sexta-feira, 10 de maio de 2024

Senna em Revistas (IV): Dando as Caras Trinta Anos Depois...

 





























A edição especial de “Caras” sobre Ayrton Senna publicada no último dia 26 de abril é muito diferente das revistas lançadas na época do acidente em Ímola, em maio de 1994, a começar pela editora que a publica, a derrocada da Editora Abril fez com que a Editorial Perfil argentina assumisse sozinha a publicação em 2015, ou conforme se lê no expediente, “Caras é editada na Argentina, Brasil, Portugal e Uruguai”, na mesma época em que incorporou outros títulos da Abril, a maioria focada na venda em bancas, caso de “Contigo” e até mesmo “Aventuras na História” e “Placar”, esta pensando nos Jogos do Rio em 2016, tanto que a publicação voltou para a editora original depois das competições, voltando a ser licenciada para outro editor em 2023... Na capa, Ayrton Senna aparece andando em um gramado, o verde domina a foto autografada logo após o título, “Ayrton Senna: 30 anos de saúde”, citando uma foto do piloto, “Vencer sem correr os riscos é triunfar sem as glórias!!!”, no canto direito da capa, o selo “Edição de Colecionador, Mais de 120 fotos”, uma delas, na seção “Foco”, é a da Mc Laren número 12 correndo na chuva, logo acima do poema concreto “Velocidade”, palavra que vai ocupando o espaço de uma fileira de dez letras “V”, de autoria do poeta Ronaldo Azeredo... A primeira matéria aborda a infância de Ayrton, “A velocidade era sinônimo de brincadeira para Senna, Na infância, o futuro piloto se divertia no volante dos carrinhos e mostrava habilidade”, tendo na abertura as conhecidas imagens na escola e pilotando, “Na infância, o brinquedo preferido de Senna era o kart. Com a velocidade correndo nas veias, ele era acelerado para fazer as lições  na escola, em São Paulo, onde nasceu”, na página dupla seguinte, “Na região da Zona Norte da capital paulista, onde cresceu, Ayrton não largava os seus carrinhos. Antes dos carros, o triciclo era o seu fiel companheiro de aventuras e estripulias”, e uma página inteira para um flagrante inusitado, “Ao lado de Viviane, Senna usa uma bacia de água para batizar a boneca da irmã. O pequeno encarou o papel de padre durante a brincadeira em SP”, a bacia está colocada em cima de um botijão de gás com estampa de flores, ele e outras crianças encenam um rito católico, e Senna se tornaria evangélico... Na sequência, uma foto de Ayrton com a mãe, Neide, e a irmã, Viviane, e três imagens coloridas da infância de Senna, ao lado de um Fusca verde, num carro de boi com o irmão Leonardo, e montado numa bicicleta junto de Viviane, em pé, a irmã de vestido florido e usando óculos escuros, na próxima página dupla, o texto cita que o futuro piloto, canhoto tinha um cachorro chamado Ford, na próxima página dupla, o menino Ayrton aparece no banco do motorista – onde foi flagrado pela polícia dirigindo a caminhonete do pai na região de Itanhaém, no litoral sul de São Paulo, quando tinha oito anos – e em cima do portão (baixo) de sua casa, e a reportagem termina com Ayrton já adulto, em duas fotos ao lado dos sobrinhos  Bianca, Bruno e Lalali, feitas por Norio Koike, mas cedidas pela Ayrton Senna Enterprises (ASE), bem como as imagens de família com Senna correndo de Kart e fazendo da caçamba do caminhão um pódio... Alis, a categoria de base do automobilismo é o tema da matéria “Kart dá ao futuro astro as lições para brilhar na pista, Unanimidade na categoria, o jovem começou a escrever sua história com uma sequência de vitórias”, uma delas abrindo o texto numa imagem de página dupla, vibrando com a bandeirada no autódromo de Interlagos, “Em 1978, ele conquistou o título do Campeonato Brasileiro de Kart. Com macacão laranja e ainda sem o seu emblemático capacete verde e amarelo,  provou que tinha talento”... No texto, o piloto Walter Travaglini lembra as aulas que deu a Ayrton - “A vida dele era a corrida. Ele andava a semana inteira de kart” - que aparece competindo em imagens coloridas, do acervo da ASE e da Getty Images, com e sem o capacete colorido, “Para driblar o desafio da pista molhada, ele passou a treinar em dias de chuva. Com apoio do pai, o futuro gênio das pistas não demorou para virar um gênio. Em 1981, Ayrton fez pausa para ajudar nos negócios familiares e regressou em 1982” – no caso, a loja de materiais para construção do pai, Milton Guirado Theodoro da Sivla, que saiu de cena em 2021... Uma foto de Ayrton Senna no alto do pódio do Grande Prêmio da Europa, em 1993, segurando a bandeira brasileira e encobrindo Damon Hill, enquanto Alain Prost passa a mão no nariz aparece na abertura do texto “A irretocável e meteórica jornada do herói nacional, Tricampeão da Fórmula-1, piloto colecionou feitos impensáveis dentro do automobilismo”, na sequência, uma página dupla com fotos em preto-e-branco, duas guiando seu Fórmula-3 e na Lotus na fase do macacão preto, conversando com o engenheiro da equipe e após segunda vitória na Fórmula-1, no Grande Prêmio da Bélgica de 1985, local onde é destacada uma frase emblemática do piloto, “O brasileiro só aceita se for campeão. E eu sou brasileiro” – vide a diminuição do interesse do público do Brasil pela F-1 nos últimos 30 anos... Mais uma página dupla também rememora os tempos da Lotus, conversando com o pessoal da equipe em 1985, só observando os mecânicos mexerem no carro sem carroceria em 1986, e no famoso flagrante que reuniu naquele mesmo ano, Ayrton, Prost, Nigel Mansell e Nelson Piquet – um registro feito pelos vários fotógrafos que compareceram ao autódromo do Estoril para a prova em Portugal...  As cores voltam no banhaço de champanhe que deu em Interlagos na vitória de 1991, trabalhando forte com Michael Schumacher para molhar com Moet Et Chandon a torcida em Monza, em 1992, dando autógrafos num tempo que “selfies” não eram muito viáveis devido a tecnologia da época, dando carona a Jean Alesi no México, em 1991 – a carona que pegou na Williams de Mansell algumas provas depois, na Inglaterra, não entrou na seleção da revista - ao lado da Mc Laren depois do abandono na Espanha, também em 1991, e sendo atendido após o acidente na pista mexicana em 1992, alguns flagrantes pessoais, “A francesa Jeane Damerot, na época com 82 anos, ganha carinho de seu ídolo, em 1994” – e o boné do Banco Nacional – “As luvas rasgadas e com fita isolante não eram um obstáculo para Senna. O plano de corrida era anotado no papel. Em 1989, após desistir de prova, ele se troca”, o piloto chorando na tribuna de Mônaco em 1993, ao lado do príncipe Ranier, e cercado por fotógrafos antes de dar o pontapé inicial num amistoso da Seleção na França, poucos dias antes do acidente em Ímola – na foto do plano de corrida, está o crédito de todos os registros da reportagem, Getty Images... O maior rival na Fórmula-1 mereceu duas páginas, “Com Alain Prost, brasileiro teve um duelo de gigantes, Piloto francês foi seu maior adversário na F1, mas o que prevaleceu foi o espírito esportivo”, simbolizado por uma foto da Getty Images onde Senna ergue o braço de Prost no pódio de sua última vitória na categoria, na Austrália em 1993, e também em eventos de patrocinadores e dividindo uma moto da Honda, registrando ainda as palavras de Ayrton no “cockpit” da Williams na prova de Ímola em 1994, “Para começar, gostaria de mandar um bom dia em particular para o meu amigo Alain. Sentimos sua falta, Alain” – não do Ballestre, digo... Na época do acidente fatal, “Caras”, aproveitando que havia colocado Senna na capa na semana do Grande Prêmio de San Marino, e por ser uma revista especializada em “jornalismo de celebridades”, deu mais destaque  a vida particular do piloto na primeira edição extra sobre Ayrton, desta vez, os feitos na pista chegaram em primeiro lugar, e só depois veio sua intimidade, “Rotina leve e afetiva ditava os seus momentos de folga, Longe dos holofotes, Ayrton elegia a praia e o campo para relaxar e exercer novas facetas”, matéria que abre com uma foto da conhecida série de Gianni Giansanti, da agência Sygma, que ilustrou as matérias de 1994, “Em fevereiro de 1994, ele curte o término de suas férias em sua fazenda na região de Tatuí, no interior de SP. A velocidade nas pistas fazia pausa para ele conseguir pescar” – essa imagem, bem como outras de Giansanti, como a do aeromodelismo, a da piscina e até aquela segurando um peixe, são creditadas, junto com os registros de outros fotógrafos, como o feito na piscina da residência na região da Serra da Cantareira, em São Paulo, como Getty Images... Porém, na página dupla seguinte, de quatro fotos, três são de Giansanti, a do chiqueiro na fazenda de Tatuí, do trato na moto da Ducati e a ducha depois de trabalhar forte no jet-ski, “Ainda na fazenda, Senna acompanha de perto a criação de porcos. Já em São Paulo, ele mostra cuidado ao lavar moto e comprova outra paixão, as duas rodas” – na edição especial de 1994, a