"Cabezazo" que valeu: Ener Valência marca o segundo do Equador sobre o Catar com 30 minutos de jogo... |
No jogo de abertura da Copa do Mundo da FIFA ™, o Equador venceu o Catar por 2 a 0 no Estádio Al Bayt, com dois gols de Ener Valência (pênalti, 15 1º e cabeça, 30 1º)... Vitória que poderia ter sido uma goleada com “hat-trick” do atacante equatoriano não tivesse o VAR anulado o gol que o camisa 13 marcou de cabeça com 2 minutos de jogo... O que na avaliação do Pancada pode fazer muita falta ao Equador caso a classificação final do Grupo A, que também têm as seleções de Holanda e Senegal, que jogam nesta segunda, seja decidida no saldo de gols... Precedendo o jogo, aconteceu a cerimônia de abertura, a começar pelo comparecimento do emir do Catar, Tamim Bin Hamad Bin Khalifa Al Thani, acompanhado pelo pai, do ex-jogador Marcel Desailly com a Copa FIFA, representando a França, atual campeã mundial (ou um dos países que mais apoiaram a candidatura do Catar para sediar o Mundial, digo...) e por uma contagem regressiva de 30 segundos comandada pelo “massacote” da Copa, o lenço La’eeb... O espetáculo tem início com um vídeo onde um grupos de tubarões baleia em CGI, alusão a pesca, principal atividade econômica do país antes da exploração de petróleo e gás, conduz pelo deserto uma série de tribos nômades de todos os quadrantes do mundo até uma tenda que é o próprio estádio Al Bayt, cuja fachada representa a morada dos beduínos, tudo com narração do ator Morgan Freeman, que não foi dublado por Márcio Seixas... E comparece no gramado ao lado de três camelos de verdadinha (preocupação ambiental acima de tudo...) e da cantora Dana, em trajes típicos, para uma conversa com o influencer catari Ghanim Al Mufthah, que tem as pernas atrofiadas, onde tentou explicar seu sempre incompreendido discurso sobre as raças humanas... Terminada a resenha, entram os homens de turbante com sabres de metal, ao som de tambores semelhantes aos do taikô japonês, mas tocados com as mãos... Logo os sabres tradicionais árabes são substituídos por sabres de luz (que a força esteja com você...) e o campo é tomado por torcedores que cantam seus refrões e os temas musicais de Copas anteriores, inclusive o “Waka Waka” de Shakira na África do Sul em 2010, isso depois da cantora colombiana recusar-se a comparecer ao Qatar, terminando com o símbolo do Mundial surgindo no centro do gramado... Acontece então aquele que para o Pancada foi o melhor momento da cerimônia, a entrada de balões gigantes representando todos os mascotes das Copas do Mundo desde o primeiro deles, o leão Willy, do Mundial de 1966... O desfile representou o reconhecimento tardio do mascote da Copa realizada no Brasil em 2014, o tatu-bola Fuleco (só faltou a caxirola...), compensando a ausência de um dos irmãos mascotes do Mundial de 1974 e da pimenta bigoduda Pique, “massacote” do torneio realizado no México em 1986... Ao mesmo tempo, bonecos de Olinda sem cabeça vestidos com as camisas das 32 seleções que disputarão a Copa precederam a entrada do fantasma do Senhor Barriga, quer dizer, do “massacote” La’eeb tamanho gigante, e o tema do Mundial, “The Dreamers” é cantado pelo coreano Jung Kook, da banda BTS (o K-Pop está na moda e a Coreia do Sul também apoiou a pretensão do Catar de ser sede do torneio...) e pelo catari Fahad Al Kubaisi... Cantada a música, Morgan Freeman se despede, um vídeo mostra uma partida improvisada nas areias do deserto, supostamente quando o país ainda não tinha a riqueza vinda da exploração petrolífera, o emir pede ao pai que assine uma camisa retrô da seleção do Catar e por fim ele profere o discurso inaugural da Copa do Mundo, onde enfatiza que “o Catar tem Mundial e a Porcaria não”... Ops!!!... La’eeb, os demais “massacotes”, os bonecões sem cabeça e os torcedores cantores retornam para o show pirotécnico que assinala o final da cerimônia, o qual como o Pancada percebeu minutos depois, não era o final de fato... Ops de novo!!!...
