Neste fim de ano, Viva mostrou Magda Colares inconformada com falta de homens no especial de Natal de "Os Trapalhões" de 1988... |
O canal Viva começou 2020 – o ano em que completa dez anos de existência, no mês de maio – sem grandes novidades em sua programação... A situação é bem diferente dos dois anos anteriores, quando o canal fez várias alterações na grade, especialmente no período do final de tarde e início de noite, de segunda à sexta... Em janeiro de 2018, as exibições do “Vidio Xô” e do “Mais Você” - que consistia na apresentação do programa mostrado pela Globo no mesmo dia, e no caso do “Vidio Xô” foi um prenúncio de sua saída do ar na emissora carioca, em janeiro do ano passado – foram substituídas pelos programas “Estrelas” a partir de 2006, quando a atração apresentada por Angélica foi separada do “Vidio Xô”, “Encontro Com Fátima Bernardes” desde a estreia, em 2012 e pela exibição do “Mais Você” a partir do primeiro programa, em 1999... O Viva também começou a apresentar “Os Trapalhões“ às 20 horas, a partir da temporada de 1988, compensando o fato de ter prometido colocar o humorístico no ar em dezembro... Um sucesso, não tanto quanto a exibição de “Chaves” e “Chapolin” na Multishow, a partir de maio, ou mesmo da estreia no próprio Viva de “A Grande Família” às 22 horas durante a semana, em agosto, mas, enfim... O mesmo não se pode dizer dos programas de entretenimento, que não agradaram o público do canal, dividido entre os humorísticos e as novelas... Também em agosto, a exibição de sexta-feira do “Estrelas”, do “Encontro com Fátima Bernardes” e do “Mais Você” deram lugar ao “Domingão do Faustão”, a partir de sua estreia, em 1989... Em janeiro do ano passado, as três atrações saíram do ar do Viva – o “Domingão do Faustão” passou para as manhãs de sábado – e deram lugar a programas de humor... Na faixa das 17 horas, às segundas-feiras, entrou o “Toma Lá Dá Cá”, uma das grandes audiências do canal... Nas terças-feiras, a reprise do dia anterior de “Os Caras de Pau” com Leandro Hassum e Marcius Melhem, uma das estreias do ano do Viva... Nas quartas-feiras, o episódio mostrado na véspera do “Sai de Baixo”, outro dos humorísticos mais exitosos do canal da Globosat... Alis, no mês passado, a Globo criou vergonha na cara e acabou com o “Looping da Cabrita”, quer dizer, a reprise do “Sai de Baixo” aos sábados, substituída pela versão Bruno Mazzeo da “Escolinha do Professor Raimundo”... Nas quintas-feiras, entrou a temporada 2012 do “Zorra Total” - vide “Metrô Zorra Brasil”, Dilmaquinista, Valéria, Janete e Strip Trem Quiz – e nas sextas-feiras, estreou o “Pé-Na-Cova”, tentando estender a excelente receptividade do “Sai de Baixo” e do “Toma Lá Dá Cá” a mais uma produção com a presença de Miguel Falabella... Às 18 horas, entrou a exibição diária do “Zorra Total”, a partir da temporada de 2001 - o humorístico estreou em 2016, com a exibição dos programas de 1999, ano de estreia da atração, e a temporada do ano 2000 só foi passar dois anos depois... Em maio, “Os Trapalhões” foram transferidos para as 19 horas, com a faixa das 20 horas sendo preenchida pelas quatro primeiras temporadas da nova “Escolinha do Professor Raimundo”, a título de preparação para a estreia da quinta temporada, em julho... Que fez a exibição de “Os Trapalhões”, que estava em 1992, voltar para 1988, retomando a ordem cronológica apenas em agosto, após uma semana de uma seleção de programa em homenagem aos 25 anos do adeus de Mussum... O humorístico, no entanto, permaneceu às 19 horas, e quando terminou a nova “Escolinha”, a antiga ocupou o horário das 20 horas... O que faz todo o sentido, porque a atração comandada por Chico Anýsio