quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

BBB 12: Fael, O Último Caubói Campeão...

Apesar do alto percentual obtido por Fael na final, sua popularidade não chegaria perto da alcançada por Tufão em "Avenida Brasil"...







































(Publicado originalmente em 23 de fevereiro de 2015, depois do Carnaval...) O BBB 12 começou em 10 de janeiro de 2012 sem uma divisão imposta entre os competidores... Esta surgiria no decorrer do jogo, usando a decoração dos quartos para batizar os grupos “Selva” e “Praia”... No entanto, a direção não abriu mão de um estímulo à competitividade dos concorrentes... Antes da estreia, entraram na casa a paulista Fabiana Teixeira, a baiana Jakeline Leal, o mineiro João Carvalho, o goiano João Maurício Leite, o gaúcho Jonas Sulzbach, a gaúcha Laisa Portela, a paulista Mayara Medeiros, a mineira Kelly dos Santos, o carioca Rafael Oliveira, o Rafa, a mineira Renata Dávila, o paulista Ronaldo Pinheiro e o goiano Yuri Almeida ... Ao vivo, durante o primeiro programa da temporada, seriam introduzidos mais quatro “participantes-surpresa”... A mineira Analice Souza, o paulistano Daniel Echaniz, o sul-matogrossense Rafael Cordeiro, o Fael, e a gaúcha Monique Amin... Além disso, dois participantes entraram no lugar de outros já anunciados e que desistiram... Ronaldo substituiu o mineiro João José Neto, o Netinho – que pediu para sair, embora sua saída tenha sido associada a uma proibição do uso de remédios para dormir – e Fabiana entrou no lugar da carioca Fernanda Girão – que além do uso de medicamentos, também se dizia pressionada por ter sido exposta na mídia como “lésbica”... Para quem acredita que alguns participantes do BBB são “coelhos de prova”, o destino desses seis confinados é uma evidência significativa... Daniel se envolveu com Monique e acabou expulso da casa... Analice foi a primeira eliminada... Ronaldo era um dos articuladores da “Selva”... Fael e Fabiana foram respectivamente campeão e vice do “reality-show”... A primeira prova, que valia imunidade, se tornaria o teste de resistência mais longo de toda a história do programa, com nada menos que 30 horas de duração... A disputa terminaria com a desistência de Jakeline e a vitória de Kelly... O desafio se estendeu tanto que obrigou a direção a cancelar a primeira festa na casa, que aconteceria no segundo dia de confinamento... O que aumentaria a disposição dos participantes quando a festa aconteceu, três dias depois... Também levaria a excessos, como o de Daniel... Que teria violentado Monique, aproveitando que ela estaria bêbada... O amigo do internauta Pedro Henrique seria expulso da casa... A gaúcha se tornaria uma figura neutra na casa, mostrada de forma discreta nas edições, a ponto de alguns internautas imaginarem que ela seria a vencedora como compensação pelo abuso que teria sofrido... O banimento de Daniel compensaria a monotonia da primeira eliminação... Não que Analice fosse uma figura anódina, já que a dona de bar, além de fazer o tipo “gordinha esquema”, Melancia, era declaradamente fetichista... O fato de ter entrado depois dos demais, ainda que com poucas horas de diferença, e a necessidade da direção dar bons exemplos depois do problema com Daniel e Monique levaram a sua eliminação, com 53% dos votos, num paredão com Jakeline, segunda colocada na prova que durou 30 horas... A questão é que desde o BBB4, a primeira eliminada era sempre uma mulher – lembrando que na terceira edição, o primeiro paredão teve uma disputa entre mulheres e outra entre homens... As duas eliminações seguintes também não favoreceram o gênero feminino... A estudante de zootecnia Jakeline, que tinha fama de “chorona” - para a direção, as lágrimas sempre são de crocodilo – saiu com 50,47% dos votos na disputa com Renata... A arte-educadora Mayara, outra “gordinha esquema”, uma “freak” em comparação com as outras garotas da casa, indicada pela líder Laisa, seria eliminada (74%) dos votos, em uma disputa com Fael... O recado de Bofinho era claro... A vitória do BBB voltaria a ser uma primazia masculina... Mesmo que o concorrente “A Fazenda” estivesse mudando o perfil de seus vencedores... O “reality-show” da Record, ao mesmo tempo em que começava a abrir mão da comodidade de lidar com ex-globais em privilégio a participantes mais “bons de briga”, fugindo da receita da “Casa dos Artistas”, buscava outra aproximação com o programa do SBT passando a privilegiar vitórias femininas... 












