sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Relembrando o glorioso passado (recente...) da Record TV...

Marcelo Costa, Adriana de Castro, Gerson de Abreu, Salete Lemos, mestres... Éramos felizes em 1998 e não sabíamos...



































































Estávamos de olho há muito tempo no livro “Rede Record 45 Anos de História”... Menos pelo histórico da atual Record TV desde a sua inauguração, em 27 de setembro de 1953... )Nesse ponto, o livro "Record 50 Anos", lançado em 2003, é bem mais alentado...)  Mais pela visão que proporcionava das principais atrações da emissora em 1998... A obra, de capa dura e papel cuchê, editada pela Antônio Bellini Editora & Design e impressa no verão de 1999, tem 128 páginas... Sendo que 35 abordam a trajetória da Record nos seus primeiros 36 anos, entre 1953 e 1989... Vide prefácio do mitológico Murilo Antunes Alves, com citações de Virgílio e Ovídio... Na sequência, 17 páginas relatam o período que vai de 1990 a 1997, “sob o comando de novos empresários” que adquiriram a emissora em novembro de 1989... No caso, Odenir Laprovita Vieira e Edir Macedo Bezerra... Na verdade, e isso o livro não menciona por motivos óbvios, o primeiro empresário era testa-de-ferro do segundo... E ambos são pastores evangélicos... Sobre essa fase de transição de comando, da família Machado de Carvalho (e de Silvio Santos...) para os pastores e bispos da Igreja Universal do Reino de Deus,  recomendamos “Deus é Justo - A história real do homem que venceu na Justiça a Igreja Universal”, de Grigore Valeriu... Voltando ao livro da Record, nada menos que 41 páginas descrevem em detalhes a programação de 1998, quando a emissora tinha o slogan “Todo Mundo Vê”... Traduzido para o inglês, pois a publicação é bilíngue, para “Everybody’s Watching”... O perfil da Record de 19 anos atrás é completado com quatro páginas sobre o Teatro Record – na região da Barra Funda – quatro sobre tecnologia – inclusive o helicóptero "Águia Dourada" e a transmissão digital – duas com a evolução de audiência – entre setembro de 1997 e maio de 1998 a participação da emissora no “share” da faixa noturna dobrou, coincidindo com a estreia e a ascensão meteórica de Ratinho – mais duas com o mapa de cobertura – na ocasião, a rede contava com 67 emissoras, entre próprias e afiliadas – e seis com a “Brava Gente” – quer dizer, depoimentos de antigos funcionários da casa, entre eles Mário Pereira, que na época contava 38 anos de Record, mais conhecido como “Azulão”... Um ídolo do internauta Pedro Henrique, que guarda com muito carinho o CD em que gravou a inesquecível canção “Solta o Azulão”... O passado da Record retorna no final do livro, com seis páginas de depoimentos de figuras históricas da emissora... Jair Rodrigues, Wilson Simonal, o “Titio” Ronnie Von, Ronald Golias, Dercy Gonçalves, Olivier Anquier – que participou do “Forno Fogão e Companhia” por seis meses, em 1997, em sua primeira experiência televisiva – José Vasconcelos – vide a novela humorística “Quatro Homens Juntos”, em que só para variar, Paulinho Machado de Carvalho trabalhou forte na paródia do título da série inglesa “Os Quatro Homens Justos”, adaptada dos livros de Edgar Wallace – Carlos Alberto de Nóbrega, Silvio Luiz – vide “Clube dos Esportistas, um programa que, sem falsa modéstia, fez escola e por onde passou muita gente famosa”, João Dória Júnior, Fúlvio Stefanini, Nilton Travesso – vide show de Marlene Dietrich e a “Equipe A” – Hebe Camargo e sua grande amiga Lolita Rodrigues, alis... E a Nair Bello???...



























Ana Maria Braga inaugurou teatro na região da Barra Funda com os ilustres Gugu Liberato, ET e Rodolfo...



































