legenda da foto onde Ayrton afaga os porcos e Adriane Galisteu só observa dizia que ele não era um grande apreciador de carne suína (apesar de ser corinthiano, digo...), o texto de 2024 cita alguns hábitos alimentares do piloto, “Amante da boa mesa, seu prato preferido era o macarrão ao sugo. E como bom brasileiro, não dispensava o clássico arroz, feijão, bife e batata frita. A curiosidade é que, diferentemente da rotina das pistas, o piloto comia devagar, fazendo suas garfadas em “primeira marcha”!!! Para adoçar o paladar, não dispensava um profiterole” – ao contrário do biógrafo Ernesto Rodrigues, autor de “Ayrton, o Herói Revelado”, “Caras” teve acesso a família de Ayrton para produzir a edição especial... A revista, coerente com sua linha editorial, aborda a fama de Ayrton e a relação com outros famosos em “Gênio da pista protagonizou encontros memoráveis, Personalidades da música, da TV, do esporte e da política se declararam fãs do brasileiro”, na abertura, ao lado de Tina Turner no palco, reprodução do YT, com Zico, usando o uniforme do Kashima Antlers, enquanto o futebolista segura o capacete do piloto, condecorado pelo presidente Fernando Collor de Mello, contemporâneo de Nelson Piquet em Brasília, em 1991, junto com Galvão Bueno e Reginaldo Leme, numa foto em preto e branco e, em outra imagem reproduzida do YT, com Roberto Carlos no especial do cantor, que o Viva deve exibir neste sábado – Senna aparece conversando com Roberto, que dirige um Escort XR3 conversível branco, o piloto, que habitualmente dava entrevistas com o boné do patrocinador, está com a cabeça descoberta, sentindo o vento bater em seus cabelo, enquanto o Rei usava o boné da Horizonte Veículos, concessionária de automóveis que montou na região de Mogi das Cruzes, em São Paulo, por coincidência, uma revendedora da Ford, fabricante do Escort, montadora que deixou de produzir no Brasil, da qual Senna também foi representante, ao adquirir a concessionária Frei Caneca, em 1993... Finalmente os famosos amores de Senna são resgatados em “Coração acelerado e cheio de amor do eterno campeão, As namoradas, o casamento e a paixão secreta de Ayrton revelam o homem por trás da lenda”, matéria que abre com uma foto de Ayrton Senna e Xuxa, “Em  Mônaco, em 1989, Xuxa e Senna formavam um dos casais  de maior interesse midiático. Oficialmente, a relação acabou após dois anos de romance intenso... A foto surpreende porque a revista “Caras” basicamente “oficializou” o namoro de Adriane Galisteu e Ayrton com duas matérias de capa que reproduziu nos especiais de 1994, a primeira, com Adriane, que saiu na semana do Grande Prêmio do Brasil, que abria a temporada, a segunda com o casal se abraçando,  publicada às vésperas da corrida em Ímola, mais adiante, a revista publicaria o livro de Galisteu, “O Caminho das Borboletas – Minha Vida com Ayrton Senna”... Nos dias que se seguiram ao acidente, entretanto, a revista manifestou um certo receio de ter seu nome associado a Galisteu, pois os editores, alguns deles argentinos, consideravam Xuxa o paradigma de celebridade do Brasil, e duas semanas após a tragédia de Ímola publicou uma capa sobre o casamento de Ayrton Senna com Lilian Vasconcelos Souza, em 1981, onde Xuxa era citada como “viúva oficial”, uma preocupação que desapareceu com o tempo, pois a apresentadora confessa no texto, “ela ainda admitiu que Marlene Mattos (73), sua empresária na época, interferiu de todas as formas para a relação não dar certo”... Antes, porém, em junho de 1995, a revista apresentou em sua capa outra namorada de Ayrton, a modelo australiana Carol Alt, que aparece em duas fotos da reportagem, “Senna teve uma relação secreta com a modelo Carol Alt por quase quatro anos. Em 1993 ele se rende a leveza e aos encantos de Adriane Galisteu”, e mais um contratinho mereceu foto, “Com a namorada Adriana Yamin, em 1988. O casamento com Lilian em 1981. A relação com Xuxa foi intensa. Carol Alt em 1991, na Itália” – Yamin lançou o livro “Minha Garota”, em 2019, sendo considerada por alguns a “namorada secreta” de Ayrton, embora o romance fosse de conhecimento público e notório na época que aconteceu, uma vez que ambos os dois, ele um piloto de Fórmula-1, ela filha de um empresário, eram constantemente flagrados em festas, e ela é citada em quase todas as matérias que faziam um balanço dos amores de Senna em 1994... No entanto, a revista não renegou o seu passado e publicou uma entrevista com Adriane Galisteu, na matéria “Com Adriane Galisteu, ídolo vivencia seu último romance, Responsável por dar leveza à rotina do piloto, ela relembra os momentos de alegria e dor”, abrindo com uma foto de Giansanti dos dois cavalgando na região de Tatuí, a legenda lembra, “Casal estampava a capa de Caras na semana da morte”, e o texto traz o relato de Adriane sobre última conversa com Ayrton, -São dois momentos. O primeiro quando eu desligo o telefone com ele e, 10 minutos depois, começa a corrida. Acho que eu fui a última pessoa com quem Ayrton falou ao telefone. Ele pediu para eu buscá-lo no aeroporto, porque não estava mais aguentando a corrida e porque aquele fim de semana estava muito caótico. Eu me lembro de ter falado na ligação: 'não corre!!! Você não pode ter uma indisposição???’ Ele ficou bravo, disse que precisava pontuar no campeonato. Se pudesse voltar no tempo, eu insistiria!!! Sentei para ver a corrida e, para mim, esse momento é inesquecível. Começou e ele bateu. Nisso, desligo a TV e vou tomar banho, já estava costumada com aquilo e fui me adiantar, achando que ele chegaria antes. Para mim, era só mais uma batida, só mais um acidente. Lembro que estava no avião, em Portugal, e recebi uma ligação na torre, achei que era ele, mas tive a notícia da morte. Naquele momento, tinha um silêncio no aeroporto que nunca esquecerei, estava todo mundo de luto. O mundo não achava que ele morreria fazendo o que mais sabia fazer. Outra coisa foi aqui, no funeral, o Brasil parado e em silêncio, foi uma coisa inacreditável”...O acidente propriamente dito é abordado em “A corrida que interrompeu uma trajetória heroica, Acidente na curva Tamburello em Ímola, tirou a vida de Senna e fez o mundo entrar em luto”, a abertura da matéria tem uma foto em preto e branco de Ayrton com capacete e levando a mão ao olho – a barra da suspensão atingiu o piloto um pouco acima das sobrancelhas – e uma imagem aérea da parte do autódromo onde aconteceu o acidente, “Curva Tamburello, onde Senna perdeu a vida, foi transformada em chicane. Na época, carros chegavam  aos 320 km/h ao chegar ao local. A área de escape era pequena”, na foto é possível observar um carro removendo possíveis vestígios de combustível e a mancha de sangue resultante do socorro ao piloto, já coberta por papeis, que podem ser vistos bem de perto na página seguinte, logo abaixo de uma foto de Senna dentro da Williams nos boxes de Imola, “Pouco antes da corrida, ele estava preocupado, pois o austríaco Roland Ratzenberger morreu durante treinos. Senna queria vencer a prova e homenageá-lo: colocou a bandeira da Áustria no carro para erguê-la ao cruzar a chegada”, o texto ressalta a preocupação do piloto, “Consegui o melhor tempo, mas não significa que as coisas vão bem. Esta pista é um desastre”, na sequência, outra foto em preto e branco mostra a Williams número 2 já no grid de largada, acima de uma imagem do carro acidentado sendo removido da pista, o lado direito da carenagem é o mais danificado, e não tem as colunas da suspensão, que se desprenderam no impacto do muro, uma delas atingindo o piloto, “Senna se posiciona na largada. Abaixo, o carro do ídolo é retirado da pista. Após o acidente foi dada bandeira vermelha e os pilotos voltaram ao pit”, outra imagem da retirada da Williams, evidenciando os danos na carenagem, está no final da matéria, junto com uma foto do momento do acidente e outra da remoção de Senna, num ângulo que não é possível visualizar partes do rosto, como nas fotos que “Caras’ publicou na época do acidente sem maior destaque, “A telemetria mostrou que, antes do impacto, Senna conseguiu reduzir a velocidade de 300 para 200 km/h. Tragédia teve como causa a quebra da coluna de direção”, causa apurada após anos de investigações, para dar uma ideia dos efeitos do acidentes, o texto traz o relato do médico Sid Watkins, neurocirurgião que era o chefe da área médica da Fórmula 1, “Ele estava sereno. Eu levantava as suas pálpebras e estava claro, por suas pupilas, que ele teve um ferimento maciço no cérebro, Nós o tiramos do cockpit e o pusemos no chão. Embora eu seja totalmente agnóstico, eu senti sua alma partir nesse momento”, também é colocado um comentário de Michael Schumacher, que venceu a prova em Ímola depois que foi reiniciada, “Depois do pódio, me disseram que ele estava em coma”, e o piloto alemão aparece numa foto feita no ano seguinte, “Em 1995, um ano após a fatalidade, os pilotos fizeram