é um dos campeões de audiência do humor do Viva desde 2010... Então é por isso que o canal da Globosat não mostra outros programas de Chico desde o final de 2017, quando tirou do ar “Estados Anysios de Chico City” e “Chico Anysio Show”... De qualquer forma, em 2019, a emissora paga passou a contar com seis horas seguidas diárias de programas de humor... Começando às 17 horas, com a reprise da faixa de humor das 21 horas do dia anterior, depois de “Palhação” – ano passado, a pífia e prematuramente encerrada temporada de 2007, focada no trio Cecília, Marcela e Vivian, deu lugar a temporada 2008, centrada no quadrado amoroso entre Angelina, Guga, Débora e Bruno, encerrando as atividades do Gygabite e atirando para todos os lados com citações a “Floribella”, “High School Musical” e “Rebelde” – seguindo com “Zorra Total”, “Os Trapalhões”, dois a três episódios de “Escolinha do Professor Raimundo”, a faixa de humor das 21 horas (“Toma Lá Dá Cá”, “Sai de Baixo”, “Zorra Total” 2012, “Pé Na Cova” e “Toma Lá Dá Cá”...) e terminando com dois episódios de “A Grande Família”... Um reconhecimento a um dos principais nichos de público do Viva... Se bem que... Reprisar o episódio do dia anterior de “A Grande Família” para depois apresentar o episódio inédito é uma grande fria... Ops!!!... A saga de Lineu, Nenê, Agostinho, Bebel, Tuco e Beiçola chegou a temporada de 2011, vide Nenê presidindo a associação de moradores como Dilma Rousseff presidia o Brasil, digo... A série ainda não chegou ao “pulo do tubarão” – que acontecerá em 2012, com o coma de Lineu – mas o declínio é evidente desde que Beiçola deixou de fazer “cosplay” de Dona Etelvina e Andréa Beltrão, quer dizer, Marilda, foi embora do bairro para trabalhar de vendedora em Copacabana, ou melhor, para a atriz atuar em "Tapas e Beijos"... Outro sinal de decadência é a repetição de temáticas, vide comida queimada em datas comemorativas – em “A Mãe de Todos” – e Lineu sucumbindo às tentações do gênero feminino – em “Tem que Malhar!!!” – até com a repetição de tipo pela mesma atriz, no caso, Fabi Gugli... Alis, esse episódio, exibido em 30 de dezembro, passou enxertado com uma parte de “Quem Vai Ficar Com Tuco”, que foi mostrado dois dias depois, em 1o de janeiro... Alis, quando Natália Lage, quer dizer, Gina abandonar Tuco de vez, aí que a série degringola, digo... Em tempo: num ano em que o BBB envergonhou até os fanáticos por “realities”, a exibição de “Seu Popozão Vale Um Milhão” – aquele em que Tuco participa do “reality-show” na companhia de Karina Bacchi, que anos depois venceu “A Fazenda” – foi um grande alívio... Porque "A Grande Família" é algo curioso... A série acabou em 2014, desgastada, o elenco não se suportando, Marcius Melhem querendo mais espaço para seus projetos... Em 2017, a Globo colocou "O Diário da Grande Família", uma reprise a título de tapa-buraco no fim de noite... Não teve tanta repercussão, até pelo horário... Em janeiro ao ano passado, quando a emissora tirou do ar o "Vidio Xô", colocou a "Sessão da Tarde" colada no "Jornal Hoje", e antes do "Vale a Pena Ver de Novo", reeditou "O Diário da Grande Família", que fez sucesso até a estreia do "Se Joga", em outubro - e não poucos "haters" do programa de Érico Brás, Fabiana Karla e Fernanda Gentil querem o seu retorno... Tudo isso para enfatizar que o êxito da exibição do Viva foi determinante para a família Silva ir salvar a faixa vespertina global... No final do ano, o Viva apresentou as duas edições de “A Gente Riu Assim”, o que pode abrir espaço para a futura exibição do “Tem Que Dar”, encerrado em definitivo na Globo... Já que não há perspectivas de mostrarem “Chaves” e “Chapolin”, quem sabe...
