segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Lançadas sem Silvio no SBT e com Ivo Holanda na Globo...

Domingo não tivemos "Programa Silvio Santos", mas Ivo Holanda compareceu na Globo sábado...



























No lugar do programa, entrou documentário com Ivo e sua primeira Câmera Escondida, de 1981...






















Capa do Site – “Fluzinho e Timão ficam no zero pelo Brasileirão em noite de homenagens a Silvio Santos”.  Empate sem gols no Maracanã, naquele jogo que foi batizado de “Clássico Silvio Santos”, por reunir o time de infância do apresentador e aquele que cantou na marchinha de Carnaval “Transplante de Corinthiano”, pula o gol de Charles anulado aos 16 minutos do segundo tempo por razões de falta em Samuel Xavier no começo da jogada, com Bidu...



Neste domingo, o “Programa Silvio Santos com Patrícia Abravanel” não foi exibido devido à saída de cena de seu criador e primeiro apresentador, Silvio Santos, o pai de Patrícia, no sábado, a atração que não foi ao ar comemoraria os 43 anos de existência do SBT e marcaria o lançamento oficial do “streaming” da emissora, o +SBT, com quadros reunindo nomes experientes e jovens promessas do canal, comandados pela apresentadora que usava um vestido longo prateado, o “Show de Calouros” teria os jurados clássicos, Sônia Lima, Sérgio Mallandro, Flor Fernandez, Décio Piccinini, Mara Maravilha e Leão Lobo, avaliando as performances do júri atual, Victor Sarro, Aretuza Lovi, Aline Mineiro, Felipeh Campos e Xaropinho, no “Qual é a Música”, os remanescentes do sexteto do “Jô Soares Onze e Meia”, Chiquinho, Derico e Osmar, enfrentariam a banda do “The Noite”, também conhecida como Ultraje a Rigor, com Roger Moreira e sem o Mingau, no “Jogo das Três Pistas”, compareceriam os astros da versão da novela “Carrossel” adaptada por Íris Abravanel, Jean Paulo Campos e Matheus Ueta, o Cirilo e o Kokimoto, também iriam ao ar o “Nada Além de Um Minuto”, com a loira Inara, e nas “Câmeras Escondidas”, “Alien: Romulus”, inspirada no filme que resgata a franquia iniciada em 1979, lançado nos cinemas brasileiros em 15 de agosto, com Bibba Chuqui e Andrey Alfaia interpretando os cientistas que levam as vítimas ao laboratório com os alienígenas... Certamente haveria alguma “Câmera Escondida” com Ivo Holanda também, porém certeza mesmo é que todas essas atrações foram substituídas pela prévia da série documental “Silvio Santos, Vale Mais que Dinheiro”, a ser lançada pelo +SBT, o título da produção é uma resposta ao livro "Topa Tudo por Dinheiro - As Muitas Faces do Empresário Silvio Santos", de Maurício Stycer, jornalista e crítico de TV, em que faz uma revisão crítica das biografias sobre o apresentador e defende a ideia que o Silvio comunicador é uma consequência do Silvio empreendedor, falando em críticas, em duas ocasiões da exibição da série surgiram contestações do conteúdo da série de ficção "O Rei da TV", André Barcinski, corre aqui, nesse caso, o relacionamento com Gugu Liberato e a suposta proibição das filhas de Silvio de assistirem programas infantis de outras emissoras que não o SBT, um movimento coordenado, porque em ambos os dois momentos a produção da Star+, leia-se, do Valdisnei, é referida sem que seu nome seja citado, claro que todo cuidado é pouco com os algoritmos, você bate e a massa cresce, porém o documentário joga algumas indiretas ao citar que Silvio promoveu produtos do estúdio nas duas edições da "Parada do Dia das Crianças" , tirou foto com o Tio Patinhas e seus sobrinhos quando estreou "Duck Tales" no SBT com uma maratona realizada no horário de seu programa e que sempre comparecia nos parques temáticos de Orlando, quase como um divulgador de suas atrações,  também é possível notar uma grande intenção de fazer da série documental um veículo para Patrícia Abravanel, obviamente para reforçar o vínculo entre pai e filha e garantir audiência para o "Programa Silvio Santos", agora apresentado por ela, razão porque aparece mais que suas irmãs Daniela e Rebeca, tempo de tela equivalente é reservado para a irmã mais nova do clã, Renata Abravanel, considerada a herdeira do carisma e do tino comercial do pai, mas que por uma forte timidez, é mantida como "plano B", caso Daniela, Patrícia e Rebeca não sejam bem-sucedidas em suceder a Silvio artisticamente e comercialmente... E por falar em família, um ponto positivo do documentário é trazer depoimentos e imagens que não veriam a luz caso Silvio Santos ainda estivesse na ativa, em especial os filmes caseiros e as fotos da primeira esposa do apresentador, Cidinha, as falas de seus irmãos e referências a Léo Santos, o irmão que saiu de cena em 1982 e era seu "stand-by" na apresentação do programa, e que já serviram de pretexto para Silvio vetar homenagens a si próprio no SBT, embora aceitando elas de bom grado quando a iniciativa partia de outras emissoras, como as reportagens feitas por Marcelo Rezende e Roberto Cabrini na Record, uma oportunidade que a Globo descobriu muito recentemente, vide convite para o apresentador comparecer no "Domingão com Huck", a intenção de contar com Silvio na festa de 60 anos da emissora, em 2025, e mesmo o "Globo Repórter" sobre ele, também uma preparação para a saída de cena do dono do SBT, que caso não acontecesse, levaria a exibição do programa no aniversário de Silvio, em dezembro, na questão familiar, mais um ponto a ser destacado é o destaque dado a influência do tio Isaac, que era mascate, a série evita o termo, que é deduzido pelos depoimentos, sobre seu sobrinho Senor, há outras boas ideias, como amarrar a narrativa com as falas de Luciano Huck e Marcos Mion, judeus como Silvio, ou resgatar memórias obscuras dos programas do apresentador, nesse caso os anúncios da Berta Brasil Butik, porém os fatos apurados pela produção acabam servindo de caminho para uma espiral de exaltação, merecida, sem dúvida, porém um pouco forçada, pensando em captar o fenômeno da nostalgia romantizada tão presente em grupos de "lost media" nas redes sociais e em canais do YT...


A terceira parte trouxe uma enormidade de assuntos tratados na base da correria, o locutor Lombardi lembrado por seu filho Lombardinho, ressaltando que Silvio criou o mistério em torno de sua figura para promover o pai, e um anúncio da Berta Brasil Butik, “uma casa de brasileiros servindo a você nos Estados Unidos”, Ivo Holanda contando da origem das "Câmeras Escondidas" a partir dos vídeos estadunidenses trazidos pelo apresentador, cantando ópera como barbeiro na primeira gravação do “Alegria 81”, narrada por Gugu Liberato, e quebrando o braço na praia, Wanderley Vila Nova lembra do acerto de Silvio com os programas infantis, a começar pelo “Domingo no Parque” que ele mesmo dirigiu, Mariane Dombrowa curtia a brincadeira da flor, (corte de cabelo à parte), o diretor e Décio Piccinini mencionam o “Cinderela”, versão dos anos 1980 do “Boa Noite Cinderela”, Alfonso Aurin deixa pelo revezamento de três atores no programa do “Bozo” de modo que a atração ficasse no ar o dia inteiro, pois o dono da emissora estava certo de que formaria seu público ali, corta para um “Silvio Santos e Bozo” onde Ivo Holanda comparece no palco vestido de vampiro, Luiz Ricardo, por sua experiência com circo, sabia que o palhaço ia inovar e dar certo, pela falta de opções para as crianças, Mariane e Eliana, que se sucederam na grade da emissora, lembram que eram apresentadoras diferentes com perfis diferentes, Mara Maravilha chega para chamar Silvio de “visionário”, Rebeca Abravanel confessa que assistia e era fã, e compareceu no palco do “Show Maravilha”, sua irmã  Patrícia aproveita a oportunidade para negar que o pai proibisse ela de assistir programas infantis de outras emissoras, como é visto, segundo ela, “uma série aí” (“O Rei da TV"), até porque a proibição valia para “Chaves” (Ops!!!), embora assegure que todas as irmãs eram “SBTistas”, “sou apaixonada pela Mara e pelo Bozo”, (saída do “Jogo dos Pontinhos” e do SBT à parte, digo),  Marcelo de Carvalho aparece ao lado do foguetinho do “Domingo no Parque” para falar das “sacadas de gênio” de seu colega dono de emissora e dos “programas que ninguém imaginava”, nesse caso se referindo à “Casa dos Artistas”, que Silvio anunciou em casa e o jovem Tiago Abravanel sequer imaginava que o “reality-show” era gravado na residência ao lado, Patrícia tem uma versão um pouco diferente do sobrinho, o pai conseguia ver a área externa do confinamento da janela da copa de casa, Alfonso Aurin retorna para trazer o sucesso seguinte, o “Show do Milhão”, que começou como “Jogo do Milhão”, (antes da controvérsia com o empresário que sugeriu o formato para o apresentador), ele sabe porque esteve lá, o engenheiro eletrônico criou o programa de computador que abastecia Silvio com as perguntas (e o apresentador frequentemente atentava para as questões repetidas, Aurin também criou um medidor de audiência batizado de "aurímetro", mas esse não foi citado no documentário), logo depois Gugu Liberato entrevista o comediante mexicano Roberto Gómez Bolaños, o Chespirito, vestido como Chaves nos estúdios da Televisa, (sempre que essa matéria do "Viva a Noite" é resgatada, os fãs apontam que, a exceção de Bolaños, Florinda Meza, Rubén Aguirre e Edgar Vivar estavam caracterizados como personagens que não eram conhecidos no Brasil), Wanderley Vila Nova confessa que “eu, Orlando e Renato” deram