um tributo ao ídolo das pistas. O impacto fez com que um pedaço da suspensão dianteira se partisse e penetrasse a viseira do capacete, causando danos irreversíveis no lobo frontal de Senna, que se tornou lenda” – outro resultado das investigações feitas posteriormente, acompanhadas, entre outros, pelo repórter Roberto Cabrini, que é lembrando pela notícia dada no plantão da Globo, “Morreu Ayrton Senna da Silva... Uma notícia que a gente nunca gostaria de dar”, nenhuma das fotos da matéria é creditada... Os funerais de Ayrton estão nas oito páginas do texto “No adeus ao mito, o Brasil se enche de lágrimas e saudade, Em funeral comovente, e com honras de chefe de Estado, Senna é imortalizado nos corações”, que abre com uma foto do capacete em cima da bandeira do Brasil colocada no caixão exposto na Assembleia Legislativa de São Paulo, também pela citação feita em um filme anos depois, “Em um dos momentos mais comoventes do velório, Viviane pegou o capacete do irmão, que ficou ○ tempo todo em cima do caixão, e chorou copiosamente. A cena foi tão impactante que rendeu uma homanegem no filme ‘Homem de Ferro 3’, da Marvel. No longa, Pepper Potts, personagem de Gwyneth Paltrow (51), acredita que Tony Stark, papel do ator Robert Downey Jr. (59), está morto após o falso Mandarim atacar a luxuosa mansão do Homem de Ferro. Potts, então, organiza o funeral dele e, assim como fez Viviane, beija o capacete do herói. ‘Uma pequena homenagem, mas significativa, espero. Senna foi incrível. Dignamente um herói nacional’, falou o roteirista do longa, Drew Pearce (48), em 2013”, na sequência, fotos do carro funerário com o corpo do piloto chegando ao avião da Aeronáutica Militar Italiana para ser levado a Paris, e daí ao Brasil, e antes cercado por uma multidão na saída do IML de Bolonha – uma das médicas que testemunhou a autópsia, Maria Cristina Gervasi, contou ao jornalista Flávio Gomes que as coroas de flores deixadas no local foram redistribuídas pelas sepulturas do cemitério da cidade italiana  – e três flagrantes do enterro no Cemitério do Morumbi, mostrando Neide e Leonardo Senna, Frank Williams e os pilotos que levaram o caixão, Emerson Fittipaldi, Alain Prost, Christian Fittipaldi, Jackie Stewart e Gehard Berger – a mesma cena, fotografada de outro ângulo, foi capa da segunda edição especial da revista lançada depois do acidente em 1994 – na próxima página dupla, fotos do caixão chegando ao local do sepultamento, as flores deixadas na Assembleia Legislativa, com a primeira página do jornal paulistano “Notícias Populares” publicada no dia seguinte aos acontecimentos em Ímola, “Adeus, Senna”,  a lápide colocada no Cemitério do Morumbi,  o caixão colocado no saguão da Assembleia Legislativa e uma reprodução de TV mostrando Xuxa Meneghel no velório, a matéria termina creditando as fotos (Getty Images), numa foto das flores colocadas em Ímola, abaixo da imagem de uma faixa colocada em viaduto no caminho do cortejo fúnebre, “Obrigado Ayrton e adeus”, ao lado de uma homenagem feita no asfalto da pista do Grande Prêmio da Bélgica em 1995, “Ayrton, How can i forget you???”, Adriane Galisteu no Cemitério do Morumbi e o carro do Corpo de Bombeiros rodeado por uma multidão – ao contrário da edição extra lançada há 30 anos atrás, os registros de pessoas comuns que acompanharam o cortejo, um raro momento de quebra da prioridade dada a cobertura de celebridades que caracteriza a revista, não tiveram destaque...  A matéria “O Piloto deixa legado social e ajuda a transformar a realidade do Brasil, Sonho do tricampeão, o Instituto Ayrton Senna completa 30 anos de apoio às crianças e jovens por meio da educação” traz uma entrevista com a irmã de Ayrton e presidenta do Instituto, Viviane Senna, começando com uma foto do piloto do lançamento da revista de histórias em quadrinhos do Senninha, personagem criado por Rogério Martins e desenhado por Ridaut Dias Júnior, apresentando mais fotos da irmã de Ayrton, “Em SP, Lewis Hamilton ganha retrato de Senna, seu ídolo. A irmã Viviane exibe uma aeronave com tributo ao piloto. Com o então presidente FHC, em inauguração de fábrica” – todas do acervo da Getty Images – “O inglês Lewis  Hamilton, mais uma vez, exalta a admiração por Senna e fica hipnotizado diante do capacete do ídolo, em 2017. Em 1997, Viviane mostra relógio feito em parceria com grife e teve parte das vendas revertidas para o Instituto, cuja sede fica em SP” – mesmo que o filho de Viviane, Bruno Senna, sobrinho de Ayrton, tenha corrido na Fórmula-1, a revista foi de encontro ao pensamento daqueles fãs que consideram Hamilton, o primeiro piloto negro campeão da Fórmula-1, o legítimo sucessor de Senna – Viviane explica a atividade do Instituto, “Em 30 anos de história, o Instituto atuou em todos os Estados do Brasil e alcançou mais de 3.000 municípios. Entretanto, a maior conquista vai além dos números. O Instituto introduziu paradigmas que que trouxeram inovações para o setor social na época. Também nos comprometemos com a eficiência, já amplamente utilizada no setor empresarial, mas até então pouco explorada na esfera pública e no terceiro setor. Outra inovação: fundamentar nossas ações em evidências científicas. Estamos falando de uma mudança que não se limita a números ou estatísticas, mas que reflete na realidade diária de milhões de estudantes, educadores e famílias evidenciando um legado que, acredito, seja a verdadeira essência do nosso trabalho. Um dos nossos marcos foi a contribuição para desenvolvimento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, índice fundamental para a avaliação da educação no País. Recentemente, ainda tivemos papel ativo na formulação da Base Nacional Comum Curricular, influindo, por meio de pesquisas, para que competências como foco, determinação, inovação, resiliência, colaboração e capacidade de trabalho em equipe fizessem parte do currículo nacional. Além desses marcos, nossa atuação se estendeu ao terreno prático, apoiando municípios e estados como Sobral, no Ceará; Teresina, no Piauí; e o próprio estado do Ceará, que hoje se destaca pelos seus resultados exemplares em educação”, e o texto termina registrando mais homenagens ao piloto, “Fãs conferem escultura em bronze do ídolo, em Ímola, na Itália. Busto feito pela sobrinha Lalalli Senna, em Interlagos. No 25º aniversário da morte, escultura em Barcelona”, com o capacete ocupando lugar de destaque na última foto, “Em 2014, durante tour pelo Brasil, o príncipe Harry assina réplica do capacete de Senna ao visitar o Instituto, em SP, com Viviane Senna” – antes do casamento com Meghan Markle, em 2018... Uma página dupla mostra Ayrton em ação com a Mc Laren, “Em 1989, Senna passa pelo circuito de Mônaco. Foi no principado, alis, que Ayrton deixou sua marca ao vencer 6 dos 10 GPs que disputou!!!” ...As capas de “Caras” sobre Ayrton, publicadas antes e depois do acidente em Imola, estão em “As páginas de Caras revelam êxito, intimidade e saudade, Do triunfo à tragédia, da filantropia ao amor, passos do brasileiro são eternizados em capas”, a primeira é a que estava nas bancas na semana do Grande Prêmio de San Marino, “Ayrton Senna fala de amor, Mulheres, namoro, casamento, filhos”, com a foto de Senna e Adriane Galisteu na piscina... As seguintes são as edições extras lançadas em maio de 1994, a primeira com a foto do piloto de braços erguidos sob fundo preto (a que lembra uma crucificação) e o título “Ayrton Senna 1960 1994”, a segunda com a imagem dos pilotos levando o caixão no Cemitério do Morumbi, “Adeus Ayrton”, que tem Xuxa no alto da capa, “Xuxa, há mais de um ano sem vê-lo, hospedou-se na casa de Viviane Senna e sofreu como nunca” e Adriane Galisteu parte inferior, “Do círculo íntimo, Adriane Galisteu foi a única que o acompanhou a noite toda”, ao lado de uma foto dos pais do piloto, “Os pais, Milton e Neide, à beira do desmaio, dizem que o filho pertence a todo mundo”, a revista nunca escondeu o seu papel de trazer a público que Senna e Galisteu namoravam firme, inclusive lançando o livro “O Caminho das Borboletas – Minha Vida com Ayrton Senna”, no entanto, principalmente nos meses que se seguiram ao acidente, ficou visível uma preocupação de não deixar que as matérias sobre Adriane dificultassem o acesso a família do piloto e principalmente a Xuxa, que os editores argentinos da revista consideram a celebridade número 1 do Brasil, dessa forma, a edição de 13 de maio de 1994 vinha com um “Documento exclusivo, Pela primeira vez publicado na imprensa”, imagem registrando “O casamento de Ayrton, Ele se casou com Lilian em 1981. Ambos tinham 21 anos. Separaram-se oito meses depois”, e no pé da capa, uma menção a Xuxa, “Porque Xuxa foi considerada a viúva oficial no enterro do tricampeão”, que inclui uma foto da apresentadora de mãos dadas com Viviane Senna, outros destaques de capa são “O emotivo encontro de Romário com seu pai, Edevair, após