- Pô, rapaziada!!!... Quem é que precisa de taça quando se tem um chapéu que parece o logotipo da Manchete???... |
Antes de começar a Copa do Mundo da FIFA™, o Mestre tinha uma única certeza... O melhor jogo do Mundial será a decisão do terceiro lugar... Sempre é... Em 2014, por exemplo, nosso internauta-mor solicitou (hum, ele solicita...) ingressos para apenas e tão somente um jogo da Copa... A partida que reuniu os perdedores das semifinais, realizada em Brasília, no Estádio Nacional, mais conhecido como Mané Garrincha... Nosso companheiro de web teve muita sorte naquela época, porque graças ao 7 a 1, a Seleção Brasileira compareceu à capital federal... E depois dizem que a goleada imposta pela Alemanha - que neste ano, comprometeu de forma irreversível o bolão do Mestre - não teve nada de positivo... Claro, o ânimo da equipe dirigida por Luis Felipe Scolari - que sabe porque esteve lá, na derrota de Portugal para a Alemanha em 2006 - não era dos mais elevados... Mas era preciso focar nos aspectos positivos... Era a primeira vez desde 1978 que o Brasil chegava ao melhor jogo da Copa... Claro que Felipão não poderia seguir o exemplo do saudoso Cláudio Coutinho, o pai do Cascão, e dizer que o Brasil era "campeão moral"... Mas dava para esperar uma partida movimentada, de muitos gols, como as vitórias da Coreia do Sul sobre a Turquia em 2002 - ah, o gol relâmpago de Hakan Sukur, e depois o Rodrygo da Peixaria é o "Rayo" - e da Alemanha sobre o Uruguai em 2010... No mínimo o Brasil não decepcionaria, como em 1974, quando o polonês Lato derrotou o time de Zagalo - no Manual do Zé Carioca, o nome do treinador era escrito assim, com um "L" só - marcando o gol mais lembrado de sua carreira como futebolista... E se tudo desse errado, o adversário era a Holanda, de atuações surpreendentes contra México e Costa Rica - alis, demorou quatro anos, mas a diretoria do Peixinho finalmente contratou Bryan Ruiz, um dos grandes nomes do Mundial anterior - e derrotada pela Argentina nos pênaltis... E a Laranja Mecânica - poderia ser uma banana, não??? - correspondeu plenamente às expectativas de nosso internauta-mor... O time de Louis Van Gaal venceu por 3 a 0 - há quem fale em "10 a 1" - e nosso companheiro de web trocou seu boné do Fuleco e sua caxirola pelo quepe e a réplica da Copa FIFA do torcedor símbolo da Holanda... Quanto ao Brasil, estava sem Neymar (OG), mas o retorno de Carlos Dunga (OG) ao comando do selecionado - assessorado pelo Mestre Golear Rinaldi - era um sinal claro de que os adversários não teriam mais facilidade... Ou pelo menos a mamata acabaria para Dona Rede Globo, Alex Escobar... Já dava até para sonhar com uma revanche contra a Holanda, aproveitando ainda para cobrar com juros e correção monetária a fatura da derrota que o próprio Carlos Dunga (OG) sofreu em 2010... Isso se ele tivesse permanecido no cargo, após fracassar em duas edições seguidas da Copa América... Normal, a expectativa em torno de Michel Temer também era enorme, mas a realidade... Os holandeses também não fizeram sua parte, não se classificaram para a Copa do Mundo... Ao contrário de Ibrahimovic, Robben não soube o momento certo de parar... E, claro, a Alemanha fez o grande favor de não passar da primeira fase...