um parecer desfavorável à exibição da série,”eu analisei que o fundo era feio, a luz era ruim, o diálogo não era bom”, que foi completamente ignorado por Silvio Santos, (por aí se vê a falta da consultoria de algum especialista nas séries mexicanas, o documentário ouviu o santo e não falou do milagre, José Salathiel Lage convenceu o dono do SBT a permitir a dublagem de “Chaves” e “Chapolin”, na época realizada nas dependências da emissora, a Leonor Corrêa pelo menos colocou o diretor Roberto Manzoni, o Magrão, realmente segurando uma fita quadruplex da Televisa datada de 12 de março de 1979, provavelmente a versão daquele ano de "O Livro de Animais", que só estreou no Brasil em 19 de janeiro de 2019, na Multishow, "Lista CH", corre aqui), na sequência o apresentador coloca no ar suas ideias e desafia a concorrência, seja anunciando a novela “La Lola”, (Carla Peterson, corre aqui), falando por telefone no ar sobre o filme “Alligator”, estrelado por “um crocodilo com 12 metros de comprimento”, “pela primeira vez na televisão”, “depois do Roque Santeiro”, a batalha dos Rambos, narrada por Marcos Mion e Sérgio Mallandro, “Não se preocupe, quando terminar a novela da Globo você vai ver Rambo”, Daniela recorda uma grande bronca de Silvio na época, gastar os tubos com filmes e séries e não poder passar no horário da novela da Globo, Mion conta o “causo” de Silvio mandando correr com um filme que não estava dando Ibope (dos mesmos produtores do apresentador mandando mudar o nome do filme "Imitação da Vida" para "Odeio Minha Mãe"...) e o dono do SBT em pessoa “seca” a estreia da novela “Mandala”, na Globo, com um filme da franquia “Superman”, Sérgio Mallandro resolve lembrar do cheiro do filezinho do camarim, onde Silvio é flagrado na chegada, a camareira detalha o cardápio do café, também é ressaltada a transformação do apresentador quando dentro de seu terno, distribuindo aviõezinhos de dinheiro, deixa para o narrador exaltar sua capacidade de “descobrir e lapidar talentos”, mesmo que paradoxalmente o primeiro da lista seja Gugu Liberato, que saiu de cena sem se reconciliar com ele, momento em que Homero Salles, que dirigiu o primeiro programa solo de Gugu aos domingos, “Cidade Contra Cidade”,  fala sobre “essa fantasia que foi colocada por uma série ficcional, falando que havia um problema entre Silvio e Gugu, isto é mito, nunca existiu, o Silvio foi a vida inteira cavalheiro com o Gugu”, a Valdisnei+ agradece a propaganda de “O Rei da TV”, a próxima é Mara, que Silvio transformou em Mara Maravilha, vem Luiz Ricardo, que confessa ter sido lapidado por Silvio, Eliana, chamando a atenção no grupo A Patotinha no “Qual é a Música”, (cenas que também apareceram em meio à troca de farpas entre a apresentadora e Patrícia Abravanel na despedida de Eliana do SBT, no último mês de junho), Celso Portiolli  usando um “terninho que parecia do Didi Mocó”. gratificado com 150.000 cruzeiros no “Topa Tudo por Dinheiro” pela ideia da “Câmera Escondida" do alho e aceitando trabalhar no SBT por bem menos do que ganhava na região de Ponta Porã (a do Pinhoc, aquele "lico" de cair o dedo, também é criação dele), Rebeca Abravanel, formada em Cinema e trabalhando forte no marketing da Jequiti, assumindo o “Roda a Roda” em 2015 no famoso programa do “Vou mijar”, (quem vê parece que foi mero acaso, porém Rebeca estudou o estilo do pai a fundo, já de olho nos descontentes com o estilo “patricinha” da irmã), Maísa Silva considerando as participações no “Programa Silvio Santos” como ‘uma escola, uma faculdade”, mesmo quando o apresentador repetiu a piada do bambu (!!!), então é por isso que em seguida comparece Larissa Manoela, com direito a exibição do “Troféu Imprensa” em que Silvo a aconselha a ir para a Globo, (ela até transferiu-se para lá, mas a emissora carioca já foi  boa nisso em termos de contratos), Rebeca retorna para exaltar o talento de “ver além” do papi, Silvio canta “do mundo não se leva nada”, é apontado como “base de muita coisa que o público explora até hoje”, Mion lembra o “momento em que estava desbravando”, na verdade apresentando os acrobatas Los Murilos, e o sobrinho Leon aponta que até hoje se fazem formatos derivados do tio, (então é por isso que Huck é enfocado antes de um trecho do “Show do Milhão”, quem sabe porque a Globo adquiriu os direitos do "Millionaire" britânico, que inspirou a atração brasileira, e o colocou para fazer o "Quem Quer Ser Um Milionário"), comparações desfavoráveis à parte, e o apresentador do "Domingão" aponta que Silvio “sempre entregou mais que o brasileiro esperava”, sem se acomodar, Rodrigo Faro não!!!, Galisteu o considera “o grande nome da televisão brasileira” e Daniela cruza os dedos para que as novas gerações o vejam na programação futura do SBT, como Silvio esperava ser recebido de braços abertos com os telespectadores, esse é um dos vícios da série, vem com um factual bem feito, amarra bem os conteúdos graças a sacadas como usar Luciano Huck e Marcos Mion, apresentadores de televisão e judeus como Silvio, como um tipo de fio condutor da história, mas que conduz a exaltação exagerada e aparição também com exagero das filhas, agora mesmo, é chamado de “ícone do povo brasileiro”, não entendendo porque é tão querido até desfilar na Tradição em 2001, o melhor de tudo, em meio aos depoimentos das filhas Patrícia, Rebeca, Renata e Silvia, além do neto Tiago, agora acompanhados da esposa, Íris Abravanel, são os preciosos trechos do “SBT Repórter” onde o jornalista Gérson de Souza mostra os bastidores do desfile, (e pensar que a emissora preferiu exibir a transmissão da Globo, sem a entrevista do Ary Peixoto com o Lombardi, no último Carnaval), o documentário resgata então o desfile da Imperador do Ipiranga que homenageou Silvio em 1979, por meio de fotos de revistas e do depoimento do diretor Laerte Toporcov, (poderiam ter citado que a Acadêmicos do Tatuapé queria ter o apresentador como tema de seu samba-enredo em 2018 e não conseguiu), estava dada a deixa para falar do Silvio Santos intérprete de marchinhas de Carnaval, não com a marchinha do Barrigudinho ou a do Furunfa, mas com “Severina e Gabriela” e “Como Vai (Muito Bem)", (que Manoel Ferreira compôs para o palhaço Arrelia), bem rapidamente, pois vai começar outra espiral de exaltação, “amado e reconhecido pelo povo, Silvio Santos é autêntico e se mantém fiel aos seus princípios, será esse o motivo de ser tão querido pelos brasileiros???”, eis que Gabrielle Araújo, uma das curadoras da exposição sobre Silvio no MIS, montada em 2016, falar de sua penetração nas periferias, que podem não ter geladeira, porém possuem uma cultura televisiva muito forte em casa, Maria Aparecida de Aquino observa que ele representa aquilo que as pessoas querem ser, “um ideal a ser alcançado” por quem é de origem humilde, também pelo público da “festa da firma” no Playcenter, Gabrielle evoca a jornada do herói que começou como camelô, Silvio aparece na propaganda eleitoral de 1989, “eu sou um vencedor”, Nilton Travesso assinala a “caminhada heroica” do apresentador construindo sua rede de televisão, Doutor Renato Aragão aponta que Silvio é um “grande comunicador”, enquanto ele distribui dinheiro, Leila Cordeiro diz que o carisma e a popularidade são de nascença, Cidinha Campos garante que ele ascendeu sem tripudiar com ninguém, Maísa Alves alega perseguição da imprensa, com qual ele até baixou um pouco a guarda nos anos 1980 para retomar o receio na década seguinte, no “Show de Calouros” em 1988 se queixa dos repórteres que publicavam tudo diferente do que declarava, “jornalista que me entrevistar tem que ser sério, competente e tem que ter inteligência e sensibilidade para por no papel meus bons e meus maus pensamentos”, (aqui perderam a chance de mostrar os casos de vários jornalistas que escreveram sobre Silvio e foram chamados para trabalhar com ele, Arlindo Silva, Luiz Fernando Emediato, Marcos Wilson, Ricardo Valadares), mas, enfim, em outra “festa da firma”, o apresentador dispara, “eu não dou entrevista para os meus colegas, eu não vou no programa dos meus colegas, eu acho que exerço a minha profissão, eu faço aquilo que eu tenho que fazer como profissional”, afora a história da cartomante, Íris acredita que o marido não sabe o quanto é querido, a filha Renata teve essa noção quando o pai levou ela e as irmãs no Cristo Redentor, a mãe ri nervoso ao lembrar que Silvio foi atender os fãs no aeroporto, esqueceu dela e das filhas e quase perdeu o voo, pula Rodrigo Faro falando que Silvio Santos é “genuíno”, corta para a boina que o deixa com cara de cafajeste, Faro insiste, “Silvio é de verdade, por isso que o compram” (e não é um ator interpretando Silvio, não é...), Celso Portiolli é mais intimista, lembra do microfone no peito como forma de projetar a voz e que virou um ícone, Marcelo de Carvalho, na mesma linha, recorda do apresentador rindo litros vendo filme no avião para Nova Iorque, Patrícia acreditou que a nova geração não tem ideia de como o pai foi importante para o país , “ele alegrou, juntou e reuniu as famílias durante muitos anos, então ele é parte da família brasileira”, (insistimos, esse “recall” é essencial para ela se manter como apresentadora, só fã-clube de "palitas" não basta), a empolgação do narrador não tem fim, agora ele vai falar da “face sensível e generosa” de Silvio, “qualidades que são percebidas por