguranças me tirarem daqui, obrigada”, corta para o intervalo – assim como Jorge Fernando representou a renovação na direção de programas na Globo, Regina Casé simboliza o novo tempo do humor da emissora, o Viva até exibiu o "Muvuca", por coincidência baseando sua intervenção em “Café da Manhã”, música que os Trapalhões, que encerraram seu programa semanal em 1993, após uma tentativa de renovação com direção de José Lavigne e textos de Carlos Lombardi e do Casseta e Planeta, parodiaram de forma arrasadora no especial de 1979 com “A Mamãe de Mamãe”, se bem que o ato de Regina seria copiado no programa do ano seguinte, dirigido por Aloysio Legey, com o comparecimento de Tom Cavalcante, também um nome emergente do humor global, usando peruca loira no palco.... Na volta do intervalo, as roldanas do palco trazem os discos de Roberto Carlos, e nem é liquidação de CDs das Lojas Americanas, e o próprio cantando “Amigo”, de 1977, incluindo um comentário no meio da música, “amigo, feliz de quem pode usar essa palavra, e usá, e multiplica-la, como eu em meus shows, shows que começaram a ser de 120, 150, 200 quilômetros por hora”, uma deixa para cantar a música do disco de 1970, seria a primeira vez nos especiais, porém o Rei prefere ir de “As Curvas da Estrada de Santos”, lançada no disco do ano anterior, o da praia, “Se você pretende saber quem eu sou, Eu posso lhe dizer, Entre no meu carro na Estrada de Santos, E você vai me conhecer”, aplausos, o disco de 1993 aparece no palco, close nos violinos da orquestra, a aparição do lançamento do ano é um pretexto para o Rei cantar uma das faixas de maior sucesso do LP, “Obsessão”, com todo aquele gestual para enfatizar os versos da música, “Obsessão, não, não, obsessão, Essa mulher virou minha cabeça, E o meu coração obsessão, não, não, obsessão, Essa mulher virou minha cabeça, E o meu coração”, a plateia só observa de binóculo, sorrindo, close nos saxofonistas e tecladistas, o Roberto dá o ritmo batendo palmas, e põe as mãos na cabeça a fim de ressaltar que a obsessão é para valer – se essa música é icônica, vocês não viram a próxima na “playlist”... Em meio aos aplausos, a orquestra trabalha forte na flautinha, Roberto Carlos explica, “eu acho que no ano passado eu iniciei de certa forma o meu movimento de defender as mulheres, é verdade, e acabar com esse tipo de preconceito, de repente, porque fulana é alta demais, ou fulana é meio baixinha, ou fulana é gordinha, tal, essas coisas, ah, eu acho que uma mulher pode ser bonita de muitas formas, pequena, alta, magra, gorda, o importante é que ela seja bonita no estilo dela, eu acho que a gente precisa acabar com esse preconceito, de as mulheres terem de ser de certa forma pra serem formosas, não”, e rindo, o Rei canta outra música icônica do disco lançado em 1993, “Coisa Bonita”, também conhecida como “Coisa Gostosa”, “Gosto de me encostar nesse seu decote quando te abraço, De ter onde pegar nessa maciez enquanto te amasso, Eu não sou massagista e não entendo nada de estética,  Mas a nossa ginástica é mais gostosa e menos atlética,  Coisa bonita, coisa gostosa,  Quem foi que disse que tem que ser magra pra ser formosa???, Coisa bonita, coisa gostosa, Você é linda, é do jeito que eu gosto, É maravilhosa”, Roberto valoriza a canção fazendo mímica