sexta-feira, 16 de junho de 2017

Copa 2013 (VI): Do jeito que o internauta Pedro Henrique gosta...

Enquanto o Brasil estava virado de cabeça para baixo, igual ao homem azul fazendo quadradinho de oito no Maracanã...



































































A sexta parte da série de textos do seu Bloquinho Virtual sobre a Copa das Confederações da Fifa ™ realizada no Brasil em 2013 mostra que apesar do empenho do internauta Pedro Henrique em acompanhar a seleção da Nigéria e o jogador italiano Mario Balotelli, o crescimento dos protestos e da repressão policial ofuscou a segunda rodada do torneio... No dia 19 de junho, dia do jogo entre Brasil e México, vencido pela Seleção Brasileira por 2 a 0, gols de Neymar (OG, 9/1º) e Jô (47/2º), os manifestantes eram mantidos – e reprimidos – a três quilômetros da Arena Castelão, em Fortaleza, os torcedores no estádio cumpriam sua cota de coxinhice cantando o Hino Nacional à capela... Sem entender o momento que o país passava, o Poliana apelava para um patriotismo rasteiro em títulos como “Nos braços do povo”, “Orgulho de ser brasileiro”, “Neymar (OG) inspirado pelos protestos”... Mesmo sem captar o espírito do tempo, sobrou espaço para o jornal saudar as “Boas noticias”, no caso o anúncio da redução das tarifas de ônibus e Metrô em São Paulo, que apareceu no telão do Vale do Anhangabau, ao lado da Prefeitura paulistana, depois do jogo do Brasil... Não seria o fim dos protestos, entretanto...  A mistura de uma repressão desproporcional e injustificada com a atitude intolerante de alguns manifestantes de gritar “Sem partido!!! Sem partido!!!”, tumultuando os protestos, e a leitura com segundas intenções dos acontecimentos feita pela mídia corporativa transformaram as manifestações em uma cruzada contra a presidenta Dilma Rousseff e o PT... No Rio de Janeiro, em 20 de junho, Pancada assistiu da janela da Casa dos Lunáticos, na região da Praça da Bandeira, a polícia de Sérgio Cabral jogar bombas nos manifestantes, ao mesmo tempo em que via o jogo entre a Espanha e o Taiti no Maracanã... Pelo Sportv, pois  a Globo resolveu exibir reportagens sobre os protestos e  novela “O Profeta” no “Vale a Pena Ver de Novo”, com Gisele Itié mandando brasa no Thiago Fragoso, enquanto os espanhóis davam dez sem tirar... Então é por isso que a emissora estava por fora dos acontecimentos... Restou a Pancada mandar torpedos a cada gol espanhol... E foram dez, que travaram o celular... Fernando Torres (5/1º), Silva (31/1º)... Torres de novo (33/1º)... David Villa (38/1º), Villa (3/2º), Torres (13/2º), Villa (19/2º), Mata (21/2º), Torres (33/2º), e Silva, por fim (44/2º)... Em meio ao 10 a 0, um torcedor teve seu cartaz confiscado por um “steward” e a torcida no Maracanã começou a cantar “O povo, unido, jamais será vencido”... Fora do estádio, a tensão entre policiais e manifestantes fez um carro de reportagem do SBT ser incendiado... Comentários de Rachel “Cheira-Azedo” à parte, a cena levaria a uma gafe histórica de Patrícia Poeta no “Jornal Nacional”  - o começo do fim de sua trajetória no noticiário global – e faria Datena voltar a invadir o horário dos “Simpsons” na Band... Ainda que não considerasse a redução das tarifas como “nossa vitória”, Marcelo Rezende, hoje às voltas com sérios problemas de saúde... O principal alvo dos protestos cariocas devido à truculência da polícia, o governador Sérgio Cabral Filho, hoje está preso, entre outros motivos, pelo superfaturamento da reforma do Maracanã... As manifestações já tinham feito Cabral desistir de tentar uma vaga para o Senado em 2014, abrindo caminho para a eleição de Romário, um crítico contundente da CBF e da Fifa... A crise no Brasil acabou detonando até o bom astral da seleção da Itália... Depois de uma passagem descontraída pelo Rio e da difícil vitória de virada sobre o Japão por 3 a 2, ameaças à delegação deram margem à rumores de que a equipe de Cesare Prandelli abandonaria o torneio... Mais ou menos como Sepp Blatter dizia naquele email... Ops!!!...







