segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Os Episódios Perdidos do Trapa Hotel...

Participação de Terezinha Elisa fez com que episódio "O Assasinato da Barata", de 1990, fosse excluído da exibição no canal Viva...














































O canal Viva deixou de exibir alguns episódios do “Trapa Hotel”, gravados em 1990 e 1991, que faziam parte do programa “Os Trapalhões”... A razão para as histórias não serem mostradas é a mesma que impediu a apresentação de outros quadros do programa humorístico... A presença de Ted Boy Marino e Terezinha Elisa, cujas famílias entraram na Justiça reivindicando pagamento de direitos de imagem... Em dois episódios, Terezinha tem participação destacada – em um, a atriz é a “sócia” de um policial federal que supostamente assassinou a arrumadeira do hotel, mas na verdade matou uma barata que percorria o quarto e no segundo é contratada por Didi par afastar sua amada de Conrado... Em outros cinco episódios, há cenas em que todos os funcionários do hotel estão reunidos no saguão, e o ex-lutador de telecatch interpretava um deles... Entretanto, há um episódio em que nem ele nem ela aparecem, e o que provavelmente aconteceu é que o corte de outros quadros do programa inviabilizou a exibição no Viva...  Felizmente, os capítulos perdidos do Trapa Hotel são conhecidos graças aos esforços de colecionadores, que reuniram gravações das apresentações originais e das reprises do quadro, que foi mostrado aos sábados em 1996 e 1998... Nesta postagem estão reunidas as sinopses de oito episódios, cinco de 1990 e três de 1991 – em dois deles, a gravação não tem os créditos do nome e do autor dos episódios...  Os outros foram escritos por Renato Aragão, José Sampaio (dois episódios), Gibe – mais conhecido como Papai Papudo no programa “Bozo” e pela atuação nas Câmeras Escondidas do programa “Topa Tudo por Dinheiro”, no SBT – e Mário Tupinambá – o próprio... Os episódios de Renato são mais uma compilação de esquetes levados ao ar em anos anteriores, enquanto os de Gibe e Tupinambá se destacam pelas situações insólitas... Do elenco fixo, destaque para Colé Santana interpretando o hóspede “sóbrio” do hotel...  As participações especiais, marca registrada da série, incluem Moacir Deriquém, Castrinho, Carlos Zara, Rogério Cardoso, Felipe Carone, Álvaro Gomes (o Nestor dos comerciais da DPaschoal na década de 1980...), Jayme Periard e duas musas da época – Vanessa de Oliveira e Daniela Camargo... Ah, sim... Cortes de cenas com Ted e Terezinha são comuns nos episódios mostrados pelo Viva... Dois exemplos: Em "A Troca da Mala", Terezinha lidera com Selma Lopes um grupo de senhoras que vai ao Xou da Xuxa e o gerente precisa trabalhar forte para convencê-las de que o hotel é estritamente familiar... Em “O Aniversário do Didi”, parte da cena que Didi está na prisão é cortada devido à aparição de Terezinha Eliza, que acaba de ser encarcerada...





1990.1 - “O Assassinato da Barata”, escrito por José Sampaio:  Conrado comparece no hotel com uma garota (Suzana Mattos) em seu Escort XR3 conversível, mas quando entrega a mala a Baiaco, vê algo estranho e dá no pé... O gerente reclama com Mussum dos furtos constantes no hotel, inclusive do cinzeiro com a mesa junto... Dedé se queixa a Didi que tem chegado atrasado no serviço todos os dias e ele diz que foi ver um primo na faculdade de medicina – sendo estudado na aula de anatomia... Didi repreende Duda porque abriu a caneta para ver de onde saem as letrinhas e diz que se ela não estudar, não poderá ver seus programas de televisão preferidos – debate político e momento econômico... Conrado volta ao hotel e pede ajuda a Didi para não tomar flagra de sua noiva... O cantor pede que Didi converse com a garota para mandar ela embora e avisa que está num dos sofás do saguão do hotel... Onde ela se impacienta e vai telefonar exatamente no momento em que comparece a noiva de Conrado (Andréa “Sorvetão” Faria...)... Então é por isso que Didi conversa com a noiva – e apanha dela... Conrado se desespera com a confusão e pede a Didi que fale com a noiva novamente, pedindo que ela vá até o quarto dele... Acontece que Didi dá o recado para a noiva... Mussum deixa o ladrão do hotel passar e pensa que um hóspede (Dary Reis) assassinou a “sócia” (Terezinha Elisa, razão do corte do quadro...) porque estava tendo um caso com a arrumadeira, colocando o corpo numa mala – e na verdade ele apenas eliminou uma barata... Para pegar o suposto assassino, Didi bola um plano, colocando Divino fantasiado de policial, porém o hóspede revela que é um agente da Polícia Federal, e que matou e guardou a barata para fazer uma denúncia na Embratur...  De sorte que o agente relevou o caso, mas esqueceram de avisar Conrado que ele não precisava mais se vestir de mulher para ir atrás do sujeito – e ele arrumou briga com a noiva e a garota... 