o sequestro que durou cinco dias” e “Os bastidores do desfile da grifee de Regina Duarte, que teve a filha como modelo”,  o livro de Galisteu, escrito em parceria com Nirlando Beirão, editor de “Caras”  foi lançado em novembro de 1994, entretanto na edição e 28 de abril de 1995, Adriane foi mencionada rapidamente numa chamada de capa, que tinha uma foto de Ayrton, de camisa social, tomando café da manhã na cama, “Um ano sem Ayrton, Documento fotográfico exclusivo”, e na parte inferior, “Especial Senna, Comovente: a valise e a mala como as deixou na última vez, Sua Bíblia pessoal e os parágrafos que ele mesmo sublinhava, O sofrimento do pai, Adriane Galisteu reza no Vaticano, A Tamburello hoje Novas fotos junto a Carol Alt, E muito mais!!!”, exatamente como na revista publicada na véspera do acidente, a chamada do alto da capa era sobre Roberto Carlos, que visitou Cachoeiro do Itapemirim, “Roberto Carlos, emocionado, volta a sua casa natal no Espírito Santo”, no pé da capa, “A viagem do presidente FHC e de Dona Ruth aos Estados Unidos”, “Imagens únicas do tributo a Tom Jobim, Gilberto Gil e sua mulher, Flora, em Miami, desmentem a separação”, na semana seguinte, o foco da edição datada de 5 maio de maio, foi a família, “Viviane Senna mostra o único sonho de Ayrton, Irmã do ídolo abre as portas do Instituto que guarda a memória do campeão e ajuda aos carentes”, falando em família, outra delas está na chamada do alto da capa, “Silvio Santos, pela primeira vez, aparece em público com as suas três irmãs, Perla, Beatriz e Sara prestigiam premiação do dono do SBT” – Sara era a mais conhecida, por ter sido vítima de um sequestro em 1992, assim como a sobrinha Patrícia Abravanel ganharia notoriedade ao ser raptada em 1992, as irmãs não faziam questão de aparições públicas e ninguém imaginava que as filhas de Silvio apresentariam programas e substituiriam o pai – e abaixo da foto de Viviane ao lado de uma pintura do irmão, “Antônio Ermírio de Moraes casa com pompa sua terceira filha, Maria Lucia”, “Márcia Haydée, na Alemanha, fala do adeus”, “Marjorie Gueller, estilista da primeira, confessa que não gosta de moda”, alguns dias depois, na edição de 20 de junho, o foco é no “romance às escondidas” de Ayrton, com a mesma rubrica da capa do casamento, “Documento fotográfico exclusivo, As férias na Polinésia do tricampeão com seu amor secreto, Ayrton Senna e Carol Alt”, a foto que ilustra o título mostra o piloto e a modelo na piscina, como a capa com Galisteu, e coincidentemente, no alto da capa, lá está Roberto Carlos, “Com a mulher, Maria Rita, o Rei assiste à missa comemorativa em Petrópolis, Roberto Carlos se emociona nas bodas de ouro do ortopedista que o atende desde criança” – uma maneira discreta da revista mencionar o acidente que o cantor sofreu na infância, alis, um dos fatores que levou Roberto a se mudar de Cachoeiro para o Rio foi exatamente ser atendido por esse médico – e um par de semanas depois, em 28 de junho, a capa é de Xuxa ao volante, “Xuxa compra carro de Ayrton Senna”, sem maiores detalhes, mas é possível perceber, pela grade e o vidro dianteiros, que se trata de um Audi, marca representada pela empresa de Ayrton, zero quilômetro, que é cortado por uma imagem da primeira-dama brasileira de então, segurando um bule, “Dona Ruth Cardoso esbanja todo seu charme em Portugal”, a chamada do alto da capa é auto-referente à própria revista, “Hóspedes da Villa de Caras exibem figurinos autênticos de Hollywood, Lucélia Santos, Carla Camurati, Isabela Garcia e Luciana Vendramini em Campos do Jordão”, embaixo, “Letícia Spiller e Marcelo Novaes juntos”, e ilustrada com uma foto, “Cintia Abravanel, a filha artista e executiva de Silvio Santos” – Teatro Imprensa, lembra o Pancada, apontando que numa entrevista à revista “Contigo”, nessa mesma época, a filha número 1 recordou que o pai dizia nos programas que morava na “pensão da Dona Cidinha”, em referência a mãe, bisavó de Tiago Abravanel, que de fato era filha de uma dona de pensão onde Silvio Santos morou na região de Santa Cecília, que coisa, não, a seleção da revista deixou de fora a capa da edição de primeiro aniversário da publicação, com data de 4 de novembro de 1994, "Adriane Galisteu na curva Tamburello, Pela primeira vez ela foi ver o muro onde morreu Ayrton Senna", vide cautela no alto da capa, "Xuxa fotografada na intimidade de seu lar e entrevistada em Buenos Aires"... Na última página, Ayrton caminhando na pista, a sombra projetada no asfalto, na contracapa, a Mc Laren número 1, duas imagens sem legenda, na primeira há também o expediente da revista e na segunda, o logotipo da publicação, abaixo do carro...























A “Car Magazine Brasil”, lançada em 2009 como a versão brasileira de uma publicação britânica, também vendida em Portugal, lançou uma edição especial sobre Ayrton Senna, cuja foto principal de capa é o piloto dentro da Williams número 2, “Senna, A história do tricampeão mundial que nos deixou há 30 anos, o carro da Mc Laren aparece à direita do título e a esquerda do capacete de Senna, as chamadas, “O início, O Kart, as primeiras corridas, Chegada na Europa, Domínio total nas categorias de base com recordes históricos, Fórmula 1, uma década de genialidade, O acidente, seria mesmo uma solda malfeita a causa de tudo???, Photo Gallery, Galeria com as mais incríveis fotos feitas pelos maiores fotógrafos do mundo”, algumas delas feitas pelo próprio “publisher” da revista, Luca Bassani, que explica que o especial é uma versão ampliada de uma edição extra sobre Senna lançada há cinco anos,  “Em 2019, quando resolvemos fazer a edição especial em homenagem aos 25 anos sem  Ayrton Senna combinamos que a revista teria que ter a dimensão da sua história e do seu legado.  A edição foi um sucesso editorial estrondoso e rapidamente se esgotou nas bancas. Arquivamos alguns exemplares e guardamos como uma publicação definitiva, com o padrão CAR Magazine da época. Passados cinco anos, resolvemos reeditar e atualizar o especial, melhorando ainda mais aquilo que foi realizado em 2019. Agora em 2024, a CAR Magazine Brasil completa 15 anos e o relançamento desse sucesso também é uma forma de celebrarmos a nossa trajetória. Quando editamos o especial Senna pela primeira vez, o nosso objetivo maior não era contar apenas o que todo mundo já contou ou está disponível na internet. Queríamos mostrar um lado humano e de bastidores para que novos leitores fizessem uma imersão no mundo da Fórmula-1 e se sentissem como parte da história. Além dos leitores habituais da CAR, cuja maioria se situa na casa entre 36 e 59 anos, a ideia era mostrar quem foi Ayrton Senna para os mais jovens, alguns que nem chegaram a ver o tricampeão em ação, ao vivo. Passada a pandemia, a Fórmula-1 atrai cada vez mais a atenção do público jovem, sentimos que seria importante novamente o que aconteceu há 30 anos, culminando naquele fatídico dia primeiro de maio.  O experiente jornalista Alan Magalhães, que comandou os trabalhos em 2019, e trouxe um produto repleto de bastidores, já que trabalhou junto a Senna  no início da carreira do tricampeão. A assinatura de Alan permanece em 2024, como Redator Chefe. Convidamos o jornalista Rodrigo França, ligado ao Instituto Ayrton Senna, para adaptar toda a parte do legado de Ayrton, no esporte e na sociedade. Aqui um agradecimento especial ao IAS, Instituto Ayrton Senna. Da mesma forma que contribuíram em 2019, fornecendo imagens incríveis do começo da carreira de Senna, agora  em 2024 colaboraram  com esta reedição. A história é única e tão rica em detalhes, que editamos o mais relevante. Analisamos também o acidente, debruçando-nos nos laudos técnicos da perícia e até da telemetria da Williams. Explicamos o acidente em Ímola dentro do contexto do ano de 1994, quando de um ano para outro o melhor carro virou um pesadelo. Há questões não respondidas ainda??? O leitor decidirá. Ayrton foi um brasileiro à frente do seu tempo, na prática foi embaixador do Brasil com honras que transcendem ao automobilismo. Um modelo de esportista, cujo legado vem sendo mantido vivo pelo Instituto Ayrton Senna, que atua firmemente em dar melhores condições  aos jovens brasileiros através da educação. No final da Edição Especial Senna, a sessão Photo Gallery é totalmente dedicada a essa saudade de Ayrton de 30 anos, Em 2019 foram 25 páginas com imagens incríveis, que permanecem nessa edição. Agora, com versão ampliada para 30 páginas, o Photo Gallery ganhou imagens inéditas da edição original. Busquei com os meus colegas com quem fotografo a Fórmula-1 há 35 anos, as imagens que marcaram esta história. Um tributo a Ayrton, feito por pessoas que conviveram com ele, que estiveram lá. Boa leitura”, o texto é ilustrado por uma foto de Ayrton levando a bandeira brasileira em sua Mc Laren, feita pelo japonês Norio Koike e pertencente ao acervo do Instituto Ayrton Senna...

