quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Primeira Invasão no Japão Começou no Egito...

Maioria absoluta dos 31.417 torcedores no Toyota Stadium, Fiel mostrou que naquela noite teríamos que ganhar...
































































Uma longa viagem de ônibus por mais de 300 quilômetros, de Tóquio a Nagoya, conduziu os torcedores corinthianos até o Toyota Stadium, local da primeira partida do Timão no Mundial de Clubes da FIFA ™, internauta Chico Melancia, em 12 de dezembro de 2012... Dia apontado por uma antiga profecia maia como o do fim do mundo – não confundir com a mini-novela que será exibida pelo Viva nem com o Apocalipse da Record... Só que ao invés de fogo, os torcedores depararam com um frio glacial... A preocupação de ter 24 prestações para pagar as luvas e os gorros que integravam os pacotes para o Mundial vendidos por agências de turismo se esvaiu transformando o gélido estádio japonês em uma prévia do Fielzão... Tanto que o famoso jornalista Xico Sá, xará do Melancia e assim como ele, especialista em mulheres extraordinárias – dispensou a camisa e torceu de peito aberto para a equipe corinthiana superar o retrancado time egípcio do Al-Ahly, campeão africano, internauta Pedro Henrique... Então é por isso que nosso colega de rede não foi visto no estádio, ou seria porque ele descobriu a presença de Marcelinho Carioca (OG) em um dos ônibus da torcida???... As imagens da Fiel cantando “Vamos Timão” durante três minutos, no segundo tempo, enquanto o goleiro da equipe do Egito fazia cera congelada, impressionaram o mundo... Tanto quanto a atuação de Romarinho, que substituiu Emerson “Mister Sheik” na etapa final... A primeira atuação do atacante em Mundiais de Clubes já dava uma ideia do que ele seria capaz de fazer com a camisa do Al-Jazira, dos Emirados Árabes, na competição deste ano... Se bem que... O gol da vitória foi marcado por Paolo Guerrero... No caso do peruano, ninguém imaginava então que algumas xícaras de chá de coca fariam o hoje atacante do Menguinho (enquanto o contrato não é rescindido...) ser suspenso por doping pela FIFA por um ano...  Punição a qual, caso não consiga ser revertida nas instâncias de apelação, deixará Guerrero de fora daquele que seria seu primeiro Mundial de seleções, na Rússia... Disputa a qual seu país não comparecia desde 1982... E o Egito, terra do Al-Ahly, desde 1990... Que coisa, não???... O fato é que a fria da suspensão é muito maior do que o frio daquela noite vitoriosa em Nagoya... Ops!!!...