1990.2 - “Um Maluco no Hotel”, escrito por Gibe:  Na recepção do hotel, Dick Tracy e a Pantera Cor-de-Rosa, quer dizer, um casal (Moacir Deriquém e Sylvia Massari) solicita um quarto com uma cama de casal para ambos os dois e uma de solteiro para o Topo Gigio, ou melhor para irmão da mulher (Castrinho), que acaba de sair de um período de seis meses de tratamento médico... Enquanto o cunhado se sente na “Sessão da Tarde” e apronta as maiores loucuras, especialmente com Tião e Mussum - Didi acaba apanhando de Sorvetão e de Conrado, em meio a uma briga entre os sócios”...  Dedé pensa em chamar o Ananias, digo, o cunhado maluco para fazer ginástica, mas ele prefere chamar Mussum de papai, Dedé de titia e Didi de mamãe, fazendo eles trabalharem forte numa brincadeira de cavalinho...  Sentindo-se pisado quando apenas lhe dá carinho e desconfiado que o louco agasalha, Didi coloca em ação o plano 154 e chama todo mundo (inclusive Ted Boy Marino, um dos empregados, levando ao corte do quadro no Viva...) com um berrante para avisar do doido perigoso... Que Didi tenta assustar bancando o fantasma, mas só consegue  afugentar quando tira o capacete de viking... Ops!!!... 




1990.3 - “Duda Volta pra Casa”, escrito por Renato Aragão:  Didi chega atrasado ao trabalho e explica ao gerente que veio da casa do primo em Sovaco de Pinguim, um lugar tão frio que no último incêndio na região duas pessoas morreram congeladas... Duda avisa que a plantação de batata frita não sugerida por Didi há cinco meses não deu certo e que o mecânico do hotel está preso na geladeira do quinto andar...  Mussum alerta que um cachorro pulou o muro do hotel e está atrás de um gato – ou do Tião, que vai tomar café no botequim do outro lado da rua por recomendação do dentista... Conrado canta “Encontro Casual” e paquera uma garota no saguão, correndo atrás de Didi para lhe dar uma bolacha depois de levar um fora...  Divino informa que o arroz está virando cardeal – quase uma papa – e o prato do dia é RDO – Resto de Ontem... Duda começa uma pescaria de peruquinhas e chapéus no mezanino e quando Didi se junta à brincadeira, só consegue pescar uma saia e depois, enquanto limpa a sacada, molhar Dedé...  Que dá um banhaço de água fria no gerente... Didi, Dedé e Mussum cantam “Vê se Larga Minha Tut” para Duda dormir quando um mafioso (David Pinheiro) e sua gangue procura o gerente dizendo ter ordens do padrasto dela para leva-la embora...  O gerente, Dedé, Mussum e o cacique Raoni, quer dizer, Tião, tentam convencer  o mafioso a deixar Duda no hotel, porém ele mostra uma ordem judicial e Didi faz o Rambo, trabalhando forte na farinha para impedir que ela seja levada pela gangue...  No entanto, a lei precisa ser cumprida e os funcionários do hotel entregam Duda (um deles é Ted Boy Marino, razão do corte do quadro)... Sozinho no quarto de Duda, Didi lembra emocionado do dia em ela disse que gostava dele – no primeiro episódio, “A Fujona”...  Depois de ficar uma semana sem comer nem beber, Didi tem uma surpresa... Duda voltou, disfarçada de dançarina de lambada...















Em "Um Maluco no Hotel", também de 1990, um Castrinho enlouquecido quer mamar em Didi, pensando que é sua mãe... Ops!!!...














































