quarta-feira, 10 de abril de 2019

Saga do BBB 19 (II): Sob o Signo de Peixinho...

10 de fevereiro: intolerância religiosa de Maycon foi ao ar na Globo; a de Paula, três dias antes, passou apenas no PPV... 











































Uma declaração de Maycon sobre a religião de Rodrigo, na festa Gilette Venus (R), antes da qual Paula se declarou negra em meio à "tour" da "negra linda", em 10 de fevereiro - que foi ao ar - e comentários de Paula três dias antes, em 7 de fevereiro, onde alegava ter medo de sua crença - que não foram ao ar, o assunto que predominou no programa da Globo naquele dia foram as mal-sucedidas investidas de Diego em Hariany - motivaram um inquérito policial que além de dar ao “reality” uma dimensão “lacradora” que a cautelosa direção queria evitar a todo custo, poderia comprometer o andamento pensado para a disputa... A exclusão de Vanderson abriu um precedente grave, concorrentes intimados a depor fora do confinamento estariam automaticamente eliminados... Maycon era figura importante na disputa entre Camarote e Gaiola, assim como Rodrigo... Este era um apoio importante a um dos protagonistas da temporada – Danrley – assim como Paula era o suporte de Hariany... A Globo precisou costurar um acordo com o delegado responsável pelo inquérito... Advertiria os responsáveis pelas declarações – no confessionário, para manter sigilo – para que não voltassem a cometer injúrias, ao mesmo tempo que o alvo das ofensas seria ouvido assim que deixasse o confinamento... No momento em que estivesse desacreditado o bastante para seu depoimento não ser levado a sério, óbvio...  No caso de Rodrigo, quando a rejeição motivada pelas circunstâncias do jogo criassem a impressão de que apenas estaria inconformado com o êxito de Paula... Quanto a ela, a questão foi renovar constantemente seu viés de confirmação, o que tornava desinteressante qualquer esforço que se fizesse no sentido de agir com empatia, buscando a compreensão... A renuncia aos pré-julgamentos, e nunca houve uma sinalização nesse sentido, dela e da direção (no máximo, Paula dizia eventualmente que poderia pagar pela língua, e a produção encarava como práticas normais do jogo...), simplesmente tiraria a característica de quebrar a internet, e numa temporada marcada pela baixa audiência televisiva, abrir mão da repercussão das redes sociais seria um fracasso completo... Paula, claro, não deixou de ser provocativa,  direcionando suas farpas aos gays, com dois deles na casa, a roupa de balada, nada disso indo ao ar nos programas da Globo... No dia 14 de fevereiro, Tiago Leifert declarou... “Eu queria conversar com vocês sobre algo que tem acontecido principalmente nas redes sociais (óbvio, com tantas omissões...), durante esse primeiro mês de BBB alguns comentários foram feitos dentro da casa, ofenderam algumas pessoas (e “denunciados” até no quadro “Isso a Globo Não Mostra”, do "Fantástico"...), muitas vezes os próprios participantes discutiram, se corrigiram, conversaram, outras vezes o comentário passou batido lá dentro (nem entrou nas edições, aparecendo apenas no PPV...) mas não passou batido aqui fora... Os vídeos contendo as falas consideradas ofensivas foram enviados as autoridades competentes, esses vídeos estão em avaliação (na verdade, já havia um inquérito instaurado...), dependendo do parecer das autoridades, o programa tomará providências como sempre fez... Enquanto isso, nós aqui da TV Globo, a gente acredita que o melhor caminho é o diálogo, há dois anos a gente tem uma campanha no ar que diz que tudo começa pelo respeito (apesar de que em nenhum momento chegaram a conversar ao vivo com os jogadores sobre o assunto, ao contrário de outras temporadas em que ocorreram declarações controversas, principalmente sobre sexualidade e Aids...), vocês já devem ter visto, a diversidade é um dos pilares da empresa, isso está claro na nossa programação, tá claro quando você anda pelos estúdios Globo, é nisso que a gente acredita, então por enquanto, a gente vai seguir o nosso jogo, mas com o olhar sempre atento, e muito obrigado a todos vocês que se manifestaram todo esse tempo, a gente tá ouvindo, a gente tá com vocês, vamos ver o que acontece”... Na realidade, a declaração do apresentador colocou uma pedra sobre o assunto preconceito, e as iniciativas posteriores da direção deixariam esse silenciamento  bastante  claro...As duas lideranças seguidas da dupla Danrley e Elana apressaram o esvaziamento do Camarote com as saídas