Também apresentou Aldemar Vigário e Galeão Cumbica em clima de paz e amor no "reveillon" da "Escolinha" de 1991... |
O Viva tem dois nichos de público bem distintos – o dos programas de humor e o das novelas... Que são como água e óleo, não se misturam... Mais do que isso, os noveleiros são mais barulhentos nas redes sociais, fazendo com que a direção do canal, priorize as novelas (também pela audiência, especialmente nos últimos anos, embora o primeiro sucesso do canal tenha sido uma série de comédia, "Sai de Baixo"...) e deixe as atrações de humor em segundo plano... Os televidentes das novelas nutrem um imenso desprezo pelos humorísticos, ecoando preconceitos arraigados contra a comédia em português – então é por isso que começaram a mostrar “A Feiticeira” e este ano devem colocar no ar “Jeannie é Um Gênio”... A grade de novelas se concentrou principalmente na produção entre 1985 e 2000, com ênfase na década de 1990... Algo que pode ser percebido na lista de tramas exibidas no principal horário do canal, o das 23 horas (reprisado às 13h30): “Vale Tudo”, “Roque Santeiro”, “Rainha da Sucata”, “Água Viva”, “Dancing Days”, “O Dono do Mundo”, “Fera Ferida”, “Laços de Família”, “Pai Herói”, “Por Amor” (já mostrada em 2010), “Fim do Mundo”, “Explode Coração”, “A Indomada”, “O Cravo e A Rosa” e “O Clone”... Tirando “Que Rei Sou Eu” e “O Cravo e A Rosa”, todas “novelas das oito” da Globo... Uma década de Viva esgotou o estoque de títulos dessa faixa nos anos 1990 – restam apenas “De Corpo e Alma” (que não deve ser pautada devido ao assassinato de Daniela Perez...), “Pátria Minha” e “Suave Veneno” (chances reduzidas depois da demissão de Aguinaldo Silva, Carlos Lombardi começou assim...)... Tanto que o Viva teve de inventar a “regra dos 20 anos” para justificar a exibição de títulos mais antigos, em geral mais pedidos pelos noveleiros fanáticos... No horário das 14h30 (reprisado 0h45), tivemos “Por Amor”, “O Rei do Gado”, “Barriga de Aluguel”, “Renascer”, “A Próxima Vítima”, “A Viagem”, “Pedra Sobre Pedra”, “Cambalacho”, “Meu Bem Meu Mal”, “Torre de Babel”, “Fera Radical”, “Sinhá Moça”, “Baila Comigo”, “Terra Nostra” e “Selva de Pedra” – que deve ser substituída em fevereiro pela versão de 1985 de “Ti Ti Ti”... Nesse horário havia um equilíbrio entre novelas das seis, das sete e das oito... Já 15h30 (reprisado 0h), as tramas das seis e da sete são maioria, com “Quatro por Quatro”, “Vamp”, “Top Model”, “Felicidade”, “Anjo Mau”, “História de Amor”, “Tropicaliente”, “Despedida de Solteiro”, “Mulheres de Areia”, “A Gata Comeu”, “Tieta” (que inaugurou as maratonas dominicais de novelas no canal, em 2017...), “Bebê a Bordo”, “Vale Tudo”, “Porto dos Milagres” e “Cabocla”... A estreia de “Bebê a Bordo”, em 15 de janeiro de 2018, levaria à primeira crise de audiência do canal, que respondeu cortando uma novela pela primeira vez em sua história ( trazendo para o canal pago os traumas causados pela tesoura no “Vale A Pena Ver de Novo” da Globo...) para apressar o retorno de “Vale Tudo”, justificando a escolha com os 30 anos da estreia da trama... Uma década de Carlos Lombardi fora da Globo e a colocação do Viva nos pacotes básicos das operadoras criou uma geração de telespectadores que estranham o estilo do autor, mesmo que o canal tenha mostrado "Quatro por Quatro", a minissérie “O Quinto dos Infernos” e a série “Guerra e Paz”... Para que o fiasco de “Bebê a Bordo” não contaminasse os outros horários, “Baila Comigo” foi substituída por “Terra Nostra” (versão da Globo Internacional, mais curta que a original, todo cuidado é pouco com uma novela que fracassou retumbantemente no “Vale a Pena Ver De Novo” apenas cinco anos depois de sua estreia...) e “A Indomada” deu lugar a “O Cravo e A Rosa”, apostando em grandes sucessos no limite da “regra dos 20 anos”... A audiência bateu recorde e o canal da Globosat sentiu-se seguro para atender o desejo dos saudosistas forçados, dos nostálgicos à Neymar (OG), dos romantizadores do passado e dos minions da Cristiane Torloni, programando“Selva de Pedra” – versão de 1986 – no lugar de “Terra Nostra”... Até porque a “regra dos 20 anos” está prestes a esbarrar em uma grave limitação, que é a escassez de novelas bem-sucedidas da Globo na virada do século XX para o XXI, em especial às seis e às sete, vide salto de “O Cravo e A Rosa”, de 2000, para “Cabocla”, de 2004 – a versão 1998 de “Pecado Capital” já foi anunciada e cancelada duas vezes... Problema que o “Vale a Pena Ver de Novo” enfrenta com mais frequência, por operar com intervalos menores entre a estreia e a reprise, de três e seis anos, por isso o recurso a tramas mais antigas de forma mais recorrente... Como o “remake” da saga de Cristiano Vilhena, Fernanda Arruda Campos e Tabata Amaral, quer dizer, Simone Marques e Rosana Reis não fez muito estrago, o Viva deve institucionalizar a fórmula “duas de 15, uma de 30” com a substituição de “Selva de Pedra” por “Ti Ti Ti” em fevereiro, de “Cabocla” por “Chocolate Com Pimenta” em abril, depois que o público lamentar novamente a perda do Tomé, e “O Clone” por “Mulheres Apaixonadas” em agosto... Jadislene por Dóris, excelente troca... Porque aqui entre nós, o Viva dá muito destaque à Belinha de “Cabocla”, sendo que esse não é o personagem mais memorável de Regiane Alves... E essa novela foi da Zuca, quer dizer, de Vanessa Giácomo... Agora, se quiserem comemorar os 35 anos de “Roque Santeiro” a trama entraria depois de “Ti Ti Ti”, no segundo semestre... Repetir uma trama mais antiga que é uma unanimidade (sempre tinha alguém que via “Jornal da Manchete”, mas, enfim...) é o jeito de evitar o cancelamento de atrações já anunciadas... Na esteira da crise causada por “Bebê a Bordo”, o Viva descartou “Roda de Fogo” e colocou “A Indomada” em maio de 2018, sucedendo “Explode Coração”... A própria “Vale Tudo” entrou na vaga reservada a “Brega & Chique”... Em 2019, enquanto o Viva adotou uma postura mais pragmática na escolha das novelas (nas redes sociais, circulou a fanfic que atribuía a função aos parentes da diretora do canal...), os programas de entretenimento perderam espaço, estes com a justificativa que as exibições do Viva tiravam público do "Mais Você" e do "Vidiô Xô" na Globoplay – e as produções próprias mais ainda... Apenas “As Vilãs Que Amamos”, por mais que seja uma cruza de “Damas da TV” com “Os Donos da História”, é muito pouco... Ninguém quer, é claro, uma transmissão do Carnaval, como aconteceu em 2014, quem sabe um “Globo de Ouro Palco Viva”, talvez um “TV Mulher”, Pancada sonha com um novo “Meu Amigo Encosto”, já que o “Zorra” ficou pequeno demais para a resignação em cena de George Sauma, o Flávio Migliaccio de sua geração, sem contar a Maria Joana... Ops!!!...