Decisão do terceiro lugar será a última oportunidade de desfrutar a companhia do Kompany na Rússia... |
O comparecimento da Bélgica no melhor jogo da Copa é uma garantia de que a partida em Leningrado, quer dizer, São Petersburgo, sábado, às 11 horas da madrugada, será nivelada por cima... Apesar dos altos e baixos dos "diabos vermelhos"... O torcedor brasileiro já sabia só de ver a escalação, era praticamente a mesma equipe de 2014 - apenas com o inconfundível Fellaini no banco, de onde viu o início só Mundial - aquela que nos gramados brasileiros pegou fama de "time sem vergonha" - vide vitórias sobre a Rússia no Maracanã com um gol do atacante reserva Origi e em cima da Coreia do Sul no Fielzão, com gol de Vertonghen, o zagueiro que também brinca na lateral - e foi eliminada pela Argentina - com um gol de Higuain, imaginem só... Havia uma difere essencial, no entanto... Dembelé, a versão belga de Fred "o cone vai te pegar" era reserva, e o novo treinador, Roberto Martinez, privilegia o futebol ofensivo, de muito toque de bola, vide "tiki-taka"... Na estreia contra o Panamá, um adversário trancado na defesa, funcionou... No segundo tempo, é óbvio, com o auxílio luxuoso dos rompantes de Mertens e Lukaku... A Tunísia também ofereceu dificuldades, pelo menos enquanto os zagueiros não precisaram ser substituídos, ainda na primeira etapa... Mostrou força em jogadas de velocidade, e também um flanco nas laterais inexplicável para quem joga com três zagueiros e seis meio-campistas... A classificação antecipada permitiu dar rodagem aos reservas contra a Inglaterra, um adversário que levou a sério demais a expressão "cumprir tabela", vide gol de Januzaj... O confronto diante do Japão era, a principio, uma barbada... Mas quando o primeiro tempo terminou empatado em 0 a 0, algo estava errado... Os japoneses perceberam isso e na etapa final, fizeram 2 a 0 em seis minutos... Os brasileiros já especulavam como seria a semifinal contra a França quando Roberto Martinez pôs Chadli e Fellaini em campo para fazerem os mais elementares chuveirinhos na área... Deu certo, ainda mais porque o goleiro Courtois, redimindo-se das falhas nos gols japoneses, engrenou o contra-ataque que assegurou a vitória de virada no último minuto... Ainda assim, os coleguinhas brazucas davam tratos a bola imaginando formas de segurar o veloz Mbappé... Quem sabe os brasileiros do PSG poderiam dar umas dicas... Contra a Seleção do Adenor, Martinez e seu auxiliar Thierry Henry, o próprio, mostraram porque a comissão técnica belga, ao lado da uruguaia, é a que mais trabalhava forte em variações táticas... O esquema 343 deu segurança defensiva e permitiu ampla liberdade de movimentos a Hazard, De Bruyne e Lukaku... Vide cruzamento no gol contra de Fernandinho, numa bola lançada a Kompany, o homem que faz a diferença na Zagallo belga, internauta Pedro Henrique, e o contra-ataque de Lukaku no gol marcado por De Bruyne... Foi o suficiente... Da França o Brasil não ia passar, digo... Para chegar a inédita final do Mundial, o técnico belga veio com um 4231 sem a bola e o consagrado 361 com a bola... Estaria perfeito, se os belgas não saíssem jogando com Dembelé, o que comprometeu seriamente o meio de campo... E quem poderia imaginar que Umtiti não se intimidaria com a maior estatura de Fellaini e Courtois???... Agora resta a geração belga uma última chance de mostrar que não é fogo de palha com um feito inédito - vencer a decisão do terceiro lugar, o que não ocorreu em 1986... Courtois precisa provar que no time de Pfaff e Preud'Homme não seria o terceiro goleiro... Ops!!!...
- Pô, rapaziada!!!... De que adianta ganhar um troféu que nem dá para você colocar uma cervejinha dentro???... |
Sinceridade???... Caiu com o colete do Gareth “Portão Sul” Southgate no chão... A Inglaterra não merecia estar na final da Copa do Mundo... Ser campeã, então, nem pensar!!!... Vejam o que é o futebol... Os “Three Lions” jogaram muito menos bola que a Bélgica – especialmente no próprio jogo com os belgas – e depois das semifinais, a única glória que resta a ambas as duas seleções é a mesma, tentar um terceiro lugar... A seleção belga já pode contar com uma calorosa recepção em seu país no dia seguinte à partida, qualquer que seja o resultado... Os exigentes ingleses acreditaram que a equipe de Southgate resgatou o orgulho por sua seleção – Adenor começou assim – e pode ser até que recebam bem os atletas, também se forem derrotados... Porque vencer repetindo o futebol da partida da primeira fase não dá... Mesmo o esquema utilizado nos outros jogos, 352 com a bola e 532 sem a bola, nunca foi exatamente revolucionário ou promissor... Digamos que uma formação mais ofensiva poderia proporcionar a Harry Kane uma vantagem mais folgada na artilharia do Mundial... Ao camisa 9 resta o alento de que uma das razões para o encontro dos derrotados das semifinais ser considerado o melhor jogo de todo o Mundial é o grande número de gols marcados, ainda mais na comparação com as finais... Em 2014, por exemplo, saíram mais gols do que nas finais daquela Copa e da anterior, ambas as duas decididas na prorrogação... Kane e a lesão do goleiro tunisiano garantiram a vitória na estreia... Os pênaltis cedidos pelos panamenhos engrossaram o placar no segundo jogo... Classificados, abriram mão de jogar bola contra os belgas, supondo que os colombianos seriam um adversário fácil... Só ganharam nos pênaltis, auxiliados pelo goleiro Pickford, o melhor jogador do “English Team” no Mundial... Contra os suecos, o surrado repertório de cruzamentos na área foi suficiente para vencer um rival que ainda segue o esquema que os próprios ingleses superaram, o 442 com duas linhas de quatro – Olavo Gosta de duas linhas de quatro... Pior mesmo, só pensar que a bola parada daria conta diante do dinâmico time croata... Que ainda juntou todas as suas forças para definir a partida na prorrogação... O retrospecto em decisões de terceiro lugar é o mesmo em ambas duas seleções – um jogo, uma derrota, em 1986 e 1990...
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