de Diego e Maycon... Sem o viés de confirmação de Paula, ambos os dois desgastaram-se com a exposição de declarações preconceituosas no programa da Globo... Ainda assim, a rejeição de Rodrigo aumentou demais no paredão que enfrentou com Maycon... Que conseguiu a façanha de ser o primeiro integrante do Camarote a conseguir que Hariany e Paula votassem com ele – justamente em Rodrigo... A forte torcida Pauriany jamais aceitou sua permanência no jogo, acusando a direção de ter feito uma “Bofinhada” – ou seja, simplesmente teria invertido as porcentagens ao anunciar o resultado do paredão... Eliminado Maycon, restavam do Camarote apenas Carolina e Isabella... Esta era a rival latente de Elana, aquela manifestava seu desafeto por Danrley apenas em conversas reservadas, onde o chamava pejorativamente de “Jovem”...  A direção veio com o “plot twist” das correntes... Que deu um último fôlego ao dualismo, quando Isabella ficou acorrentada com Rodrigo, revivendo a “tour” do ronco (enquanto isso. Carolina dividia as correntes com Danrley e Elana, relativizando seu antagonismo...), e correu para atender o Big Fone, de modo a ficar livre... Isso e a decisão de autorizar ela a conceder o castigo do Monstro a Líder da semana – justamente sua rival Elana – facilitou sua saída...  O grande mérito das correntes, entretanto, foi o de ter desencadeado uma mudança radical na percepção do público sobre os concorrentes e o jogo...  Aconteceu numa quarta-feira em que os competidores foram “trollados”, arrumando-se para uma festa que não aconteceu... A pegadinha fez o grupo ficar acordado até mais tarde – quando a tendência seria dormirem cedo, para evitar o desgaste da movimentação com as correntes – e algumas bebidas a título de desagravo garantiram que conversassem e fizessem joguinhos sociais a noite inteira... Um deles, chamado de “primeira impressão”, seria utilizado pela direção no programa do dia seguinte para vender a ideia de um “jogo de afeto e respeito”...  Ou seja, não havia conflitos, seja os inerentes à divisão de grupos, favorecendo Carolina (esta mais, porque os comentários de Gabriela estimularam a “fanfic” #GaFish...)  e Isabella (esta menos, pelo Big Fone e pelo Monstro...) nem sequer os motivados por falas preconceituosas, trazendo para o “reality” o mito da democracia racial na sociedade brasileira, e consequentemente absolvendo Paula de qualquer acusação de racismo (sem contar que a aceitação do castigo por todos funcionava como uma "neutralização" da escravidão a que as correntes remetiam, com todo mundo acorrentado, quem ia lembrar que os negros foram escravizados???...) Então é por isso que as imagens de seu rosto em close ganharam filtro e Rodrigo apareceu dizendo que ela era um personagem literário, a garota que compensa a falta de amigos com uma porca de estimação... Dias depois, durante o Raio-X, Paula falaria que não acontecia nada na casa, como se estivesse a dizer que não fez nada de errado...  Ao criar-se o discurso que não havia nada que desabonasse Paula, as críticas de Gabriela e do próprio Rodrigo caíram no vazio, e mais que isto, por oposição, fez eles serem acusados de implicância com pessoas tão alegres e divertidas... Tão logo Isabella saiu, a direção impôs o principio que nortearia o jogo no lugar da disputa entre o Camarote e a Gaiola... A associação com Carolina era indispensável à permanência de Hariany e Paula na casa... Tudo começou com o abraço das três após a despedida de Isabella, cena que se repetiu quase que diariamente durante um mês... Acima de tudo, a direção copiou as federações de futebol Brasil afora, e implantou uma política de “torcida única”... Mesmo que houvesse mais de uma grande torcida, ao contrário da temporada anterior, em que as edições forneciam argumentos para todas as “fanbases envolvidas” – ou se apenas um “fandom” era significativo, os “haters” eram contemplados, como no BBB 17 – desta vez só um discurso estava a disposição, o mais convencional, e até mesmo conservador,  dentro dos padrões do “reality” e da sociedade, negando inclusive boa parte das concessões a representatividade de outras temporadas... Dois exemplos dessa incorporação do discurso para atender uma única torcida: o apresentador dizendo a Elana que estava no primeiro paredão,  apesar de ter ido ao superparedão, argumento criado por Carolina ao aliar-se a Hariany e Paula ... Ao anunciar um jogo da discórdia com Rodrigo o apresentador usa a expressão de Paula , "sabatina"...




