1990.4 - “O Malão do Tiro ao Alvo”, escrito por Renato Aragão:  O gerente reclama que Didi é um resumo de mau exemplo, preguiça, relaxamento e deboche, não tem feito nada para aumentar o comparecimento ao hotel e nem providenciou o conserto do trator de cortar grama... Didi responde que são seus olhos, não tem culpa se os motéis que abriram na região aceitam casais a pé e mandou que o gramado fosse aparado por P21 – dois paraíbas de 21 anos... Dedé quer que Didi faça ginástica, mas só consegue ser chamado de perua... Dedé tenta explicar a Didi como as coisas mudam, mas descobre que não mudou nada...  Mussum pega um batedor de carteiras (Dino Santana) em flagrante quanto ele ergue os braços para o céu, dizendo que nunca roubou ninguém, e as carteiras caem no chão, mas deixa-o escapar quando vai pegar os documentos dele na piscina...  Baiaco e Tião colocam no saguão uma grande mala, com um aviso para que não apertem o botão... É exatamente o que Didi faz, quebrando o boneco que estava dentro da caixa... Como o boneco é a cara de Didi, Dedé e Mussum colocam ele dentro da caixa em seu lugar... Acontece que a caixa pertence a um campeão de tiro ao alvo (Carlos Zara), que usa o boneco para treinar... Dedé pede para o atirador que não dispare a arma no saguão, porque o barulho pode incomodar os hóspedes, mas ele coloca um silenciador e Didi precisa ficar ligeiro para não ser fuzilado, usando uma garrafa de vinho, farinha e uma máscara de monstro... Didi recebe Rita Bang-Bang (Daniela Camargo), que traz um porta-porretes para espancar Conrado... Que faltou a um encontro com ela no cinema... Depois que a garota exige aos berros a chave do quarto, Didi avisa Conrado... Que comparece com  Anelise, a qual Didi precisa fingir que tirou no consórcio enquanto ele se esconde atrás do balcão da recepção e a garota volta com o porrete... Didi quer sair com Anelise, mas ela precisa falar com o Conrado... Então é por isso que Didi ligou para a recepção, Rita atendeu e Conrado foi descoberto...  Depois da surra, Conrado jura a Didi que durante um ano não vai mais olhar mulher – até duas banhistas passarem na sua frente...





1990.5 - “O Grande Mágico”, escrito por José Sampaio:  Didi chega atrasado ao trabalho enquanto o gerente machuca o pé na recepção com o martelo usado por Dedé e Baiaco para fixar o cartaz de um show do mágico David Cuperfiz que acontecerá na boate do hotel... No bar, Mussum toma remédio para estômago embulhado – então é por isso que a barriga está coberta com jornal – e Divino avisa ao gerente que preparou um prato à base de legumes para o mágico, que é vegetariano  - então é por isso que todo mágico tem má fama, segundo Mussum... Didi se machuca com o martelo quando o hóspede “sóbrio” (Colé Santana) pergunta qual é o quarto do doutor Moreira – que vem a ser ele próprio – e o ajuda no elevador... Mussum continua enchendo a cara de remédio no bar até Dedé avisar que o frasco acabou e ele ir comprar outro na farmácia... Duda conta a Didi que sonha em ser mágica e ela dá uma forcinha com o truque que faz surgir dinheiro, porque ela não tem imaginação...  Mussum apanha de uma garota para a qual olhou com grande interesse – porque ela é a madame Belisa, que lê pensamento... Conrado machuca o pé com o martelo de Didi, que é apresentado a duas amigas suas, Bebete e Dadá...  Nesse mesmo instante, comparece na recepção o mágico David Cuperfiz (Rogério Cardoso), que faz tudo desaparecer  ao dizer a palavra mágica “Zadum”– inclusive as calças de Didi... Que quer assistir o ensaio do show na boate para dar o troco, mas é obrigado pelo gerente a fazer plantão na recepção...  Depois de fazer a sogra de Mussum aparecer no hotel, o mágico desaparece e retorna na boate, onde some com todos os funcionários que assistiam ao ensaio, pois na verdade ele é um alienígena a procura de corpos para os habitantes de seu planeta dominarem a Terra... Duda, que assistia ao show escondida, vê o verdadeiro rosto do mágico e de sua “partner” e descobre que ele só poderá ser detido se alguém falar a palavra mágica ao contrário... Então é por isso que Didi, após Duda dizer “Mudaz” e afugentar os extra-terrestres, conta para a perua do Dedé e aos demais empregados do hotel sobre a verdadeira identidade do mágico e sua palavra cabalística... Que ele anota num papel, porém como nem Dedé, nem Mussum e nem o gerente conseguem entender os garranchos, os quatro vão dançar lambada em outro planeta... E mais uma vez uma cena com todos os funcionários, o que supostamente incluiria Ted Boy Marino, tira o quadro da exibição do Viva... 





















Daniela Camargo, uma das atrizes mais belas de seu tempo, encheu Didi e Conrado de porretadas em "O Malão do Tiro ao Alvo"...










































