sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Vai Ter Copa no SBT e Não Vai Ter William Bonner no Jornal Nacional...

Para quem se impressionou com beijo fraterno de Bonner em Tralli, lembramos que a Ticiane estava no estúdio...






























Nesta sexta-feira,  William Bonner, o "Williams", encerrou oficialmente a sua  atuação como apresentador do "Jornal Nacional" e trouxe para a bancada do noticiário da Globo o seu substituto, César Tralli, atual titular do "Jornal Hoje", que fez questão de levar a “conje” Ticiane Pinheiro, apresentadora do "Hoje em Dia" na Record, para assistir o jornal no estúdio, enquanto Renata Vasconcellos permanece na função,  que Bonner dividiu no JN, entre 1996 e 2025, com Lilian Witte Fibe, Sandra Annemberg, Fátima Bernardes e Patrícia Poeta, William será transferido para o "Globo Repórter", com salário reduzido, comenta-se nas redes sociais, de 900 mil para 200 mil reais, indicando que a política de readequação salarial da emissora, que atingiu  vários medalhões da casa, bateu na porta de Bonner... Pouco antes do comunicado de Bonner na Globo,  o "SBT Brasil" noticiou que a emissora adquiriu os direitos de transmissão de um pacote de 32 jogos da Copa do Mundo de 2026, a ser realizada no Canadá, Estados Unidos e México, incluindo os jogos da Seleção Brasileira, numa parceria com a NSports, empresa que tem como sócio o narrador Galvão Bueno, que deve ser o locutor titular do SBT no Mundial, ao lado de Tiago Leifert... Estima-se que a emissora da família Abravanel e a Sports tenham pago 25 milhões de dólares pelos direitos, o equivalente a 134,5 milhões de reais, inicialmente, foi cogitada a compra de um pacote de 52 jogos, o mesmo número de partidas adquiridas pela Globo, que desde 2023 vem pagando 60 milhões de dólares anuais, cerca de 322 milhões de reais, pelo Mundial, sem exclusividade, e por outros torneios organizados pela FIFA, todavia, como não teria direito a jogos exclusivos, fechou um pacote menor, a Copa completa, com 104 jogos de 48 seleções, só com a Livemode e sua parceira, a Cazé TV... A Copa do Mundo do ano que vem será a primeira a ser mostrada pela emissora fundada por Silvio Santos desde 1998, na França, depois de estar presente nos torneios realizados em 1986 no México,  1990, na Itália,  e 1994, no México, fato lembrado pela reportagem do "SBT Brasil", principalmente no que diz respeito à presença do mascote Amarelinho, o Pac Man Patriota, comemorando os gols da Seleção Brasileira, uma recordação mais alegre do que, por exemplo, os debates em 1998, com Silvio Luiz, Juarez Soares, Orlando Duarte e Osmar de Oliveira,  não sobrou ninguém, digo, comentando sobre a aquisição dos direitos com o apresentador do noticiário, César Filho, o comentarista Mauro Beting, acrescentou os nomes de Carlos Alberto Torres e Telê Santana, que atuaram na função de comentaristas, depois do Mundial na França,  o SBT, que vinha se destacando no segmento esportivo com as transmissões da Copa do Brasil e de eventos exclusivos,  como o Torneio de Verão,  a Copa dos Campeões Mundiais,  Festival Brasileiro de Futebol e Torneio Maria Quitéria,  além do lançamento do "Gol Show", perdeu espaço para as investidas monopolistas da Globo, resolvendo priorizar a aquisição de desenhos, filmes e séries, afora o "Show do Milhão" e a "Casa dos Artistas",  tentou voltar em 2003, com uma equipe que reunia Elia Júnior, Léo Jaime e Paulo Soares, mas enganada pelo contrato da Federação Paulista de  Futebol,  teve que dividir com a Globo a transmissão do torneio regional que acreditou ter comprado com exclusividade,  desistindo de investir no esporte mesmo após ter chamado Luciano do Valle, então afastado da Band, para narrar os jogos decisivos... Em 2006, no auge do "Onde está você, Fátima Bernardes???" de Bonner no "Jornal Nacional", Silvio Santos assistiu a Copa do Mundo da Alemanha ao vivo, no estádio, a convite da Sony,  uma das patrocinadoras do evento,  mas sua emissora não transmitiu os jogos, embora tenha alcançado excelente repercussão com o programa de debates "Jogo Duro", apresentado por Jorge Kajuru, programa encerrado pouco depois do torneio pelo diretor de programação da época,  Ricardo Valadares,  ex-setorista de televisão da revista "Veja", conhecido por ter feito reportagens de capa sobre Silvio Santos e Gugu Liberato,  e que pouco depois de Kajuru sair do ar nacionalmente (depois ele apresentaria um programa esportivo na afiliada do SBT em Ribeirão Preto), cedeu lugar a primeira passagem de Daniela Abravanel Beyruti na direção da emissora, em 2022, Celso Portiolli fez algo parecido, foi pro Qatar e deixou seu programa gravado para concorrer com as transmissões da Globo... Nas Copas seguintes,  o SBT apresentou comentários do Edson (OG) no "SBT Brasil", lançou a primeira versão do "Arena SBT" e colocou o Silvinho para cantar "Vai Lá Brasil, A Hora é Essa, Eu Este Ano Vou Querer o Hexa",sem esquecer que o Banco Panamericano foi um dos patrocinadores do Timão durante a passagem de Ronaldo Fenômeno... Uma nova oportunidade surgiu em 2020, com a pandemia de Covid-19,  quando a Globo desistiu de transmitir a Libertadores e a Conmebol firmou contrato com o SBT, momento em que o Pancada virou fã das narrações de Teo José, Mauro Beting veio integrar o time de comentaristas e Benjamin Back retomou o "Arena SBT", a parceria com a Confederação  Sulamericana de Futebol rendeu a transmissão exclusiva da Copa América de 2021, realizada sem a presença de público, mas a Globo pegou de volta os direitos da Libertadores,  restando a emissora transmitir a Copa Sulamericana e depois a Champions League, além da breve passagem de Cleber Machado e da chegada de Tiago Leifert, num momento em que o interesse de Silvio Santos por futebol era renovado por seu genro, Alexandre Patolino, marido de Rebeca Abravanel,  e depois da saída de cena de Silvio, os genros prestam uma informal porém importante assessoria a suas filhas, e por pouco o SBT não ficou com o pacote da LFU para o Brasileirão, a volta da Copa do Mundo dá um novo sentido à presença de Tiago Leifert na emissora, trazido para apoiar o projeto dos "reality-shows" produzidos pelo Bofinho, na Copa de 2026, Galvão Bueno, vindo de uma pouco empolgante passagem pela Band, deve ficar com os jogos da Seleção Brasileira e a final, e Tiago com as demais partidas, os comentários serão do experiente Mauro Beting e de Patolino, e a emissora já prometeu um “upgrade” do Amarelinho, agora vai!!!...