21 de fevereiro: roda de conversa dos acorrentados é usada para decretar fim de conflitos e "democracia racial" na casa...












































Para reforçar a posição do trio, a direção pautou uma prova de resistência individual, pensada para aproveitar o bom desempenho de Carolina e Paula na primeira disputa do tipo, no terceiro dia de confinamento – elas foram as duas últimas a saírem... A superioridade das duas era tão flagrante que Carolina combinou com Hariany de desistirem juntas para dar a liderança a Paula, isso depois de ter discutido com as opções de escolha como Líder... O alvo de Carolina era Danrley, ao colocar o argumento de que ele nunca havia ido ao paredão, nem mesmo na primeira semana... Paula não cogitou indicar nem ele e nem Elana, pois sabia da afinidade de Hariany com ambos os dois, mesmo que tenha evitado frequentar o quarto do Líder quando recebeu a pulseirinha de Danrley, principalmente para não ser alvo das mesmas acusações de ser “leva-e-traz”  que assombraram Rízia quando Carolina ocupou a Liderança... Porém, Paula adaptou o argumento de Carolina para sugerir a indicação de Gabriela, que havia comparecido apenas ao superparedão, além do fato de já ter sido votada por ela e pela suposição da força de Rodrigo por ter voltado do paredão com Maycon... A opção de Paula não foi exibida no programa que mostrou a disputa da prova do Líder, a intenção era fazer segredo para não comprometê-la com a escolha, mesmo que esse paredão fosse falso, sem eliminação... Preferiram mostrar seu cuidado com Carolina, que saiu lesionada da prova...  No entanto, quando Tiago Leifert falou que Carolina, Hariany e Paula formariam um “grupo poderoso”, os “haters” de Paula acusaram o programa de manipulação, e no dia seguinte, a direção se viu forçada a mostrar três declarações sobre sua “intenção de voto” em Gabriela... A demonstração de que a “troika” recém-formada no jogo era forte e competitiva precisaria ser feita por outros meios... O jeito foi reciclar a diretriz do Camarote de tentar ampliar o grupo, martelando que Alan, Gabriela e Rízia mudariam de lado...  Mesmo que isso não correspondente a realidade, era necessário aumentar a popularidade de Carolina para transformar a antiga antagonista em aliada número... A operação incluiu transformar uma heterossexual convicta numa espécie de “Bi de Taubaté”... Primeiro, alimentando a “fanfic” #GaFish, surgida entre fãs após uma conversa de Gabriela com Paula sobre um sonho com alguém da casa, e que ela imaginou ser com Carolina, e introduzida nas edições da Globo numa sequência em que Gabriela contou a Rodrigo o momento em que assumiu sua homossexualidade, e depois apareceu como que observando Carolina exercitando-se na academia... Segundo, estimulando outra “fanfic”, #CAlan, aproveitando o fato de que Alan era o último homem branco que restou na casa, um privilégio que garantiu seu comparecimento à final, ainda que na condição de azarão... Quanto a Rízia, além de ter sido assediada pelo trio em uma prova do Anjo onde se desentendeu com Rodrigo, e da “tour” do beijo, também com Rodrigo – na qual os “haters” dele tentaram forçar sua expulsão, manipulando cenas do PPV, e o obrigando a direção a abafar o caso no programa da Globo – a possibilidade de virar a casa seria explorada na forma de “bullying” pelo apresentador, que a pressionou quando foi  Líder a justificar seu voto de minerva em Alan, e não em Rodrigo... No paredão falso, pensado para não ter o envolvimento das torcidas de Danrley e Elana – tanto que Rodrigo e Tereza, ambos os dois já bastante desgastados junto ao público, compareceram a ele – acabaram conseguindo criar a ilusão de que Gabriela se tornaria uma aliada do trio ao voltar para a casa...  O reforço da posição da tríade incluiria mais um paredão diferenciado, de quatro, quer dizer, quádruplo, outra vez na modalidade “vote para ficar”, em que a eliminação seria decidida pelo voto da casa - com o conveniente dispositivo que colocaria na rua o menos votado pelo público em caso de empate no confessionário... Além das “fanfics”, Carolina teve a ajuda de uma providencial vitimização ao ser indicada por Danrley no  Big Fone... O curioso é que diante da ida ao paredão, Carolina teve a mesma atitude que mais tarde criticaria em Danrley – fazer VT, inclusive acordando cedo para correr pela casa vestida de branco... A exibição de cenas como essa reforçou a imagem de Carolina como concorrente padrão, atraindo o público adepto de competidores mais convencionais...  O paredão também teve Alan, vitimizado graças a pressão feita em Rízia no desempate da votação, momento em que a direção aproveitou para fazer um “Caps Lock”, induzindo Alan a votar em quem o havia colocado no paredão – em especial Elana e Tereza – Hariany, vitimizada desde sempre – e Tereza, eliminação quase certa, pois era “sangrada” pela direção desde que a “tour do leva-e-traz” a indispôs com os grupos formados na casa, e definitivamente uma pessoa que discutia com todo mundo não combinaria com a imagem de harmonia criada após a rodinha dos acorrentados... Por ser outro paredão de uma torcida só, a tendência era a de que Hariany fosse a mais votada... Todavia, toda a valorização de Carolina – e de seu vínculo com Alan – teve um efeito colateral, levando os dois a serem os mais votados para ficar... Hariany teve que disputar com Tereza a permanência na casa no voto do confessionário...  O descarte da única protagonista que ainda tinha razão de ser com o fim da disputa entre grupos só não aconteceu porque o Caps Lock no domingo fez Alan escolher Tereza na terça, embora o resultado mais provável fosse um empate – e aí Tereza sairia por ser a última na preferência do público no paredão de quatro, quer dizer, quádruplo... 



















