sexta-feira, 13 de julho de 2018

Copa Dia 30: Afinal, uma final decidida no tempo normal???...

Ninguém pode negar que os franceses fizeram uma festa coletiva pela classificação à final da Copa...














































A grande expectativa para a decisão da Copa do Mundo da FIFA ™, que acontece neste domingo, ao meio-dia, no estádio Lênin, quer dizer, Lujniki, em Moscou, é que a partida seja decidida no tempo normal... O que não acontece na finalíssima do Mundial desde 2002... Quando em plena madrugada no Brasil, a Seleção de Luis Felipe Scolari venceu em Yokohama a Alemanha por 2 a 0, dois gols de Ronaldo Fenômeno, o próprio... Ninguém imaginava que aquela seria, desde então, a última vez que a Seleção Brasileira compareceria a uma final de Copa do Mundo... Até comercial já foi feito para mostrar uma geração de brasileiros simplesmente não viu o time canarinho – na época apenas um comediante que atuava em “A Praça é Nossa”, não um pássaro pistola – ser campeão... Depois do 7 a 1, então, esse mote ficou ainda mais pertinente... Depois do último título brasileiro, conquistado nos 90 minutos, tivemos uma Copa decidida nos pênaltis – vide cabeçada de Zidane em Materazzi – e duas no segundo tempo da prorrogação – vide gols de Iniesta e Gotze... Que viraram uma espécie de maldição para ambos os dois jogadores... Nos dois Mundiais seguintes, o habilidoso meio-campista espanhol foi incansavelmente perseguido em campo, e acabou fracassando junto com seus companheiros nas duas campanhas pouco empolgantes de “La Roja” no Brasil e na Rússia... Mesmo a Seleção do Felipão conseguiu anular Iniesta na final da Copa das Confederações de 2013... O alemão, então, sequer foi convocado por Joachim Low para este Mundial... Quem sabe faria a diferença contra a Coreia, talvez Ozil e Khedira rendessem mais, e Thomas Muller estivesse mais próximo do recorde de gols em Copas... Agora, França e Croácia reúnem qualidades de sobra para resolver a questão no tempo regulamentar... Claro, os croatas enfrentaram três prorrogações seguidas – duas decisões por pênaltis – e tem tudo para ser a primeira seleção a ser campeã mundial jogando oito partidas, digo... Mas mesmo o técnico Zlatko Dalic não quis deixar toda a responsabilidade nos ombros do goleiro Subasic, vide câimbras, e deu um gás extra a equipe deixando as substituições para o tempo extra, com um excelente resultado... Buscar o resultado saindo em desvantagem, eles sabem como fazer, Modric e Rakitic que o digam – desde Andrea Pirlo e Gennaro Gattuso, a final da Copa não tinha uma dupla tão eficiente no meio-campo, recuperando a bola e criando jogadas de ataque – a nova meta é mostrar que esse potencial pode se realizar sem o tempo se prorrogar...


















Nosso colega de rede encontrou um parceiro de dança para bailar no gramado em Moscou... Ops!!!...














































O passado turbulento da Croácia sempre entrou em campo durante toda a Copa... A começar pelo local dos jogos, a Rússia, aliado histórico da Sérvia, com quem a Croácia formou a Federação Iugoslava até se separar de forma traumática em 1991, na esteira do fim dos regimes socialistas no Leste Europeu e da própria União Soviética... Basta lembrar o forte trabalho de apoio a equipe sérvia da parte dos torcedores russos, inclusive no jogo com o Brasil, no qual os nossos “torcedores de condomínio” deram um tempo no “Messi tchau” e compraram briga com a torcida da Sérvia... E também as vaias que o zagueiro Vida – que tem formado um excelente miolo de zaga com Lovren, e Corluka mantém o nível quando entra no decorrer dos jogos – recebeu no mesmo estádio Lênin, quer dizer, Lujniki, da final... Aceitar a sugestão de um integrante da comissão técnica e mandar um salve para a Ucrânia – vide passagem pelo Dínamo de Kiev – foi uma temeridade, sem referências aos presentes... Lembrando que os croatas aliaram-se aos alemães na Segunda Guerra Mundial, contra os russos, e os jogadores e boa parte da torcida tem muitas histórias tristes para contar sobre a guerra civil que esfacelou a Iugoslávia no início da década de 1990... Então é por isso que é um alento ver a presidenta do país – uma mulher, por mais que a mídia brasileira remoa uma misoginia velada, a começar pelo uso da palavra “presidente” e colocando questões que não faria a chefes de Estado homens do sexo masculino, ninguém noticia  se o rei da Bélgica pagou o ingresso com dinheiro do próprio bolso – comparecendo aos estádios russos  com o uniforme de “toalha de mesa”, ainda que a equipe tenha jogado a maioria das partidas com a segunda camisa, a que parece um cobertor de lã... Ops!!!... Até porque as rigorosas medidas de segurança adotadas pelas autoridades russas, desfalcaram a torcida de seu acessório mais característico, os sinalizadores... Felizmente as toucas de polo aquático não sofreram restrições!!!... A campanha de seleção croata, de tão surpreendente que pareceu a alguns, desencadeou uma busca por sinais que mostrassem antes da Copa, que eles iriam longe... No Mundial anterior, gol contra de Marcelo no Fielzão à parte, a Croácia não passou da primeira fase, eliminada no último jogo pelo México... Então é por isso que os mexicanos suspiram pensando que poderiam chegar lá, sem perder como sempre... Se bem que... Os croatas já tinham devolvido essa derrota em um amistoso jogado em março, nos Estados Unidos, vide Rakitic fazendo gol de pênalti – jogando com os reservas... A mesma estratégia de Slatko Dalic no jogo com a Islândia... Os peruanos também pensaram a mesma coisa, pois num amistoso em Miami, venceram a equipe croata por 2 a 0 – e sem Guerrero... E os brasileiros, bem... Dalic teve uma trajetória similar a do Adenor, pegou a equipe num momento difícil das Eliminatórias, e precisou superar uma repescagem para comparecer à Rússia... Consciente de que as pretensões de avançar no torneio dependiam de um bom resultado contra a Argentina, focou a preparação em amistosos com equipes sul-americanas... Assim, sobrou para a Seleção Brasileira... Que conseguiu vencer o amistoso na Inglaterra por 2 a 0, com gols de Neymar (OG),  voltando de lesão, e Roberto Firmino... Na sequência, ganhou do Senegal, por 2 a 1, já antevendo o confronto com a Nigéria... Na Copa, aconteceu o que todos sabem... Classificação com vitórias sobre os nigerianos e os argentinos, troco na Islândia por ter a enviado para a repescagem – e as três reações e prorrogações contra Dinamarca, Rússia e Inglaterra... Eis um 4231 que funciona na frente, seja em jogadas de velocidade ou cruzamentos, e diante de defesas muito estruturadas, não a da Argentina, claro, mas enfim, Adenor... Primeiro título na primeira final, de um país que sequer existia nas primeiras 13 Copas do Mundo???...















