quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Porque o colecionismo também é um hobby...

A família do Doutor Kenji viajou muito, digo, brincou muito com esse ônibus japonês...































































O que há em comum entre uma feira de colecionismo e o hobby do ônibus? Essa é uma questão para a qual o nosso fornecedor de fotos de carros das empresas de transporte coletivo buscou a resposta no último sábado... Durante a feira que aconteceu simultaneamente ao festival de rock... Alis, se o festival acontece no Rio de Janeiro, por que o show do Rod Stewart é no Allianz Chiqueiro, em São Paulo???... E a Porcaria não pode jogar no “seu” estádio (para entender a razão do uso das aspas, pedimos aos papagaios que leiam o artigo do Cosme Rímoli no R7... ), tendo que recorrer ao Pacaembu para ter onde enfrentar o Grêmio???...  Voltando à feira da fruta, quer dizer, de colecionismo, havia muitos carros por ali... Só que a esmagadora maioria deles eram miniaturas da Hot Wheels ©, além de um razoável número de carrinhos da Matchbox ©, que evocam os anos de juventude de nosso vendedor... Bem mais do que as duas miniaturas “genéricas” de ônibus à venda em uma das bancas do evento... Os dizeres nas caixas dos produtos já despertava uma certa desconfiança... “Autobuses del mundo”... Uma miniatura lembrava o GM Coach da Cometa da década de 1950, exceto pela presença da cor verde, que nunca fez parte da identificação visual da empresa, mesmo depois que ela mudou de dono  em 2001... O que fez os poucos aficionados por ônibus da “velha guarda” que compareceram à feira lembrarem do lobby de João Havelange contra a concorrência do Expresso Brasileiro à sua empresa na linha São Paulo-Rio... A outra miniatura, com um design perdido entre os anos 1960 e 1970, representava o veículo de uma certa “Viação Paraguaçú”, assim mesmo, com assento na rima, cujas cores eram o verde e o branco... Nosso fornecedor de fotos, profundo conhecedor da história das empresas de transporte rodoviário de passageiros, que vivenciou tempos em que havia mais colorido nas carrocerias dos ônibus, disse que nunca ouviu falar dessa empresa... Em termos de itens expostos na feira, o que mais lhe apeteceu foi um ônibus de brinquedo na banca ao lado da que ele estava instalado... De fabricação japonesa, feito em metal, apresentando vários pontos de corrosão na carroceria, o ônibus possui uma espécie de volante para ser “dirigido” pela criança... Um brinquedo que provavelmente divertiu muito os pais e avós do Doutor Kenji... Tanto quanto a miniatura do trem da Japan Railways (JR), na mesma banca... Ou os carrinhos com carinha de cachorro... Na sua frente, outro expositor vendia gibis, mangás e DVDs... Não fosse o preço, nosso fornecedor de fotos teria levado aquele box da série “Friends”... Que não apetece o Melancia por uma simples razão... Jennifer Aniston... Quanto ao Doutor, havia vários mangás do Naruto e do Captain Tsubasa, porém o que ele queria mesmo era o cabeção do Doraemon, digo... 

































Entre tantas miniaturas de automóveis, duas reproduções de ônibus de empresas que nunca existiram...






























