todos aqueles que fazem parte do seu convívio”, ele em retribuição chama de “filhos do coração” os funcionários do SBT na festa de 30 anos, a secretária Zilda acreditou que ele não mudou nada desde que o conheceu, nos idos de 1972, o próprio apresentador reconheceu, na comemoração dos 25 anos do SBT, que a funcionária sabe tudo sobre sua vida, ela ressalta a humildade do chefe, que trata todo mundo igual, Silvio faz graça no palco, dizendo que só mudou financeiramente, Patrícia crê que ele cuida das pessoas, ajudando sempre que possível, sem falar, acrescentam Celso Portiolli e Renata, que se surpreende a cada agradecimento, o que inclui o cabeleireiro Jassa, o próprio, do primeiro corte de cabelo que levou 12 minutos, e da notoriedade ganha três dias depois ao ser apresentado no “Troféu Imprensa”, com direito a integrar o júri do “Miss Brasil”, o próximo a agradecer é Raul Gil, contratado nos momentos mais difíceis (mas que será "aposentado" no final do ano...), logo depois Ary Toledo ganha uma forcinha de Silvio para promover o show que realizou no teatro The Town Hall, na região da Broadway, também para fazer o microfone levantar (!!!), Carlos Nascimento testemunha a consideração no período que cuidou de um câncer, para o documentário e no Troféu Imprensa,  (depoimento que deu ao vivo na cobertura do SBT), olha Silvio falando no “dever da empresa”, Leon Júnior evoca Hebe e o contrato que assinou com a emissora na véspera de sua saída de cena, tudo confirmado pelo filho da apresentadora, Marcelo, “eu tenho três letrinhas gravadas na minha testa, SBT”, hora do “Off: Amigos”, com o maior deles, Manoel de Nóbrega, vide Cazalbé contando como Silvio salvou o pai da falência, “o Silvio foi o único amigo que teve, o único”, e o apresentador retribui no “Jogo das Três Pistas”, “se não fosse o teu pai, eu não seria o que sou hoje” e Iris Abravanel introduz a história da fundadora da Berta Brasil Butik, a empresária Berta Glikas, também grata pelo incentivo de Silvio para a montagem da loja que atendia o público brasileiro em Nova Iorque, na região da Rua 46, especializada em eletroeletrônicos, ramo de atividade do marido de Berta, que gravava filmes em vídeo para Silvio - uma das excelentes sacadas do documentário, que certamente possui algum nerdola na equipe, porque essa é uma memória muito específica dos programas de Silvio Santos, "professoral", por assim dizer... A quarta parte do documentário começa com imagens de uma parada do Valdisneiworld, em Orlando, Donald e Mickey à frente, “Silvio Santos nunca esteve alheio a realidade brasileira, e sempre nutriu uma vontade genuína de proporcionar o mesmo acesso que proporcionava às suas filhas, uma infância rica em sonhos e possibilidades”, corta para a região da Avenida Tiradentes, em São Paulo, onde acontece, “um evento inédito no Brasil, Bozo e TVS na parada do Dia da Criança”, com fanfarras, o elenco de “A Praça é Nossa” num carro alegórico e Gugu Liberato com o Bugalu num carro conversível, Wanderley Vila Nova contabiliza três paradas, “todo o elenco do SBT foi pra rua”, casos do próprio Silvio Santos, Sérgio Mallandro e Bozo, o apresentador, ao lado da esposa, fala ao vivo, “olha só uma demonstração, uma demonstração de amor, uma demonstração de carinho, uma demonstração de afeto, uma demonstração de amizade, todos são crianças, todos sonham, todos vibram, todos querem o Superman e os artistas do SBT, muito obrigado!!!”, disse em seu carro, cercado pelos seguranças da Fonseca’s Gang, empresa que se popularizou com as paradas, Iris Abravanel conta que o evento foi um sonho para Silvio, “a gente ia para o Valdisnei, e a gente ficava deslumbrado com aquelas paradas incríveis, até hoje, e ele tinha muita vontade de trazer para o Brasil para as pessoas conhecerem um pouco como era o Valdisnei”, como a pequena Daniela em um vídeo amador, provavelmente feito pelo próprio apresentador, ela confirma, “ela fez para as pessoas que não tinham condições, não tinha internet naquela época, não sabiam que o Valdisnei existia, de aproximar o público desses personagens, do mundo do Valdisnei, eu acho que ele ficava, nossa, que máximo que é isso, que outras pessoas precisam conhecer, a generosidade, a oportunidade de conhecer, eu queria que os outros conhecessem também”, Mara Maravilha narra a abertura do compacto dos melhores momentos da parada, ressaltando a união entre o SBT e “a magia de Valdisnei”, Patrícia Abravanel faz questão de citar que o pai fez a parada oficial dos 50 anos do filme “Branca de Neve e os Sete Anões”, “parou São Paulo”, a começar por Mara recebendo a personagem que desembarcava de um avião da Varig no Aeroporto de Congonhas, Rachel Zigler, corre aqui,  Mara lembra que não acreditou quando Silvio descreveu a parada que iria comparecer, em 1987 achou “realmente linda e emocionante”, os carros alegóricos do Viva a Noite e dos Sete Anões desfilam na região da Avenida 23 de Maio, “tô toda arrepiada, a multidão”, Vanderlei cita que a PM estimou o comparecimento de 1,5 milhão de pessoas na rua, Carlos Alberto de Nóbrega manda beijos, Mara acena, olha o garoto com o chapeuzinho do Mickey, Patrícia volta destacando que Silvio trouxe a parada real oficial dos 60 anos do Mickey, bem antes do camundongo sem luvas de “Steamboat Willie” cair em domínio público, “e os personagens verdadeiros”, vide Mickey e Pateta passando em frente ao quartel da ROTA, ao som de “Mundo Pequenino”, acompanhado de Hebe, Gugu, Jô Soares, Mara, Sérgio Mallandro e suas Mallandrinhas, Leon Abravanel Junior diz que fez a parada mais a pé do que de carro, “aquilo praticamente entrou para o calendário da cidade”, olha o elenco de “A Praça é Nossa”, Gugu no calhambeque confessando estar vivendo “um dos momentos mais incríveis da minha vida”, Jô sente a presença do povo, Hebe quer comparecer enquanto tiver forças, Sidney Magal agradece,  Silvio, usando um terno azul, faz o sinal de paz e amor com uma criança asiática, com o hospital da AMICO em Indianópolis ao fundo, Luiz Ricardo ressalta que Silvio “tirou do estúdio o mito dos artistas, essa frescura que o artista tem que estar andando com os seguranças, que o artista tem que estar numa redoma, ele colocou os artistas dele, ele botou na rua”, não reparou na Fonseca’s Gang, digo, Ary Toledo nunca pensou num sucesso daquele tamanho, “todos os artistas se emocionaram, todos tiveram a mesma impressão que eu tive, de sucesso total e absoluto”, desfilando em um Mustang cor de sangue, Silvio Santos declara, “hoje é um dos dias mais felizes da minha vida, obrigado às senhoras donas de casa, obrigado chefes de família, obrigado às crianças, obrigado a todos vocês”, o carro entra nos baixos do Viaduto do Chá, enquanto desfila o elenco do “Show Maravilha”, com o Super Banana, e um carro alegórico de Super Heróis, destaque para o Superman com o cachorro Kripto e sem cueca (!!!) -  a parada foi para o SBT o que a chegada do Papai Noel no Maracanã representava para o elenco da Globo, as referências “valdisneianas” de Patrícia são uma cutucada na produtora da série “O Rei da TV”, hoje disponível no Valdisnei+, como se ela dissesse que o pai fez tanto para divulgar as animações do estúdio e seus parques temáticos e eles chamam o Barcinski, que serve aquela farofa ao público, sacanagem... Chega a vez do Teleton, “o desejo de usar sua influência para fazer o bem tornou-se para Silvio Santos uma missão de vida, esse propósito levou-o a conhecer e a se conectar com pessoas que compartilhavam dos mesmos ideais” – Hebe Camargo, Anitta – “foi assim que nasceu o Teleton Brasil”,  assim apresentado pelo apresentador, “nessas 26 horas de maratona pela televisão nós vamos ver o quanto nós somos felizes, nós vamos ver o quão pequenos são os nossos problemas e vamos ver o quanto Deus foi bondoso e generoso conosco”, (como aponta o Pancada, um discurso não muito adequado sobre pessoas portadoras de deficiências), mostrado em suas origens, o contato da AACD com Celso Portiolli, que lembrou a ele da maratona televisiva criada por Jerry Lewis e realizada por Don Francisco no Chile, Celso, então um principiante no SBT, repassou a demanda para Hebe Camargo, o filho Marcelo lembra que ele e a mãe foram procurados por Décio Goldfarb, que estava empolgado com o Teleton chileno, Hebe foi com ele falar com Silvio, “na hora topou”, Iris Abravanel relata o encontro de Silvio com Don Francisco, (apresentador de programas de auditório do tipo “ônibus” como ele, no Chile), e chegou a apresenta-lo ao vivo como “introdutor do Teleton no continente americano” (sic), corrigindo para “você foi o primeiro a fazer o Teleton na América do Sul”, quando Don Francisco, nascido Mario Kreutzberger disse que realizava a maratona televisiva há 28 anos (desde 1978, portanto a entrevista é de 2006), Iris garante que dava resultado, mesmo com a cara de mau do apresentador chileno, que dá seu depoimento relatando que promoveu um avanço no Teleton, que se destinava à pesquisa e tratamento da distrofia muscular (como começou com Jerry Lewis nos Estados Unidos), “o que fiz foi um programa de ajuda aos portadores de deficiências, vieram pessoas de outros países, vieram do Peru, vieram da Colômbia, vieram do México, vieram do Brasil e assim se criou uma organização internacional” (declaração dada em espanhol, no documentário de Leonor Corrêa, ele falou em inglês), Silvio canta “Depende de Nós” no