Conforme prometido no editorial, o acidente de Senna é contextualizado desde meses antes no texto “Mayday!!! Mayday!!!, Num 1º de maio, Ayrton Senna ficou sem comando a bordo de seu carro e perdeu a vida como passageiro. Nosso tricampeão lutou nos bastidores para se transferir à Williams para a temporada de 1994. Porém, a melhor equipe perdeu seu maior trunfo, a suspensão ativa e o controle de tração. E tudo deu errado. Mas a questão é mais complexa do que foi visto até aqui e ainda restam muitos questionamentos”, o texto de Luca Bassani, editado por Alan Magalhães, começa com uma página dupla da Williams número 2 soltando faíscas, da Sutton Motorsport Images, logo depois, três fotos de Jad Sherif, com as Williams de Nigel Mansell em 1992 e de Alain Prost em 1993, adversários que a Mc Laren de Senna, posando ao lado de seu companheiro de equipe, Mika Hakkinen e do pessoal da equipe, não conseguiu superar, levando às movimentações para dirigir o “carro de outro planeta”, entretanto, “Erraram a mão do carro justo na minha vez”, o questionamento continua, “O laudo final atesta quebra de uma solda como causa do acidente, mas restaram dúvidas”, a frustração de Senna é captada numa foto de Miguel Costa Jr., “o peso da frustração era facialmente notado em seu semblante”, motivada pelos maus resultados, como registra a foto de Luca Bassani, “Pole-position no Brasil e abandono ao escapar na curva da junção, quando tentava acompanhar o ritmo da Benetton de Schumacher”, que também é posto em dúvida pelo piloto, “Em Ainda, Japão, Ayrton gesticulava no guard-rail sobre a possível ilegalidade técnica da Benetton”, duas fotos Jean François Galeron mostram que Ayrton não conseguiu reagir, “Abandono na segunda etapa de 94 no GP do Pacífico e mais uma vez sem marcar pontos pela Williams”, “Shumacher comemora a vitória em Ainda ao lado de Rubens Barrichello, em seu primeiro pódio na F-1”, chegamos ao GP de San Marino, em outra foto de Galeron, Ayrton aparece ao lado de Barrichello, que está com o braço enfaixado, “O pavoroso acidente de Barrichello na sexta-feira deu início ao clima pesado do final de semana em Ímola”, mais um registro de Galleron mostra a vítima dos treinos oficiais, “Roland Ratazemberger morreu instantaneamente no treino de sábado em Ímola a bordo de seu Simtek Ford” e um flagrante de Jad Sherif mostra Senna abatido antes do início da prova, “Na largada, o Benetton de JJ Lehto ficou parada no grid e foi violentamente atingida pelo Lotus do português Pedro Lamy. A entrada do carro de segurança em meio ao caos, com a reta coberta por detritos e pedaços de fibra de carbono fez a tensão voltar. Senna liderava à frente de Schumacher, atrás de um lento 'safety car' que fazia o brasileiro reclamar. Foram seis voltas ou 22 minutos até que a pista de 5.040 metros tivesse condição de bandeira verde. Na relargada, após uma volta e na liderança, Ayrton Senna saiu reto na curva Tamburello e chocou-se no muro a cerca de 300 km/h. Uma coisa é clara, Senna virou passageiro a bordo de uma Williams semcontrole. A corrida foi paralisada”, o texto aponta uma trágica peculiaridade do acidente, “Independentemente do que fez o Williams FW16 seguir reto na curva Tamburello, sabe-se que uma haste do triângulo de suspensão partiu-se e atingiu o capacete de Senna num ângulo improvável. Além disso, a haste em fibra de carbono perfurou o capacete do piloto exatamente no encontro entre a viseira e o casco, atingindo sua têmpora direita. Segundo o Dr. Watkins, a sorte abandonara ○ nosso tricampeão em 94, pois além do ferimento fatal na cabeça, o brasileiro não tinha nenhum hematoma no corpo”, cita os acidentes de Gehard Berger e Michelle Alboreto na Tabmurello para formular a hipótese de que o acidente poderia ser explicado por uma “falência aerodinâmica com uma asa quebrada”, antes de resumir as conclusões da perícia, “As primeiras fotos da Williams no local do acidente na curva Tamburello mostravam uma situação incomum: o volante de Senna preso a uma parte da coluna de direção. Os investigadores judiciais italianos convocaram vários peritos renomados e os dividiram em três grandes grupos de trabalho. O primeiro analisou as condições da pista; o  segundo, as medidas de segurança do autódromo, e o terceiro, a parte mecânica do carro. O promotor Maurizio Passarini ouviu Michele Alboreto, que disse não acreditar que Senna houvesse cometido um erro e que um problema na Williams causou o acidente, tese que acabou sendo corroborada quando a coluna de direção foi submetida a testes em um microscópio eletrônico - Scanning Electronic Microscope - conhecido pela sigla SEMI, que mostrou sinais de fadiga de material no ponto onde uma solda foi feita pela equipe, para adaptar a altura do volante ao biotipo do piloto. Estes testes foram conduzidos pelo engenheiro Mauro Forghieri, ex-diretor da Scuderia Ferrari e pelo presidente da Faculdade de Engenharia da Universidade de Bolonha, Enrico Lorenzini, que desmontou a alegação dos advogados da Williams que defendiam a tese de que houve sim ruptura no ponto soldado, mas na hora do impacto no muro. Outra evidência de que havia problemas sérios antes do impacto, são os dados da telemetria da Williams do brasileiro, que mostram que a carga aplicada ao sistema de direção vai a zero durante a curva, ao invés de aumentar durante seu contorno, assim como a pressão hidráulica do sistema, provas de que naquele momento, Senna realmente era um passageiro dentro de uma Williams desgovernada. Dois décimos de segundo depois, os dados mostram que o piloto reduz três marchas, tira o pé do acelerador e aplica frenagem total, 1.3 segundo antes do impacto no muro. Da velocidade de 306 km/h no inicio dos eventos, até os 216 km/h do impacto, forem menos de dois segundos,1.5 s para ser exato”, em seguida, o texto de Bassani parte da versão oficial do relatório da polícia de Bolonha, para resgatar algumas hipóteses cogitadas na época do acidente, “nos anos que se seguiram algumas perguntas vieram à tona sobre o porquê da coluna de direção ter se partido exatamente no contorno da Tamburello e não em outro trecho de esforço do circuito. Podemos imaginar que a solda fora do padrão na coluna era sim o ponto mais fraco do conjunto dianteiro - sabe-se que a energia de um impacto rompe estruturas sempre no lugar mais vulnerável. O relatório da polícia poderia ir além, pois existiam outros fatores que cooperaram para o acidente na Tamburello, mas a pressão da opinião pública mundial cobrava um desfecho rápido e satisfatório. 0 primeiro era o tempo de prova atrás de um 'safety car' lento por aproximadamente 22 minutos, que diminuiu drasticamente a temperatura e a pressão dos pneus. Alguns engenheiros da F1 falam nos bastidores que isso inclusive teria alterado a circunferência dos pneus em milímetros e consequentemente a altura do carro em relação ao solo, fator determinante para a aerodinâmica. Digamos que quanto mais baixo melhor. Em imagens da câmera de bordo de Michael Schumacher, vê-se claramente a Williams de Senna soltando fagulhas antes de seguir reto. Com um carro excessivamente baixo e com o tanque de combustivel muito cheio, o carro de Senna teria tocado nas três ondulações da Tamburello de forma mais forte do que o previsto. Isso teria causado instantaneamente a perda de aderência das rodas traseiras, transferindo a carga para a dianteira, gerando esforço e causando a quebra Portanto, a condição da pista e o tempo atrás do 'safety car' poderiam também se colocar como fatores adicionais para a quebra acontecer exatamente na Tamburello”, algo que foi comentado por Galvão Bueno e Reginaldo Leme durante a transmissão da Globo, o que é contestado com o argumento de que Ayrton fez uma volta rápida antes do acidente, a matéria repassa outra tese comentada poucas linhas antes, “Sempre se especulou o que poderia levar o foguete instável da Williams ao muro da Tamburello se a coluna de direção só se rompesse após o impacto, como alegavam os advogados da Williams, existem teorias nesse sentido. Na análise das imagens, o acidente de Senna é muito parecido com o da falha aerodinâmica sofrida por Berger e Alboreto na mesma Tamburello. Um aspecto chama a atenção: o carro de Senna contornou a curva de formahomogênea, sem nenhum movimento brusco”, apontando que “a falta de eficiência aerodinâmica geralmente ocorre pela quebra de algum tipo de apendice. Não foi o caso do brasileiro. Mas em alguns casos, o próprio acerto do carro pode colaborar para uma ligeira flutuação rente ao solo por um pequeno período de tempo, provocando o efeito estol, quando momentaneamente perde-se a sustentação. Podemos imaginar que para fugir da perseguição de Schumacher, a Williams de Senna teria pouca pressão aerodinâmica para aproveitar melhor o motor Renault nas retas. A partir desse momento o cenário é o mesmo que citado acima, menor pressão nos pneus e as ondulações na pista. Outra versão que incluiria estes fatores seria que algo teria causado um afundamento da traseira (pneu frio???), o que instintivamente provocaria uma rápida correção no volante por parte do piloto. No instante seguinte à  ondulação e com a recuperação da aderência na traseira, mas com o volante contra esterçado, o carro teria assumido uma trajetória oposta. Seria mais ou menos como pilotos de F1, treinando em circuitos ovais, seriam "enganados" pela perda de