quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Melhores da História (2008): Kassabão e Soninha...


























Nosso resgate histórico dos vencedores do Prêmio Melhores do Horário Eleitoral "Andrea de Cesaris", mostramos os ganhadores da terceira edição da premiação, realizada em 2008, ano de eleições municipais... Na cidade de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab, então filiado ao DEMO, que substituiu José Serra quando este elegeu-se governador, venceu no segundo turno a ex-prefeita Marta Suplicy, então filiada ao PT... A campanha do primeiro turno foi marcada pelo embate entre o experiente Paulo Maluf, do PP, e a novata Soninha Francine, do PPS... Durante os debates, ela esforçou-se para tentar superar ele nas pesquisas de intenção de voto... Porém, a melhor qualidade da propaganda eleitoral de Maluf garantiu que ele terminasse à eleição à frente de Soninha... Ambos os dois ficaram atrás de outro nome de peso que ficou fora do segundo turno, Geraldo Alckmin, e quase levou Kassab junto, não fosse o Kassabão e o "Sorria meu bem"... Ops!!!... Nas campanhas para vereador, na primeira eleição sem Enéas Carneiro e o PRONA desde 1989, vide mudança radical do estilo de Renato Reichmann, houve espaço na premiação para o experiente Doutor Calvo, a promessa Reverendo Dinarte e o pezinho de Léo Aquila...




Interrompemos nosso vlog para a transmissão do anúncio dos vencedores do Terceiro Prêmio Melhores da Propaganda Eleitoral Gratuita, sob responsabilidade do JBlog - O Bloquinho Virtual e Mais ou Menas - Menas com menas dá mais... Antes de divulgarmos os vencedores, gostaríamos de agradecer novamente à oportunidade de trabalharmos em parceria com a página do internauta-mor, que nos ajudou a consolidar as escolhas feitas a partir da observação cuidadosa e diária do horário eleitoral na televisão... Sobre a campanha deste ano, continuou com a tendência dos partidos grandes apresentarem programas cada vez mais parecidos, mesmo pertencendo a campos ideológicos distintos, sendo os jingles e o bonequinho de Gilberto Kassab um pouco melhores que o rolo compressor de promessas de Marta Suplicy e os desacertos e mudanças constantes de Geraldo Alckmin... Entre os partidos pequenos, a ausência de Enéas Carneiro marca a derrocada do estilo PRONA de propaganda, histérico e sem propostas... A tendência é de maior criatividade, mesmo contando com pouco tempo para fixar jingles e slogans... Mas chega de conversa e vamos aos vencedores...





































Já nos tempos de PRONA, mostrou ser um pouco diferente de seus histéricos companheiros de partido, como a Doutora Havanir e o Senhor Malek, ou de herdeiros suspeitíssimos que surgiram posteriormente, como Enéas Filho. Agora, livre das amarras do Doutor Enéas, pode colocar os suspensórios e apresentar didaticamente soluções simples e inteligentes para os problemas da cidade. E o que é melhor, sem atacar ninguém, como costuma ser do feitio dos chamados candidatos nanicos. Por isso, foi saudado pelo Mestre: "Longa vida a Reichmann e seus suspensórios, que mantenha sua já bem-sucedida trajetória política"...






































Tecnicamente, lembrava um episódio antigo do Chaves. O discurso da candidata, algo entre o genérico e o politicamente correto, também não ajudava. E pensar que Soninha é formada em cinema e tinha como vice um cineasta... Infelizmente, a propaganda da candidata do PPS só entrou na era do profissionalismo na reta final. Se tivesse mudado antes, talvez a comentarista esportiva e vereadora tivesse realizado seu sonho de consumo: passar o Maluf...






































Campanha propositiva, sem veicular ataques. Ao contrário de outros partidos coligados ao DEMO, manteve padrão visual próprio, coerente com a personalidade do partido. Alternou-se entre um nome que vem se tornando um forte candidato a Mestre (Penna) e uma variada gama de candidatos. Alguns deles reunidos por categorias -mulheres, médicos - naquilo que se tornou uma reelaboração da "viradinha" do PR em 2006...






































O Mestre destaca que o prêmio deste ano registra uma dobradinha inédita: o mesmo partido ganhou na categoria de pior campanha para prefeito e vereador... Pudera, o PPS mostrou, em maior grau, os defeitos da campanha majoritária: imagem esticada na vertical, com pouca nitidez, além de um fundo preto que se misturava com o terno de vários candidatos, criando um desagradável efeito de "tom sobre tom". Sem contar os textos dos integrantes da chapa proporcional, a maioria variações do pouco original "quem disse que não dá?"...





