A oferta de modelos da Hot Wheels © na feira não se resumia a miniaturas de carrinhos de corrida... Havia reproduções de modelos celebrizados em filmes, como o De Lorean da trilogia “De Volta para o Futuro” ou “Christine, O Carro Assassino”, séries, como Kitty, a “Supermáquina”,  e desenhos animados, vide o Mach 5 de “Speed Racer” ou o carro 00 de Dick Vigarista, na ‘Corrida Maluca”... Ou o carro voador dos “Jetsons”... Ué, mas ele não tinha rodas... Mesmo séries e desenhos mais obscuros, como “Speed Buggy”, estavam representados... O personagem pode ter alguma relação com o veículo – caso do automóvel projetado por Homer Simpson que quebrou a montadora do irmão que tinha reencontrado – ou não... Como os muitos carrinhos dos Muppets... O furgão do Gonzo, inclusive, serve de inspiração para todos os seguidores do estilo de jornalismo que leva o nome do babuíno de narigão azul...  Que Hunter S. Thompson, o quê!!!... Mesmo a banquinha que Lucy oferecia socorro psiquiátrico por 5 centavos de dólar se tornou um caminhãozinho nas mãos dos designers da Hot Wheels ©... O Batmóvel estava presente em todas as suas versões cinematográficas e televisivas... Se bem que... O homem-morcego que compareceu ao evento chegou e saiu a pé, sem levar um único carrinho... Nem mesmo os singelos modelos de plástico que vinham dentro dos potes de Toddy ®... Tão pequenos que o Mestre era capaz de tomar seu leite com chocolate e beber a miniatura junto... E ainda reclamar que o achocolatado empelota demais... A disponibilidade de figuras de ação também era grande... A começar pelo Playmobil ©... Vendo os bonequinhos é possível verificar que não só há o “cabelo de Playmobil ©” como também a “barba de Playmobil ©”...  O internauta Pedro Henrique inspirou a dupla de tenistas... Isso por causa de um dos componentes, que lembra muito os seus amigos... O ET estava posicionado bem do lado de uma máquina de cartão... Hoje em dia, ele não usa mais o famoso dedo para telefonar para sua casa... Super-heróis de todos os tamanhos dividiam espaço com personagens de filmes e séries... Tinha Cyborg, da série “O Homem de Seis Milhões de Dólares” – chamada nos países de língua espanhola de “O Homem Nuclear”, por isso a piada do Chapolin – Buck Rogers, um clássico da ficção científica relançado na cola de “Star Wars”, Ultraman, ainda que Kenji prefira, por algum motivo, o Spectreman, um boneco do Walter White de “Breaking Bad” ou um quadro de uma personagem de “Orange Is The New Black”, a série da Netflix que reinventou o filão das histórias de prisão nos Estados Unidos... No que diz respeito aos desenhos animados, a Hanna-Barbera contava com figuras do Hong Kong Fu – astro das tardes da década de 1980 – e um improvável boneco de Fred Flintstone tomando um banho de língua do Dino... Os mais novos podiam apreciar Super Mário Bros – inclusive tinha um pendrive do  “Mário Verde” – Pokemon, Minions... O cabelo de um deles inclusive lembrava as madeixas do internauta Chico Melancia, digo... Que também se sentiria representado pelo Minion Roxo, que lembra os momentos em que ele quer fazer aquilo tudo SEM PARAR MEU AMOR!!!... Ao longo da história, a indústria e o comercio também recorreu ao carisma dos bonequinhos... O Baianinho das Casas Bahia deve muito ao gato das pilhas Eveready ©, ao boneco de neve da Frigidaire – aquele que contracenou com Regina Duarte, muito antes dela ter medo - ou ao “Gigante Amaral” das cestas de Natal da infância de Milton Neves... Embaixo de um livro alemão sobre os Jogos Olímpicos de 1936 – com fotos de Hitler e Jesse Owens em profusão – um álbum com anúncios da Antarctica das décadas de 1970 e 1980... Onde entre publicidades com Osvaldo Sargentelli, Ney Latorraca e Djenane Machado, é possível constatar com surpresa que Andréa Richa, muito antes de ser a Muda em “Pantanal”, era a garota-propaganda do Guaraná Antarctica, Melancia... Só faltaram mesmo os cartazes daquela promoção feita pelo “Show de Prêmios” do “Programa Silvio Santos”... Há anos o Mestre está atrás dos pôsteres  com as fotos da Sônia Lima e da Flor...


