aderência traseira, e numa rápida reação apontariam direto para o muro externo. Tudo acima são especulações dentro do universo técnico e complexo do automobilismo que é bem compreendido pelos engenheiros e aficionados do esporte”, levando o autor a concluir que “para explicar para o cidadão comum que o nosso herói brasileiro e tricampeão do mundo morreu naquele 1º de maio em Ímola, o melhor mesmo é acreditar no relatório final da polícia de Bolonha”, após fotos de quando Senna liderava a prova e da remoção de Ayrton do local do acidente, do francês Galeron, e imagens fotos recentes do autódromo de Ímola, feitas por Alex Farias com um torcedor pendurando uma bandeira em homenagem ao piloto na cerca, “A curva Tamburello em Ímola, desativada em sua forma original depois do acidente de Senna. Uma barreira de pneus poderia ter evitado o pior” – medida mencionada após o ocorrido pelo jornalista e então administrador do autódromo de Interlagos, Edgar de Melo Filho... O cortejo, o velório e o enterro de Senna são relatados na matéria “O dia em que São Paulo parou, Em meio a uma comoção sem precedentes no Brasil com a morte de Ayrton Senna, coube a cidade de São Paulo honrar o seu filho mais querido. Três milhões de pessoas nas ruas mostraram que o orgulho pode ter a mesma dimensão da tristeza”, texto de Luca Bassani, com edição de Alan Magalhães e fotos do próprio Bassani, que sabe porque esteve lá, “De volta a São Paulo, na segunda-feira, dia dois [de maio de 1994] , fui contatado por alguns colegas europeus da F1, que precisavam de imagens do funeral de Senna. Em 1994 eu trabalhava como editor de fotografia da revista Auto Esporte e solicitei liberação do meu chefe Caio Moraes para fazer a cobertura na Assembleia Legislativa, já que a revista não publicaria as fotos do enterro.  O corpo de Ayrton Senna chegou ao Aeroporto de Guarulhos no dia 4 de maio, às 5h30m, a bordo de um avião da Varig. Depois de uma negociação entre Celso Lemos, diretor da Senna Promoções, e o comandante do voo, Reginaldo Gomes Pinto, ficou decidido que o caixão só viajaria dentro da cabine se chegasse um ‘fax’ com essa ordem do presidente da Varig. O ‘fax’ não demorou para chegar e o esquife foi acomodado no recinto da classe executiva do MD-11, e não no compartimento de carga, como mandava o protocolo. O local foi preparado com a retirada das cadeiras da fila central pelo pessoal de manutenção da Varig. Os passageiros foram acomodados na 1ª classe e ali viajaram apenas o narrador Galvão Bueno, a assessora de imprensa Betise Assumpção, o fisioterapeuta do piloto, Joseph Leberer e o irmão Leonardo Senna. Tal procedimento seria totalmente vetado pela aviação internacional desde aquele episódio. O repatriamento de corpos só poderia obrigatoriamente ser feito no compartimento de carga, sem exceção”, o relato continua com o pouso do avião da Varig no Brasil, “A chegada em São Paulo, na quarta-feira, 4 de maio, já havia provocado grande comoção, 101 km de vias foram transformadas pela população em via exclusiva para o corpo, o presidente à época, Itamar Franco, se deslocou para prestar solidariedade à família. O local do velório foi Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, no Ibirapuera. O cortejo do corpo de Senna do Aeroporto até a Assembleia já havia levado milhares de pessoas às ruas. Durante o velório de 22 horas, 250 mil pessoas passaram em frente ao corpo do piloto. Porém, a maior homenagem ao tricampeão da Fórmula 1 seria mesmo na quinta-feira, 5. Chegando à Assembleia fui credenciado por Charles Marzanasco, que até o último momento exerceu com profissionalismo o papel de assessor de imprensa do piloto no Brasil. Minha credencial não era apenas da revista Auto Esporte e sim do ‘pool’ de agências internacionais da Fórmula-1. Por esse motivo tive o direito de acompanhar do Ibirapuera ao Morumbi em cima do caminhão dos bombeiros, que levava aproximadamente 15 profissionais de imagens das principais agências e TVs, que abriu o cortejo. Imediatamente vinha a cavalaria da Guarda de Honra do Estado de São Paulo e na sequência o caminhão de bombeiros com o corpo de Senna. De cima do caminhão fotografei todas as honras de Chefe de Estado que nosso tricampeão recebeu”, a página dupla de abertura mostra o cortejo da Assembleia Legislativa ao Cemitério do Morumbi na altura da passarela do Shopping Eldorado, na região da Ponte Eusébio Matoso, em seguida, um close do capacete sobre o caixão, o cortejo vindo de Cumbica no final da Avenida 23 de maio, próximo ao Ibirapuera (foto realizada por Miguel Costa  Jr), as flores que se acumularam na entrada da Assembleia, Alain Prost no velório, o caixão coberto com a bandeira do Brasil, vigiado pela Guarda de Honra, uma imagem mais de perto do acesso ao saguão da Assembleia, na frente da porta foi colocado um quadro da foto de Ayrton no pódio de Interlagos em 1993, nas laterais, uma coroa de flores e duas cruzes floridas, Gehard Berger no velório, o caixão conduzido pela Guarda de Honra até a sepultura, o cortejo chegando ao Cemitério do Morumbi, um garoto vestido com a camisa da Seleção Brasileira e o capacete de Senna, agitando uma bandeira do Brasil - o comparecimento do público marcou Bassani, “Quando o cortejo atravessou a Avenida Brasil e virou a Rebouças, tive a real dimensão da comoção popular.  O povo se enrolou em bandeiras e buscou forças em seu semelhante para compreender tamanha perda. De repente percebi que o nosso Ayrton Senna não estava naquele carro dos bombeiros, mas sim no entorno e no coração de cada um deles. Nesse momento mudei meu foco, parei de apontar a câmera para o cortejo e voltei minha atenção ao paulistano que sofria. Lembro de cada detalhe e de cada rosto. A missão de um repórter ou fotógrafo é primeiro compreender o coletivo que muitas vezes não está no centro do fato. A grande fotografia também se esconde em fragmentos das imagens” – a homenagem com bandeiras dos fiscais de pista de Interlagos, Cristian Fittipaldi, Prost, Emerson Fittipaldi, Raul Boesel, Thierry Boutsen, Rubens Barrichello e Gehard Berger, levando o caixão, cena mostrada em dois ângulos diferentes, terminando com o próprio fotógrafo, “Quando fui à Ímola, passei no memorial de Ayrton Senna na curva Tamburello, lembranças fortes do campeão que tinha o nome do meu pai” – e que precisou trazer de avião para o Brasil após seu falecimento nos Estados Unidos... Mais do que analisar a fundo as possíveis causas do acidente de Senna, a revista dedica um texto inteiro para demonstrar as vantagens de um componente que, no seu entender, teria preservado a vida do piloto, “Santo Halo, A Fórmula-1 introduziu em 2018 o halo protetor de cockpit, que agora está presente em todos os monopostos homologados pela FIA para as competições internacionais. Desde então o halo provou que salva vidas, e hoje é equipamento indispensável em monopostos. Veja a trajetória da evolução da segurança no esporte, e veja a diferença que o halo faria para proteger a vida do nosso tricampeão, Ayrton Senna”, a matéria de Luca Bassani, editada por Alan Magalhães, ilustrada pela foto de um acidente feita pelo próprio Bassani, mostra que a introdução do halo foi precedida por dois acidentes graves nas pistas, “O assunto halo voltou às discussões com força após a morte de Henry Surtees, filho do ex-campeão de Fórmula 1 John Surtees, que aos 18 anos foi vitimado por uma roda que se soltou de outro carro de Fórmula 2 que atingiu seu capacete. A FIA já havia implementado cabos de aço complementares que impedem, na maioria dos acidentes, que a roda se desprenda dos carros, porém, com eficiência zero quando ela se solta por ter sido mal colocada ou por falha de algum componente. O assunto também voltou a mesa de negociações entre a FIA e as equipes de F1, após o acidente com Jules Bianchi no GP do Japão em outubro de 2014, que se confirmaria fatal em 17 de julho de 2015, depois de um coma longo do promissor Piloto francês O acidente bizarro de Bianchi em Suzuka foi um choque da Marussia do francês em um trator estacionado numa área de escape, que fazia resgate do Sauber de Adrian Sutil na caixa de brita. A demora na entrada do carro de segurança durante a volta 44 da corrida realizada num dilúvio provocado por um furacão previsto para a hora da prova, culminou em tragédia”, as fotos de Bassani registram que “A morte de Ayrton Senna provocou uma onda de segurança jamais vista  na F1, no tempo do nosso tricampeão o corpo ficava absolutamente exposto”,  as inciativas de pilotos para aperfeiçoar os capacetes antes da introdução do halo, “Michael Schumacher desenvolveu com a fábrica alemã Schubert um capacete blindado após a análise do acidente fatal de Senna, quando uma barra da suspensão perfurou seu capacete”, “O capacete de Felipe Massa, que atuou junto a Michael Schumacher, atuou muito bem em conjunto com o Hans Device no acidente do brasileiro na Hungria em 2009”, os benefícios de um item anterior ao halo, “o maior avanço na segurança dos pilotos havia sido a criação do HANS Device, estrutura rígida em fibra de carbono que limita os movimentos da cabeça. O HANS, em inglês sigla de Head And Neck Support, foi criado no início da década de 1990 pelo engenheiro estadunidense Dr. Robert Hubbard, que faleceu em 2019. Depois dos acidentes em Ímola em 1994, o HANS gerou grande interesse na FIA. E difícil imaginar o que aconteceria com