de ginástica, decotes, de amassos e lambidas (!!!), batendo palmas e sorrindo de orelha a orelha, e tem o coral e o teclado trabalhando forte numa levada “caribenha”, a bateria até furou (!!!), o Rei pede que a plateia cante o refrão, “agora!!!” – mais memorável que essa apresentação de “Coisa Bonita”, só aquela que Roberto fez na plateia do “Topa Tudo por Dinheiro” do SBT em 1994, quando recebeu o Troféu Imprensa nas mãos de Silvio Santos, disponibilizada no “Baú de Memórias” da emissora no YT... Mais um intervalo, Roberto Carlos retorna cantando “Proposta”, de 1972, com gestos mais contidos que a música anterior e aquela pausa dramática no final, jogando a bola para o público presente, “eu te... proponho”, tudo para criar um clima solene na recepção da próxima convidada, “é uma emoção muito grande de ver as minhas músicas e de Erasmo Carlos cantadas nessa voz maravilhosa que faz esse disco fantástico que a gente tem aí pra ouvir, minha amiga, já gravamos juntos uma vez, e eu tenho a alegria e o orgulho de apresentar Maria Bethânia, que maravilha!!!”, a irmã de Caetano Veloso comparece com um vestido tomara que caia branco, ajeita os cabelos, agradece os aplausos e sorri, o Rei retira o pedestal de seu microfone para ela interpretar “As Canções que Você Fez pra Mim”, que Roberto gravou em “O Inimitável”, de 1968 e pela própria Bethânia no disco citado pelo cantor, “As Canções que Você Fez pra Mim”, de 1993, “Hoje, eu ouço as canções que você fez pra mim, Não sei por que razão tudo mudou assim, Ficaram as canções e você não ficou”, outra performance para acompanhar de binóculo, vide ritmo marcado pelo movimento da cintura (!!!) – como lembrou Roberto em seu “stand-up”, segunda participação de Maria Bethânia nos especiais, a primeira foi em 1982, quando gravaram “Amiga”, ele encontrou ela num beco e foram cantar no barzinho da sala... Roberto abraça Bethânia demoradamente e parte para a resenha, “quanta emoção, essa homenagem que eu recebi, eu e Erasmo, que emoção que tivemos nesse disco maravilhoso, como é que foi esse disco, como é que foi essa ideia, o que deu na sua cabeça”, a cantora responde, “bom, a paixão” – o Rei a abraça e ri – “a paixão de sempre, a lembrança do verão, a lembrança da pele bronzeada, a lembrança das suas canções com Erasmo, o amor, a alegria, um Brasil feliz, foi isso”, aplausos, Roberto comenta, “lembranças, que maravilha”, o cantor também bate palmas, Bethânia diz, “uma emoção tão grande, com as canções que vocês fez pra mim”, e a orquestra introduz o dueto de “Fera Ferida”, de 1982, “Não vou mudar, Esse caso não tem solução, Sou fera ferida, No corpo, na alma e no coração, Não vou mudar, Esse caso não tem solução, Sou fera ferida, No corpo, na alma e no coração”, olhos nos olhos e mais um abraço no final, “obrigado, te amo, obrigado, senhores, obrigada, meu rei”  – música que não poderia ficar de fora do especial porque a versão de Bethânia, cantada de forma mais fluída que a de Roberto, que pontua as frases, ele com sintetizador ao fundo, ela acompanhada por uma orquestra,  era o tema de abertura da novela “Fera Ferida”, de Aguinaldo Silva, que a Globo mostrava em 1993...















Roberto ficou bastante à vontade com Maria Bethânia, sua amiga desde aquele dueto no bar do especial de 1982...





