"Cabezazo" que não valeu: impedimento achado pelo VAR anulou gol de Valência com dois minutos de partida... |
Antes da entrada das equipes em campo, aconteceu mais um espetáculo de luzes com a Copa FIFA no centro do gramado e o presidente Gianni Infantino fez um pequeno discurso, em que segundo o Pancada, enfatizou que a Porcaria não tem Mundial... Ops de novo!!!... A fala de Infantino que não aconteceu depois do espetáculo de abertura por acaso, sendo um discreto sinal da atual gestão da entidade de que nada tem a ver com a escolha da sede feita pela administração anterior, que Joseph Blatter não nos ouça, digo... O Catar do espanhol Felix Sanchez entrou em campo armado no 532, e Pancada logo percebeu que é exatamente o mesmo esquema usado pelo Timão na final da Copa do Brasil que perdeu nos pênaltis para o Menguinho, Vitor Pereira, corre aqui, quase um convite para o Equador do argentino Gustavo Alfaro, que Pancada não percebeu semelhança com Dorival Júnior, escalado em um convencional 442, a concentrar o jogo no campo de ataque, como fez na maior parte do primeiro tempo... Apita a partida o italiano Daniele Orsato, outro sinal do presidente da Fifa, para seus antepassados e também a própria Itália, que pelo segunda vez seguido não disputará o torneio... O Catar estava com pressa para iniciar o jogo, e o pontapé inicial é dado por Akram Afif cinco segundos antes da contagem do locutor oficial do estádio, com um minuto, o catari Pedro Miguel, nascido em Portugal e com ascendência angolana, sem alusões aos presentes, Pancada, sofre falta, e um minuto depois, é a vez de próprio Pedro, numa dividida com Moisés Caicedo, cometer a infração... A cobrança acontece fora da área, o goleiro do Catar, Saad Al-Sheeb, não consegue segurar a bola, Torres parte para a bicicleta na pequena área, porém é Ener Valência que manda um “cabezazo” para dentro da rede – 1 a 0 Equador, com 2 minutos de partida, gol marcado pelo camisa 13, o que foi um tremendo agrado para 50,9% dos eleitores brasileiros que compareceram às urnas no último dia 30 de outubro... Valência e seus companheiros fazem uma roda e erguem os braços aos céus para festejar, mas logo depois é anunciado que o lance será submetido ao VAR, que conclui pela anulação do gol aos 4 minutos, mantendo o 0 a 0... Durante quase dez minutos, especulou-se que o motivo tinha sido a marcação de um tiro livre indireto, uma falta de ataque ou o desejo do árbitro de agradar os anfitriões, até aparecer a justificativa oficial, o impedimento do ataque equatoriano por um pezinho... Ops!!!... Nesse meio-tempo, os sul-americanos buscam romper com jogadas de bola parada a retranca dos asiáticos, como na falta cobrada por Pervis Estupiñán aos 9 minutos, e quando Ener Valência arranca para a área, aos 13 é derrubado pelo goleiro Al Sheeb... O juiz Orsato marca pênalti, dá cartão amarelo para o goleiro e o próprio camisa 13 cobra e converte: 1 a 0 Equador, aos 15 minutos da primeira etapa... De acordo com o Pancada, a cobrança lembrou muito a de Everton Cebolinha na decisão da Copa do Brasil, enquanto o goleiro o faz lembrar um atleta icônico das metas urubulinas, Alex Muralha... O Catar começa a pressionar a saída de bola do Equador, porém no primeiro vacilo, Caicedo avança pela direita e passa para Torres cruzar e Valência dar outro “cabezazo”: 2 a 0 Equador, aos 30 minutos do primeiro tempo... Não fosse o árbitro, poderíamos ter um “hat-trick” logo na partida de abertura da Copa (o segundo gol também chegou a ser escrutinado pelo VAR...), embora o resultado leve os equatorianos a recuar e jogar “por uma bola”... Além do mais, Valência começou a ser caçado em campo, tomando falta de Karim Boudiaf, que levou cartão amarelo aos 35, enquanto o equatoriano ficava caído no gramado, voltando ao chão aos 41, após dividida com o Boudiaf em que sentiu o joelho direito, dispesando a maca trazida para o atendimento médico... A única jogada efetiva de ataque do Qatar aconteceu nos acréscimos da primeira etapa, aos 49 minutos, um cruzamento que Amoez Ali cabecou muito mal e para fora...