O Timão venceu o Al Ahly do Egito por 1 a 0, gol de Paolo Guerrero aos 30 minutos da primeira etapa de jogo, no Toyota Staduim, na região de Nagoya, e se classificou para a final do Mundial de Clubes da Fifa... Vitória que teve a participação decisiva do Chapolin Colorado... Sim, o herói mexicano, sem medo de parecer um simpatizante do Monterrey, e um entendido em assuntos nipônicos... Vide a luta com o carateca Shimpato Yamazaki – Chespirito prestigiando o árbitro peruano radicado no Mexico, Arturo Yamazaki, o nome original e “Silbato”, uma referencia ao apito usado pelos juízes de futebol – em defesa do Honorável Medidor de Luz, que era contra seu casamento com Saiporai Taporai, forçado pelo pai dela, o honorável Kassamba Urinawa... E como o jogo era com um time egípcio, deu aquela forcinha usando-se de seus amplos conhecimentos sobre múmias em pirâmides e museus, chamando os fenícios, quer dizer, o peruano... Ele estava devidamente parapetado no lobby do Hilton Tokyo, esperando o Batman, a quem convenceu a deixar o Robin em casa e torcer para o Timão no Japão... O mito do Batimão ainda persiste... Pena que a Globo não mostre, acha o Polegar uma ameaça, Tiago Leifert... Faltaram apenas o Jaspion e o Doraemon... Da nossa parte, depois de tomar café vendo os jornais japoneses falarem só do Chelsea, embarcamos num ônibus fretado... Havia até carros de linha da Keio Bus, mas era para os torcedores avulsos e outros hospedes que deixavam o hotel... Ao menos deu para fotografar o interior, inclusive um banco sem assento, Adamo Bazani... Uma funcionaria do Hilton atuava como flanelinha dos carros fretados que levariam os corinthianos e seus gritos davam a impressão de ter aderido ao "Vai Timao"... Nosso veiculo contava com a supervisão de dois guias, o da agencia, o carioca Ricardo, mais conhecido como “Carica” e a japonesa Noriko, credenciada pela Fifa... Ela dirigiu a palavra a nos em espanhol, pedindo para todos viajarem sentados, sem abrir as janelas ou fazer batucada nos ônibus... Éramos um bando de 29 loucos, conhecidos pelos apelidos... “Prefeito”, “ Vereador”, “Artista”, “Menor”, “ Minhocão”, “Tiozão”, entre outros... Sem contar o “Tica la catica”, devido ao samba “em japonês” cantado durante toda a viagem usando a melodia do "Timão Minha Vida"... Deixamos a urbanização de Tóquio e pegamos a estrada rumo a Nagoya... Que lembra demais as rodovias paulistas, com mais túneis e viadutos, porem com bem menos pedágios... E a visão do Monte Fuji, o próprio... Noriko disse que estávamos com sorte, pois em poucos dias do ano e possível ver a montanha, quase sempre encoberta por nuvens... Na parada em um restaurante na beira da estrada, uma praça de alimentação completa, ainda que tenhamos pegado apenas um espetinho de frango como se ali fosse o Frango Assado, e água mineral Suntory, ali estava Marcelinho Carioca (OG),acompanhando o pessoal de uma das agencias de turismo que compareceu ao Mundial... Por isso que não vimos o internauta Pedro Henrique embarcar com a turma da agencia que contratou Vampeta... Nosso “prefeito” queria inclusive mudar de partido... Seguimos viagem, agora ao som de pagode, Sambô e Ana Carolina (ops!!!), permitido pelo motorista depois de varias negociações, e depois de mais uma paradinha em um posto com muitos caminhões e um Mc Donalds, chegamos a Toyota... Que apesar de ser uma região fundada pela fabrica de automóveis, tinha a maior cara de cidade do interior... Parecia que estávamos chegando em Garça, que é a ultima parada do ônibus que vai de São Paulo para Marilia... Mas essa e outra história... 






















































Depois da vitória, mais um excelente espetáculo da torcida do Timão, que lotou a ponte de acesso ao estádio...




































