Depois de conversar com novo titular do Jornal Nacional, Williams deixou estúdio na hora da bolinha da Globo...































“Williams” explicou no “Jornal Nacional” que a decisão de deixar em definitivo a bancada do noticiário, anunciada na edição de 1º de setembro, vinha sendo planejada há cinco anos, desde a pandemia de Covid-19, quando constatou que não tinha tempo para fazer o que gosta, matérias de atualidade, mais trabalhadas, sem a correria e o imediatismo do noticiário factual, e que terá a chance de seguir esse caminho no “Globo Repórter”... Não só apenas isso, a mudança de Bonner segue as duas diretrizes principais de Amauri Soares como diretor executivo da TV Globo, cargo que assumiu em 2020, anunciando no último mês de julho a própria substituição por Leonora Bardini, ainda sem data definida, e mantendo-se no cargo de diretor-geral dos Estúdios Globo, posição que ocupa desde 2023: o corte de custos determinada a partir da implantação do projeto Uma Só Globo, em 2018, focado em redução salarial, e, com a pandemia, na diminuição dos valores pagos em direitos esportivos, e uma aposta quase pessoal na permanência do Bozismo no poder, reforçada mesmo com a vitória do Luis Inácio nas eleições presidenciais de 2022… Na parte da folha de pagamentos, houve redução significativa do número de atores e atrizes mantidos sob contratos de longa duração, levando a um predomínio de acertos por obra, bem como foi alterada a forma de remuneração, quem recebia como pessoa jurídica, a famosa PJ, para ganhar mais e pegar menos imposto de renda, foi enquadrado como pessoa física, ou seja CLT e tabela do IR, mudança sentida com mais força no jornalismo, onde a “pejotização” é prática usual há muitos anos… Quanto aos direitos esportivos, a Copa do Mundo da FIFA (™) impulsionou a revisão de valores, porque a entidade máxima do futebol mundial começou a cobrar mais depois do escândalo do “FIFAGate”, já que a revelação de casos de corrupção tornou impraticável o pagamento de comissões por baixo dos panos sem que isso causasse problemas legais para os envolvidos, esse é o caso da Televisa no México, onde o presidente Emílio Azcarraga Jean afastou-se do cargo devido a investigações da justiça dos Estados Unidos, que iniciou o cerco a FIFA depois de perder o direito de sediar a Copa do Mundo de 2022, explicando também porque a emissora anunciou um acordo com o Grupo Chespirito, representando os filhos de Roberto Gómez Bolaños, para voltar a exibir e distribuir mundialmente as séries criada pelo pai “Chapolin” e “Chaves”, depois de cinco anos de impasse, com as produções fora do ar inclusive no SBT e na Multishow... Nessa conjuntura, a Globo abriu mão da exclusividade dos direitos da Copa do Mundo a partir de 2026, abdicando da posição monopolista que mantinha desde o Mundial de 2002, literalmente um "Cala Boca, Galvão", que agora inverteu-se com o narador tornando-se concorrente de sua antiga emissora, com a pandemia, em 2022, a atitude seria mais radical, deixar de transmitir as competições, mesmo em andamento, como o Campeonato Carioca e Copa Libertadores, interromper e renegociar os pagamentos à FIFA ™ pela Copa do Mundo de 2022 e encerrar o contrato da Fórmula-1, por muitos anos o evento mais rentável em termos publicitários da emissora... O Campeonato Brasileiro, a principio, escapou dos cortes porque o acerto com os clubes ia até 2024, entretanto,  o Bozo, interessado em evitar protestos das torcidas organizadas contra seu governo no auge da pandemia, antes das vacinas, promulgou a Lei do Mandante, que impulsionou a formação de duas ligas, a Libra, puxada por Leila Pereira,  presidente do Verdinho e dona da Crefisa, um dos maiores