Finalmente Fuleco teve o reconhecimento que sempre mereceu como um dos maiores "massacotes" de Copas... |
Pancada esbanjava otimismo no intervalo, esperando goleadas nas outras partidas do grupo, especialmente as da Holanda, e ficou surpreso quando Ener Valência voltou para o segundo tempo, querendo jogar e logo de cara colocando a bola na área do Qatar... No entanto, ambas as duas equipes compactam demais o jogo no meio-de-campo, o que diminui a qualidade do futebol jogado, começando a irritar nosso colega de rede... O Equador arrisca-se mais, principalmente nos contra-ataques, aos 5 minutos, Angelo Preciado arrisca de fora da área, dando um chute que é o inverso do próprio nome aos 9, Ibarra é lançado por Plata, o goleiro Al Sheeb espalma... Aos 10, Jhegson Mendéz comete falta em Hassan Afif e toma cartão amarelo, aos 15, Preciado corta um passe e cai machucado no gramado, é atendido e deixa o campo mancando... O Catar tem uma excelente chance aos 16, Hassim inverte o jogo pela esquerda e Pedro Miguel cabeceia para fora... Aos 20, quando Valência sofre mais uma falta, Almoez Ali toma cartão amarelo, e aos 21, enquanto Estrada recebe infração na risca do meio-campo, Ibarra é substituído por Sarmiento, que tenta dar mais velocidade ao ataque... O Catar substitui Almoez Ali e Al-Haydos por Muntari (nascido em Gana...) e Mohammed Waad aos 25, logo depois, Hincapié cobra falta, Torres não consegue o domínio na área, e aos 27, falta em Sarmiento, Estupinán faz a cobrança, bola afastada ... Nessa altura da partida, Pancada divertia-se lembrando o quanto ficou PIIIIII com o empate em 2 a 2 com o Coxinha no Maracanã que acabou com o “cheirinho”, quer dizer, com as chances de título no Brasileiro de 2016, com direito a chute na grade e tudo... Afif chuta de fora da área e isola a bola aos 29 e Valencia sente novamente o joelho direito, caindo na grama aos 30, só que desta vez ele foi substituído por Cifuentes... Afif pisa em Plata e leva cartão amarelo aos 31, Sarmiento é acionado pela esquerda, conclui por cima do gol e o impedimento é marcado aos 33... Cifuentes enfia para Plata que tenta o carrinho na área e atinge Al Sheeb aos 35, a cobrança de falta do mesmo Plata sai pela linha de fundo aos 37, Estrada não alcança a bola lançada por Sarmiento aos 39 e na volta, Bassam faz uma “ligação direta” para Muntari arriscar de longa distância aos 40... Para ganhar tempo, o técnico do Equador faz o Adenor e troca Caicedo e Estrada por Alan Franco e a revelação Kevin Rodriguez aos 44, o juiz dá cinco minutos de acréscimos, a torcida equatoriana ensaia um tímido olé aos 46, Kevin comete falta de ataque aos 47, Plata consegue escanteio e Kevin cabeceia para fora aos 48 e depois do corner cobrado pelo Catar, a partida termina e começam as reclamações do Pancada: “Esse jogo foi um sonífero, o resultado é péssimo para o Equador, que fez muito pouco gol, vai fazer falta”... Claro que isso depende também do desempenho de Holanda e Senegal, mas, enfim...
Morgan Freeman não foi dublado por Márcio Seixas, nem tampouco fez declarações mal interpretadas, digo... |
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