Entra o intervalo, Roberto Carlos retorna para cantar  mais uma faixa do novo disco, “O Velho Caminhoneiro”, “esse herói”, “Na solidão da boléia, ele pensa na família, Na mulher a sua espera, e um leve sorriso brilha, Olha o céu e olha a estrada, acelera e vai embora, No painel tem são Cristóvão, Jesus e Nossa Senhora” – uma versão mais “sagrada” de “Caminhoneiro”, também saudado como herói no especial de 1990, a música que fez Roberto ir em busca de suas emoções sertanejas em 1984, a canção de 1993 foi elogiada por Silvio Santos quando entregou o Troféu Imprensa, o apresentador sentiu o sucesso, “esse LP, eu ouvindo no meu carro, eu acho que O Velho Caminhoneiro, você vai vender muito, os caminhoneiros vão comprar muito essa música, porque a classe caminhoneira é uma classe muito grande e gosta de você”, lembrando que Silvio também disse que gostaria de ter gravado “Coisa Bonita”...  Roberto Carlos surpreende a plateia do Mvnicipal cantando “Pensa em Mim”, música de Mário Soares, Douglas Maio e José Ribeiro lançada em 1990 e que se tornou a mais tocada no Brasil no ano seguinte, logo depois ele revela o motivo, “eu tenho o prazer de receber, de apresentar aqui nesse nosso especial, Leandro e Leonardo!!!”, Leandro com um terno branco, abotoado, e Leonardo com um blazer aberto, amarelo, parecido com o que Roberto usou no especial anterior, a dupla agradece os aplausos e canta “Bobo”, lançamento do disco de 1993, composição de César Augusto e Piska, que para quem acompanha o Rei lembra de alguma forma, “Tolo”, do álbum de 1989, porém com uma melodia um pouco mais vibrante,  “Bobo, Você diz que eu sou bobo, Não consegue entender Que no fundo eu sou um louco, Muito louco por você” – ou Messi reclamando do jogador holandês na Copa de 2022, “que mira, bobo???”... Os sertanejos agradecem ao público, Leandro mais contido, de cabeça baixa, “obrigado, obrigado”, Leonardo mais expansivo, sorridente, “obrigado, gente!!!”, Roberto elogia, “é verdade, é verdade, é verdade, uma maravilha”, Leandro diz meio sem jeito, “vindo de um rei, é muito importante”, Leonardo também se encabula, “a gente fica muito emocionado”, o Rei muda o rumo da prosa, como o João Pedro da versão original de “Renascer”, apresentada pela Globo em 1993, “ah, vá, para com isso” – “juro por Deus”, diz Leandro, Roberto sugere, “sabe que a gente podia cantar juntos, né”, Leonardo topa, “se Deus quiser, né”, a resposta de Leandro é mais discreta, “ah, dá”, o Rei conclui, “tem que dar, tem que dar, essa canção eu conheço”, e o dueto começa com Leonardo para “À Distância”, do disco de 1972, que Roberto sabe porque esteve lá, a letra é dele e de Erasmo, entrando com Leandro no refrão, “Quantas vezes eu pensei voltar, E dizer que o meu amor nada mudou, Mas o meu silêncio foi maior, E na distância morro todo dia sem você saber”, o Rei dá um pitaco no meio da música, “acho que vocês eram pequenos quando eu fiz essa canção, vocês eram muito pequenos, a alegria é a mesma”, no final, ouve-se o agradecimento de Leonardo, “obrigado Brasil, tchau, tchau, gente” – faz sentido, é a primeira vez que essa música, a despeito de todo o sucesso que fez quando foi lançada, entra nos especiais, ao contrário de Leandro e Leonardo, que fizeram sua segunda participação, a primeira foi cantando “Talismã”, de Sullivan e Massadas, na parte do programa de 1990 que não foi exibida pelo Viva, depois da saída de cena de Leandro, em 23 de junho de 1998, Leonardo trabalhando forte na carreira solo gravou outra música composta e lançada por Roberto quando o cantor sertanejo era criança, “120... 150... 