A completa coleção de Moranguinho do Mestre impressionou tanto crianças quanto adultos...




























































Na feira, uma quadra de bocha se transformou em espaço expositivo... Ali, uma exibição sobre a Varig reunia anúncios, miniaturas de aviões, bolsas e até pratos, bandejas e talheres – todos de metal – da saudosa companhia aérea... Que não sobreviveu tempo suficiente para nos levar ao Japão... Alis, se faltavam objetos relativos a ônibus no evento, sobravam itens alusivos à aviação... Miniaturas de aviões numa banca, inclusive da também saudosa Panam... Saquinhos de vômito originais em outra, prontos para o Mister Bean estourar... Fotos e objetos diversos, como a etiqueta usada em macacões da Força Aérea do Chile... Um experiente fã de ônibus, que tinha os aviões como hobby e depois voltou às aeronaves, já que considerou o pessoal do hobby mais maluco que os entusiastas de aviação, vendia postais de companhias aéreas, cardápios originais da primeira classe da TAM e até broches de tripulantes dos voos da Varig, que arrematou no leilão da massa falida desta igualmente saudosa empresa... De volta a quadra de bocha, um artesão exibia suas miniaturas de casas... Uma delas idêntica à moradia do Gru em “Meu Malvado Favorito”, cheia de Minions no quintal... Um lugar onde o internauta Chico Melancia ficaria muito à vontade... Ao seu lado, uma frota completa de fuscas de brinquedo... Entre eles, vários modelos “Bate e Volta” da Estrela ®... Fábrica que sabia fazer carrinhos para a garotada quebrar em um instante, como atestam o Autorama, o Pégasus, o Maximus, o Colossus, o Porsche Polícia e o Aquamóvel – um Corcel II configurado como ambulância (!!!)... Em seguida, uma demonstração de tanques de guerra e veículos militares de controle remoto agitava a molecada... Logo depois, naves de Star Wars produzidas pela Glasslite ®... Uma das mais professorais fábricas de brinquedos, ao lado da Tro ® e da Mimo ®... Quem estivesse com dinheiro poderia levar alguns de seus “TV Toys”, como o Thundermovel dos Thundercats... Quanto à “Guerra nas Estrelas”, a franquia de George Lucas reinventou o licenciamento de produtos, tanto que a feira estava repleta de objetos alusivos à série de filmes... Vide Chewbacca com a máscara do Darth Vader... Mesmo quem prefere “Spaceballs”, a paródia de Mel Brooks, não fica indiferente diante de uma Nave Imperial da Glasslite...  Menos o Mestre, que exibiu com orgulho sua coleção da Moranguinho... Sempre elogiando a Estrela ®, pois a variedade de bonecos lançados no país, segundo ele, não tem paralelo em nenhum país no mundo, nem nos Estados Unidos, país de origem da personagem... Quanto ao nosso fornecedor de fotos de ônibus, em toda a feira ele realizou quatro vendas... Na saída, quando ia conferir se a frequência da linha 477A-10, Sacomã / Pinheiros, ainda é de um carro a cada três minutos – como era nos seus tempos de agente vistor da CMTC, ou pelo menos deveria ser, se a linha tivesse os 70 veículos de escala, pois em geral operava com “apenas” 54 ou 60 -  ele filosofava... “Há dias que são à vista, e outros que são à prazo”...  No caso do sábado, ele foi de prestações a perder de vista... Serviu mais para desbravar novos mercados – e introduzir algumas crianças no hobby, presenteadas com as miniaturas de ônibus em madeira que trouxe para a feira... Pena que ele não tinha foto do veículo da São João Clímaco na linha da Vila das Mercês... Com tantos brinquedos em exposição, nosso fornecedor de imagens namorou seriamente uma Kombi de 20 reais, imaginando que o vendedor faria por 15... No final, ele acabou fazendo negócio com o rapaz da banca ao seu lado, levando alguns Gogos, expostos em caixas de bombons Ferrero Rocher, para seus filhos...

























Ao menos a feira serviu para as novas gerações começaram a adquirir o gosto pelo hobby dos ônibus...

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