- Pô, rapaziada!!!... A seleção da Croácia é assim... Muito amor e coraçãozinho com a mão envolvidos!!!... 














































No caso da França, os lamentos dos adversários pela Copa que poderia ter sido também se estendem aos colombianos, que viram o jogo em pleno Stade de France em março, vencendo os franceses em sua própria casa por 3 a 2... No amistoso seguinte, recuperaram-se em  Leningrado, quer dizer, São Petersburgo, ganhando da Rússia por 3 a 1... Mas quem esperava alguma coisa dos russos naquela ocasião, digo... Os últimos amistosos antes do Mundial foram contra duas seleções que não se classificaram para o torneio... Uma vitória sobre a Itália por 3 a 1 em Nice – os italianos, estreando Roberto Mancini, substituíram Buffon, futuro goleiro do PSG, por Sirigu, e promoveram o retorno de Mário Balotelli depois de quatro anos – e um empate em 1 a 1 com os Estados Unidos em Lyon, gol de Mbappé, o próprio... Didier Deschamps se preocupava com a lesão do zagueiro Koscielny – um pouco mais depois do pênalti cometido contra a Austrália por Umtiti – e com o desempenho de Giroud, que amargava o banco no Arsenal do compatriota Arsene Wegner... Se bem que... O atacante não seria necessário para, depois da vitória impulsionada pelo VAR no jogo com os australianos, que os franceses dessem uma lição na escola sul-americana enfileirando vitórias sobre Peru, Argentina e Uruguai – com um jogo para se esquecer com a Dinamarca no meio – em um crescente de qualidade técnica... Vide a magistral atuação de Mbappé contra a Argentina, defesa de Sampaoli à parte, e os lances decisivos de Griezmann diante do Uruguai, Cavani ausente à parte... A zaga com Varane e Umtiti vem sendo segura e decisiva – vide gols dos zagueiros nos mata-matas – apoiada pelas excelentes atuações de Kanté e Pogba, mais defensivos que Modric e Rakitic – e o “tridente” Matuidi (eventualmente Tolisso...), Griezmann e Mbappé trabalha forte, compensando o desempenho de Giroud dentro da área, ainda mais quando as defesas adversárias proporcionam flancos, casos dos argentinos e dos belgas... Nesse último caso, nem Thierry Henry de auxiliar técnico conseguiu impedir a ida dos “Bleus” á final... E o goleiro Lloris, que em caso de pênaltis (bate na madeira, toc, toc, toc...) duelará de igual para igual com Subasic, este calejado após os embates com Schmeichel e Akinfeev... Um bicampeonato da França, dirigida pelo capitão do emblemático time de 1998 – Zagallo e Beckenbauer começaram assim, digo – não é nenhuma utopia... Mesmo que tenham deixado de lado o peso do vibrante uniforme azul royal da Adidas © e optado pelo sóbrio tom pastel da camisa da Nike ©... O importante é que os torcedores franceses, mesmo em uma Copa que os europeus não se animaram a comparecer a Rússia, por várias razões, não deixaram de levar aos estádios baguetes e capuzes da Galinha Pintadinha, quer dizer, do galo francês... Afinal, o mascote de 1998, ano da primeira final e do primeiro título, também era um galo, mas era a cara do Pica-Pau, digo...















Que cara é essa, internauta Chico Melancia???... Só por que domingo é dia "Croácia, O Show do Vida"???...

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