Ayrton Senna se estivesse usando ○ equipamento, dada a fatídica parte da suspensão que se projetou contra o capacete do brasileiro. Mas no caso do acidente do austríaco Ratzemberger, o HANS teria grande chance de ter salvo a vida do piloto. O equipamento tornou-se obrigatório pela FIA a partir de 2003 e desde então tem se mostrado muito eficiente, principalmente para danos relacionados à coluna cervical e fraturas na base do crânio. Nos acidentes de Robert Kubica no GP do Canadá de 2007 e no de Felipe Massa no GP Hungria em 2009, o HANS foi muito atuante. O incrível acidente de Kubica contra o muro no circuito de Notre Dame em Montreal, pode ser muito bem comparado ao de Roland Ratzemberger em Ímola, com resultados absolutamente opostos O polonês provavelmente foi salvo pelo HANS Device naquele dia. Kubica saiu com escoriações e teve sorte, mas se tivesse azar, e o seu BMW se projetasse com o cockpit virado para o muro, o halo poderia ter salvo sua vida”, a imagem de Beto Issa mostra o halo em ação, “O heptacampeão Lewis Hamilton se valeu no halo em 2021 para não ter consequências graves no acidente com Max Verstapen em Monza”, e a foto de João Bramatti ilustra uma outra solução, “A Fórmula Indy introduziu o protetor de cockpit, um halo estrutural que tem um shield, no padrão canopla de aviação”, a matéria analisa a eficiência do equipamento no box “6 acidentes diferentes. O Halo seria ou foi eficiente???, O novo halo protetor do cockpit dos pilotos é estrutural, rígido, mas parcial. Consideramos seis situações distintas e sua suposta ação  no caso de um acidente semelhante ocorrer”, no caso de Ayrton Senna, a resposta é “Provavelmente”, “As consequências do acidente fatal de Ayrton Senna em 1994 poderiam ter sido mitigadas pela presença do halo. Independente da dinâmica que fez a Williams do tricampeão projetar-se contra o muro da Tamburello, sabe-se que Senna morreu por causa de um fato improvável. Uma haste da suspensão frontal direita de sua Williams rompeu-se e se transformou numa lança pontiaguda. Também num ângulo incomum, essa flecha entrou no capacete de Ayrton entre a viseira e a borracha de acabamento do casco, perfurando sua têmpora direita. Todas as mudanças feitas já a partir de 1994 aumentariam a chance de Senna sobreviver, inclusive o uso do HANS Device. Mas realmente seria o halo que lhe daria uma chance acima de 70%, pois cobriria a maior parte da lateral do seu cockpit”, no caso de Henry Surtees, que sofreu um acidente fatal na F2, a resposta é “Sim”, “O halo protegeria o jovem britânico da roda que bateu em seu capacete e sua vida seria salva”, mas no de Jules Bianchi, é “Não”, “Apesar da grande destruição do leve carro de Fórmula-1 contra um trator de  algumas toneladas, foi o choque do cérebro de Bianchi contra sua caixa craniana, provocado pela grande desaceleração, que feriu mortalmente o promissor francês”, para o acidente de Felipe Massa, “Talvez”, “Com certeza o halo protegeria parcialmente o brasileiro, pois a mola solta da Brawn de Rubens Barrichello que atingiu o capacete de Massa a mais de 240km/h, poderia ‘bater na trave’, literalmente”, atribuindo os méritos ao capacete desenvolvido por Schumacher, “Segurança na F-1 é assim: através de Schumacher, Senna salvou Massa”, em dois casos com o halo presente na Fórmula-1, a resposta é a mesma, “Sim”, “o gravissimo acidente de Romain Grosjean na primeira volta do GP do Barein em 2020 foi realmente a prova de fogo do halo, que foi além das suas expectativas. Na batida frontal no guard rail, o halo penetrou na proteção metálica, protegendo o piloto, enquanto o carro se dividiu em dois pedaços, uma anterior a lâmina e outra enroscada no que sobrou dela, que prontamente pegou fogo. Foram 30 segundos agonizantes para Romain Grosjean e dois minutos de horror e incerteza para quem acompanhava no paddock da F1 ou pela televisão. Quando Grosjean, emergiu da bola de fogo pareceu um milagre. O halo comprovou que faz parte integrante de todos os itens de segurança já desenvolvidos. Capacete, cinto de segurança, macacão antichama, célula de sobrevivência, tempo de intervenção, hans device e halo trabalharam em conjunto para salvar a vida do francês, que ficou só com as duas mãos queimadas”, e “O piloto chinês da Alfa Romeo, Guanyu Zhou nasceu de novo na etapa do GP da Inglaterra de 2022, em Silverstone, depois de tocado por George Russell na largada. O santantônio de proteção, reforço tradicional de um cockpit de F1 e que fica atrás do capacete do piloto não aguentou o impacto e colapsou. Então o santo da vez e foi o halo, que mesmo raspando no asfalto por vários metros, protegeu o chinês de consequências maiores. Exatamente por não ter se desfeito no asfalto, o halo foi fundamental no segundo impacto, quando o Alfa Romeo bateu na barreira de proteção, superou os guard rail e ficou virado contra a tela de proteção do público nas arquibancadas. Hoje a FIA já compreende que o halo de proteção é realmente multiuso, e que funciona muito bem em diferentes tipos de acidentes observados aqui”... Rodrigo França, autor do livro “Ayrton Senna e a Mídia Esportiva”, que consultamos para escrever estas postagens revisando as revistas sobre Senna, assina o texto “30 anos de legado de Ayrton Senna, O ano de 2024 será marcado por muitas homenagens a Ayrton Senna, cujo legado transcende o esporte, com ações marcantes como o trabalho do Instituto Ayrton Senna na educação, o personagem Senninha e as ações de seus sobrinhos, seja nas pistas, seja nas artes”, a propósito, a abertura da matéria é a foto de um busto de Senna feito por sua sobrinha Lallali, depois de citar o Senninha, bem ao lado de uma foto de Ayrton com uma camiseta do personagem, feita por Luca Bassani, o texto menciona, “Mas é justamente um trabalho focado nas futuras gerações que tornou o legado de Ayrton Senna maior importante. Um projeto idealizado em conversas com sua irmã, Viviane Senna, e que se tornaria realidade também em 1994:  o Instituto Ayrton Senna. ‘O Ayrton sempre acreditou que o segredo do sucesso é a oportunidade. Ele disse que não queria ser uma pessoa que dá certo em um país que não dá, e que queria dividir a oportunidade que ele teve com outras pessoas’, diz Viviane, lembrando que nem todas as crianças e jovens brasileiros têm a oportunidade de ter educação de qualidade no país. O acidente em Ímola impediu que Ayrton participasse da construção desse projeto, mas Viviane e a família Senna decidiram levar o sonho de Ayrton adiante. ‘Se a gente quiser modificar alguma coisa, é pelas crianças que devemos começar’, disse Ayrton em uma de suas mais célebres entrevistas. E foi com este intuito que Viviane conduz até hoje o Instituto Ayrton Senna, que tem como missão transformar a realidade brasileira por meio de uma educação mais significativa  e comprometida com a redução da desigualdade. Em três décadas, a organização vem produzindo conhecimento de ponta e implementando medidas voltadas à melhoria da qualidade do ensino público, em uma busca incessante por inovação. Ao longo desse tempo, milhões de crianças e jovens brasileiros tiveram suas vidas transformadas”, esta parte da matéria é ilustrada por fotos de crianças atendidas diretamente pelo Instituto, por um fotógrafo do IAS, Diego Villamarin, a legenda aponta, “Garra, determinação e superação são valores de Ayrton Senna que são passados aos jovens de hoje”, em seguida, a matéria fala da carreira do sobrinho Bruno Senna no automobilismo, “Uma das principais diversões da sua infância era poder brincar e aprender com tio, nas férias de verão.  Por conta da morte de Ayrton e também do falecimento do seu pai,  Flávio Lalli, em um acidente automobilístico. Bruno teve o início de sua carreira abreviado. O tempo foi passando e as feridas cicatrizando, e a vontade de Bruno Senna seguia forte”, uma imagem do acervo do Instituto Ayrton Senna mostra tio e sobrinho na piscina, além de Bruno revisitando os karts da fazenda de Tatuí, feita pelo “publisher” da revista, as fotos de Bassani ilustram momentos relevantes da carreira de Bruno na GP2, “A emocionante vitória de Bruno Senna em Mônaco, onde seu tio é recordista até hoje de vitórias” – tanto que o jogo lançado pela Sega com a participação de Ayrton se chama Super Monaco GP2, “nice drivin’!!!” – na Fórmula-1, “Bruno Senna teve grandes momentos na Fórmula-1, como a quarta fila em Spa com a Lotus Renault” – o texto relata, “Bruno correu por três equipes na Fórmula-1, com a HRT, Renault e Williams. Um dos seus grandes momentos foi classificar a Lotus Renault, preta e dourada, nas cores do carro da primeira vitória de Ayrton na F-1, na quarta fila do GP da Bélgica de 2011. Pela Williams, em 2012, Bruno conseguiu um sexto lugar no GP da Malásia, mas sem carros competitivos, teve que migrar para outras categorias para seguir o sonho de ser campeão” – e no Mundial de Endurance (WEC), “Em 2017, Bruno Senna se tornou campeão mundial na LMP2 da WEC”, a matéria mostra que “atualmente Bruno é embaixador da Mc Laren automotive, participando de eventos, lançamentos e ações com os clientes”, vide fotos com a mãe ao lado do MC Laren Senna, “800 cv de potência” e do veículo com pintura de competição, para o qual “Bruno Senna ajudou como consultor do projeto em homenagem a Ayrton”, concluindo com o trabalho artístico de Lallali Senna, “Atendendo um pedido especial de sua avó, dona Neyde Senna, mãe de Ayrton, ela reproduziu com impressionante fidelidade o rosto do ídolo mundial em uma escultura de mais de 3 metros de altura”, a obra, chamada de “Nosso Ayrton”, foi apresentada em 2012, “Localizada no setor A nas arquibancadas de Interlagos, a escultura de Senna já é icônica em SP” – tanto que a Senna Brands prepara a venda de reproduções da escultura, nas versões Victory Edition, Speed Edition e Champion Edition...   