No dia 30 de dezembro, canal da Globosat exibiu a primeira parte de "Tem que Malhar!!!", episódio de "A Grande Família"... |
Os maiores sucessos do humor no Viva em seus dez anos de história são “Escolinha do Professor Raimundo”, “Sai de Baixo” e “Toma Lá Dá Cá”... A “Escolinha” já está no seu terceiro ciclo de exibição, chegando ao final da temporada de 1993, e continuam a aparecer episódios inéditos, ainda que alguns sejam compilações de outros programas, como observa o Pancada... Sendo que nesse ano, a produção de piadas internas estava em alta, vide lista dos personagens que iam sair do programa... Outro bons momentos, segundo o internauta, eram os quadros do Doutor Pirajá e “Radical Choca”, em que Zezé Macedo parodiava a “Radical Chic”... O “Sai de Baixo”, que começou sendo mostrado diariamente, prossegue nas terças-feiras, estando atualmente na temporada de 1997... O que foi um problema enquanto a Globo mostrou o humorístico aos sábados, pois a maioria dos episódios selecionados para essa exibição era do período entre a entrada de Márcia Cabrita no elenco como Neide Aparecida, em 1997 – substituindo a melhor empregada que já passou pelo Arouche, a Lucinete de Ilana Kaplan – e a saída de Tom Cavalcante, em 1999... De preferência sem participações especiais no palco, caso do episódio “Despejo de Matar”, mostrado em 31 de dezembro, no qual os convidados ficaram na plateia – Adriane Galisteu, Laura Cardoso, Oscar Magrini... A homenagem do Viva a Jorge Fernando foi a exibição de dois episódios com a participação do diretor, que comandou o programa em 2001, vide cacos do Caco... No caso de Fernanda Young, deixaram por uma maratona de “Os Aspones” – um esforço de humor de escritório que ficou muito aquém do engraçado, mas, enfim... O “Toma Lá Dá Cá”, apesar das muitas reprises de seus 92 episódios, segue firme e forte nas sextas-feiras desde 2012 – no dia 27 de dezembro foi mostrado o piloto da série, de 2004, em que Rita era vivida por Debora Bloch – no início da série regular, em 2007, entrou Marisa Orth – e sua filha Isadora era interpretada por Mitzi Evelyn – posteriormente, Fernanda Souza ficou com o papel... A Bozena era a mesma Alessandra Maestrini, felizmente, Pancada... Lembrando que o piloto foi exibido pela primeira vez no Viva em janeiro deste ano... O comparecimento de Miguel Falabella nas duas séries certamente pesou na decisão de programar “Pé Na Cova”, mostrada pela Globo entre 2013 e 2016, com 71 episódios – a exibição já chegou a 2015... A saga de Russo e Babá na Funerária Unidos do Irajá (FUI) é um trabalho mais “autoral” de Falabella, surgido em um momento de transição do humor da Globo (vide ascensão de Marcius Melhem...), o que explica a série ser uma espécie de “A Grande Família” misturada com “Avenida Brasil”, trabalhando forte no humor negro, sem alusões ao Tamanco no caso, Pancada... “Os Caras de Pau”, a começar pelos especiais de 2006 e 2009 e depois pela série regular de 2010 a 2013, é de uma fase anterior... Leandro Hassum e Marcius Melhem faziam os seguranças Jorginho e Pedrão e Maurício Sherman, que nos deixou este ano, acreditou que funcionariam num programa infantil com plateia... Não deu... Apenas sob a gestão de Marcos Paulo, já na fase semanal (no Viva, a exibição está em 2011...) o programa consolidou-se como o último bastião da comédia pastelão e do “nonsense”... Melhorando substancialmente com o maior aproveitamento do elenco fixo – Alex Régis, Augusto Madeira, Cândido “Sabugo” Damm, Paulo Carvalho, entre outros – e a entrada de Xandra Richter como Babi, que igualou a comicidade ingênua dos protagonistas e foi além da simples escada, ao contrário, por exemplo, de Milena Toscano e seus tipos ranzinzas... A exibição do “Zorra Total” das 18 horas, que está em 2006, demonstrou toda a evolução do humorístico... As perdas de Rogério Cardoso em 2003 e de Francisco Milani em 2005, além das saídas de Chico Anysio em 2004 e Jorge Dória em 2005 (esta motivada