200 Km Por Hora”, do disco de 1970, o mesmo de “Jesus Cristo”, ou seja, da fase mais “experimental” do Rei, como atesta Régis Tadeu, dentro da ideia do próprio Leonardo de aprimorar seus shows e os bailados femininos, de modo a despertar a paixão das mulheres da plateia que não se importam do namorado que não é namorado estarem do lado, mais adiante, Leonardo apadrinharia uma das queridas de Roberto nos especiais, Paula Fernandes, (Eduardo Costa, outro pupilo de Leonardo, pula...), a dupla com Leandro, graças ao sucesso de “Pensa em Mim”, em 1991, ganhou um programa mensal da Globo em 1992, “Leandro & Leonardo”, exibido pelo Viva em 2016, mesmo ano que começou a mostrar os especiais de Roberto, e reprisada nos sábados à tarde a partir de outubro de 2023, estavam no auge do sucesso, justificando o comparecimento no programa, falando no especial, o “feat” seguinte também é de extrema relevância, em termos históricos... Então é por isso que Roberto Carlos canta “Carolina”, de 1967, justo ele que não é de citar nomes femininos em suas músicas,  “Carolina, Nos seus olhos fundos, Guarda tanta dor, A dor de todo esse mundo”, bem diferente de seu autor, “Geni e o Zepelim” que o diga, saudado por Roberto, “um dos maiores compositores, senão o maior compositor, que o Brasil já conheceu em todos os tempos e sua história, o maior pra mim” – disse isso no especial de 1983 – “Francisco Buarque de Holanda!!!”... O pai da atriz Silvia Buarque comparece ao abrirem-se as cortinas, aplaudido de pé no Mvnicipal, com um blazer aberto azul, num tom mais claro que o de Roberto, sendo saudado efusivamente por ele, “o meu orgulho, a minha alegria, a minha felicidade em recebe-lo aqui”, Chico agradece os elogios com um discreto aperto de mão, e canta “Paratodos”, de 1993, “O meu pai era paulista,  Meu avô, pernambucano, O meu bisavô, mineiro, Meu tataravô, baiano, Meu maestro soberano, Foi Antonio Brasileiro”, e que a certa altura cita o próprio Rei, “Viva Erasmo, Ben, Roberto” – “Carolina”, cantada pela dupla Cynara e Cibele, ficou em segundo lugar no Festival Internacional da Canção, realizado pela Globo em 1967, perdendo para “Margarida” e “Travessia”, também foi incluída num disco que trazia as músicas prediletas do presidente da república de então, general Arthur da Costa e Silva, apesar de Chico ser a cara da contestação da ditaduras e de seus generais, vide “Apesar de Você” para Médici e “Jorge Maravilha” (assinando Julinho da Adelaide) para Geisel... No fim da música, Roberto Carlos consegue abraçar o tímido Chico, que retribui com um sorriso, “que alegria, Chico, quanto tempo que eu esperava por esse momento”, o filho de Sérgio Buarque de Holanda concorda, meio sem jeito, “eu também, tava ensaiando uns vinte anos para vir aqui”, Roberto ri, “é verdade, mas eu ainda quero gravar, cantar alguma coisa sua, já estive assim, quase” – “na pinta de gravar”, observa o cunhado de João Gilberto, e só Roberto sacava o João, como ele mesmo disse nas barcas em 1977 – “verdade”, o irmão de Miúcha questiona, “você vai gravar???”, Roberto garante, “vou, é só você fazer a música”, o pai do cineasta Lula Buarque de Holanda e do produtor Pedro Buarque de Holanda observa, “o que for, será”, o Rei concorda, “quem sabe”, o diálogo serve de deixa para um dueto de “O Que Será (Á Flor da Pele)”, escrita por Chico e Milton Nascimento, feita para a trilha sonora do filme “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, de Bruno Barreto, e lançada no disco “Meus Caros Amigos”, de 1976, aqui com o arranjo do maestro Eduardo Lages, “O que será que me dá, Que me bole por dentro, será que me dá, Que brota à flor da pele, será que me dá, E que me sobe às faces e me faz corar, E que me salta aos olhos a me atraiçoar, E que me aperta o peito e me faz confessar, O que não tem mais jeito de dissimular, E que nem é direito ninguém recusar, E que me faz mendigo, me faz suplicar, O que não tem medida, nem nunca terá, O que não tem remédio, nem nunca terá, O que não tem receita” – como podem notar, a parceria não rolou, José Augusto começou assim,  também porque Chico Buarque e Roberto Carlos sempre representaram uma polarização na música brasileira, um Fla-Flu, apesar do Rei torcer para o Vice, de um lado o samba e a bossa nova, do outro o pop e o rock, então é por isso que criaram a briga entre o violão e a guitarra elétrica, instrumento que facilitou a aproximação de Roberto com Caetano Veloso, em termos televisivos, a exclusividade de Roberto com a Globo e os especiais de Chico na Band, como o que