O ônibus ficou em um estacionamento distante do estádio... Fomos até o local do jogo a pé... O que serviu para revermos uma amiga do internauta Chico Melancia, a menina do pauzinho, que orientava o tráfego com um bastão vermelho... E ela sabia muito bem mexer o pauzinho, Melancia... Atravessamos uma ponte e chegamos a entrada do estádio, onde a Fifa montou uma “Fan Fest”, com DJ e tudo... Embora não se possa dizer que o kebab é uma comida típica africana, já que o Egito não fica na Africa, Pedrinho... Alis, nosso colega de rede poderia tirar uma foto ao lado da taça da Liga dos Campeoes de seu continente preferido, depois dos corinthianos se esbaldarem com a Libertadores, claro... Ate as típicas colegiais japonesas compareceram devidamente uniformizadas, Melancia... Alis, a Fifa foi muito amiga da garotada distribuindo ingressos para as crianças das vizinhanças do Toyota Stadium... Washington Olivetto entrou pelo setor W, que coisa não... Chegamos ao nosso lugar no estádio, o 265 no setor S, bem em frente ao gol do lado direito das tribunas, no intervalo da decisão do quinto lugar do Mundial, entre Sanfrecce Hiroshima e Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul... A torcida do time japonês comparecia ruidosamente atrás do gol no outro lado do campo... Os coreanos tinham apenas o apoio de dois solitários torcedores, meio que perdidos na multidão de corintianos que tomava conta do estádio... Inclusive um deles era uma garota com o uniforme do Hyundai que despertou as maiores paixões no internauta Chico Melancia... Ele pegava, com certeza... Ao ver o entusiasmo com que apoiava sua equipe, faria aquilo tudo em um test-drive... A partida estava empatada em 1 a 1... Uma torcedora corinthiana do Tatuapé, apesar da filha ter sido eleita a musa do ônibus que trouxe a família para o Toyota Stadium, reclamava que o guia do veiculo disse que não ter ninguém da ZL... Para quem vive em Itaquera e região, como no nosso caso, isso não é problema... Alis,tínhamos de torcer para os japoneses, pois nosso bairro teve uma importante colônia nipônica, e ainda por cima possui uma escola denominada Cidade de Hiroshima... E fomos recompensados com dois gols do Sanfrecce, ambos flagrados pela nossa Sony Cybershot com o zoom no máximo... E a comemoracao imitando sumô também... A coreana amiga do Melancia estava desanimada... Voltou a se empolgar apenas com a entrada de Maranhão... Não confundir com o ex-lateral direito do Peixinho, emprestado ao Atletico-PR, possuidor com muito orgulho do selo Olavo Gosta... Este é atacante, revelado no Moto Clube... Seja como for, seria muito pouco para os coreanos darem... A virada... Tanto que conseguiram somente um gol, já nos descontos do arbitro... 3 a 2 para o Sanfrecce Hiroshima, quinto melhor time do mundo, e para a coreana do Chico restou apenas o carinho dos torcedores brasileiros... Ah, sim... O acompanhante da menina usava um agasalho da Adidas, Melancia...  A torcida corinthiana cantou o hino do Timão depois do final da partida preliminar para mostrar que já comparecia em todo o estádio... E vibrou com os jogadores aparecendo para treinar... Alis, com todo respeito ao Julio Cesar, o Kuririn do Coringão, o Cassio é grande mesmo... Isso porque também temos 1,83 de altura, como nosso goleiro reserva... Ficamos emocionados com os cantos e as faixas, de todos os lugares onde nasceu M.B., que apareceram a toda hora no estádio... Ate parece que estávamos dentro da maquete do Fielzão... Faz sentido... Nosso estádio, a despeito de estar ao lado de uma estacão do Metro e da CPTM, em uma região populosa de São Paulo, fica numa área distante das concentrações populacionais... Lugar em que também costuma ventar muito frio durante o inverno... O telão anuncia a escalação da equipe corinthiana... Cássio; Alessandro (OG), Chicão, Paulo André e Fabio Santos (OG); Ralf, Paulinho, Douglas e Danilo; Emerson “Mister Sheik” e Paolo Guerrero... A vibração aumenta quando e citado o nome de Romarinho entre os reservas... E a vaia vem forte na escalação do Al-Ahly e quando aparece a parte do Bambi na retrospectiva dos Mundiais, a começar pela nossa conquista em 2000, Edilson... O arbitro, o mexicano Marco “Conde Drácula” Rodriguez, foi igualmente prestigiado, ate pelo Chapolin, sem medo de favorecer o Monterrey... Na falta dos hinos nacionais, o tema musical da Fifa quase nos leva as lágrimas... Assim como o sonho real de estar do outro lado do mundo em um estádio tomado pelos corinthianos... Coisas que apenas o Timão é capaz... Com a torcida mandando bem nas musicas, refazendo sucessos como “Amigo” e “Não Quero Dinheiro” e nos refrões, nem sentimos falta do hino brasileiro... Ate porque acompanhamos de perto os entendimentos entre os representantes das torcidas organizadas e os seguranças do Toyota Stadium para colocarem suas faixas e trazerem suas bandeiras com mastro... Entre elas a da Gaviões da Fiel do Senninha... Entre os corinthianos, a situação ficou tensa entre o pessoal da Gaviões e um integrante da Coringao Chopp... E mesmo com os japoneses tentando impedir, o bandeirão subiu na hora do pontapé inicial... O show da nossa torcida fez com que os primeiros minutos de jogo passassem sem percebermos... Ainda mais porque dentro de campo, os corinthianos eram travados pela formação compacta do Al-Ahly, recuado em sua própria área e fazendo duas linhas de quatro, do jeito que Olavo Gosta... Várias vezes o goleiro Cássio – e nos atrás dele (Ops!!!) assistimos do gol a bola passar de uma ponta a outra na linha do meio-campo, passada pelo pessoal da defesa, sem encontrar uma brecha entre os adversários... Que apareceria apenas aos 30 minutos, em um cruzamento que Paolo Guerrero mandou para dentro do gol... 1 a 0 Timão... Nossos temores de uma prorrogação, pênaltis e uma eliminação das semifinais, ainda que na realidade isso fosse muito pouco provável... Acabou-se tudo com o gol do peruano... Tivemos a sensação de que o jogo estava resolvido e que agora era esperar pela final... Melhor apenas se o gol fosse marcado no gol onde estávamos... Ficarímos satisfeitos se o atacante do Peru pusesse atrás... A bola... Apenas um minuto de acréscimos... 








