por um AVC) abalaram a atração... No entanto, o maior impacto aconteceu com a saída de Tom Cavalcante, em 2004... Tom conseguia segurar programas inteiros na base do improviso, como Pitbicha, João Canabrava e Ribamar, e o programa ficou meses sem rumo, fazendo quadros do tipo “ônibus” com todo o elenco, até o gênio de Maurício Sherman se manifestar em novos personagens, com destaque para os tipos femininos... Vide Xandra Richter como Selma (e Odete, e Elza...), Maria Clara Gueiros como Laura (e Zana Zen, e Márcia...), Fabiana Karla como Gislaine, Mariana Santos como a Dirce do Aderbal, Roberta Foster como Eva... Essa pula, pula... Ah, sim, tem Fabiana Schunk e Helga “Eterna Vice” Nemeczik se revezando na conferência de crachá de Severino (de vez em quando, Ellen Rocche entra nessa fria, digo, nesse esquema, para a tristeza do Pancada...), eternamente acossado por Paulo César “Duplex”, o Terry Crews brasileiro... As duplas cômicas mostraram serviço com os seguranças Jorginho e Pedrão, Babaluf e o presidente corinthiano (Agildo Ribeiro e André Damasceno...) e os “sócios” Jajá e Juju... Então é por isso que Marcius Melhem e Welder Rodrigues são os maiores nomes do humor da Globo atualmente... Ops!!!... O público infantil, que era contemplado com a gênia estagiária Efigênia, passou a ser atendido por Patrick e sua faca... Olha a faca!!!... Aqui, lembra o Pancada, ajudado pela versatilidade de Anselmo Vasconcelos, excelente protagonizando ou fazendo escada, porque o importante é atuar e receber, vide cortes no atual “Zorra”... A temporada 2012 do “Zorra Total”, para nosso colega de rede, serve mais como registro da fase “Metrô Zorra Brasil” – baseada em fatos reais acontecidos no Rio de Janeiro – para passar muita vergonha alheia com Rodrigo Santanna (ele só aprova sua participação como Dodô em “A Turma do Didi”...) e fazer uma sessão de “Teu passado te condena” com Marcos Veras... Ops!!!... Quando o Viva mudou o horário de “Os Trapalhões”, muitos fãs – aqueles que amam o quarteto e odeiam o Renato Aragão, a clássica “Didifobia” - tiveram certeza de que o programa iria ser rifado... Mas felizmente a atração sobreviveu, e está no terceiro ciclo de exibição, em plena temporada de 1989... Sem contar que os filmes do grupo começaram a ser exibidos aos sábados, servindo inclusive como homenagem a Gugu Liberato, devido ao seu comparecimento recorrente na filmografia dos Trapalhões no final dos anos 1980... Apesar do corte dos quadros com Terezinha Elisa e Ted Boy Marino, o público pode apreciar muitos momentos de um humor puro e ingênuo dos Trapalhões, vide especial de Natal de 1988 – apresentado em 24 de dezembro – onde Magda Colares se desesperava com a ausência de homens nos festejos natalinos... Pancada, por sua vez, colocando no Youtube © quadros do programa anteriores a 1987 (porque daí em diante, a Globo derruba sem dó...), nosso colega de rede constatou que a temporada de 1988 tem mais “remakes” de quadros que o programa “Chespirito” na década de 1990... Alis, a produção de programas inéditos do Viva estacionou em 2019... Na área de humor, então, só a “Escolinha do Professor Raimundo” e olhe lá... O fiasco da nova versão de “Os Trapalhões” na Globo, depois de uma estreia bem sucedida no Viva em 2017, ainda pesa... Por enquanto, o canal da Globosat ainda contraria as previsões que os telespectadores assíduos de TV por assinatura fizeram em seu início, a saber, que em alguns anos ele deixaria a exibição de programas clássicos e passaria a apresentar suas produções originais... Será que chega nos próximos dez anos???...
O problema é que depois do intervalo entrou a segunda parte de outro episódio da série, "Quem Vai Ficar com Tuco"... |
Gostei dos artigos, acredita que é a primeira vez que vejo alguém comentar sobre a "Radical Choca"?... eu adorava. KKKKK Nem nos sites Viva e Memória Globo tem algo parecido. Parabéns pelo conteúdo, abraços! :)
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