De forma sucinta, a frase coloca a defesa de uma causa sem se apoiar em estereótipos, visando a conscientização da sociedade... Jadson Mendes de Lima buscou se eleger com a bandeira da diversidade, com uma postura diferenciada em relação a outros candidatos do mesmo departamento... Mas com 6.615 votos, conseguiu apenas uma terceira suplência...





































A frase, usada na campanha de Ivan Valente, tem um "vício de origem" apontado pelo Mestre... Não é original, e não só apenas isso: é mais uma paródia de um dos anúncios mais "cassetizados" de todos os tempos, o do Mastercard... E o próprio partido não deve ter gostado, pois passou a centrar sua propaganda em pronunciamentos do candidato, declarações de apoio de intelectuais, convocatórias do PSTU para a greve dos bancários (usaram até trechos de um desenho do Pica-Pau...) e mais aparições de Heloísa Helena...





































Surpreendentemente, o PSOL tinha dois bons jingles, um forró e um rap. Pena que a prioridade do partido fossem os discursos de Ivan Valente, tanto que o forró só não entrou como música de fundo uma vez e o rap só tocou em duas ocasiões. O que em termos de músicas de campanha, é fatal, porque quando mais executada, mais pega, a série "Agora São Paulo já sabe" do DEMO que o diga. Foi o que o PCB fez, com uma canção agradável, voz e violão, diferente de quase todas as outras campanhas para prefeito, em que o forró foi rei. O mote "por uma cidade camarada", usado na canção. reciclou bem a velha saudação dos países e militantes comunistas. O Mestre recomenda... "Por uma cidade camarada na cabeça !!!"... Só faltou a Natália Mito cantar...







































Parte do esforço hérculeo dos marqueteiros petistas em associar Marta ao presidente Luis Inácio. Podiam ser mais criativos ao invés de apenas reciclarem a música da campanha presidencial de 2006. Nosso internauta-mor assina embaixo: "Ruim mesmo"...







































A exemplo da campanha municipal de 2004, o staff publicitário de Marta demonstrou habilidade em criar promessas espetaculares e pouco verossímeis, e quase leva o bi nessa categoria... "O Metrô do M'Boi Mirim é dose, hein???" - lembra Mister OG... Mas o projeto de Geraldo Alckmin merece ser premiado por simbolizar os desacertos da candidatura tucana. Típica criação de marketing eleitoral, o SIM era uma sigla para se contrapor a AMA de Kassab, ajudada pela sonoridade de rimar SIM com Alckmin... O problema é que quando mudou o marqueteiro, mandaram o projeto para a gaveta, e Alckmin passou a priorizar a contratação de médicos e sua alocação nas áreas periféricas, imitando o Ivan Valente... Como a nova estratégia não funcionou, especialmente no que diz respeito a ataques contra Kassab, o SIM reapareceu no fim da campanha...








































Nas eleições de 2006, o partido do Doutor Paulo Maluf também faturou o prêmio com Aline Corrêa, que se elegeu deputada federal e hoje é candidata a vice na chapa do ex-prefeito. Numa campanha em que a propaganda malufista mudou radicalmente seus padrões, deixando um pouco de lado as grandes obras realizadas e prometidas e mostrando muita campanha de rua e discursos inflamados, a bela figura de Cristina foi uma referência estética, inclusive nas esvaziadas carreatas de Maluf... Inclusive não deixou de comparecer quando um eleitor do PP foi atropelado por um ônibus durante uma carreata, dando todo apoio moral ao acidentado malufista... Lamentavelmente, o reconhecimento não veio nas urnas, pois ela obteve só 326 votos... Ah, sim!... Se houvesse a categoria antimusa, teríamos um empate ente Myriam Massarollo (PMN) e Mercedes Lima (PCB)...







































Depois do slogan "Quem bate cartão não vota em patrão", o Partido da Causa Operária pouco ou nada contribuiu para inovar o quadro da propaganda eleitoral. Os cenários virtuais até ficaram um pouco mais elaborados, porém a histeria continua a mesma, agora amplificada pela saída do PRONA da disputa. E a campanha de vereador seguia pouco promissora, monopolizada por um único candidato, Júlio Marcelino. Mas então apareceu Natália Costa Pimenta, 23 anos, herdeira da maior liderança do partido, o eterno presidenciável Ruy Costa Pimenta. Com um discurso focado nas temáticas do movimento estudantil, mostrou que no futuro poderá ser uma alternativa viável a Anaí Caproni... Apesar do menor número de inserções em relação ao outro candidato, teve 215 votos superando com folga os 81 de Marcelino... Essa promete...








