O giro pela programação de 1998 da Record começa pelo Jornalismo... Vide “Jornal da Record”, que se orgulhava da média de 11 pontos de audiência – em julho deste ano, o noticiário marcou a metade, com a ressalva de que atualmente cada ponto no Ibope representa um número maior de aparelhos de televisão... O “Jornal da Record” na ocasião era apresentado desde julho de 1997 por Bóris Casoy, contando com os comentários sobre economia de Salete Lemos... Que divide uma foto de página dupla com Casoy... Em seguida, aparecem o “Jornal Onze e Meia” – 5 pontos no Ibope nos finais de noite – apresentado por uma musa do telejornalismo de seu tempo, Adriana de Castro... A página ao lado é pequena para dois pesos-pesados... Gilberto Barros, do “Disque Record”, um noticiário regional lançado em março de 1998 para concorrer com a fase “comunitária” do “SPTV” do meio-dia – ainda não se falava em “Balanço Geral”... José Luiz Datena, comandando o “Cidade Alerta”, lançado em 1995 e que já havia sido apresentado por Nei Gonçalves Dias, João Leite Neto e pelo próprio Gilberto Barros... Com participação de Celso Russomanno “resolvendo os principais problemas dos consumidores”, ressalta o texto... A revista eletrônica  matinal “Fala Brasil”, que estreou em maio de 1998 com direção de Guga de Oliveira (irmão do Boni, pai da Carola, tio do Bofinho...), merece página dupla devido a seu time de apresentadores...  Dóris Giesse,  Bob Floriano, Virgínia Nowicki,  Rafael Moreno e... Rosana Hermann!!!... Que ainda estava no comando do programa quando sugeriu à Record que produzisse um programa que acabara de ser lançado na Holanda (em 1999...) e que fazia muito sucesso, denominado... “Big Brother”!!!...  Um Mestraço da televisão brasileira tem uma página dupla exclusiva... Goulart de Andrade, na ocasião encarregado do “Repórter Record”... Para completar, “Passando a Limpo”, o programa de entrevistas de Bóris Casoy – vide foto com o saudoso Sérgio Motta – que comemorava os 1.500 faxes, telefonemas e e-mails recebidos nos programas de maior repercussão, aos quais compareceram Fernando Collor de Mello, FHC e o Luis Inácio... E as transmissões esportivas, mencionando a equipe que cobriu a Copa do Mundo de 1998, na França... Aquela em que a Record passou por cima da OTI, que comercializava os direitos, e transmitiu o sinal de uma emissora de sua propriedade na África do Sul... Mestres do quilate de  Luiz Alfredo, Mário Sérgio Pontes de Paiva, José Luiz Datena, Márcio Guedes, Márcio Moron e Ely Coimbra – que em novembro desse mesmo ano rendeu 44 pontos no Bolão Pé-na-Cova... Na parte de novela, o grande destaque é “Estrela de Fogo”, uma “trama inspirada no ambiente country”, que ao obter 8 pontos no Ibope (“Os Dez Mandamentos” teve o dobro, para citar um sucesso recente da emissora), motivou a emissora a esticar a história em mais 100 capítulos... Um texto de Yves Dumont, com direção de José Paulo Vallone, co-produzido pela empresa VTM Produções... Além de um excelente elenco... Vide fotos de Jorge Pontual, Luciene Adami, Cláudia Mauro, Rodrigo Veronese, Nico Puig, Fúlvio Stefanini, Antônio Grassi... 

































Pouco antes de completar 45 anos, Record perdeu o Ratinho, porém deu a volta por cima com o Leão... Ops!!!...




































