anunciantes da Globo, que fechou com a emissora, e a LFU, que foi a reboque do projeto de poder do ex-presidente do Timão,  Augusto Melo e acertou com a Record, depois que as gestões de Benjamin Back para colocar o Brasileirão no SBT não tiveram êxito,  as perdas de direitos se fizeram sentir na audiência e no faturamento,  levando a Globo a retomar a Libertadores, e mais recentemente, aumentar o pacote de jogos do Mundial de Clubes e também se acertar com a Libra, para ter mais opções de transmissão no Brasileiro, depois de ver a Record disparar no Ibope com as finais do Campeonato Paulista, desempenho que não se repetiu na competição nacional, a emissora também queria a Fórmula-1 de volta para a festa dos 60 anos, porém a Band,  animada com a perspectiva de capitalizar em cima da presença de um piloto brasileiro,  manteve o acerto com a dona dos direitos, e o retorno ficou para 2026, a Globo pensou em trazer Galvão Bueno de volta para narrar as corridas, porém os ressentimentos causados pela saída do narrador após a Copa do Mundo de 2022, outra vez os impasses salariais,  moveram sua produtora na direção do SBT, levando ao acordo para transmitir a Copa do Mundo de Canadá,  Estados Unidos e México  no ano que vem, aproveitando a brecha do fim da exclusividade já trilhada pela Cazé TV no "streaming", que agora tem até uma concorrente no Grupo Globo, a GE TV... A Fórmula-1 e principalmente Galvão Bueno fizeram falta no show que comemorou os 60 anos da Globo, o qual quase teve outra ausência de peso, a do cantor Roberto Carlos, símbolo maior da política de exclusividade mantida pela emissora durante 50 anos de contrato, mas que foi colocada em questão ao longo de uma série de negociações que se prolongaram por quase todo ano de 2024 e chegaram a um resultado às vésperas do show, em abril, com um novo vínculo de três anos, então é por isso que a apresentação do Rei parece ter sido incluída de última hora entre as atrações do espetáculo, no meio do caminho, em setembro do ano passado, o diretor do especial de fim de ano do cantor, Bofinho, anunciou sua saída da Globo, o diretor de núcleo responsável pelo BBB fazia parte daquele pequeno grupo de apresentadores e diretores nos quais parte substancial de seus ganhos vem de ações de “merchandising”, Faustão, por exemplo, e o fato desse dinheiro não ir para os cofres da emissora, reduzindo sua rentabilidade, influenciou muito o rompimento de uma união quase indissolúvel entre Bofinho e Globo, três décadas depois do pai, o Bofão, ter sido sobrepujado por executivos ligados ao jornalismo da emissora, com plenos poderes concedidos pela família Marinho, e Amaury, como lembra o Daniel Castro, a princípio tem o aval do principal executivo familiar da empresa, Paulo Marinho, embora a indicação do ex-diretor geral Carlos Henrique Schroder ao Conselho de Administração do Grupo Globo, feita quase que simultaneamente ao show dos 60 anos, seja tomada como uma manifestação de “prestígio” de Amaury... Da mesma forma, o passado do pai virou um empecilho para Bofinho galgar postos de comando mais altos na emissora, nunca indo além da direção de gênero e variedades da coordenação dos “reality-shows”, e agora, como produtor independente, levou o “The Voice Brasil” para o SBT, o que parecia o início de uma sólida parceria com uma antiga concorrente, porém “A Casa do Patrão”, formato que desenvolveu a princípio para atender um desejo da direção da emissora de retomar a “Casa dos Artistas”, cujo nome não pode ser usado por questões judiciais, mas que será apresentado pela Record, emissora onde trabalhou um de seus sócios na produtora, o presidente do Tricolorzinho, Júlio Casares, que coisa, não... 














