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Cuidado na confecção do colecionável começa na concepção da capa, nesse ponto a Panini é dura na queda, digo... |
O álbum de figurinhas da Copa América editado pela Panini é excelente, a capa dura e as figurinhas douradas da apresentação, com o logotipo, mascote e bola oficial, além do troféu da competição, atestam a qualidade do produto, então é por isso que a seção "Cidades e Estadios" ficou tão abaixo das expectativas, em outros tempos, por exemplo, no álbum da Copa do Mundo de 1994, também realizada nos Estados Unidos, era uma foto da cidade, outra do estádio, agora ou é da cidade ou é do estádio, Las Vegas está irreconhecível, alguns estádios nem mereceram figurinha, apenas uma fotinho 2X2, inclusive o da estreia do Brasil, o SoFi Stadium, em Inglewood, próxima a Los Angeles, sim, alguns estádios estão em cidades pequenas, outros tem "naming rights", porém nada disso justifica tamanho descuido com uma parte importante do álbum, não é todo mundo que tirar uma foto do SoFi Stadium da janela do avião, como fizemos ano passado... Mesmo assim, o cuidado na confecção do colecionável pela Panini aparece logo na primeira seleção retratada no álbum, a Argentina, atual campeã continental e mundial e cabeça-de-chave do grupo A, ali estão o distintivo sob fundo dourado, uma valiosa moeda de troca entre colecionadores, embora desta vez tenhamos optado por encomendar o livro ilustrado completo, as figurinhas dos jogadores na clássica orientação de retrato, mostrando o uniforme e o fornecedor de material esportivo, no caso dos argentinos, a Adidas ©, sem que o rosto dos futebolistas dispute o olhar com o fundo, de um discreto azul com a marca d’água do logo do torneio, em cada cromo, informações sobre o ano de estreia na seleção, o goleiro Dibu Martinez debutou em 2021, por exemplo, data de nascimento, o zagueiro Nicolás Otamendi nasceu em 12 de fevereiro de 1988, altura, no caso de Rodrigo de Paul, é de 1,80, posição, Julián Alvarez está posicionado no ataque, e número de títulos da Copa América conquistados, o inesgotável Angel Di Maria tem um, conquistado no Maracanã em plena pandemia com o gol que marcou em cima da Seleção Brasileira, e pensar que o Timão esnobou o atacante por acreditar que ele não tem condições de jogar 90 minutos, nas três páginas dedicadas a seleção Argentina e as demais concorrentes, não há informações sobre a equipe em que os jogadores atuam e a figurinha do time posando para a posteridade foi substituída por uma comemoração de gol, e também há espaço para o destaque do grupo, que no caso da Argentina é Lionel Messi, o próprio, “jogador mais convocado e maior artilheiro da Argentina”, que não teve uma boa atuação na estreia do argentinos, porém a “albiceleste” conseguiu vencer o Canadá por 2 a 0 no jogo de abertura do torneio, realizado no Mercedes Benz Stadium, em Atlanta, gols de Julian Alvarez (4/2º) e Lautaro Martínez (43/2º) , o próprio, a última figurinha da seção da Argentina, alis, o adversário da estreia não estava definido por ocasião do lançamento do álbum, sendo identificado apenas por “CON5”, pois a questão ainda seria resolvida num “play-off” da Concacaf, então é por isso que o álbum da Copa América tem 18 equipes, os 14 times já definidos, 10 da Conmebol e 4 da Concacaf, e outras quatro seleções desta confederação, cada uma chamada no álbum de “Play-in Team”: Canadá, Costa Rica – que viria a ser o adversário do Brasil na estreia – Honduras e Trinidad-Tobago, estas duas não se classificando para jogar nos Estados Unidos... Voltando ao grupo da Argentina, a defesa do título continental acontece numa espécie de “Grupo da Morte”, entre outras razões, pela inclusão do Chile, que ganhou seus dois primeiros títulos sul-americanos em cima da Argentina nos pênaltis nas edições de 2015 e 2016, esta última a Copa América Centenário, jogada em território