O internauta Pedro Henrique chegou ao Rio de Janeiro, vindo de Brasília, no trem de pouso de um avião da Gol com pintura da Varig... A noite anterior foi longa no Setor de Embaixadas, onde Pedrinho teve uma acolhida calorosa nas representações diplomáticas das nações da África Subsaariana... Chegando no aeroporto Santos Dumont, ele conseguiu pegar carona no táxi solicitado por um torcedor japonês com camiseta do Monterrey – daquelas que ficavam atrás dos uniformes do Timão na loja da Nike em Tóquio... Ele precisava buscar seu ingresso no Galeão também... No caminho, enquanto lançava olhares calorosos para os morros e comunidades – os que não eram cobertos por tapumes – lembrou de suas noites quentes com os amigos africanos na Red Zone de Shinjuku, em Tóquio... Desde a Euro do ano passado, Pedrinho economizou dinheiro para comprar um ingresso para poder ver Balotelli de perto... Quem sabe, já que a Itália entraria em campo, ele não reencontraria uma figura que conheceu em Atenas, durante os Jogos Olímpicos de 2004, Priscila Fantin... Uma história que nunca ficou muito bem explicada... O internauta até pensou que ela estivesse ao seu lado quando alguém começou a cantar o hino da Itália a plenos pulmões... Porém era apenas um conhecido dos jogos de futsal dos tempos de faculdade... Bom, a razão do comparecimento do Pedrinho era Balotelli... E o Super Mário não o decepcionou, fazendo o gol da vitória da Azzurra e tirando a camisa para comemorar... Atitude que da parte do nosso colega de rede jamais merecia cartão amarelo... Muito pelo contrário, se Balotelli quisesse ficar sem camisa, teria seu total apoio... Na saída do Maracanã ele nem se preocupou com a fila para pegar o Metrô... Correu atrás de um cosplay de seu ídolo italiano, elogiando o seu talento e até seguindo o exemplo do homem azul e fazendo um quadradinho de oito em sua homenagem... 

























O internauta Pedro Henrique estava hipnotizado... Por um cover do craque italiano "Super Mário" Balotelli...




















































No dia seguinte, o internauta Pedro Henrique rumou para Belo Horizonte, depois de uma noite na Cidade de Deus, que não é a sede do Bradesco, a procura do Zé Pequeno... Viajou em um ônibus na Cometa – no bagageiro, naturalmente... A presença do nosso colega de rede na capital mineira era exigida por todos os atletas da equipe da Nigéria, que chegaram a fazer aos dirigentes sérias ameaças de não comparecerem ao Brasil caso Pedrinho não estivesse junto nos jogos... Pensaram que os caras estavam brigando por causa das premiações???... Para eles, o melhor estímulo vem do internauta... E a recíproca é verdadeira... Ao chegar na rodoviária de Belo Horizonte, nosso companheiro de web não dispensou o tradicional pão de queijo das Gerais, recusando-se terminantemente a consumir quaisquer tipo de coxinha... Problema mesmo é o Pedrinho não fazia ideia de onde ficava o Mineirão... Um vendedor ambulante que oferecia camisetas da Seleção Brasileira lhe explicou, com aquele típico sotaque mineiro... É aquele trem ali, pertim do protesto, sô... Ao contrário da torcida que compareceu ao estádio Magalhães Pinto – tudo a ver com nosso partido – Pedrinho não simpatizou com o Taiti... Muito pelo contrário, para ele os taitianos também foram conquistados pelo grande talento dos jogadores nigerianos, afinal fizeram dois gols contra... As próprias superáguias enfiaram quatro... Gols... Para a satisfação de nosso colega de rede... Depois da partida, outra vez a noite foi longa, com direito a seresta... Pedrinho se valeu de toda a experiência adquirida com os imigrantes nigerianos na região da Avenida Rio Branco, em São Paulo, para entreter os sempre entusiasmados torcedores africanos... Aproveitando a presença em terras mineiras, ele homenageou a Nigéria com a “Canção da América” de Milton Nascimento... “Amigo é coisa pra se guardar, debaixo de sete chaves, dentro do peito... Assim falava a canção, que na África ouvi”... Ops!!!... 

































Nosso colega de rede sentiu-se realizado com uma conversa ao pé do ouvido com o cosplay de seu amigo italiano...




















































Quase o calor da torcida nigeriana faz com que ele perdesse o voo para Recife, onde continuaria a acompanhar Balotelli no jogo da Itália contra o Japão... Ainda bem que ele sempre viaja agarrado no trem de pouso, pois se fosse dentro da aeronave, era capaz de nem conseguir escolher o assento no check-in, de tão impossibilitado que estava de sentar... Agora, em termos de agarramento, Pedrinho é incansável... Na partida, ele vibrou muito com o gol de pênalti, mas lamentou que Super Mário não tenha tirado a camisa, cumprindo a determinação do treinador Cesare Prandelli para que não leve cartão de graça.... Deve ser por isso que os italianos demoraram tanto para deixar o estádio em São Lourenço da Mata... Já que Balotelli não podia tirar a camisa dentro de campo, só restava ao internauta Pedro Henrique ver ele tirando o uniforme da Puma nos vestiários... E o resto também... Após encerrar a estadia na capital pernambucana batendo uma bolinha com Carlinhos Bala e aquele cara do Ibis que aparece no comercial daquela marca de cartão de crédito, era hora de comparecer em sua capital brasileira preferida, Salvador, para acompanhar a Nigéria na partida com o Uruguai... O internauta lamentou profundamente o cancelamento da visita dos jogadores africanos ao Pelourinho, na qual seria o cicerone... Também se empenhou em afastar qualquer possibilidade da Itália abandonar a competição, até porque não quer perder a oportunidade de verificar os dotes de Balotelli na percussão... Quanto a partida na Fonte Nova, seu apoio aos nigerianos foi irrestrito, sequer abalado pelo gol de Lugano, que jogou no seu Bambi e abriu o placar... Sua esperança se manteve com o gol de Obi Mikel, para ele um sinal que o gigante africano iria acordar... Mas Forlan garantiu a vitória da Celeste... Ainda se o Alvaro Pereira tivesse marcado... 



















































Pedrinho não ligou para os lugares vazios no Mineirão... Importante era sentir o calor da torcida nigeriana...

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