E o acordo para transmitir a Copa do Mundo fez o SBT resgatar o Amarelinho e prometer o Patolino para 2026...



























A motivação da saída de William Bonner do “Jornal Nacional” não é só financeira, também é política, e passa pelas convicções do diretor executivo sobre a conjuntura e os rumos do país, desde 2018, quando impediu Jair Bozo de falar sobre “kit gay” numa entrevista, o apresentador é visto como inimigo do bozismo, mais ainda quando disse ao Luis Inácio em 2022 que ele “não deve nada a Justiça”, desmontado a tese sobre a anulação do julgamento da Lava Jato de que o então ex-presidente foi “descondenado” (os bozistas insistem nela de teimosos…), e a grande aposta de Amaury era (e é…) a continuidade do bozismo, não necessariamente no poder, ‘sino” no debate público, diretriz que é materializada pela presença de protagonistas evangélicos em novelas, de preferência negros, encampando uma reivindicação de anos do movimento negro, embora haja um questionamento que a razão da maior inclusão seja por redução de custos e não por representatividade, pelo veto a reprise da novela espírita “A Viagem” em 2024, decisão que rendeu a alcunha de “Bispa” entre os noveleiros, e a agora com a substituição de Bonner por César Tralli, que tem uma imagem de mais imparcialidade e é gente de confiança do diretor desde quando comandava a redação do jornalismo da Globo em São Paulo na década de 1990, antes até, Soares foi coordenador do “Aqui Agora”, no SBT, marco inicial da carreira de Tralli como repórter televisivo, com ambições de ocupar o lugar do diretor geral do setor, Evandro Carlos de Andrade, o mesmo que trocou Cid Moreira por William Bonner em 1996, quando os filhos de Roberto Marinho começaram a fechar o cerco contra o Bofão, que saiu no ano seguinte, e colocaram Schroder a frente do jornalismo quando Evandro morreu, em 2001, numa preparação para sua ascensão ao cargo de diretor geral, em 2013, exatamente quando Amauri, que foi transferido do jornalismo de São Paulo para a Globo Internacional, em Nova Iorque, em 2002, voltando em 2007, por coincidência o mesmo momento em que sua ex-esposa, Patrícia Poeta, apresentou o “Fantástico” e depois o “Jornal Nacional”, era nomeado diretor da Central Globo de Programação, sucedendo Schroeder em 2020, alcançado o ápice do poder na emissora, agora colocado em questão, porém ainda com força suficiente para movimentar o tabuleiro… Durante muito tempo, a meta de Amauri era colocar Tralli apresentando o “Fantástico”, tentando pegar carona nas reações negativas da entrada de Maju Coutinho e Poliana Abrita, agora, para encobrir as motivações políticas e financeiras, alegam que Tralli é repórter de origem, enquanto Bonner originalmente era locutor noticiarista (ele é formado em publicidade e começou a carreira no rádio, onde surgiu o apelido “Williams”…), apesar de ser editor-chefe do “Jornal Nacional”, posição em que colocou Homer Simpson como parâmetro do telespectador médio do telejornal para definir as notícias que iriam ao ar, e não adiantou colocar o Lineuzinho da “Grande Família” no lugar... D’Oh!!!... Embora seja necessário lembrar que essa questão de não fazer reportagens também foi levantada quando mandaram Dudu Camargo do SBT,  pois ninguém ia acreditar naquele papo de sujeirada no camarim... Ops!!!...











E ninguém vai calar a voz de Galvão Bueno, que terá no SBT o apoio do experiente comentarista Mauro Beting... 




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