1 de março:  Prova de resistência marca início do domínio da "troika" Carolina, Hariany e Paula no discurso das edições...











































A inédita decisão de tirar do público a prerrogativa de eliminar os concorrentes do “reality” – uma interatividade que vem garantindo a sobrevivência do formato – não fez a audiência do programa reagir... Sem muitas perspectivas de melhorar o Ibope, a direção reintroduziria os protagonistas deixados de lado na disputa, e o reforço dado à torcida Pauriany desde a saída de Isabella, ao menos garantiria a possibilidade de um grande número de votos nos paredões, ainda que ao custo de descartar protagonismos que, a despeito da grande torcida, perderam o sentido com o fim precoce da disputa de grupos... A primeira vítima seria Danrley, pelo fato de que sua rixa com Carolina era mais evidente... Então é por isso que no “joguinho da discórdia” da véspera do paredão, Carolina teve tempo de sobra para criticar Danrley pelo que ela mesmo praticava – fazer VT – e por representar uma ameaça a seus privilégios de mulher branca, no melhor estilo “white people problems”... Alis, o fato de duas bacharéis brancas disputarem o paredão com o ambulante negro da região da Rocinha mostra a brincadeira perigosa que o “reality” se transformou ao fazer o racismo estrutural determinar os rumos do jogo...  Mesmo o comparecimento de Alberto Mezzetti, campeão do “Gran Fratello” da Itália, representando um tipo  masculino que caiu em desuso no BBB por fadiga do material, depois de uma década de hegemonia, era um sinal evidente da opção da direção pelo convencional, o que ajudava a prejudicar os dois homens fora do padrão na casa, o próprio Danrley e Rodrigo – e sua chegada ainda ajudou a direcionar o último “Big Boss” da temporada de modo a que o público, leia-se os torcedores, decidisse por uma formação de paredão favorável a “troika”, igualmente beneficiada pelo prolongamento da fase dos paredões triplos... A poprósito,  para corrigir a distorção que inflou exageradamente a popularidade de Carolina – que entrava em choque com a diretriz das edições de colocar na sua conta a responsabilidade pelas combinações de votos e indicações, mantendo Hariany numa postura defensiva e Paula numa atitude reativa -   Paula também teve bastante espaço para atacar Rodrigo a vontade, incentivada pelo apresentador... Ela correspondeu à expectativa, inclusive criando uma “suinofobia”, quase um racismo reverso, ao criticar Rodrigo por ter falado que ela fez uma “economia porca” numa viagem ao exterior, e ainda o chamou de “opressor” (algo que demonstra total ausência de ingenuidade ou desinformação, e a aproxima do estilo “politicamente incorreto” dos neoconservadores...), uma fala escandalosamente manipulada – ao vivo, na segunda-feira, ela pronunciou a expressão quando Rodrigo era focalizado, e ele tirou satisfações depois da dinâmica de grupo, porém no dia seguinte, Paula foi mostrada falando a palavra, mas o áudio foi suprimido, de modo a desqualificar o questionamento de Rodrigo... Paula ainda ganhou um reforço em seu viés de confirmação – Carolina também se beneficiou – quando Leifert  falou em pôquer, um jogo no qual os blefes são permitidos, dando a entender que ela na verdade não pensava daquela forma, e se manifestava assim apenas pela circunstância do jogo... Depois essa lógica levaria a inacreditável “teoria da cotovelada”, quando suas motivações racistas ficaram evidentes – em