1991.1 - “O Sumiço dos Sapatos”, escrito por Mário Tupinambá: Didi briga com o eletricista que queria arrumar a casa de força e foi apresentado ao banheiro do hotel...  Madame Pururuca reclama da goteira em seu quarto e Didi explica que conforme o anúncio do hotel, há água corrente em todos os quartos – e lhe entrega uma corrente... Dedé joga uma bola de basquete para Didi, que agarra a cabeça de Batatinha e pensa que decapitou o gerente... Dedé trouxe a bola porque agora treina o time de basquete feminino do hotel... Que pisa em cima de Didi depois que Dedé o impede de entregar a chave do quarto para a equipe...  Dedé vai massagear as atletas, ajudado por Mussum, que massageia mulher até por telegrama, e Duda fala que passou a noite em claro – porque deixou a luz do quarto acesa – quando Doutor Soturno (Felipe Carone) comparece na recepção, pedindo dois quartos – um para ele e outro para sua mala, já que eles dormem separados, igual a dentadura da avó do Didi... Ops!!!... Mussum desconfia de Soturno e Duda acredita que para ele ser vampiro, só falta tomar sopa de morcego... Então é por isso que o doutor pede a Divino que faça uma sopa de asa de morcego regada com xixi de lagartixa e baba de boi da cara preta... Isso sem contar com o filé de borboleta com purê de barata e a mousse de titica de galinha...  Didi comparece na cozinha  e tem um piripaque quando experimenta a comida preparada para Soturno...  Batatinha pede a Conrado que pare de incomodar as mulheres no hotel quando é cercado por hóspedes que tiveram os sapatos roubados... O gerente chama Mussum para falar sobre o caso, que já é de seu conhecimento – porque também foi roubado – e de quebra o detetive  precisa localizar a peruca de Batatinha...  De plantão na recepção, Didi ouve um barulho de passos e vai ver do que se trata... Mais tarde, telefona para a recepção, onde avisa que já descobriu quem roubou os sapatos, pedindo a Vera e Vanessa que reúnam todos os funcionários no saguão...  Didi e Mussum trazem Soturno, dizendo que ele é o autor do roubo... O doutor explica que estava fazendo uma experiência científica e Didi mostra que os sapatos estão nos pés de uma centopeia gigante - muito antes do filme "A Centopeia Humana", lançado em 2009...






1991.2 (Episódio sem Título):  As funcionárias do hotel se preocupam com a visita do funcionário da Embratur que irá inspecionar o local, mas Didi não só está despreocupado como já conta com um aumento de salário... Então é por isso que quando Artur (Álvaro Gomes) comparece na recepção dizendo que vai fazer uma inspeção, Duda estende o tapete vermelho – que é puxado por Didi – tem a manga do terno arrancada por Dedé e toma um banhaço de água fria quando Mussum demonstra o sistema de combate a incêndio... Didi enxuga o inspetor com um pano sujo de fuligem e pega a peruca de Batatinha para substituir a dele... O gerente pega a peruca de volta e Alessandra diz que ele está “biiito”... O narrador anuncia que as confusões continuam no próximo bloco... Quando o inspetor é levado até a cozinha do hotel – recebendo uma torta de damascos na cara... Batatinha tenta contornar a situação, mas o inspetor acaba apanhando do hóspede “sóbrio”, que queria reclamar do ascensorista do elevador... Que é onde o inspetor fica com as pernas presas, sendo solto com muito sacrifício pelos funcionários do hotel, Ted Boy Marino inclusive, então já viu... Nesse momento, comparece no saguão o chefe de Artur (Dino Santana), que é o responsável pelo som do hotel e pediu para ele fazer uma inspeção...  Batatinha quer matar Didi, mas ele diz que não está mais aqui...






1991.3 (Episódio sem Titulo):  Didi dança no saguão e diz que está se preparando para a inauguração do Forró do Gerson, que vai ser inaugurado ao lado do hotel...  Dedé vai conferir e enquanto Didi avisa a Batatinha quem está apaixonado por ele – ninguém – ele volta dizendo que o estabelecimento que vai abrir é especializado em Forro de Gesso... Didi se apaixona a primeira vista por uma hóspede (Vanessa de Oliveira) e desmaia...  Quando Didi acorda, Duda fica com ciúmes e Dedé se oferece para ajudar, chamando um amigo galã de novelas (Jayme Periard) para ensinar ele a “negociar”...  O galã da aulas de postura, elegância, sorriso e olhar, embora Didi conclua que a garota tem de aceita-lo como é... “Autento”, trabalhador “otomo”, alto e loiro, o Fogoió do Ceará...  Didi vai a luta com um novo visual – e a voz do Darth Vader, que Duda pede para ele deixar de lado – porém na hora de chegar junto na garota ele prefere sonhar com ela – no filme “Os Trapalhões na Terra dos Monstros”... Então é por isso que Conrado conquista a menina e sai com ela... Didi tenta argumentar com o cantor, mas ele diz que cada usa a arma que tem... Então é por isso que Didi contrata Bagaceira (Terezinha Elisa) para fingir que e “sócia” – uma de cinco - e tem uma filha com o Conrado, afastando-o da garota...












Terezinha Elisa retornou ao hotel como Bagaceira, paga por Didi para afastar Conrado de sua amada - no caso, Vanessa de Oliveira... 

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