Com ajuda de Analice e do internauta Chico Melancia, Jakeline deixou de lado o chororô e o galo de estimação...







































No quarto e no quinto paredões, a disputa entre “Selva” e “Praia” ganhou contornos definitivos... Na raiz da formação dos dois grupos, estavam os acontecimentos da primeira prova do líder... Quando Rafa e Ronaldo trocaram provocações com Fabiana e Kelly – atitude que levaria os dois homens a receber o rótulo de “vilões”, enquanto os defensores das duas mulheres seriam os “mocinhos”... Do lado da “Selva”, com Rafa e Ronaldo, estavam Laisa, Renata e Yuri... Do lado da “Praia”, junto de Fabiana e Kelly, estavam Fael e João Maurício... No meio, o experiente João Carvalho, Jonas e Monique... Jonas, por sua vez, iria aderir a “Praia” posteriormente, tanto que depois da final, Fael vestiu uma camiseta de “El Trio Peligroso” – formado por ele, João Maurício e Jonas... Primeiro, o vendedor Ronaldo, da “Selva”, caiu com 81% dos votos no quarto paredão... Na semana seguinte, era a vez do pecuarista João Maurício, da “Praia” sair com 52% dos votos, na disputa com Jonas – o quinto paredão era apenas o primeiro exclusivamente masculino desta edição... As brigas do gaúcho Jonas com sua conterrânea Laisa, apelidada de “Bah”, que além da liderança detinha o Poder Supremo e o indicou ao paredão, levaram Jonas em definitivo para a “Praia”... O Carnaval se aproximava e o “esquenta” da produção – nada a ver com a Regina Casé – era a anulação da prova do líder vencida pelo “Super-Yuri”... Artes do sócio de Fabiana, um cantor sertanejo empresariado pelo antigo dono de uma revenda de motos, que informou que uma cilindrada mencionada pelo goiano na prova estava errada... Nova prova, Fael na liderança, a sócia de Yuri, a estudante Laisa, que se apetecia em brincar de UFC com ele, professor de muay thai, no paredão... Com o “neutro” João Carvalho, que teve seis votos em oito possíveis... Saiu na Terça-Feira de Carnaval recebendo 88% dos votos... E Bial dizendo que ela só era bonita por ser jovem... Rafael, que tinha sido salvo pela “sócia” Renata, que se tornou o Anjo após a realização de uma nova prova do líder (a primeira tinha sido ganha por Fael...), não escaparia do paredão seguinte, indicado pela líder Fabiana... Yuri, que criticou o resultado da prova na casa, mas silenciou diante do apresentador, iria ao paredão no desempate... Dois homens da “Selva” na votação e o projetista de iluminação Rafa teve 92% dos votos... A máquina estava bem azeitada, como atestou a eliminação seguinte, da mineira Renata, “sócia” de Rafa, integrante da Selva... “Renatchenha”, a quem alguns internautas comparavam a Bruna Surfistinha, iria ao paredão com João Carvalho, indicado pelo líder Yuri... A estudante de psicologia saiu com 66% de votos... A comparação com Leila Diniz, feita por Bial, ressaltou que Renata era “moderninha” demais para o gosto do público – na crença da direção, obviamente... Alis, Bofinho se superou antes do paredão, decretando um inacreditável confisco de todos os livros da casa... O último homem remanescente da “Selva”, Yuri, teria seus derradeiros instantes de glória na casa graças a passagem da “sócia” Laisa pelo programa “Gran Hermano” da Espanha – no qual os confinados pensaram que a brasileira de roupa justa e boa de rebolado fosse um transexual... A aventura internacional da gaúcha faria com que o goiano saísse com pequena vantagem sobre João Carvalho – 51,23% dos votos... O mineiro João Carvalho – cuja homossexualidade era assinalada pela música “Purple Rain”, de Prince – até alimentava algumas ilusões de que estava forte na casa... Porém, o programa cada vez mais apontava o rumo da “Praia” e chegava a hora de definir quem iria morrer – e viver - na mesma... 