A imagem de abertura da “Photo Gallery” é do fotógrafo francês  Jean François Galeron, “Pensativo e ponderado na forma de analisar situações e reagir a elas, Ayrton Senna levava tudo no limite”, com o título “Ayrton!!!, 30 anos de saudades retratados em 30 páginas com as mais fantásticas imagens eternizadas pelos principais fotógrafos do mundo”, seguem-se três imagens de Galeron, a Toleman vista de cima no Grande Prêmio de Mônaco de 1984, por trás, na corrida em Monza no mesmo ano, e passando pela marina de Mônaco com a Lotus amarela em 1987, ano da primeira vitória em Monte Carlo, mais uma registra a Lotus preta, “GP da Inglaterra, 1986, época em que a publicidade de cigarros começou a ser banida da Fórmula-1”, a cor do carro vinha do cigarro anunciado, John Player Special, a imagem está acima do registro da comemoração da primeira vitória na categoria, em 1985, no circuito do Estoril (creditada a LAT) e o lado de uma foto onde Ayrton confere a viseira do capacete, “Japonês Norio Koike sempre atento aos detalhes do tricampeão, foi o fotógrafo pessoal de Senna” – na época do acidente, eram todas creditadas à agência Gamma, para quem Norio prestava serviço, posteriormente, o acervo do fotógrafo japonês foi adquirido pelo Instituto Ayrton Senna – e de mais um flagrante de Galeron, “O computador humano em ação, como diziam os técnicos da Lotus, em ação no GP da Espanha em Jerez de La Frontera”... Também é do francês uma das versões de uma imagem clássica, “Os 4 fantásticos da temporada 86 juntos, na mureta do box de Estoril, Portugal” – a pose de Ayrton, Alain Prost, Nigel Mansell e Nelson Piquet também foi captada por outros fotógrafos presente na pista – logo abaixo, a Lotus 12 no grid de largada de Jacarepaguá em 1996, foto de Miguel Cosra Júnior, onde é possível ver a torre de observação do autódromo carioca – substituído pelo Parque Olímpico da Barra para os Jogos de 2016 – ao lado, a primeira foto de Bassani na galeria, que merece uma descrição apurada do autor – “Ayrton Senna deixa os discos de freios vermelhos da Mc Laren, ao buscar a aproximação do ‘S”que leva seu nome. Interlagos voltou a ser palco do GP Brasil em 1990, com o traçado reduzido e palpites de Senna”, e mais uma imagem de Norio, “Ayrton Senna inspeciona os amortecedores e a suspensão de seu Mc Laren. A foto de bastidores é do japonês Norio Koike, que acompanhava exclusivamente o brasileiro”, uma página inteira é reservada para  a imagem de Miguel Costa Júnior onde Senna agita a bandeira brasileira no pódio de Interlagos para comemorar sua primeira vitória no circuito paulistano, “terminando a corrida apenas com a 2ª e a 6ª marcha, drama até a bandeira”, e Galeron reaparece com a foto da disputa entre Prost e Senna na pista de Mônaco, com a Mc Laren número 12 do brasileiro à frente, além de um registro da largada de 1989 no Brasil, “época em que o autódromo de Jacarepaguá era considerado um dos melhores do mundo” – mas que deixou a categoria devido ao atendimento prestado a Phillip Streiff, que ficou tetraplégico, ou como disse Fausto Silva na estreia do “Domingão do Faustão”, “depois do Gugelmin, olha o que sobrou no Plim-Plim”... Na sequência, quatro imagens de Senna na Mc Laren, “O trio vencedor e dominante da Mc Laren: Gordon Murray, Ron Dennis e Ayrton Senna”, da LAT, “Ayrton Senna no GP Brasil em Interlagos fotografado pelo Mestre Cláudio Laranjeira” – que fazia cobertura para a revista “Quatro Rodas” – “Ayrton Senna comemora a vitória  no GP do Canadá em 1988, no circuito Gilles Villeneuve, em Montreal”, de Galeron, e “Última prova pela Mc Laren e vitória em Adelaide 1993 com um Mc Laren-Ford bem inferior aos concorrentes”, da Sutton Motorsport Images, as lentes do francês captaram o banhaço de champanhe de Ayrton e Mansell no pódio de Mônaco, em 1991, uma página dupla que antecede três fotos da Sutton Motorsport Images, a primeira em preto e branco, “Ajustando a balaclava antes do decisivo GP do Japão de 1989, que venceu nas pistas mas perdeu nos bastidores”, as outras duas coloridas, “Sem gasolina na última volta do GP da Inglaterra, Senna ganha uma carona do vencedor Nigel Mansell” e “Spa Francorchamps era uma das pistas preferidas do piloto brasileiro, que na foto comemora sua quinta vitória na pista belga em 1991”, logo acima de um flagrante feito dois anos depois, “O italiano Ercole Colombo registra o toque entre Ayrton Senna e Damon Hill no início do GP da Itália de 1993, em Monza” – a página dupla sintetiza o auge e o declínio da Mc Laren de Senna, que depois do título de 1991, passou duas temporadas penando para tentar competir com as Williams dos campeões Mansell e Prost, em 1992 e 1993... Bassani vem com um comentário pessoal, “Ayrton Senna de olho no monitor, conferindo o tempo dos adversários, durante os treinos do GP do Brasil, em 1993”, uma reverência, “O fotógrafo suíço Jad Sherif teve a oportunidade de fazer um ‘camera car’ com o campeão Senna, no circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro” – em  1989, imagem relevante pelo fato da pista onde o carro posou não existir mais – e uma constatação no comentário da foto de Georges de Coster, “Senna trabalhou duro em 1993, sem chances de título, mas elevou a pilotagem a outro patamar nesse ano”, então é por isso que na foto seguinte, de Norio Koike, “Senna lava a alma com Champagne na Austrália em 1993, na sua última vitória na Fórmula-1”, a direita de outra imagem feita pelo japonês, “Norio Koike só tinha lentes para Senna e foi dele a mais detalhada imagem do acidente com Prost no Japão em 1990” – vide faíscas da Ferrari do francês – todas acima de uma foto realizada em 1988, “Ayrton Senna em Jacarepaguá, na bela imagem captada pelo brasileiro Miguel Costa Jr no GP Brasil” – o número 28 do carro indica o ano, abertura lenta do obturador à parte... O “publisher” da revista ressalta um detalhe de sua foto do banhaço de champanhe no pódio de Interlagos em 1993, “15 títulos mundiais numa só imagem, 3 de Senna, 7 de Schumacher e 5 de Juan Manuel Fangio”, ao lado de duas imagens do japonês Koike, uma nos boxes, “Os momentos  antes de suas voltas voadoras eram sempre precedidos de muita concentração”, outra levando a bandeira brasileira em Interlagos, já publicada no editorial da revista, o francês Galeron retorna com dois momentos da difícil temporada de 1993, “O Majestoso MC Laren MP4/8, com Ayrton Senna ao volante, durante o GP de Mônaco em 1993, em sua sexta e última vitória  nas ruas de Monte Carlo”, “Tentando tirar o máximo do seu Mc Laren Ford, Senna rodou nos treinos de sábado para o GP de Ímola de 1993. No domingo, largando em quarto no grid, abandonaria o GP na volta 42 por problemas hidráulicos”, a Norio cabe um dia de glória vivido no mesmo ano, o banhaço de champanhe no pódio de Interlagos, e Galeron registra um dia de luta em 1992, “Ayrton Senna encantava os fãs com sua pilotagem arrojada nas ruas de Monte Carlo, seu Mc Laren MP4 /7ª Honda de 1992, na chicane do “S” da piscina” – vitória que teve a ajuda de um problema mecânico da Williams de Mansell, que liderava a prova com folga... A foto de Bassani na pista molhada de Interlagos em 1994 aparece em uma página dupla, “Toda a imprensa mundial de olho na estreia de Senna na Williams nos treinos do GP Brasil de 1994”, vide aproximação de cinegrafistas e fotógrafos para captar as preocupações do piloto, que surgem na foto seguinte, de Galeron, “Ayrton Senna tinha um semblante preocupado, já em seu 1º teste de pré-temporada no Estoril, em Portugal”, para a foto que Bassani fez em Interlagos, uma observação do próprio autor, “Apesar de trocar de patrocinador em 1994, a marca Marlboro é a que ficou mais associada ao tricampeão” – embora posteriormente os cigarros Rothmans tenham sido vendidos no Brasil, algo que nem faz tanta diferença, afinal, Senna não fumava, digo... Falando em patrocínios, Senna aparece de macacão branco, sem cores de equipe, “em evento particular da Audi em Interlagos, no período de transição Mc Laren 1993, Williams 1994”, foto de Cláudio Laranjeira, o capacete de Ayrton é registrado por Caleron na beira de uma praia rochosa, “Imagem que guarda beleza, poesia e lembranças, feita nas montanhas próximas a Estoril”, a foto de Bassani da Williams número 2 em Interlagos é usada para reforçar a tese da revista, “Ayrton Senna no cockpit da Williams, muito exposta a choques. Hoje o Halo que protege a cabeça do piloto já provou sua eficiência e poderia ter salvo o brasileiro”, a condicional antecipa o conteúdo das duas últimas imagens, “Ayrton Senna de Williams Renault, perseguido por Michael Schumacher, de Benetton  Ford, travam o último duelo no GP de Ímola de 1994”, de Georges de Coster, “As cercas da curva Tamburello em Ímola se transformaram em local permanente de tributo ao tricampeão Ayrton Senna” - feita por um fotógrafo da revista, Alex Farias... 






















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