inaugurou o Teatro Bandeirantes na região da Brigadeiro em 1974, junto com Elis Regina, "Chico e Caetano" viria depois, na Globo em 1986 e depois no Viva,  mesmo na preferência feminina os dois rivalizaram, com Fábio Júnior e Ney Matogrosso, cada um em seu quadrado, tentando chegar perto, alis, Chico debutou nos especiais de Roberto, o que não aconteceu com Elis, e até então Fábio e Ney não tinham comparecido no palco do programa... Entra a vinheta dos bastidores, o intervalo vem e vai, as roldanas do palco trabalham forte para colocar um vitral em cena a tempo de servir de cenário para a fala de Roberto Carlos, que trocou o blazer azul por um branco, “quantos, num momento de aflição, imploram sua interseção junto a Jesus, quantos choram ajoelhados a seus pés, com o rosário nas mãos trêmulas, pedindo uma graça, também num momento de aflição, e quantos choram de emoção, agradecendo a graça recebida, que Nossa Senhora nos abençoe a todos”, cantando em seguida mais um lançamento do disco de 1993, “Nossa Senhora”, “Cubra-me com seu manto de amor, Guarda-me na paz desse olhar, Cura-me as feridas e a dor me faz suportar, Que as pedras do meu caminho, Meus pés suportem pisar, Mesmo ferido de espinhos me ajude a passar”, luzinhas piscando a feição de estrelas, não se falava em LEDs, o coral comparece no palco e só observa o Rei, “Nossa Senhora me dê a mão, Cuida do meu coração, Da minha vida, do meu destino, Nossa Senhora me dê a mão, Cuida do meu coração, Da minha vida, do meu destino, Do meu caminho, Cuida de mim”,  o coral acompanha, olha o maestro Lages com a batuta (!!!) – Roberto disse ter levado dez anos para escrever a letra de “Nossa Senhora”, que consolidou uma fase de canções religiosas na década de 1990, fortemente baseada em fatos reais, no caso, no casamento com Maria Rita, e em 1999, a música ganharia sua versão mais famosa, que Roberto Carlos gravou em parceria com, em ordem de entrada, Paulo Ricardo, Leonardo, Hebe Camargo, Zezé Di Camargo, Vavá, Xuxa, Xororó, Salgadinho, Eliana, Daniel, Rodriguinho – o próprio – Fábio Júnior, Daniel, Padre Antônio Maria, Gian, Netinho, Rick, Leandro Lehart, Roberta Miranda, Wando, Péricles, Cristian e Ralf, Waguinho, Joanna, Renner e Belo – o próprio – ele que não era muito de gravar faixas em parceria nos seus discos, versão lançada exatamente no ano que sua esposa saiu de cena, com a renda do CD revertida para “obras sociais, educativas e de combate ao câncer”...  Roberto Carlos puxa as palmas do coral e da plateia para interpretar “Luz Divina”, de 1991, que Pancada pensou ser uma homenagem ao “Mister” Jorge Jesus, treinador do Menguinho na conquista da Libertadores, em 2019, embora, insistimos, ele sinta falta de um “tá mal, Arão”, na letra, até o maestro bate palmas, olha o braço levantando com o indicador apontando para cima, “essa luz, essa luz, essa luz, é claro que é Jesus, obrigado, obrigado, obrigado”, a plateia se levanta para aplaudir, “paz e amor, mais uma vez, obrigado por essa ajuda divina, obrigado São Paulo, obrigado Brasil, obrigado a vocês, obrigado por terem vindo, obrigado, obrigado!!!”, sobem os créditos, ao todo foram cantadas 27 músicas no especial, Jorge Fernando acelerou o show, “Músicos do Roberto Carlos”, o Rei começa a distribuição de flores, “Percussão Anderson Marquez “Dedé”, a plateia vibra, “Músicos Contratados”,  Roberto tenta lançar as flores até o balcão do Theatro Mvnicipal, “Maquiagem do Roberto Carlos Neide de Paula”, melhor jogar para a plateia, “Produção Musical Sérgio Carvalho Ruban Barra” – o Agnaldo Peixoto da “Escolinha do Professor Raimundo”, “ainda vou cantar no rádio” – o coral canta e bate palmas, “Direção artística Aloysio Legey”, hora dos “Agradecimentos – Coral Universidade de São Paulo – Coral USP, Prefeitura de São Paulo”, o Rei ainda tem flores para oferecer quando entra a bolinha da Globo... 

















































Encontro de Roberto Carlos e Chico Buarque é o Fla-Flu da música brasileira, apesar do Rei torcer para o Vice...


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