Há muito tempo o BBB não tem homens de verdade como João Carvalho, lamenta seu fã, o Mestre...







































Enquanto era preparada a saída de “Monicão” e o fim da “Selva” (a estudante de administração sairia com 52% dos votos, em um paredão extra com João Carvalho...), a direção, ao mesmo tempo que colocava Fael no centro das atenções ao colocar na casa a espanhola Noemi, com quem o sulmato-grossense teria um romance – ela poderia ser considerada uma versão em carne e osso da boneca Maria Eugênia, Kleber Bambam – as artes da edição carregavam nas críticas a Fabiana e Kelly... A paulista, chamada de Mama – por si só, um mote que confunde o público, mas em geral é ligado a participantes manipuladoras – era rotulada como “estrategista” de forma pejorativa... “Nunca houve uma jogadora como Fabiana”, chegou a sentenciar Bial... Sobre ela pesava ainda o fato de ter levado João Maurício ao paredão que o eliminou... A mineira, que tinha razoável simpatia do publico devido a sua vitória na primeira prova do líder, o que para o Bofinho é um equívoco, já que BBB não é “Planeta Extremo”, ganharia um clipe onde era chamada de “planta”... A visita de Noemi ajudou Fael a passar pelo paredão como João Carvalho... Sua paixão velada por Bial não foi levada em conta, e o representante comercial saiu com 86% dos votos... Os quatro participantes restantes, todos da “Praia”, disputaram a liderança em uma prova de resistência, em que a desistência de Fabiana deu a vitória a Fael... Kelly e Jonas compareceram ao paredão extra, quando a assistente comercial teve 57% dos votos... Era rotulada de “planta”, um irônico reconhecimento da direção por estar na raiz da rivalidade entre “Selva” e “Praia”... A última prova do líder seria ganha por Fabiana no “grito”, com seu botão na bancada do quizz funcionando sem ser acionado... No último paredão, entre Fael e Jonas, o modelo gaúcho sairia com 54% dos votos... Bial fez um dos poucos discursos de eliminação que se refere especificamente a participantes e está no livro "Mensagem aos Brothers"... Tendo em vista que Fabiana se tornara a “última antagonista” da casa, a disputa seria um impulso mais para quem voltasse do paredão... No caso, o sul-matogrossense, já que o gaúcho funcionava como “blefe” da vez, sendo destacado para minorar o favoritismo de Fael Pela primeira vez na história do “reality-show”, a finalíssima aconteceria numa quinta-feira, 29 e março de 2012... Em meio ao show de Thiaguinho, com o expulso Daniel na plateia, e clipes repetitivos que mostravam um programa que não existiu – além de uma homenagem aos dez anos de programa, devidamente endereçada ao Bial – o médico veterinário Fael, com o inseparável chapéu que lhe rendeu o apelido de "Caubói", venceu o BBB com 92% dos votos... A garota-propaganda Fabiana conseguiu apenas 8%, embora se possa dizer que ela seria responsável por um dos fatores que levaram ao triunfo do sul-matogrossense – tê-la suportado no confinamento... Apesar da grande vibração ao saber do resultado da final, Fael diria em uma entrevista à revista “Quem Acontece”, que o dinheiro do prêmio – R$ 1,5 milhão – nem de longe era suficiente para adquirir uma fazenda na região de Aral Moreira, no Mato Grosso do Sul, onde nasceu... O último vencedor “clássico” do BBB, na última edição em que os esquemas clássicos de condução do jogo foram aplicados e funcionaram de modo perfeito, deixou para criticar a produção apenas fora da casa... Dentro, cumpriu a jornada que todo herói campeão do “reality-show” deveria percorrer... Pelo menos até aquele momento, pois o protagonismo masculino não teria mais a mesma força para determinar os acontecimentos na casa... 











Internauta Pedro Henrique, Daniel Echaniz e "Monicão" Amin formaram um triângulo amoroso polêmico na casa...

Nenhum comentário:

Postar um comentário