palco, Celso Portiolli aponta que o dono do SBT encontrou no Teleton uma forma de gratidão ao povo brasileiro, Silvio Santos lembra no Teleton de 1998 que também foi convencido a realizar o evento por Silvia Abravanel, que lembra da filha Luana, (portadora de deficiência neurológica e síndrome de galactosemia), “através da minha filha, ele quis ajudar o Brasil, inclusive foi a primeira AACD criada nesse ano”, Silvio pede a união das emissoras e a colaboração dos jornais para fazer um Teleton que cuidasse de todo o Brasil, Tiago Abravanel ressalta que o avô é “um cara especial”, o apresentador dá um enquadro, os artistas comparecem pela AACD, não pelo SBT, Tiago acrescenta, “o Teleton é um presente para todo mundo que tem a oportunidade de entender o que ele significa”, segue-se o momento que fixou o Teleton na memória dos brasileiros,  narrado pelo CEO do SBT, Fernando Justus Fischer, o prêmio de um milhão de reais dado no “Gol Show” quando o telespectador colocou a bola no canto da trave do goleiro Edinho, filho do Edson (OG), o que de acordo com o diretor da emissora era a primeira vez que esse valor, “em barras de ouro que valem mais do que dinheiro”, outra explicação para o nome do documentário, foi dado na televisão do Brasil, com o repasse da quantia equivalente para a AACD, Silvio comemora um cheque de 4,5 milhões de reais da Hypercard, que faz Hebe Camargo desmaiar no palco, Magdalena Bonfiglioli enfatiza “a confiança que as pessoas tem no pedido do senhor Silvio Santos”, “algumas pessoas já me disseram, não precisa nem me explicar o caminho desse dinheiro, eu confio no senhor Abravanel, o que ele pedir, eu tenho certeza que essa doação”, “vai chegar nas mãos de quem precisa, e isso é a credibilidade dele, que ele passa”, (e que serviu também para criarem uma rivalidade com o “Criança Esperança” da Globo), fala, Renata, “ele se sente no dever de fazer aquilo que tá no alcance dele fazer”, “a gente tem orgulho, a gente vira noites, feliz, é uma coisa que energiza”, Tiago comenta apresentando o Teleton, em 2018, do “cara que teve a coragem de trazer esse projeto para o Brasil, abriu as portas da sua emissora pra fazer uma ação tão linda, por uma instituição tão respeitada no Brasil e no mundo inteiro, que é a AACD, esse cara por acaso é meu avô”, acrescentando em seu depoimento que a comemoração do vigésimo aniversário da maratona televisiva “representava muita coisa ao mesmo tempo, a importância de um projeto como esse, a importância que é Silvio Santos dar esse espaço, e ao mesmo tempo a responsabilidade de estar na frente de uma câmera e ocupar o lugar que ocupa para ser mais um porta-voz de um projeto potente como o Teleton é”, e voltando a 2018, “eu tenho muito orgulho do senhor Silvio Santos, que tá assistindo aí, e esse orgulho que eu tenho não é só pelo artista que você é, mas sim pelo cara que transforma a vida das pessoas com alegria, e através de um projeto como esse, o Teleton, já mudou a vida de tantas crianças” - dá para notar que a ênfase dada a Tiago Abravanel nessa parte não é mero acaso, fica evidente a tentativa de apagar a imagem de “menino mimado” surgida com a desistência do ator e cantor do BBB, em 2022, onde era apontado como aquele que “amarrava” o jogo, apesar de ser próximo do principal jogador da casa, Arthur Aguiar, que não era exatamente querido pela direção, a qual aproveitou o parentesco de Tiago para aquela estigmatização básica, no documentário, estão tentando associar as qualidades de Silvio como apresentador a Patrícia, por que não tentar com alguém cujo talento artístico é bem reconhecido, mesmo a tarefa sendo árdua???... Silvio santos declara, numa edição do “Show de Calouros” próxima a seu aniversário, “eu sou uma pessoa que com alguma idade, aprendeu a amar o seu próximo, a amar o seu país, a gostar dos seus colegas, e com esta idade,  e com mais um ano que vai fazer, com tudo o que leu, de tudo o que viu, de tudo o que aprendeu, chegou a conclusão que a melhor coisa da vida é amar ao próximo como a ti mesmo”, em meio a imagens de carreatas de campanha eleitoral na região da Avenida Paulista, vide O364 da Bristol, visitas de Silvio a Brasília e de um encontro com Leonel Brizola em sua residência no Morumbi, o narrador descreve, “conhecendo de perto os problemas do povo brasileiro, Silvio Santos, viu uma oportunidade de mudar o país ao receber um convite para ingressar na política como prefeito de São Paulo, a ideia despertou o seu interesse, mas não foi em frente, no ano seguinte, é convidado novamente, para concorrer à presidência da república”, Maria Aparecida de Aquino ressalta que a eleição de 1989 ocorre dentro de uma “situação muito especial”, a primeira vez em 29 anos que o presidente será escolhido em eleições livres, vide o O364 da Santa Brígida e o Amelia da Nações Unidas tentando passar pelos cabos eleitorais na Paulista, em frente ao prédio da Gazeta, então é por isso que Silvio enxergou a chance de ser candidato, Guilherme Stoliar lembra da “carta de alguém ligado a política fazendo alguns elogios a ele” (o prefeito de São Paulo, Jânio Quadros, em 1988), “depois ele começou a se envolver com a ideia de ser político”, Silvio mostra a carta no “Show de Calouros”, (que lhe serviu de palanque naquele ano e em 1989), “gostaria de ouvir primeiro a minha esposa”, que lhe dá apoio numa carta e num telefonema transmitido no programa, o ônibus da Nacões Unidas ainda está preso na Paulista, Silvo dá entrevistas em frente a sua casa, aparece no horário eleitoral em 1989, mostra a primeira página da “Folha de S.Paulo” com uma pesquisa eleitoral, Sônia Lima observa que ninguém era contra Silvio ficar nu em plena Praça da Sé (!!!) e a sensação de estar diante de um “salvador da pátria”, Sassá Mutema, corre aqui, Stoliar achou “uma loucura”, “ele perderia as empresas dele” (no "Domingo Legal" apresentado antes do documentário, César Filho disse que ele e Gugu iriam substituí-lo na apresentação do "Programa Silvio Santos), Sônia, num “plot twist”, diz que “sempre foi contra”, “você acha que precisa disso, as pessoas vão revirar tua vida do avesso, vão procurar coisas absurdas, coisinhas mínimas vão ficar desse tamanho, você tá preparado pra isso, tua família tá preparado pra isso???” (quem disse algo parecido, no documentário que Leonor Corrêa produziu para os 85 anos de Silvio Santos, mas entrou no ar apenas em 2021, nos 40 anos do SBT, foi o Luis Inácio...), Silvio comenta em entrevista o “cardápio político” de um almoço com o deputado Gastone Righi, entre o parlamentar do PTB e seu colega de Câmara Arnaldo Faria de Sá – em 1988, no ano seguinte, Arnaldo estava engajado na campanha de Fernando Collor de Mello – Luciano Huck, que hoje alimenta pretensões presidenciais, analisa a conjuntura, “acho que ele foi meio pau de enchente, quando viu, já estava candidato” (em 1989, Bóris Casoy disse no “TJ Brasil”, “agora Silvio Santos vai ver com quantos paus se faz um baú”...), Iris Abravanel admite, rindo nervoso, “nós entramos de gaiato nessa conversa de ser presidente, e o comitê era só ele e eu”, Silvio aceita ser presidente, ou melhor, candidato, na porta do camarim, imagens do horário eleitoral alternam-se com os aplausos da plateia, Stoliar também dá uma virada falando do “novo desafio, de fazer algo pelo país”, vide promessa de “corrigir salário”, Huck confessa, “acho que o que  nos leva para a politica, aconteceu com o Silvio e aconteceu comigo, é a realidade do povo brasileiro, na hora que você se conecta com a realidade distante de Brasília ou dos círculos de poder, com as reais necessidades do povo brasileiro” (comparar com a tentativa frustrada de Silvio é uma maneira de fazer campanha contra Luciano, pensem nisso...), o vice-presidente Geraldo Alckmin, que era deputado federal em 1989, enxerga em Silvio “dois predicados essenciais, primeiro, o amor às pessoas, segundo, a vontade de fazer, uma pessoa simples, de uma vida muito humilde, a um dos ícones da sociedade brasileira”, a filha Daniela relata que o pai acreditava que “duas coisas consertariam o Brasil, educação e saúde, eu acho que ele sente essa dor”, o apresentador aparece ao lado de Brizola, do governador de São Paulo, Orestes Quércia, (que foi dono de uma afiliada do SBT e teve sua campanha vitoriosa ao Senado em 1974 feita pela agência de propaganda de Silvio), com Arnaldo Faria de Sá e Gastone Righi  no citado almoço, em conferência em Brasília, Moacyr Franco, (que tinha sido eleito deputado federal em 1982), conta do encontro com Silvio e Iris no avião para Brasilia, quando lhe falou da candidatura presidencial, Iris lembra da vontade do marido de fazer coisas boas pelo Brasil, um tapinha no ombro de Gastone, mais algumas entrevistas, horário eleitoral, “a sua luta passa a ser a minha luta”, as imagens do programa são as de Silvio na Parada do Dia das Crianças (enfim, roteiristas criativos, digo...), atravessando em pé no Mustang cor de sangue o Vale do Anhangabaú e beijando crianças pelo caminho, corta para a oficialização da candidatura pelo PMB em Brasília, Celso Teixeira Filho afirma que “a gente passou a tratar muito cuidado essa informação”, Bóris Casoy imaginou as críticas que deveria fazer e teve o aval de Guilherme Stoliar, “o compromisso é de liberdade total, então exerça” (importante, de fato, era noticiar para normalizar a candidatura...), vem a capa da revista “Semanário”, “Silvio Santos: Serei um excelente presidente”, a reportagem do “Estadão”, “Silvio é o presidente preferido”, outra matéria de “Semanário”, “Silvio Santos, o Reagan brasileiro”, o apresentador aparece ao lado de Collor, Celso aponta, “mesmo assim, em alguns momentos éramos vistos como defensores da candidatura, com a orientação de não ser nem contra ou a favor da candidatura dele” (insistimos, noticiar para normalizar...), Bóris enfatiza, “Silvio mostrou que era efetivamente um democrata, a ponto de impedir que o empregado dele, no principal jornal da emissora, criticasse a candidatura dele”, Celso acrescenta que o contraditório passou pelos microfones do SBT, olha o Collor de novo, “todos os outros políticos tinham medo dele”, Brizola (em 1988) não queria que o SBT “se parcialize”, Fernando Henrique Cardoso  (também em 1988) pedia para que continuasse na TV, lembrando que a política é “um longo aprendizado para começar numa posição majoritária de prefeito, muito menos de presidente da república”, e o deputado federal Amaral Neto, (que se projetou nacionalmente apresentando um programa na TV Globo), alerta, “se ele for prefeito, governador ou presidente, ele nunca mais pode pisar numa televisão, até porque seria contra o protocolo e o decoro do cargo”, (Datena, corre aqui), mais entrevistas, Moacyr Franco recorda o conselho que deu a Silvio, “o cara só vira presidente da república por duas coisas, é pra ficar muito famoso e querido ou pra ganhar dinheiro, qual é o seu caso???”, no “TJ Brasil”, em 1989, o dono do SBT encara a câmera, “a minha vontade não é a vontade da  minha família, não é a vontade dos meus amigos, não é a vontade do meu partido, não é a vontade do presidente Sarney, a minha vontade é a minha vontade, e as minhas decisões serão as minhas decisões”, segue-se o comentário de Bóris, “tá bravo o Silvio, hein”, Sônia Lima garante que o apresentador sabia o que queria e não adianta persuadir a desistir, como tentava a secretária Zilda, “politica não, o Silvio é muito de fazer as coisas, ele tomar a iniciativa, ele bater o martelo, ele vai ter que ouvir as pessoas, ele se empolgou bastante”, então é por isso que vem em seguida o relato da reunião com Brizola em 1988, “o que o Brizola vai fazer comigo, hein, Iris, a gente vai até aprender como se vive num regime comunista” (MBL, corre aqui), Celso Teixeira Junior volta para falar do “bombardeio” a candidatura de Silvio “pelos outros grupos de comunicação, pelos outros grupos políticos, ele tinha criado vários produtos e ele queria ajudar as pessoas, a imagem era terrível para os políticos da época”, Huck retorna, “quando depositam, sejam em mim, a esperança das coisas melhorarem, você se sente um pouco responsável por aquilo, você sente a necessidade de convocação, de juntar gente, dá vontade de ir lá e fazer” (desista enquanto é tempo, Luciano...), Silvio na entrevista do “Show de Calouros”, em 1988, lembra que “homem não chora, em Boston eu chorei como uma criança, mas chorei porque eu vi que o povo me dá amor, o povo me dá carinho, o povo me dá, e então eu perguntei a mim mesmo, e eu o que faço por este povo, nada, palhaçada aos domingos, será que esse homem que tem uma rede de televisão não pode dar um pouco mais a esse povo que o circo no bom sentido” (aqui faltou um pouco de contexto, o problema das cordas vocais também foi uma motivação para pensar em entrar para a política...), Celso lembra os concorrentes de Silvio, “Collor, Luis Inácio, Mário Covas”, Bóris Casoy reporta uma pesquisa do Datafolha onde Collor lidera, com 21%, e o apresentador empata com o Luís Inácio em 14%, Teixeira Junior observa que Collor possivelmente “trabalhou mais para segurar a candidatura um pouco porque ele tinha boa perspectiva aí”, Alckmin primeiro ficou surpreso, depois em dúvida “será que vai até o fim, mas teria um favorito”, Stoliar é incisivo, “Collor se apavorou com a possibilidade de Silvio participar das eleições, porque certamente o Silvio Santos ia ganhar”, mesmo não querendo ser o “anti-Collor”, assegurando no horário eleitoral, “o Silvio Santos vai lutar por vocês”, o narrador explica o questionamento da classe politica, “sendo alegado que o partido a que Silvio estava afiliado estava em situação irregular, esse seria o motivo perfeito para a oposição tirar Silvio Santos do jogo”, em particular Eduardo Cunha, o próprio, “quase todos os partidos políticos que tinham candidaturas questionaram o fato de Silvio não ter desincompatibilizado de apresentador de televisão para as eleições, Silvio Santos anunciou a candidatura dele, chegou a fazer alguns programas no horário eleitoral gratuito, as células todas já estava impressas com o nome do Pastor Armando e de todos os outros candidatos”, então é por isso que Silvio ensina no horário eleitoral a votar no “26-Corrêa”, “por favor, não escrevam na cédula porque anularão o voto!!!”, Cunha prossegue, “o partido politico que eu fazia parte naquele momento, que era o PRN, partido que tinha o Fernando Collor como candidato  contestou, além dessa falta de desincompatibilização do fato dele ser apresentador de televisão, contestou o fato do partido ao qual se filiou não existir mais naquele momento” (na verdade, o PMB não realizou convenções num mínimo de dez Estados, o que tornava o partido irregular, afora acusações de venda da candidatura a vice para o senador paraibano Marcondes Gadelha, um dos principais articuladores a favor de Silvio no PFL, que inclusive escreveu um livro sobre o assunto, porém não foi incluído no documentário...),Vanderlei Vila Nova refuta Cunha dizendo que o nome da cédula garantia que o partido era legal, “sem nenhum tipo de impugnação”, porém, “a partir do momento que o Silvio entrou, foi cassado o partido", Cunha acrescenta, “essa bagunça no processo eleitoral foi contestada por todo mundo, eu fui talvez o responsável por essa apuração naquele momento, e os advogados do PRN entraram com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral, com outros partidos que entraram, foi justamente essa preliminar que não mais existia”, Bóris Casoy anuncia o recuo de Silvio, que lembrou uma declaração que fez aos políticos do PFL, Carlos Chiarelli, Jorge Bornhausen e Agripino Maia, em 6 de março de 1989, de que não seria candidato a presidente, José Salathiel Lage é preciso, “sinceramente, isso parecia mais uma loucura do Silvio, entre aspas, porque ele não ia aceitar a manipulação que iriam fazer com ele” (melhor mandar dublar comédia em videoteipe, digo...),  entrevistado em Brasília, Silvio alega não entender o significado do vocábulo “manobra” (e nem do vocábulo “vocábulo”, Seu Madruga...) e que essa palavra, assim como “articulação”, não faz parte de seu vocabulário, brincando que “jogada” era jogar um político pro alto, o sobrinho Stoliar também vai direto ao assunto, “enquanto apresentador de televisão ele tem apoio de 100% das pessoas, ele queria mudar a vida das pessoas, mas ele não teria condições de fazer isso, a política é diferente da vida empresarial, tudo o que ele conquistou na vida empresarial, todo o sucesso que ele conquistou, podendo fazer as coisas, ele não conseguiria fazer da mesma forma na política”, Gabrielle Araújo, a co-curadora da exposição do MIS vê essa questão como “uma grande balança” entre ser “o cara da caneta” e ir para a política, “onde as coisas não são assim”, “e ele teria se frustrado mais ainda de ter largado algo que ele faz com o pé nas costas, pra estar num ambiente mais estressante, com muito mais demanda, com muito mais complexidade, porque a gente vive num país democrático, e na hora que você senta para ouvir todos os lados, é aí que o bicho pega, ele não é mais patrão”, enquanto Gabrielle argumentava, imagens de 1989 mostram um meme “offline”, um papel com o slogan recortado de um anúncio, “Olhe as ofertas do Morumbi”, e a foto de quatro presidenciáveis de direita, Collor, Ronaldo Caiado, hoje governador de Goiás, Guilherme Afif Domingos, atualmente Secretário Extraordinário de Projetos Estratégicos do Estado de São Paulo, diretamente ligado ao gabinete do governador Tarcísio de Freitas, e Paulo Maluf, que aos 92 anos, vive em prisão domiciliar, resta a Silvio votar no Colégio Pio XII, na região do Morumbi, (tão bom quanto resgatar a fotomontagem de Silvio com o bigode do presidente José Sarney, que saiu na capa da revista "IstoÉ" e foi mostrada no "TJ Brasil" pela repórter Renata Ceribelli na banca de jornais e revistas do Terminal Rodoviário Tietê),  Cintia Abravanel acredita que “talvez o Brasil ia merecer o Silvio Santos como presidente, mas o Silvio Santos não ia merecer ser o presidente do Brasil, porque não ia entrar no jogo, não ia dar casa própria pra todo mundo”, (e as experiências empresariais de Silvio com planos de saúde e de previdência não foram exatamente bem-sucedidas), ou como resume Salathiel Lage, “felizmente não aconteceu, ia ser uma tragédia”, e Moacyr Franco, “graças a Deus, deu certo de dar errado”, a secretária  Zilda sentiu, “não era para ele”, todavia, “poderia ser um bom presidente”, Luciano Huck acreditou, (detalhe, com os olhos brilhando), “seria um momento único para o Brasil, tinha que fazer um filme sobre isso, como seria a presidência de Silvio Santos” (não diga isso perto do Rodrigo Faro!!!...), Marcelo de Carvalho também acreditou, “ele teria sido um excelente presidente da república”, até mesmo Celso Teixeira Júnior crê que “Silvio teria sido um fato novo, relevante, que talvez tivesse mudado a história do país ali, o triste é que ele não pode tentar”, mesmo Salathiel Lage, “ele fez dos obstáculos os desafios para novas conquistas, como o dono do circo quando pega fogo no circo, na lona, mas o show tem que continuar”, e lá vai Silvio voltar ao auditório, não esquecendo de premiar Ronald Golias no “Troféu Imprensa” - Eduardo Cunha nos conduziu a seis anos terríveis com Temer e o Bozo, e o simples comparecimento dele no documentário é de dar nojo, porém a sua atuação no episódio da candidatura presidencial de Silvio Santos dá uma dica para os atuais prefeituráveis paulistanos, não cai na pilha do Boçal, cassa a candidatura, motivos abundam (!!!)