três lideranças, Paula indicou Gabriela duas vezes e Rodrigo uma vez... Dessa forma, na véspera da eliminação de Danrley, surgiu o esquema “dois contra um” que ejetaria as figuras mais representativas da Gaiola... Com 150.090.640 votos, a eliminação quase superou o recorde histórico de votos no “reality” – a finalíssima do BBB10, com 154 milhões – e levou a determinação de superar a marca com a eliminação de outra protagonista que ficou sem história no jogo, Elana... A tarefa aqui seria um pouco mais difícil, já que Hariany e Paula não tinham grandes divergências com Elana... Aqui, o Caps Lock de Alan revelou-se providencial... Uma prova que o favorecia e logo ele aparecia na GShow ensaiando a justificativa para indicar Elana... Ao mesmo tempo, para afastar qualquer hipótese da indicação ser atribuída a influência de Carolina, além do Monstro da cobra, aquele que Tiago sempre ressaltava ser “altamente incapacitante” (também afastaram as chances de Rodrigo influenciar Alan, pois como estava no Tá Com Tudo como consequência da prova do Líder, não podia receber a pulseira VIP, obrigando-o a chamar Gabriela...) ressaltaram o isolamento de Elana, atribuindo-o ostensivamente à indiferença de Gabriela, Rízia e Rodrigo... Claro que foi necessário desmentir o rumor de que Rodrigo pediu a Gabriela, o Anjo da semana, que imunizasse Elana, porém o enfoque fez explodir a rejeição deles a tal ponto que a direção teve de fazer uma autêntica “redução de danos” para que os três não saíssem com percentagens acima de 90%, o que tornaria inevitáveis as acusações que o programa estava incentivando o racismo do público... Ainda mais porque o paredão em que Elana saiu teve 202.406.432 votos... De sorte que a correção de rota fez com que Carolina tivesse muito mais votos que Paula e escapasse da eliminação por uma diferença de pouco mais de 6%... Isso graças a expedientes como Leifert ajudar Paula no “joguinho da discórdia” a formular um argumento contra Rodrigo que nem era original, mas de criação de Carolina...  Depois de duas eliminações “dois contra um”, Carolina simplesmente deixou-se emparedar novamente, na certeza de que a ida com uma colega de “troika” seria fatal para o terceiro nome do paredão... Vide conversa com Alan, onde o convenceu a não vetar Rízia, pois ao excluir Hariany da prova do Líder, deixaria o caminho livre para a parceria se repetir no paredão, mesmo que Paula alcançasse a liderança, como aconteceu... O Anjo auto-imune, obtido por Rízia,  ajudou a criar em torno de Paula uma aura de Líder hesitante, diminuindo o impacto negativo da escolha... Porém no momento em que ela indicou Rodrigo, seu maior rival na casa, passou a vigorar a noção, reiterada pelo apresentador, de que Paula era a única pessoa da casa que jogava de verdade, e que por essa razão tudo era permitido a ela, inclusive dar cotoveladas – na realidade, são golpes baixos – para alcançar seus objetivos... O viés de confirmação era renovado mais uma vez, sem que Rodrigo saísse com uma percentagem absurda – menos de 70% dos votos, frente a toda estigmatização nas redes sociais, ficou no lucro... Sem o rival latente, Paula precisaria de uma nova razão de ser no jogo, e ela viria da mesma forma que tentaram com Kaysar na temporada passada – provas de resistência... (Continua...)

















18 de março:  no "joguinho da discórdia", Carolina tem todo espaço para defender privilégios de mulher branca...

Nenhum comentário:

Postar um comentário