Sua fala de canto de boca e seu porte meio encurvado discursando em defesa da comunidade da Zona Oeste e do aumento do número de vagas nas creches fizeram de José Benedito Morelli uma das figuras mais dinâmicas da propaganda eleitoral...









































Nesta eleição, que a presença ostensiva de expoentes evangélicos deixou o horário eleitoral parecido com a Sessão do Descarrego, José Dinarte Macedo Barbosa propôs que o eleitor entrasse em contato diretamente com Deus no momento da eleição... Faz sentido, ao contrário dos celulares e câmeras, a justiça não proibiu a presença divina (nada a ver com Ademir da Guia...) na cabina de votação... Por isso, o candidato do PDT dizia... "Na hora de votar, deixa Deus te usar!..." Para arrematar, um "ÊITA, DEUS!", que se tornou uma versão evangélica do já consagrado "RAIÔ, FLAVIUS!"...









































Aparentemente, a disputa nesta categoria seria das mais acirradas. Havia muitos nomes com potencial para despertar o interesse do Pedrinho, como Netinho de Paula, Luis Carlos do Raça Negra, Primo Preto, Marcão Rei Momo, Negro Antão, Tim Maia... Mas a escolha foi bastante simples, já que para Geraldo Santana de Almeida bastou o nome de guerra que usa como músico e mostrar os polegares e os indicadores... Nosso colega de rede estava conquistado... O candidato nem precisou falar... E olha que o partido deu mancada, pois o Marron de seu nome é com "n" e eles colocaram com "m" no gerador de caracteres...










































Assim como Curisco do Trio Marron, Carlos Antonio de Almeida aparecia pouco tempo, mas conquistou seu espaço com um nome e número (19.024) auto-explicativos... E na ficha do TRE, consta no item profissão "outros"... Outro departamento, com certeza...


































































Da mesma forma que o Troféu IPHG, esta categoria teve uma grande concorrência, a começar pelos bispos da Igreja Universal do Reino de Deus, pedindo voto para os candidatos que tem ajudado muito a nossa comunidade... E tivemos RR Soares, Matos Nascimento, Waldemiro Santiago, Luis Flávio D'Urso, José Aristodemo Pinotti (apoiando o genro), Paulo Barboza, Marcelinho Carioca (OG), Cafu, Sócrates (OG)... Mas comerciante Dário Sergio Sartori Lasnou não precisou ir tão longe: colocou a filha para dizer "Vote no meu pai!"... Um gesto ousado, principalmente depois da repercussão extraordinária do caso Isabella Nardoni... Mas chamou a atenção, mesmo que na maioria dos programas do PSL aparecesse apenas o presidente municipal do partido, Rogério Cruz... O que explica os 554 votos obtidos por Dário ... Mas a filhinha do candidato não é a única premiada nesta categoria tão disputada... Se ela foi absoluta no horário eleitoral, os entusiasmados apoiadores de Paulo Maluf dominaram as inserções ao longo da programação... Um show de interpretação...










































Em 2004, ele foi candidato a vereador pelo PT, com o número 13.157. Desta vez, o promotor de eventos Paulo Henrique Brandão, especialista em hip-hop, tentou uma vaga na Câmara Municipal pelo PSDB, apoiado por Alberto Hiar, aka Turco Lôco... Com direito a aparecer na televisão com uma camisa escrito "Racionais" - grupo de rap cuja preferência pelo PT é pública e notória, o próprio blog do candidato admite... Com 3.558 votos, não se elegeu...











































Está é a categoria preferida do Mestre... Como de costume, ele acertou na mosca na hora de escolher... Experiente liderança política da Casa Verde e região, o médico Alberto Calvo tentou voltar à Câmara Municipal apoiando iniciativas do prefeito Kassab na área da saúde, como o programa Remédio em Casa... Para garantir uma aparência renovada, na reta final da campanha não abriu mão de um pouco de tintura no cabelo... Mas com 11.187 votos, ficou longe até da suplência...












































Em 2004, o PC do B apostou em quatro puxadores de votos para a eleição da Câmara: Alcides Amazonas e Wagner Gomes, ligados ao movimento sindical, o ex-jogador de futebol Ademir da Guia e Nádia Campeão, que foi Secretária Municipal de Esportes de Marta Suplicy. Um cargo que pode não ter tanto poder, mas dá grande visibilidade e margem de manobra ao ocupante, por isso o PC do B  sempre ocupou o Ministério dos Esportes no governo Luis Inácio... O problema é que o partido não concorreu coligado ao PT, e só conseguiu votação suficiente para eleger o Divino. E Nádia sumiu... Ou alguém lembra que ela foi vice de Aloisio Mercadante na eleição para o governo do estado em 2006?...

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