... Tirando os idealismos, o que sobra da candidatura presidencial de Silvio é uma trama surgida na ala à direita do governo José Sarney, em setores do PFL, onde não havia unanimidade, o Ministro das Comunicações, Antônio Carlos Magalhães, afinadíssimo com a Globo, apoiava Collor, a manobra ganhou o nome de "Operação Chaves" porque num primeiro momento envolvia a renúncia do candidato do partido, o ex-vice presidente Aureliano Chaves, também porque Sarney, empenhado em revidar Fernando Collor de Mello pelos ataques sofridos na campanha eleitoral, colocou a serviço dos articuladores da candidatura de Silvio o seu próprio secretário particular, Augusto Marzagão, que por acaso era diretor da Televisa quando o SBT adquiriu "Chaves", "Chapolin" e as novelas da emissora mexicana, numa perspectiva mais ampla, o objetivo era tirar a esquerda do segundo turno das eleições presidenciais, que até a ascensão de Collor nas pesquisas tinha grandes chances de ser disputado entre Brizola e Luis Inácio, o retrospecto feito pelo documentário, misturando reportagens e depoimentos de 1988 e 1989, só mostra que o melhor resumo das passagens pela política do apresentador continua a ser aquele que foi feito por um canal do Youtube, que por sinal tirou ao ar a compilação de reportagens de 1989, embora mantenha a entrevista de Silvio no "Show de Calouros" em fevereiro de 1988, que é a principal fonte de declarações políticas e relatos autobiográficos do documentário do +SBT, e o "streaming" repete a prática da emissora pesquisar no YT antes de consultar os próprios arquivos... A quinta e última parte do documentário aborda a vida familiar de Silvio Santos, e poderia concentrar os depoimentos da esposa e das filhas, por ser onde eles fazem mais sentido, começamos com vídeos caseiros e fotos de Íris e Silvio e uma narração que deixa a modéstia de lado, “Silvio Santos não foi um homem bem-sucedido apenas nos palcos, ou no mundo dos negócios, certamente a maior riqueza foi por trás das câmeras, conhecendo o amor da sua vida, Íris Abravanel”, corta para uma esmaecida reportagem em preto-e-branco, “e pela primeira fez na televisão brasileira, Clarice Amaral em Desfile dando o maior furo, apresentando a esposa de Silvo Santos, Íris, como é que você se sente, linda, maravilhosa, pela primeira vez apresentando-se em televisão”, ela se pronuncia brevemente, “muito bem, muito obrigado” (esconder novamente o casamento não é opção), Íris conta que a primeira lembrança que tem de Silvio é na praia, onde compareceu de barco, já era conhecido, quando chegou, não havia nenhuma sombra, só uma pedra, “que era tipo de uma concha, enfiaram ele lá naquela concha e quando eu olhei de longe, meu Deus, esse homem parece uma ostra” – Silvio aparece num vídeo caseiro, só de calção, sentado numa espreguiçadeira a beira de uma piscina – “e eu achei muita graça de ver todo mundo em volta dele lá de ostra, acho que eu nunca falei isso pra ele”, e depois de rir, “mas foi assim que eu conheci o Silvio”, “nós convivemos muito, muito, e muito próximos”, contando como foi entrevistada pela apresentadora e produtora de programas femininos da TV Gazeta, “em 1979, a Wilza Carla ia casar, e ela quis, e ele prometeu que ia ser o padrinho, então ela casou, ele foi o padrinho, e tava a Clarice Amaral e nos entrevistou, e foi a primeira aparição que eu tive na televisão”, de volta a reportagem, Clarice questiona, “me responde uma coisa, o Silvio Santos é assim, todo sorridente, todo alegre???”, a esposa garante, “sempre, sempre, sempre de bom humor, ele é sempre ótimo”, a Íris de hoje (cuja fisionomia lembra a de Maria Antonieta de Las Nieves, a Chquinha do Chaves, atualmente) comenta, “nós fizemos uma viagem para os Estados Unidos, escondidos de todo mundo, de pai, de mãe, de todo mundo, meu pai me procurando, fiquei com ele 15 dias fora, fomos pra Las Vegas, Los Angeles e Nova Iorque, então foi nossa primeira viagem, mas foi escondido”, mais uma pergunta de Clarice, “e é muito difícil ser esposa de Silvio Santos???”, outra resposta de Íris, “não, não, realmente, não é não”, Silvio Santos intervém, “antigamente não era, agora é”, a esposa prossegue, “agora é, ele tomou um pouquinho de juízo, eu tô conseguindo” (nas décadas de 1980 e 1990, qualquer gracejo de Silvio com outras mulheres, fosse o tombo dançando com a Flor no “Qual é a Música”, era suficiente para os jornais e programas de rádio populares noticiarem, “Acaba o casamento de Silvio Santos!!!”...), Daniela diz, enciumada, “eu nunca vi casal mais apaixonado que nem eles, eles se gostam muito, eu acho que além de ser romântico, tem uma coisa muito genuína presente, é a vontade de estar junto, e o meu pai se sente muito amado com presença, então ele gosta que a minha mãe esteja junto, ele se sente amado quando a gente está junto,  ele gosta da presença, não é de presente, de elogio, acho que todo mundo elogiou ele, é isso que mexe o ponteiro, mas a minha mãe fazer companhia pra ele, é tudo assim”, fala, Patrícia, “eu vou te falar que o casamento dos meus pais é uma referência de paixão” (os dois brindam na festa de casamento, que segundo o vídeo postado no YT, aconteceu em 1981), “que não era um amor em paz, era paixão, engraçado que se você ver os vídeos de férias, e eu me lembro disso, quando eu vi, me impactou muito” – na estação de esqui em Aspen, Colorado, no Valdisneiworld, em Orlando – “o pai, na hora que ele me filmava, ele só filmava a minha mãe, normalmente filmavam as crianças, ele só ficava na minha mãe, com a câmera assim, porque só a minha mãe aparecia, ela linda, o máximo, às vezes a gente, ééé!!!, mas ele só tinha olhos para  minha mãe, se você pegar as filmagens da minha mãe, era só a gente, mas as do meu pai só tinham a mnha mãe” (as filhas eram um pouquinho feias nesse tempo, digo, a menção a paixão faz sentido porque todas as filhas de Silvio casaram mais de uma vez), numa passagem por Veneza, Silvio focaliza Patrícia abraçada a mãe, “tá meio desfocada, mas fazer o quê, não faço ideia, mas tá muito desfocada, já filmei essa parte aqui”, prossiga, Patrícia, “sempre muito toque, muito beijo, muito grudinho, muito lindo”, seja com Silvio de capanga no Cristo Redentor ou Iris levando uma das filhas no “stroller” no Valdisnei, “o que eu tenho de referência de um amor real, genuíno, um lutou pelo outro, se amam muito, é um amor que foi batalhado, mais que tudo, é um amor de verdade, é um amor de paixão, sabe aquela paixão que deu certo???” e vem mais um beijo do casal, na beira de um lago, “sempre muito cúmplices um do outro, sempre muito amigos” (lembrando que o começo de Patrícia na televisão foi fazendo a personagem da filha que não gostava de ver o pai com outras mulheres e saía em defesa da mãe, é notório que Patrícia e as irmãs detestavam o “Jogo dos Pontinhos”, mesmo sendo uma encenação, tanto que o elenco do quadro foi totalmente renovado quando Patrícia assumiu o “Programa Silvio Santos” e a atração saiu do ar com o retorno do “Show de Calouros”), com a palavra, Íris Abravanel, “quem acompanhar a nossa vida, as nossas fotos, os nossos vídeos, vai ver o quanto ele era romântico, de dar flores, de fazer bilhetes, de uma infinidade de cartões e bilhetes dele, em todas as datas que foram comemoradas até hoje, Dia dos Namorados”, os dois se beijam na beira da piscina de um hotel, “o Silvio Santos representa o grande amor da minha vida, é uma história de amor muito linda”, “muita coisa que o Silvio fez foi impulsionada por esse amor”, inclusive quando o apresentador canta no gramado de uma casa de campo, usando uma blusa listrada de manga comprida em tons de azul e uma apertada calça preta, “quando ouvires esta canção, jamais me esquecerás, sempre no meu coração, na alegria e na dor, estarei, hahahaha” (como diria Silvio no programa, um artista exclusivo da gravadora Cometa...), Daniela diz, “eu sou muito fã dele como artista, Silvio Santos, mas eu sou muito fã dele como pai”, como mostram os vídeos caseiros onde a atual vice-presidente do SBT é abraçada e balançada pelo apresentador, “de tanto comer chuchu” (!!!), Silvia Abravanel, que foi adotada, menciona a primeira lembrança do pai que a acolheu, “é de um amigo, porque eu criei esse vínculo com o meu pai, eu sempre fui muito próxima a ele, muito amiga dele”, tanto que o próprio Silvio traz o bolo e canta parabéns, observado pela madrasta Íris, que carrega a pequena Renata nos braços, a qual cumpre a tarefa de apagar as velinhas (então é por isso que Silvia traz muito presente o jeito de falar e os trejeitos do pai de criação), e já que Renata apagou as velas do bolo da irmã, “o