estadunidense, assim, “La Roja” tem alguns jogadores com o cromo indicando duas conquistas continentais, os experientes Cláudio Bravo, goleiro, Gary Medel, zagueiro, Arturo Vidal, meia (esse o Pancada pede para pular, devido a sua passagem pelo Menguinho...) e Alexís Sanchez, atacante (o álbum não incluiu Eduardo Vargas, atacante do Galo...), destacando a figura de Medel, que não foi convocado e pouco antes do início do torneio trocou o Bacalhau pelo retorno ao Boca Juniors, da nossa parte, lembramos da briga com Messi que levou a expulsão dos dois no Itaquerão durante a decisão do terceiro lugar da Copa América de 2019, quando finalmente os argentinos conseguiram dar o troco nos chilenos após duas finais perdidas, vencendo por 2 a 0, e também no retorno ao local da decisão de 2016, o Metjife Stadium, quando a Argentina ganhou por 1 a 0, gol de Lautaro Martinez (43/2º), outra vez no finalzinho, desta vez em cima da seleção dirigida pelo argentino Ricardo Gareca, ex-Verdinho, o mesmo que levou o Peru à Copa de 2018 e agora comanda o Chile, que empatou em 0 a 0 com sua antiga seleção no jogo de estreia no AT&T Stadium, na região de Dallas, no Texas, alis, na parte da seleção do Peru, o destaque é para o experiente Paolo Guerrero, que chegou a 4.0 no último dia 1º de janeiro, “Maior goleador jogando pelo Peru”,não por acaso, apesar de não ter impedido a derrota para o Canadá por 1 a 0 na segunda rodada do Grupo A, assim como na estreia, entrou somente no decorrer do jogo, ele também está na seção de Lendas, com direito a uma figurinha dourada pelas três edições em que foi artilheiro da competição, 2011, 2015, 2019, na parte sobre a seleção peruana, a figurinha e o destaque aparecem juntos na terceira página, e na primeira, o cromo de Miguel Araújo, o defensor que foi expulso contra o Canadá, que coisa, não...
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Figurinhas no estilo clássico, fundo não disputa olhar com rosto, três páginas por seleção, destacando o seu astro... |
No final do álbum, quatro páginas de “Leyendas-Lendas-Legends”, focadas nos dez países membros da Confederação Sul-Americana de Futebol, que no final das contas é o mercado onde o livro ilustrado será comercializado, aqui no Brasil com uma forcinha dos mexicanos das lojas de conveniência Oxxo, que vendem figurinhas, a galeria começa com um cromo duplo de Gabriel Batistuta, campeão bicampeão em 1991 no Chile e em 1993 no Equador, sendo artilheiro em 1991 e 1995, no Uruguai, logo abaixo, impressa no álbum, está a foto de Júlio César Romero, mais conhecido com Romerito, campeão pelo Paraguai em 1979, quando a competição era disputada em jogos de ida e volta, um dos dois títulos do país na competição, a sua direita, a figurinha dourada do Edson (OG), que disputou uma única edição do torneio, em 1959, foi o artilheiro com oito gols, mas conquistou apenas o vice-campeonato, a gente lembra o trabalho que deu conseguir o cromo do Rei no álbum da Copa de 1998, mais uma figurinha dupla mostra o uruguaio Enzo Francescoli beijando a taça da Copa América, que conquistou três vezes com o Uruguai, em 1983, em cima do Brasil, ainda no sistema de ida e volta, em 1987, na Argentina, ganhando dos argentinos, e em 1995, em casa, superando a Seleção Brasileira de Zagallo... Falando no Brasil, a segunda página da seção é encabeçada por uma figurinha dourada de Messi comemorando a conquista da Copa América de 2021, seu primeiro título com a camisa da seleção argentina, depois de duas finais perdidas para o Chile, em 2015 e 2016, tudo isso porque, ainda durante a pandemia, o Bozo ofereceu o Brasil como sede da competição, em substituição aos anfitriões desistentes, Argentina e Colômbia, dando a oportunidade a “La Pulguita” de marcar quatro gols, fazer cinco assistências e ser campeão, pois é, não é, impresso na página está Alex Aguinaga, do Equador, que nunca ganhou (!!!), porém