Internauta Pedro Henrique quase não compareceu ao jogo... É que no caminho ele ficou tietando Marcelinho Carioca (OG)...



































































Não nevou em Nagoya e a cobertura retrátil do estádio não precisou ser acionada... No entanto, aquele vento gelado que sempre comparece em Tóquio estava ali no Toyota Stadium... Alguns corinthianos nem ligaram... Simplesmente ficaram sem camisa como se estivessem em casa... E estávamos mesmo... No nosso caso, dispensamos as luvas... Durante o intervalo os torcedores foram brindados com os mesmos comerciais de carros e xampus exibidos na televisão japonesa, sempre com bonequinhos, no que os nipônicos são feras, e dancinhas ao som de músicas cantadas por vozes femininas infantilizadas, que não podem faltar, seja qual for o tipo de anuncio... O segundo tempo começa com o Timão pressionando... Conseguiu duas boas chances de gol com Emerson “Mister Sheik” e Danilo... No entanto, o goleiro do Al-Ahly se machucou e partiu para fazer cera, interrompedo o jogo... Mas não a Fiel... Que cantou por três minutos seguidos “Vamos... Vamos Timão... Nesta noite, teremos que ganhar...” Pelo menos foi esse o tempo da gravação em vídeo que fizemos com nossa câmera digital... E o goleiro egípcio enrolou tanto que acabou substituído... Com a equipe do Adenor empenhada em segurar o resultado, o Al-Ahly compareceu mais no ataque... Em especial após a entrada do sempre perigoso Aboutrika... Os torcedores passaram a entoar um “Timão EÔ” e em seguida o clássico “Todo poderoso Timão”... Aí nosso treinador acordou e resolveu substituir “Mister Sheik” – fast food do qual não vimos filiais em Tóquio e região – por Romarinho... Que deu mais velocidade ao ataque quando conseguia ficar com a bola... E Douglas “Tufão” cedeu seu lugar para Jorge Henrique... Mais para ganhar tempo, e algumas vaias da torcida, como aconteceu também na troca de Paolo Guerrero por Guilherme Andrade, já no período de cinco minutos de acréscimos... Precisamos valorizar o jogador que foi adquirido junto a Ponte Preta... Nos descontos do arbitro, Cassio fez uma boa defesa enquanto os torcedores muito a vontade soltavam a voz em uma versão de La Bamba... “Porque sou maloqueiro... Porque sou maloqueiro...” Ao fim do jogo, a invasão prosseguiu com a Fiel lotando a ponte que faz o acesso ao Toyota Stadium... Uma cena de beleza ímpar... Mais bela do que as vendedoras de lembrancinhas... Claro que o internauta Chico Melancia deixaria por aquele cachecol arco-iris da Adidas... Mas certamente compareceria para chegar ao estacionamento dos ônibus... Ali avisamos a nossa guia Noriko, em espanhol... “Ganamos com Gol de Guerrero, Gracias!!!...” Importante são os três pontos e a vaga para a final... Nem precisa ser de goleada... Vide o Peixinho contra o Kashiwa Reisol de Nelsinho Baptista no ano passado, Mestre... Agora a invasão vai ser em Yokohama e região...

















































Sem ser notado pela torcedora coreana, Melancia viu o jogo com o Sinforoso, que dormiu o tempo todo...

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