Entre os infantis, são citados “Vila Esperança” – “o projeto infantil mais caro da emissora, e que promete ser o maior sucesso do ano”, com “profissionais que atuaram na direção e na cenografia do Castelo Rá-Tim-Bum da TV Cultura, além de talentosos atores” – com destaque para Gerson de Abreu, o Tio Du... Que entre abril de 1995 e junho de 1997, protagonizou na própria Record outra atração para a garotada amiga, o “Agente G”... Também conhecido como “Agente OG”, pois Gérson contava com a admiração e a solidariedade de classe de outra figura avantajada, o Mestre...  E  “Eliana”, comandado por Eliana Michaelichen, que assinou contrato com a Record em 16 de setembro de 1998, vinda do SBT – na verdade, uma compensação pela saída do Ratinho... “Vila Esperança” até ganhou um prêmio da APCA, mas durou pouco mais de sete meses... Eliana comandou um programa infantil nas manhãs de emissora durante sete anos... Até 2005, quando passou a apresentar o “Tudo é Possível”, um programa de auditório, aos domingos... Por quatro anos, até voltar aos SBT, em 2009, quando Gugu se mudou para a Record, Doutor Kenji...  A seguir, o “Note e Anote”... Quatro páginas de Ana Maria Braga, que começou com o programa em  1993... Dando um salto de audiência dois anos depois, ao trocar o horário matutino pelo vespertino... Vide picos de 12 pontos no Ibope, 3 mil cartas,  400 emails e 600 telefonemas semanais, destinados inclusive para o Loro José... “Personagem de sucesso criado para contar anedotas e fazer perguntas do tipo ‘O que é, o que é’”... Se bem que... Apesar de Ana Maria passar por baixo da mesa mandando soltar os cachorros e aparecer ao lado de Wando e do Salgadinho do Katinguelê em suas demonstrações culinárias, não tem nenhuma foto do papagaio, Tom Veiga!!!...  Então é por isso que em 1999 ele e Ana mudaram para a Globo, digo... Onde a ideia de ter um programa de auditório nos moldes do que era apresentado na Record limitou-se a alguns especiais de aniversário do “Mais Você”... Que fez o caminho inverso do “Note e Anote”, começando à tarde e passando para a manhã... Depois dos pratos preparados na hora, enlatados, digo... As séries “Nova York Contra o Crime”, “Arquivo X” – a Record alçou Gillian Anderson à condição de musa dos brasileiros – “Edição de Amanhã” e “Chicago Hope”... Entre os filmes, a emissora anunciava um pesado investimento em títulos como “Poderosa Afrodite”, “O Quinto Elemento”, “Pânico” – o do Wes Craven, não o do Tutinha, digo – “O Outro Lado da Nobreza”  e “O Paciente Inglês”... Ana Maria Braga retorna com o programa de auditório que comandava nas noites de terça-feira,  com média de 12 pontos no Ibope... Sendo que na inauguração do Teatro Record, na região da Barra Funda, em 4 de agosto de 1998, ela liderou a audiência com 18 pontos de média e 28 de pico... Ou seria 16 de média e 26 de pico, já que o livro menciona dois índices diferentes...  Enfim, com astros e estrelas do naipe de Gloria Stefan, Maurício Mattar, Karametade, Gian e Giovani , Chitãozinho e Xororó, Cristian e Ralf, Roberta Miranda, Perla, Gugu Liberato e, principalmente, a dupla ET e Rodolfo, não teve para ninguém naquela noite...  O “Leão Livre” de Gilberto Barros relegou Carlos Massa, o Ratinho, ao pezinho da página... Faz sentido... Quando a Record completou 45 anos, em 27 de setembro de 1998, Ratinho já apresentava seu programa no SBT desde o dia 8... E pensar que a primeira tentativa de Eduardo Lafon – um Mestre da televisão esquecido – de contratar Carlos Massa foi para coloca-lo como apresentador do “Cidade Alerta”... Ratinho só começou de fato na Record em 22 de setembro de 1997... Revelando, entre um pico e outro de 38 pontos, os próprios ET e Rodolfo...  E quando o SBT o levou, e Lafon foi junto,  pouco depois da inauguração do teatro na região da Barra Funda, a Record transformou o “Ratinho Livre” em Leão Livre, vide picos de 29 pontos na primeira semana de Gilberto Barros no comando da atração... Que durou um ano e três meses... Quanto a Carlos Massa, o “Programa do Ratinho” vai completar 19 anos de estreia – e 16 no ar – em setembro... Sendo que seu apresentador hoje é dono das afiliadas do SBT no Paraná, batizadas de Rede Massa... Gilberto Barros, por sua vez, depois de dois anos fora da televisão e trabalhando forte na internet, voltou a telinha interpretando a si mesmo como repórter na novela global “Pega-Pega”...  O “Especial Sertanejo” de Marcelo Costa, então há 14 anos no ar (ainda duraria mais dois...), herança da antiga administração da Record, está lado a lado com o “Progama Raul Gil”, que voltara a Record em outubro de 1998, após dois anos na Manchete, mas que tinha três passagens anteriores pela emissora... Sendo que Marcelo Costa encarregou-se de dois cantores que movimentaram o “Bolão Pé-na-Cova” naquele ano... Leandro, o do Leonardo, e Nelson Gonçalves... Para o lugar de Raul, a Record lançou em maio de 1996 o “Quem Sabe... Sábado!!!”... Programa de auditório comandado pelo “Rei da Paródia”, Renato Barbosa... Um nome hoje esquecido, em especial pelo fato de ter rendido 51 pontos no “Bolão Pé-na-Cova” em 18 de maio de 2003... No livro dos 45 anos da Record ele divide espaço com uma figura muito viva, a de Alexandre Frota, que apresentava o “Galera”, um programa dedicado ao público jovem... Vide Paolla  Oliveira, que era uma das assistentes de palco...  Quatro páginas são dedicadas ao novo contratado da emissora, que apresentou um especial de final de ano em 30 de dezembro de 1998 e estrearia em março do ano seguinte... Um certo Fábio Júnior... Ops!!!...






























SBT ficou com Ratinho, porém, para a alegria do Doutor Kenji, liberou Eliana Michaelichen para a Record...

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