pessoal fala, como é ser filha do Silvio Santos, é igual, dá bronca, cobra responsabilidade, é igual, mas ele é brincalhão, curioso”, desde quando andava no carrinho de bebê e Silvio pede para ela fazer o artista de televisão e dizer “mamãe” (como filha mais nova, Renata sempre foi o xodó dos pais e das irmãs, que enxergam nela o DNA de Silvio, inclusive nos planos artístico e comercial, não por acaso ela teve um espaço muito grande no documentário, dando força a ideia de um dia ela também ser apresentadora), Cintia Abravanel, a filha mais velha, relata, “ele mostrava como é esse meu trabalho, você não vai no escritório, ele vai pra televisão trabalhar, eu era muito pequena, eu não entendia essa coisa do deslumbre do artista”, vide fotos de criança com Silvio em festas familiares, o olhar um tanto quanto disperso (outra geração, numa entrevista a revista “Contigo”, Cintia afirmou que o pai dizia morar na “pensão da Dona Cidinha”), Silvia de novo, “ele dividia muito bem essa parte de ser artista e de ser pai, essa situação de ser pai e ser apresentador nunca teve muita confusão na minha cabeça não, porque ele sempre dividiu muito bem isso, em casa ele não era o artista, o Senor pai, o Senor Abravanel pai, e o Silvio Santos” (também porque no caso de Silvia ela trabalhou desde muito jovem como produtora nos programas do pai e em outras atrações, aqui como uma espécie de “representante” de Silvio, na “Casa dos Artistas”, por exemplo), o relato de Daniela é um pouco diferente, “18 anos, pai, os meus amigos ganharam um carro, problema dos pais dos seus amigos, não é problema meu, de uma certa forma a gente ficava chateada com a firmeza dele, ele não cedia, ele falava assim, cê acha que as minhas colegas de auditório ganharam carro com 18 anos, porque vocês acham que são diferentes das colegas de auditório”, Daniela aparece em sua festa de debutante, ao lado de Patrícia e de Silvio, as duas de vestido branco (Daniela com cachos, lembrando vagamente Paula Fernandes, Patrícia de cabelos longos, tentando disfarçar o tamanho da cabeça), “então eram coisas que às vezes pareciam duras para a gente, mas hoje eu falo, eu amei a educação que eu tive”, e vai dançar valsa com o papi (não somos peruas, acreditem em nós...), Silvia reforça que em, termos de educação, “em casa ele era o Senor Abravanel, o pai, o provedor, o marido, o esposo, enfim, o provedor do lar, ele sempre teve essa posição de chefe de família” (substituindo a imagem do solteirão boa-pinta das décadas de 1960 e 1970, que tirava foto com a Miss Universo e a atriz Jessica Lange, nada mais adequado para trazer as famílias brasileiras para o SBT nos anos 1980 e 1990, vide citações e aparições das filhas no “Domingo no Parque”, “Cintía, é o nome da minha filha numero um”...), lá vem a Renata de novo, em meio a várias fotos das irmãs rodeando o pai, “a rotina era sete e quinze todos na mesa para jantar, faça chuva ou faça sol, podia estar tendo festa do amiguinho”, Patrícia garante, “eu era a filha que mais desafiava, então eu fui a filha que foi mais disciplinada, então no jantar sentava eu, que era a filha que desafiava, meu pai, minha mãe, a Dani aqui, depois as outras, era a Silvia, a Rebeca e a Renata, mas eu ficava do lado porque se precisava, eu tava ali” (mais um esforço para garantir a audiência do programa apertando os laços paternos, de modo a contornar um problema de origem, a personagem de Patrícia quando começou no "Jogo dos Pontinhos" era a filha contestadora, então é por isso que tanta gente corre para a Rebeca, porque desde seu início no "Roda a Roda", ela sempre fez a filha obediente, assim, até o próprio documentário se junta ao esforço de associar Patrícia aos maiores êxitos televisivos do pai, o próximo deve ser  o "Show do Milhão", embora duas alternativas na apresentação não seja de todo ruim, e ainda tem a Renata de coringa...), na foto, Silvio, Patrícia e a capanga, Cintia, que já era adulta nessa época, observa, “tinha a época que ele jogava videogame, sempre assistindo a televisão, ele gosta de assistir documentário, biografia, ele gosta muito de ler também”, corta para a foto de Patrícia deitada no colo de Silvio, usando pijama e segurando um chocolate, Patrícia acrescenta, “ele coleciona de tudo um pouco, ele tem a mania dos negocinhos, em Orlando é cheio de cucos, o escritório dele, botava, vai tudo pra sala, e não é que eles são sincronizados, cê não tá entendendo, é um cuco aqui, é um cuco ali, não sei como a minha mãe não pira, e as crianças amam os cucos, impressionante, parece que ele começou a por mais cuco por causa disso” (no documentário de Leonor Corrêa, é contada a história da escultura hiper-realista de uma mulher nua sentada que Silvio comprou e quis colocar em casa, porém Íris não gostou e a “estalta” foi parar no museu particular do apresentador nas dependências do SBT),  entram imagens de passeios em família, na região da Estátua da Liberdade em Nova Iorque, e no Valdisnei, Silvio sempre com camisas listradas ou floridas em cores vivas, Daniela relembra esses momentos, “de viajar com a gente, só eles, nunca levava babá, então eram os dois com a gente, foi um privilégio, foram muitos tempos em família, são memórias e valores muito difíceis de tirar, acho que são impossíveis” (compensação pelas ausências do pai e também um momento que Silvio se reservava ao direito de ser, longe das câmeras de televisão, “careca, baixinho e barrigudo, mas se tiver dinheiro, ele tá com tudo”, como canta a marchinha de 1968...), Silvio sobe num camelo, e ri enquanto cavalga com o animal, o que lembra a Daniela, “viagem pra África eles falam pra gente usar roupa discreta, de paisagem, verde, neutro, cê acha que eles leram a requisição, todos os jipes discretos, nosso jipe tinha vermelho, laranja, amarelo, e não podia, os jipes das famílias do lado, tudo assim, e a gente parecendo que era o trem da alegria” (essa viagem foi uma das primeiras ocasiões em que Silvio foi capa da revista “Caras”, em flagrantes no melhor estilo “paparazzi”, depois ele reapareceria no formato consagrado pela revista, em ensaios de fotos posadas, nos estúdios ou em casa, e foi dessa forma que a primeira “Casa dos Artistas” tornou-se a exceção à norma de não dar capa a competidores de “reality-show”, nem aos vencedores do BBB, Bárbara Paz e Supla foram capa ao lado de Silvio...), pode contar da viagem de balão, Renata, “e na hora de descer, não sei se a gente não entendeu, todo mundo falava ao mesmo tempo, cada uma dava palpite, só sei que era pra virar pra um lado, e a gente foi pro outro”, a queda é descrita no momento em que acontece, em meio aos risos, Patrícia fala, “papai tá se borrando”, também para o documentário, “todo mundo no cestinho do balão tombado, acho que todo mundo se ajudou”, Reanta acrescenta, “tudo que acontece com a gente é meio normal, a gente falava que era a Família Buscapé, mas graças a Deus todo mundo ficou bem, é Deus, todo mundo ficou bem, ninguém se arranhou”, Daniela traz mais um “causo”, “a gente foi num hotel que tinha aquele escorregador 90 graus, com 60, com certeza com mais de 60, ele foi no 90 graus, quando ele tinha uns 85 já, em 2016, ele foi numa tirolesa, uma super tirolesa, uma mega aventura”, vide vídeo com Silvio de capacete e a indispensável camisa florida, e Patrícia exclamando, “que gostoso!!!”, Daniela aponta, “ele gostava de adrenalina”, Silvio aparece com Íris esquiando, “alguém indicou Aspen para ele, foi com a minha mãe e amou”, a mãe confirma, “na hora que ele percebeu que ele conseguia esquiar, ele se sentiu tão feliz, tão gratificante, que começou a esquiar com a professora e tal, ele ficou tão animado que no dia seguinte ele falou que não precisava de professora, então o que aconteceu fica pela imaginação de vocês”, e pela imagem do tombo, “ele estava em São Paulo, ele mandou um amigo esperar em Nova Iorque, ele foi encontrar com a gente para elas terem a oportunidade de esquiar também”, Patrícia lembra que foi a primeira vez que viu neve e Daniela recorda que o passeio passou a ser repetido todos os anos, tirando sempre a mesma foto das filhas, Patrícia conclui, “todas as nossas viagens foram marcantes, eu acho que é por essas viagens que a gente é tão unida, porque ficava só nós, não podia ir namorado, primo, nada, era nós, a família, então a gente grudou” (com viagens assim, quem precisa ganhar carro aos 18, digo...), corta para a parada do Valdisnei, pois Silvia tem algo a dizer, “hoje Orlando é um mundo, mas naquela época não tinha muitos brasileiros, ele conseguia viajar bastante pra lá, ir pros parques com a gente”, até para passear de elefante, “pais de crianças, ele conseguia vivenciar momentos muito felizes, muito legais, ele sempre gostou dessa história do Mickey, da Cinderela, a história do Valdisnei, então eu acho, então era um momento que meu pai conseguia dividir histórias infantis com as filhas e ter um momento de férias em família” (no tempo em que a empregada do Paulo Guedes não conseguia viajar, embora já houvesse toda uma “cadeia produtiva” em torno das viagens para o Valdisnei, alimentada inclusive pelos programas do SBT...), Patrícia é enfática, enquanto Silvio pega a fila para comprar os ingressos do Valdisnei, “ele era tão famoso aqui, que o escape, aonde ele podia ser livre, era nos Estados Unidos” (sempre com aquela capanga e despreocupado com os quilos a mais, tem