disputou oito vezes a Copa América entre 1987 e 2004, levando ainda os equatorianos a sua primeira Copa do Mundo, em 2002, lembrando que em sua passagem pelo Necaxa, do México, o atacante ganhou a admiração de ninguém menos que Chespirito, na sequência, figurinha dupla para Diego Forlán, melhor jogador da Copa do Mundo de 2010 e campeão com o Uruguai na Copa América realizada na Argentina em 2001, e o cromo dourado de Ronaldinho Gaúcho, aqui identificado apenas como Ronaldinho, ganhador do torneio disputado em 1999 no Paraguai, e o texto faz questão de lembrar o gol que se tornou o seu “cartão de visitas”, marcado contra a Venezuela, logo faz sentido ele cornetar o time de Dorival Júnior, digo... A terceira página da galeria tem lá no alto Ronaldo Nazário de Lima, ou apenas Ronaldo, ressaltando que o Fenômeno conquistou dois títulos, em 1997, na Bolívia, ou como diria Zagallo, “vocês vão ter que me engolir!!!”, e em 1999, e marcou dez gols, a esquerda do ex-corinthiano, a foto impressa de um ex-peixeiro, Aristizabal (OG), que marcou seis gols em seis jogos na campanha do primeiro título da Colômbia, conquistada em 2001 no seu próprio território, apesar do Pancada só lembrar do Casseta e Planeta zoando a Seleção do Felipão por causa da eliminação para Honduras, a próxima figurinha dourada é para o boliviano Marcelo Moreno, o próprio, quatro Copas América disputadas, 11 jogos, três gols e uma assistência, vale mencionar que a Bolívia tem um título continental, que ganhou em casa, em 1963, dirigida pelo brasileiro Danilo Alvim, vide cabelo de príncipe, e perdeu a final de 1997 também quando foi anfitriã, no auge da geração de Erwin “Platini” Sanchez e Marco “El Diablo Etcheverry”, coincidência ou não, abaixo do boliviano está a figurinha dupla de Don Diego Armando Maradona, usando o uniforme azul número 2 da Argentina fornecido pela Le Coq Sportif (já então uma marca do portfólio da Adidas ©), que compareceu a 12 partidas nas edições de 1979, 1987 e 1989, marcando quatro gols e vendo os títulos de Paraguai, Uruguai (que venceu os argentinos na final) e Brasil, a última página começa com uma figurinha dourada de Paolo Guerrero, artilheiro da competição com o Peru em 2011, 2015 e 2019, quando superou as vaias que levou de Norte a Sul do Brasil e conduziu a equipe peruana ao vice-campeonato, se bem que, apesar de Guerrero não ser muito querido pelas torcidas dos clubes brasileiros onde jogou (pessoalmente não, ele marcou o gol mais importante da história do Timão...), só de lembrar que o Bozo comemorou o título ao lado dos jogadores, era melhor o Peru ter ganho no Maracanã, digo, representando a Venezuela, a foto impressa de Juan Arango, seis participações no torneio, na melhor delas, um quarto lugar em 2011, quando os venezuelanos foram derrotados pelo Peru de Guerrero por 4 a 1 na melhor partida do torneio, embalado pela torcida entusiasmada no Twitter © do presidente Hugo Chávez, o próprio, a esquerda do venezuelano, figurinha dupla de Cafu, vencedor pela Seleção Brasileira em 1997 e 1997, nesta ostentando a braçadeira de capitão, e tudo termina com a figurinha dourada de Alexis Sánchez, bicampeão com o Chile em 2015 e 2016, logo depois, temos um anúncio da Sportv prometendo transmitir “todos os jogos todos os dias” – contrato antigo, digo – e o “Álbum de Oro Os Campeões Roll of Honour”, com a lista dos campeões do torneio desde 1916 (Uruguai, mesmo com a tentativa de desclassificar a equipe por ter jogadores negros), o ranking dos vencedores – Argentina e Uruguai tem 15 títulos, o Brasil 9 – e uma figurinha dupla dourada da taça com os argentinos ao fundo no gramado do Maracanã em 2021, será que chegam???...
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E não se esqueçam do time do Dorival Júnior, que apesar dos problemas, merece o nosso apoio, até o Casemiro... |
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