um documentário venezuelano chamado “Maiami Nuestro”, que mostrava o afluxo da classe média da Venezuela a Flórida durante o “boom” do petróleo na década de 1970, todos imbuídos da lógica do “quanto é, quero dois”, e as imagens de turistas no Valdisnei são muito parecidas com as de Silvio e família na década de 1980, um homem rico emergente vindo de um país que era importador de petróleo...), “aqui eu acho que ele nunca fazia mercado, nunca foi fazer mercado depois que ficou famoso, nunca foi num shopping, num cinema, não levava as filhas para passear, nos Estados Unidos ele encontrou um lugar prático, porque lá as coisas são bem fáceis, um lugar onde ele podia ser ele mesmo”, Irís posa com as filhas no passado, Silvio com o Mickey e diz hoje, “desde a primeira viagem, ele viu as possibilidades que o país oferecia, segurança, organização, um país de possibilidade, abria portas, era um sonho estadunidense”, ou como o próprio apresentador explicou no “Show de Calouros”, “o estaduinidense trabalha duro, muito duro, não tem nem tempo de bater um papo com a mamãe, se a mamãe passar no emprego dele, mas ele tem casa, ele tem comida, ele tem hospital, ele tem remédio, ele tem educação para os filhos” (casa tem, apesar da crise das hipotecas, comida também, dada a epidemia de obesidade, hospital, os muito ricos têm, remédio, os que não precisam de receita, vendidos em supermercados, para fugir dos custos elevados de médicos e hospitais, educação também tem, porém no ensino superior, às custas de pesadas dívidas com o financiamento estudantil...), imagens da região de Los Angeles e do letreiro de Hollywood aparecem na tela, Daniela opina “eu acho que ele gosta muito do estadunidense não ter diferença de classe social, porque você ter a desigualdade é uma coisa que sempre incomodou ele, ele via a diferença que teve do Brasil, por ele ter sido tratado diferente e por ele ser famoso, sempre admirou no estadunidense, quem você, não o que você tem” (há controvérsias quanto a não haver desigualdade, o apresentador frequentou ambientes típicos da classe média alta, e destinados a turistas, como cabe a Orlando, que vive essencialmente dessa atividade, mas, enfim...)... Silvio fotografa a Estátua da Liberdade em Nova Iorque e confessa numa “festa da firma” do SBT, “eu sempre sonhei em ter no Brasil uma vida como os estadunidenses tem nos Estados Unidos, eu sempre achei que a melhor maneira de se viver é se viver como um cidadão de classe média” (alta, muito alta...), foca na casa de Celebration, em Orlando, descrita por Guilherme Stoliar, “lá ele tem uma casa que não é uma mansão, é uma casa muito boa, é que a casa é desproporcional a capacide econômica dele, ele leva uma via simples no Brasil, que ele não consegue ter aqui” (também não é uma casinha geminada, é o que antigamente se chamava no Brasil de “bangalô” ou “palacete”), surge então a foto de Silvio e Íris na frente da residência e a famosa capa da revista “Contigo” onde Silvio empurra um carrinho de supermercado, “A Vida Anônima nos EUA”, (publicada em 15 de julho de 2003, num momento em que o SBT perdia fôlego na disputa de audiência pela Globo, passando por uma transição de comando e voltando às mãos dos familiares de Silvio, tudo isso um par de meses antes do escândalo da falsa reportagem sobre o PCC que representou a derrocada do “Domingo Legal” de Gugu Liberato, a rigor essa imagem é uma releitura da capa da “Melodias” com Silvio Santos careca, com o objetivo menos de salvar a revista e mais de ser a salvação de Silvio...), Iris confirma, “o que ele mais ama é ir ao supermercado, ele ama, ir no mercado das pulgas” – a esposa ri litros – “ele ama o mercado das pulgas, ele não esqueceu as origens dele, então ele acha isso daí o máximo, então isso daí faz parte da vida dele”, com camisas floridas e tudo, também na cozinha, como testemunha a assistente da família nos Estados Unidos, Márcia Glikas, “em Orlando, o café da manhã, ele vai e ferve o leite dele, que de vez em quando borbulha, toma o café da manhã dele, pão, as geleias, é sempre a mesma coisa”, lá vai Silvio usando seu combo camisa florida, bermuda e meia longa para comprar ingressos no parque e empurrar um carrinho de bebê, Iris acredita, “ele respeita muito seu público”, Márcia também, “e ele tira foto com todo mundo, não gostou, pode tirar outra, adora fazer perguntas, gosta da história de imigrantes”, Íris revela, “um dia saí da piscina, me enrolei na toalha, no meio da sala tinha uma família inteira, eu falei, como, o que vocês estão fazendo aqui, o que aconteceu, ah, é que a porta estava aberta e nós entramos, nós queremos ver o Silvio Santos, mas gente, vocês não podem fazer isso, a gente se sente muito invadida, muito sem privacidade, pra mim chocou um pouquinho, chocou, e aí eu tive que fazer uma cerca e por um bilhete, não entre, por favor, propriedade privada”, Márcia observa, “mas ainda tem gente que abre a porta e passa pela cerca tem uma adoração pelo Silvio, deixam cartas, deixam cartões, deixaram uma televisão na porta, deixaram flores, deixaram chocolates, deixam tudo pra ele lá” (virou a versão estadunidense das romarias ao salão do Jassa), Silvio dirige um carrinho elétrico, o narrador relata que com o crescimento da família, surgiu “mais um espacinho” no coração de pai do apresentador, “o amor de avô”, lá vem a Renata de novo, “eu já vi meu pai fazer coisas com os netos que não vi ele fazer com as filhas, de colocar aqui”, aponta para os ombros, “de deitar no chão para as crianças brincarem quando ele era bebê, é engraçado, que as crianças tem ele como supremo, quando os pais não deixam, as crianças recorrem aos avós, mas é bonitinho, os netos deitados em volta dele, junto com ele, ele é um avô carinhoso, é o contrabandista de doces” (está claro que esse tratamento foi dispensado aos netinhos mais novos, e não necessariamente com Tiago Abravanel, notem que ele ainda não apareceu nesse bloco...), Silvio segura um dos netos usando o quipá judaico na cabeça, Daniela confidencia, “até muito pouco tempo atrás ele sentava no chão pra brincar com as crianças, então ele brincou de beyblade com o Gab e com o Pedro, ele brincou de bafo com o Lucas, agora na Copa, todos os meninos ficaram no negócio de bafo, bafo”, entra Silvio trabalhando forte no ioiô em uma festa familiar, a esposa assegura, “nós aproveitamos todas as oportunidades pra nos reunir ao redor da mesa, tem uma confraternização”, pode falar, Renata, “ele preenche a casa, ele preenche o ambiente, ele faz questão de estar junto” (a fantasia da família nuclear tem apelo num país de tantas famílias disfuncionais, digo, falando em familiares, duas imagens do clã Abravanel reunido são as únicas aparições de Fábio Faria, o marido de Patrícia, ainda bem, a gente ainda não se recuperou do depoimento de Eduardo Cunha), Silvio aparece com o cabelo desgrenhado e a barba por fazer ao lado de Cintia e Silvia, esta de óculos e chapéu do Mickey, é Cíntia quem fala, “ele sempre foi assim, muito brincalhão, muito verdadeiro, e isso aproxima as pessoas” (o olhar da primogênita diz que não foi bem assim, a impressão é que ele ficou mais afetuoso com as filhas de Íris e depois, com os netos delas, nesse caso, algo comum aos avós...), Patrícia faz “selfie” com o pai e diz, “ele representa a força, a determinação, ele representa a generosidade, ele representa caráter, ele representa querer o crescimento do Brasil, acreditar no Brasil”, mais fotos com Íris e a opinião da esposa, “ele se identifica com o público, o público se identifica com ele”, “ele não tem noção, quando tem uma manifestação, por que estão fazendo isso???, ele não entende que é por ele, pelo amor que sentem por ele”, mais algumas fotos com fãs, “as pessoas amam, querem beijar, ele não percebe a dimensão que isso tem na vida ele, esse amor, esse respeito”, inclusive nas festas de fim de ano dos empregados do SBT - Silvio, na sua ideia de fazer as idas aos Estados Unidos menos um momento de ostentação e mais a chance de mostrar que fora dos auditórios levava uma vida comum de pai de família estadunidense - de classe média alta, naturalmente - tornou-se um grande propagandista da região de Orlando, tanto para turismo quanto para moradia, agora, essa narrativa é usada para cutucar o Valdisnei, conforme expusemos anteriormente...

Quando começou a série "Brooklyn Nine-Nine", a impressão deixada pelo documentário é a mesma do especial de 60 anos do "Programa Silvio Santos", apresentado em junho de 2023, quando foi reprisado no mês de dezembro do mesmo ano, se cortar bem as falas das filhas, fica melhor, ou pelo menos igual ao documentário produzido pela jornalista Leonor Corrêa e apresentado por Marília Gabriela, que com Silvio ainda dando as cartas no SBT, foi produzido para o aniversário de 85 anos do apresentador, a pedido das filhas, em 2015, e, apesar de não ter depoimentos dos irmãos do dono do SBT, só apareceu na telinha em 2021, nos 40 anos do SBT, durante a pandemia, quando ele já estava em parte afastado do centro de decisões da emissora...
















Graças a Lage, Chaves Não Subiu no Telhado...

E faltou dizer que convenceu Silvio Santos a dublar séries "Chapolin" e "Chaves" nos anos 1980...
























 

Acharam até aquela cena do meme onde perguntam quem é o ET e quem é a Patrícia... Ops!!!...

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